11.13.2004

Justiça salteada à moda da casa

Eu fico absolutamente banzado de cada vez que este grande querido presta declarações à comunicação social. Prender Carlos Cruz não é o mesmo que prender Farfalha. É muito maior responsabilidade, segundo ele.
Este agente da Justiça que temos continua sem fazer a mínima ideia das enormidades que diz. Atropela, de cada vez que fala, os mais basilares princípios da Justiça igualitária e da Declaração Universal dos Direitos do Homem, e «tá nem aí»!
Interiorizou que a Justiça deve ser feita à medida do freguês. Exactamente o oposto do que preconiza a Constituição de qualquer país civilizado.
Temos, uma vez mais, a clara confirmação das piores suspeitas, na Justiça.
Os seus mais altos dignatários não conseguem desenvolver qualquer conceito alicerçado em preceitos técnico-científicos. Nem os mais básicos.
Ficam no que lhes parece (chama-se «desenvolver a convicção») e dão graças ao Santíssimo por terem sido escolhidos para dirigirem o país até à próxima convulsão social.
Que, pelo andar desconjuntado da carruagem, não deve andar longe.

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