11.08.2003

Imperdoável

Ei-los, soldados garbosos
naquelas fardas luzentes
bem distintos, bem pomposos
a cavalo, imponentes.

A multar e a multar
estacionamento indevido
a escrever e a apontar
no bloco mais um castigo

E o povão a mendigar
um perdãozinho, um favor
ao altivo, ao exemplar
agente castigador

- Qual quê! Não tenha ilusões
que a lei é pra se cumprir!
Ainda se fossem ladrões
ou lelos a distribuir...

Se assaltasse apartamento
Se assassinasse, implacável...
Mas um mau estacionamento???
Isso é imperdoável!

Fátima - 1 * Santiago de Compostela - 0

Está a fazer um ano que um simples fait-divers na SIC provocou o maior terramoto que as instituições portuguesas e o próprio país sofreu desde o 25 de Abril.
Carlos Silvino, à noite, num parque de estacionamento, encolhido de frio dentro de um kispo vermelho dizia que era tudo mentira - a acusação de "Joel" - e que o provedor sempre lhe tinha dado cobertura, mas que ultimamente, não.
O que ele foi dizer....
Durante o ano, Portugal afundou-se ainda mais em todos os rankings menos no do atraso relativamente aos congéneres europeus. Nem uma palavra em lado nenhum. Todos os analistas passaram 1 ano com os olhos esbugalhados na novela Casa Pia. Uma novela portuguesa, concerteza.
Muito nossa e com muito orgulho!
E o mal "deles" é inveja.
Portas, salvo do escândalo Moderna pela Casa Pia (ver texto abaixo - Casa Pia e Balsemão salvam Portas e Durão) devolveu helicópteros que não tinha comprado e cujas luvas teriam sido recebidas por outrem (ver helicópteros sem Portas) e comprou submarinos que hão-de gerar luvas do tamanho da mancha do Prestige que, graças à Nossa Sra de Fátima, não veio dar às nossas costas, mas sim às dos infiéis da Galiza.

Se os galegos se tivessem convertido ao verdadeiro catolicismo mariano, a mancha teria ido parar a Lourdes, provavelmente.