1.19.2013

Vento derruba 40 árvores no distrito da Guarda

Segundo a fonte, entre as 00h00 e as 18h00 de hoje foi registada a queda de árvores em Trancoso, Seia, Gouveia, São Romão, Manteigas, Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Guarda, Meda, Vila Nova de Tazem, Fornos de Algodres, Gonçalo, Loriga e Pinhel.
 As árvores não causaram danos, tendo apenas provocado "a obstrução momentânea de vias rodoviárias", enquanto não foram removidas pelos agentes de Protecção Civil que estão no terreno, referiu.
Na cidade da Guarda, o serviço Municipal de Protecção Civil registou a queda de várias árvores no recinto do Hospital Sousa Martins, no Parque Municipal e nas aldeias de Valhelhas e João Antão, disse à Lusa Eduardo Matas, coordenador daquele serviço.

O vento corta nas gorduras da Sonae

O governo corta na gordura dos pobres, já que "não é possível cortar nas dos ricos", e por isso alguém terá que cortar nestes.
Foi o vento.

A Sonae lá vai ter que mandar fazer um O.
Pode ser que alguma pequena serralharia ganhe alguma coisa com isto...

Obrigado, vento.

PRÉMIOS EXAME: A Empresa que diz SIM à crise!


A melhor empresa portuguesa é a que derrete... por f100000645705271

A mais fina filigrana do Minho é derretida e convertida em barras estúpidas. 
Para que o dono possa comer mais 2 ou 3 dias.
Isso é o melhor do empreendedorismo neste país que tem esta gente a fazer reportagem e a dar prémios.
E a atrasada da repórter ainda nos brinda, no final, com este requinte de malvadez: "uma das empresas que diz NÃO à crise"!
Quão estúpido ou pulha se pode ser?

O acesso à Serra da Estrela é só um, pelos vistos. Nem se imagina que Seia existe!

Mais uma prova que já não passa pela cabeça de ninguém que TAMBÉM se possa chegar à Torre por Seia.
Só por aqui se diz que Seia é a porta de entrada da Serra. Para consumo interno.
No país inteiro já ninguém sabe isso.
Uma guerra perdida apesar dos meus esforços de 20 anos.
Mas eu cá continuo enquanto tiver forças.

Assembleia da República posta à venda por 1 euro!

A Assembleia da República foi posta à venda esta tarde num site de compra e venda. 
O ‘vendedor’ só pede um euro pelo edifício e explica que o motivo para a venda é a mudança “para um pequeno T3”.
O anúncio foi publicado por um anónimo que não deixou quaisquer informações sobre si, apenas se lia: ”Pela famosa crise vamos mudar-nos para um pequeno T3”, com “lugar para 230 pessoas sentadas (arranjam-se mais alguns lugares)”. 
Além desta descrição, o anónimo adiantava ainda que o edifício contava com “mil e uma divisões que só servem para gastar”.

Vamos lá a lançar o debate: Pensar Seia!


DIAGNÓSTICO SUMÁRIO:

1 - Seia despovoa aceleradamente - e mais do que Oliveira do Hospital que neste momento já tem mais gente que nós - porque não tem indústria. Foi a indústria EHESE e FISEL, FERCOL, VODRATEX e depois muitas outras menores e satélites que trouxeram o "boom" populacional dos anos 60/70.

2 - A Indústria traz gente para nela trabalhar. E o comércio aproveita para vender. Se a Indústria desaparece e não é substituída por outra, as pessoas partem e o comércio morre.

3 - A indústria dos lanificios acabou, a EHESE foi absorvida e morreu, apenas a ARA e mais 2 ou 3 unidades de lanificios menores subsistem, mas sem impacto no número do emprego. Hoje o principal empregador é provavelmente a CMS seguida das IPSS e de algumas empresas com expressão muito inferior ao Contact Center. Uma migalha que a EDP nos deu por nos ter retirado o Centro de Distribuição de Seia. E mesmo assim tivemos que meter muita cunha...

Ou seja: o emprego que há por aqui é praticamente todo não reprodutivo. Não há criação de riqueza.
Com este cenário macroeconómico dir-se-ia que Seia estaria condenada a curto prazo, como muitas outras cidades do interior.

4 - No entanto, Seia possui, afortunadamente, um filão de ouro eternamente por explorar: o turismo na Serra da Estrela. Que me lembre, desde os meus 30 anos de idade que escrevo e leio sobre isso. O turismo e as oportunidades perdidas para Seia e para o Concelho.
Desafortunadamente, nenhum dos executivos municipais depois do 25 de Abril valorizaram minimamente esse filão.

5 - Seia tem vindo a resistir, para surpresa minha, sem ajudas nem estratégia de qualquer espécie ao inevitável despovoamento. Mas chegou a um ponto em que as poucas empresas e pessoas que ainda resistem perdem as forças para lutar contra tal conjuntura esmagadora da classe média e, uma por uma, baixam os braços e desistem.


PROPOSTA:
A nossa única saída é o Turismo. A única Indústria em que são os clientes que se deslocam para consumir os seus produtos.

Se tivéssemos outra saída, em 30 anos ela já teria aparecido. Nenhuma indústria se deslocalizará para aqui nem as de cariz tecnológico como se pensava há 1 década. Isso é tudo ilusão tal como o foi a doidice das zonas industriais desertas.
Temos que lutar pela nossa sobrevivência e bem estar e não esperar eternamente que outros nos venham salvar.

O estancamento do despovoamento implica a substituição dos postos de trabalho existentes em 2010 (já não falo nos anos dourados de 60 e 70) por outros na área do turismo. Só assim abrandaremos o despovoamento galopante e diário a que assistimos hoje.

1 - Visibilidade nacional: estou cansado de afirmar que temos que dar visibilidade ao nosso lado da Serra: a encosta Nordeste. Como sabemos, só a Covilhã tem notoriedade e visibilidade. Qualquer reportagem na Serra é feita exclusivamente no outro lado. Temos que atrair para aqui as TVs que "estacionaram" na Covilhã. A operacionalização está estudada mas é evidente que não vou oferecê-la de borla aqui.

2 - Visibilidade em clusters de mercado e estratificação: A CMS tem lá um projecto meu desde 2008 para captar a atenção e atrair turistas de gama média alta e conferir visibilidade de Seia a 2 MILHÕES DE TURISTAS PORTUGUESES / ano.
Nada de net, nada de tretas.
Tudo REAL e PALPÁVEL. Custava menos do que abastecer a frota de veículos da CMS uma só vez.
Se apenas 1% dos turistas-alvo fosse captado por este método (estimo que no primeiro ano não fosse muito mais do que isso dado o apagamento turístico da nossa região) estaríamos a falar de 20 mil pessoas / ano, só por via desse projecto. 2% daria 40 mil. 3% daria 60 mil.
60 mil pessoas deixariam em Seia 3 MILHÕES de EUROS que por certo a hotelaria não recusaria.

Resposta ao fim de 4 anos de espera e 250 mil potenciais turistas perdidos:
- "Para já não estamos interessados."

Quando me falam em estratégia estão, realmente, a falar de quê?

Seia Cidade Turística...?

Não tenhamos medo das palavras. O tempo passou e continua a passar inexoravelmente e as coisas têm que ser ditas.

Seia está MUITO MAL e a piorar dia a dia.

Estas fotos foram tiradas num domingo, 6 de Janeiro, por volta da hora de almoço.

Sol, bom tempo, alguma neve na Serra... e em Seia não há vivalma!
 
O despovoamento mais pernicioso nem é o das pessoas indiferenciadas. É o da inteligência: o dos técnicos, especialistas, recém licenciados e intelectuais. Todos fogem daqui e eu não os posso condenar por isso.

E se os melhores, mais jovens e promissores abandonam Seia, quem é que cá fica?

A falta de originalidade e espírito crítico são o principal cancro social que trava o desenvolvimento e atrai o obscurantismo.

Os senenses válidos e empreendedores que podiam contribuir com o seu trabalho e o seu esforço e o seu empreendedorismo estão neste momento a fazê-lo outras terras: aquelas onde vivem.

Os senenses que deviam - e são pagos para isso - desenvolver Seia estão a pensar na sua vida pessoal e no seu futuro próximo.

Não se faz nem se deixa fazer. Perde-se tempo com pormenores sem importância nenhuma enquanto se ignora o fundamental.

Preocupam-se com a problemática da formiga enquanto o elefante do Tempo vai esmagando, a cada dia que passa, a possibilidade de um futuro promissor para aqueles a quem o futuro pertence.