3.04.2004

Como é que se resolve o problema dos terroristas das linhas de comboio?



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Pagando-lhes o que eles quiserem para revelarem o local onde colocaram os engenhos, e depois convocar as televisões para comunicar que foi a Polícia que descobriu as bombas e capturou os criminosos, claro.
É a única forma de mais esta história real (em que ganham sempre os maus, embora não se saiba) poder ser contada ao povinho adormecido como se tivesse acabado em bem.
Fica tudo descansado. Até a polícia.
E até ao próximo telefonema "deles".

Sinais, para que vos quero!

Podemos chamar-lhe um 2 em 1?
Duas calinadas de uma vez só, juntas e ao vivo?

Apreciemos 2 sinais alucinados no centro de Seia:
O primeiro não existe. Foi inventado de propósito para nós. O triangulo tem o vértice para baixo(!!!) e indica que a estrada vai alargar(!!!!) em vêz de estreitar.
O segundo obriga-nos a virar para ... a Estalagem (!!!!!).



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A camioneta e o carro não obedeceram ao sinal.
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O desrespeito de um sinal de sentido obrigatório dá apreensão de carta (codigo da Estrada).

Seia está melhor do que o seu melhor!

Mais 2 carros assaltados em Seia

Não falha! É matemático.
Tal como eu previa ontem, o crime público aconteceu, de novo, em Seia.
Às 8 da noite, no estacionamento do Pingo Doce, mais dois carros assaltados e respectivo recheio furtado do seu interior. Carteiras, acima de tudo. Uma acabou por aparecer na Arrifana, hoje de manhã.
Eu bem avisei... era terça feira, ontem, e o carregamento estava a chegar... era preciso arranjar papel...
Não podem dizer quer eu não aviso publicamente... e ainda falta o que se vai passar esta noite, porque o "Recauchutagens" não anda por aqui a lume de palha...

Dra PaulA Portas!!!



Do amigo João Carreira recebo a prova de que o que se temia é, afinal, realidade.
Não se pode duvidar do Diário da República...
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Bastam as fotocópias de 3 documentos para se ficar a pedir: BURLA DOS CRÉDITOS ATACA EM SEIA

Dezenas de cidadãos burlados estão na lista negra do Banco de Portugal, todos com o crédito cortado há anos, alguns deles já com bens penhorados, e apenas porque entregaram os seus documentos nas mãos erradas.

Segundo a Polícia Judiciária, trata-se de uma rede que opera a nível nacional. Segundo os lesados, apenas a “esperteza” de uma gerente de um stand que já nem sequer existe, na zona Industrial. A verdade parece estar no meio. Até porque para além deste stand há outros particulares, na nossa cidade, acusados da mesma prática.

Atendendo a que os casos que nos chegaram estão todos a aguardar os trâmites legais optamos por não publicitar os nomes dos lesados, embora só alguns o tenham solicitado.
O stand em causa tinha por denominação Sousa Car e estava situado em plena zona industrial no local onde hoje se encontra uma oficina de pneus. Convém dizê-lo claramente, para se evitarem confusões com outras empresas que têm nome similar e que, no decurso da nossa investigação, foram também referenciadas por confusão.

A burla
As operações foram todas realizadas basicamente do mesmo modo.
A gerente desse estabelecimento é acusada de usar os documentos que os clientes lhe entregavam para fazer simulação de crédito – Bilhete de Identidade, cartão de contribuinte e um comprovativo de morada (factura da água ou da electricidade) – para outros fins. Com eles, e falsificando as assinaturas, comprava bens variados, justava obras e até os usava para servirem de fiadores de outras operações de crédito.
Tudo isto sem os clientes saberem. E todos continuaram descansados até começarem a cair nas suas contas as prestações dos bens “por si adquiridos”. Nessa altura as pessoas dirigiram-se, naturalmente apreensivas, ao seu banco, que acabou por informá-las do que se estava a passar. Os lesados foram de imediato pedir satisfações a quem realizou as operações sem seu conhecimento, e aqui é que as coisas se complicam mais....

1 - Comprei um Subaru sem o saber
João Cabral (nome fictício) só deu conta que tinha um carro novo quando começou a receber multas por estacionamento indevido. Convicto que se tratava de um erro dirigiu-se à GNR que lhe confirmou o pior: aquele carro estava mesmo em seu nome. O pior é que faltava pagar o crédito que foi feito, sem ninguém disso ter conhecimento, para a sua compra. As prestações não estavam a ser pagas – e não o foram, obviamente – e agora este cidadão já teve ameaças de penhora dos bens, às quais teve que responder em Tribunal, provando que se tratava de um abuso do seu nome. De qualquer maneira está prejudicado em mais de 40 contos e continua com o nome na lista negra do Banco de Portugal, «não podendo ter acesso sequer a um desses plano de pagamentos sem juros na Moviflor». O julgamento não está marcado ainda e o caso arrasta-se há 3 anos.

2 – Fui fiadora de obras numa casa que não conheço
Elisabete Ferreira (nome fictício) deslocou-se ao Stand SousaCar para ver de um carro para a filha. Depois de se ter agradado de um informou a gerente que ia tratar do crédito, ao que esta respondeu que não era preciso. Eles tratavam de tudo. Elisabete deu-lhe os documentos pretendidos juntamente com a fotocópia de um cheque em branco. Passados uns dias a gerente informou-a que tinham que ir a Viseu, perto do Palácio do Gelo, tratar do resto da papelada. Ela assim fez, mas ao chegar ao local combinado foi recebida por uma outra senhora que «começou a dizer que faltavam uns papéis». Elisabete não gostou do que ouviu porque já tinha entregue tudo à gerente do stand e ao voltar a Seia desfez o negócio. Pediu os documentos de volta e foi informada que já tinham sido rasgados por lapso. Passado um ano começou a detectar descontos que estavam a ser feitos à sua conta bancária. Dirigiu-se ao seu banco e «ao princípio não me souberam dizer o que era, mas depois de uns dias lá me disseram». Tratava-se de um crédito, de que Elisabete constava como fiadora, de umas obras numa casa, por sinal pertença de familiares da gerente do Stand. Como as prestações não estavam a ser pagas, o banco foi sobre a conta da Elisabete, que, por se recusar a pagar, tem neste momento o nome na lista negra do Banco de Portugal. O caso está em Tribunal desde 99 e o julgamento ainda não tem data marcada.

3- Comprei móveis numa loja em Tábua sem nunca lá ter ido
Ana Maria (nome fictício) comprou um carro para a irmã no mesmo stand e qual não é o seu espanto quando recebe uma carta do Tribunal informando-a que lhe vão penhorar os bens, já que o crédito que tinha feito para pagar os móveis que tinha comprado em Tábua, não estava a ser pago. Deslocou-se a Tábua à referida casa comercial e falou com o gerente que lhe deu toda a razão, porque «nunca tinha visto a Ana Maria na vida», nem ela nunca estivera naquela loja, e hoje é inclusivamente sua testemunha no processo que entregou no Tribunal contra a gerente do Stand. A verdade é que isto se passou há 4 anos e, até hoje, Ana Maria está impossibilitada, como os lesados anteriores, de contrair qualquer empréstimo.

Muitos mais casos de burla existem e não só originados pelo referido Stand. Outros particulares que também faziam créditos avulso são já alvo de processos similares.
A Polícia Judiciária confirma tratar-se de uma rede nacional e que este processo tem mais de 600 páginas. Os lesados de Seia, no entanto, estão convictos que a maioria dos casos que conhecem se confinam ao stand SousaCar com ligações a um outro stand de Celorico – Stand Sacadura – cujo gerente (na época 98 e 99) se encontra em parte incerta.
É portanto aconselhável o uso de toda a cautela ao entregarem-se fotocópias de documentos para a mão de desconhecidos.
Nunca se sabe como poderão ser usados no futuro. Em todos os casos relatados, as pessoas estão lesadas em montantes variados, e vivem como cidadãos sem pleno direito (sem acesso a crédito bancário) e sem que disso tivessem tido culpa alguma. Presume-se que, da forma como as coisas andam na Justiça portuguesa, até tudo se resolver legalmente mais alguns anos passarão. Quem os indemnizará por este grande transtorno nas suas vidas? Quem pretendia comprar casa, carro ou qualquer outro bem recorrendo à banca e já está há anos impossibilitado de o fazer, vai esperar até quando?

4 - Descaramento, saias e broncos!

Os mesmos cromos da história anterior (segundo versão oficial) acharam por bem roubar, à frente da funcionária, mais uma outra loja em Seia em plena luz do dia. Declarou a moça à SIC: «enquanto 2 homens se chegavam ao balcão a perguntar preços, as mulheres metiam a roupa toda que podiam debaixo das saias largas que traziam (!)». Estupefacta, a empregada telefonou a denunciar o furto de que estava a ser alvo «à sua frente». Não houve problema. Os 7 ciganos saíram calmamente pela porta da frente e foram apanhados ao cruzamento da Pulga (em Gouveia). Isto é o que se chama ser burro! Então, se lhes deram tempo para lá chegar, porque não sairam da estrada Seia-Gouveia? Nunca mais ninguém os via...

3 - Produção em série

Na noite de Carnaval, e só num bloco de apartamentos em S.Romão, foram assaltadas 3 lojas. É claro que em Seia e em Gouveia também houve assaltos, mas S. Romão ganhou, nessa noite, o primeiro lugar com distinção no ranking das localidades assaltadas no concelho de Seia. Não é inédito, no entanto. Já em tempos foram assaltadas 2 lojas na 1º de Maio ao mesmo tempo. Será que os empresários dos assaltos estão a começar a optar pela produção em série, para rentabilizar os investimentos?

2 - E sou só eu? Cadê os outros?

Um empresário de S. Romão foi seguido, casualmente, por um carro da GNR desde a sua residência até à empresa. Ao chegar aqui, estacionou com 2 rodas sobre o passeio. Os agentes interpelam-no imediatamente e de nada pareciam servir as explicações do empresário, até que este "se passou da cabeça" e gritou:
«- OK. Passem lá a porcaria da multa, e depois vêm comigo multar todos os carros dos ciganos, que estão totalmente em cima dos passeios, e pelos quais vocês passaram quando vinham atrás de mim! Se não, faço queixa de vocês, por perseguição».
Os agentes engoliram em seco e ... não houve multa para ninguém.

1 - Está a pé?... sopra na mesma!

Estava o dono de um café a despachar serviço muito sossegadinho no seu local de trabalho, quando é alertado pelos clientes para o facto de lhe estarem a bater no carro.
Sai cá fora e, para seu espanto, verifica que um veículo estava a tentar estacionar num espaço em que obviamente não cabia e, portanto estava sistematicamente a chocar contra a sua viatura.
Palavra puxa palavra e o condutor chama a GNR (em Seia tudo é possível!) que não está com meias medidas: faz soprar o condutor e o peão... E como este (o peão) acusava mais do que 0,5 foi detido e transportado para o posto. Moral: Em Seia, até para se ter o carro parado na rua é preciso estar sóbrio...

A Mentira política

«Retrocedemos 40 anos na Saúde» - diz o sindicato dos médicos, que acusa o ministro de «fazer da mentira política a sua norma» de actuação.
Isto é para levar a sério?
Porque é que o sindicato diz isto?
Será que retrocedemos mesmo na Saúde? Isto é extremamente preocupante, se o levarmos a sério.
Por outro lado ainda gostava de saber o que é uma mentira política.
Será diferente de uma verdade política?

Soares: É função dos Partidos combater a abstenção

E a melhor forma para o conseguirem era auto-extinguirem-se "de repentemente".
Era a única coisa que poderia devolver a credibilidade na democracia aos olhos dos cidadãos.
Os cidadãos a constituirem-se localmente em listas e fóruns de discussão - as verdadeiras plataformas democráticas.
E mandarem os partidos - as sociedades mafiosas de tráfico de influências - apanhar onde apanham as galinhas.
Isso é que era serviço...

É terça feira, dia da droga em Seia


«É terça feira... feira da ladra...»
Às nove da noite eram mais que muitos os janados à porta do Edifício Europa. Uma concentração tipo feira dos horrores.
De repente... zás! Desapareceu tudo.
Enquanto fui virar o carro para o estacionar melhor, não ficou lá nem um!
Limpeza Tide! - como diria a minha mãe.
E depois fiquei preocupado quando vi um marginal que só vejo 1 ou 2 dias antes de se darem grandes assaltos na cidade.
Dezenas de vezes detido, bem "amassado" naquelas caves da Guarda, segundo ele próprio, sempre se conseguiu safar alegando que só se metia em jantes e crimes ligeiros...
Já não o via há muito tempo, o «Recauchutagens»... vai faltar a água...

- «Tá tudo?
- Tudo servido? Tudo tratado? Então até à próxima e portem-se bem.
Se for preciso alguma coisa, já sabem... é só ligar que a gente dá cá um salto. Se não, tá-se!
OK! Xau, pessoal! Até sexta! Boas curtes!»

200 novos desempregados em cada dia

Já vai em meio milhão o número dos desempregados em Portugal, e continua a crescer ao ritmo de 6.000 por mês. 200 por dia.
Só professores são 30 mil! Se lhe somarmos mais 10.000 (!!!) que estão a exercer funções administrativas, temos 40.000 profissionais daquilo que mais precisamos - o ensino - a tratar de papelada ou parados e a fazer contas à vida.
Meio milhão!... Quem vai pagar os subsídios de desemprego a toda esta gente?

Mais de 180 mortos no Iraque


Abriu-se a caixa de Pandora, não há dúvida. Bush conseguiu dar cabo daquilo tudo.
Esperemos que pague pelo genocídio daquele povo.
Mais de 10.000 iraquianos já morreram ou para lá caminham desde que o War Lord decidiu apoderar-se do monstruoso lago de petróleo que jaz sob aquela terra.
E nem o petróleo lhes vai roubar, pelo menos tão cedo.
A Coreia continua a chamar a atenção do mundo afirmando que tem armas de destruição em massa e até nucleares (duvido).
O facto é que o Bush assobia para o lado e faz de contas que não ouve.
Corre-lhe mal a vida em termos políticos, mas ele lá continua bem disposto. De cada vez que me lembro que, horas depois da queda das torres, o bruto brincava, todo sorridente, com o caniche nos jardins da Casa Branca...
Longa vida a Bush, para que possa ver a imagem com que ficará na História.

195 arguidos na BT, não serão arguidos a mais?

Quer-se dizer: estamos a falar de um exército de 200 homens, que constituem a autoridade, profissionais de fazer cumprir a Lei e que estão formalmente acusados de corrupção envolvendo dinheiro, materiais de construção, combustíveis, álcool (!) e até favores sexuais.
Isto é o maior escândalo que me lembro acontecer em qualquer país da Europa civilizada, com as Forças da Ordem.
Bastante mais importante que a Casa Pia, não?
Pelo menos atendendo ao número de intervenientes e às características e responsabilidades da sua profissão.

Seia no seu melhor -a Requalificação Arquitectónica



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Do amigo Pedro Marques recebi estas fotos, da autoria de Pedro Pinto, que mostram a Requalificação Arquitectónica a ter lugar no edifício mais carismático da velha Praça da República.
Um regalo para os olhos.
Um zoomzinho, para se apreciar melhor o recorte das varandas.

O Déficit Democrático

O nosso Presidente, Eduardo Brito, queixa-se da existencia de um déficit democrático na nossa cidade.
Tenho que lhe dar razão.
Em Seia vive-se como se vivia nas aldeias em plena longa noite fascista.
Nada se pode comentar, que parece mal.
Que podem ouvir... que irão dizer as pessoas?.
Posição nenhuma, a não ser a de cócoras é por aqui admitida, tida e cultivada.
Pois a mim não me convence nem me apetece tal postura curvilínea.
Prefiro enfrentar sozinho o ostracismo das «Forças Vivas» a ter que me encolher como os ratinhos mencionados uns textos atrás.
Nada tenho contra os bichinhos - não seja eu mal interpretado - mas a verdade é que há Criação mais simpática que os cinzentos e taciturnos roedores, os imperiais paladinos da sobrevivência a qualquer custo.
De tal forma que, horas antes do naufrágio, e em tresloucado pânico provocado pela subida do fluido, se atiram da amurada em grupo, numa esperança tola de sobrevivência.
Vissem eles mais além... fossem eles mais altos que a amurada, e por certo se refreariam nessa última corrida.
Mas não. São pequenos e baixos. De forma que todo o seu horizonte visual se preenche com as sobras do cordame e com os sapatos dos marinheiros.
O que falta em Seia é, provavelmente, o mesmo que falta aos roedores do porão: um pouco mais de estatura, um pouco mais de porte, um pouco mais de raciocínio.
Se os senenses conseguissem debater de forma construtiva os problemas que os afligem - e tantos que são! - provavelmente muito se pouparia em erros e naufrágios evitáveis.
É que tanto no Verão como no Inverno, Seia continua a ser a capital... do déficit democrático.

Cartoon: Um assalto em Seia

Cartoon de Paulo Coelho dos Santos (Riscus) segundo um guião meu.
Qualquer semelhança com a coincidência é pura realidade.

«Um assalto em Seia»

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Safa!

A actuação da GNR de Seia, neste momento, não será bastante lesiva dos interesses da cidade?

A Actuação da GNR em Seia será caso Único no Pais?
Porque infracções há-as em todo o lado e a toda a hora, mas se olharmos aos registos de transgressões sancionadas com multa, então é em Seia que se batem todos os recordes, pelos vistos.
«Em lugar de ajudar os condutores, a GNR multa-os a torto e a direito». As pessoas de Seia vêem na GNR um força muito mais repressiva do que construtiva, cuja acção fosse entendida em prol da comunidade...

Das 8 missões que a GNR publicamente assume (www.gnr.pt)apenas metade da terceira (a que se refere à regulação do trânsito) é levada a efeito em Seia e com «nítido excesso de zelo», a avaliar pelas queixas generalizadas da população.

Em lado nenhum se vê esta permanente “caça à multa” à saída dos bares e nos parquímetros da cidade. Um minuto (um) é suficiente para originar uma multa. Dezenas de condutores são obrigados a fazer o teste do álcool à noite e aos fins de semana nos locais mais incríveis – até em parques privados, curiosamente - alguns a escassos metros das residências dos condutores. O episódio caricato relatado n’ “a mosca” desta semana em que um cidadão apeado foi obrigado a soprar como se estivesse a conduzir, é disso gritante exemplo.

Menos se compreende quando os próprios elementos da Corporação também não são abstémios e frequentam, às vezes no mesmo dia e à mesma hora, os mesmos restaurantes e bares dos dos cidadãos que a seguir têm a coragem de interceptar. Conclusão: alguns militares têm sido convidados a soprar, também eles, pelos cidadãos que fiscalizam.

Todo o português tem dois olhos na cara e o senense não é mais lerdo que os demais.

É público que os habitantes das cidades vizinhas já deixaram de vir a Seia ao fim de semana à noite. Porquê? Porque estão fartos de ser “sacrificados” aqui, quando «isso não lhes acontece em mais lado nenhum», segundo se queixam.

Em compensação, os nossos jovens vão cada vez mais para Oliveira, Arganil e Viseu.
Estaremos à espera do próximo acidente mortal para pôr começar a debater este estado de coisas?
Aprendamos com Viseu: bastavam 2 brigadas colocadas à porta da Day After e do Hangar para se conseguirem, em cada fim-de-semana, centenas de cartas apreendidas. Porque não o fazem?

Por uma questão de inteligência e sensatez. Para além de não estar provado que o álcool seja responsável por mais do que meros 2% dos acidentes de viação, se o fizessem, estariam a liquidar a vida nocturna de Viseu, obrigando os jovens a ir para Coimbra à noite e a voltar de madrugada, com todo o risco que esse comportamento encerraria.

Em Seia não há essa visão. Quem quiser sair à noite ainda é obrigado a deslocar-se quilómetros, colocando em sério risco a sua vida e a dos acompanhantes. E mesmo assim, está sujeito a que lhe façam uma espera à entrada da cidade às 3 e às 4 da manhã.

Curiosamente à hora em que os assaltos e vandalismos acontecem e vão ficando, 99% deles, impunes.

Damos bem conta disso, porque de cada vez que a GNR consegue um sucesso, o nosso Capitão “salta” de imediato para as televisões numa lamentável falta de contenção que me recuso a comentar. Se fizesse o mesmo de cada vez que a GNR não descobre os criminosos, passava lá mais tempo que a Manuela Moura Guedes.

O que está primeiro? A patrulha às ruas onde há mais probabilidade de ocorrerem os assaltos ou o combate ao condutor alcoolizado, sem cinto e mal estacionado dentro da localidade... onde circula a 30 à hora?

Á GNR não cumpre ser mecânica e insensível. Cumpre-lhe zelar pelo bem estar dos cidadãos, que estão inseridos no seu meio ambiente, na sua terra e num conjunto de hábitos e normas sociais que não são diferentes dos das cidades vizinhas, e que não podem ser invertidas do dia para a noite.

Concluindo: A filosofia de “perseguição continuada ao condutor” que se verifica em Seia encerra em si mesma os seguintes erros estratégicos crassos:

1º - É socialmente injusta, na medida em que reprime de forma desproporcionada os seneneses e visitantes, comparavelmente ao que se passa no resto do país.

2º - Leva rapidamente a vida nocturna de Seia à ruína, desertificando a noite, e promovendo a cidade a um “pasto” ainda mais favorável aos roubos, assaltos e todo o tipo de criminalidade.

3º - Conduz indirectamente a acidentes de viação evitáveis, porque à força do êxodo nocturno de jovens para outras paragens, estatisticamente será uma questão de tempo até que aconteça – novamente – o pior.

4º - E, acima de tudo, provoca nos cidadãos um perigoso e crescente sentimento de revolta contra a Força que os devia proteger, mas que na prática (e na sua óptica), apenas os prejudica.

O Sr Presidente da Câmara, enquanto autoridade máxima no Concelho, deve olhar rapidamente para este «excesso de zelo», altamente lesivo dos interesses da Cidade, se não a quiser ver ainda mais desertificada dia após dia.

Que se continuem a patrulhar as ruas e com mais rigor ainda, mas não para se “martirizar” quem ajuda o nosso concelho. Que tal seja feito para se evitarem os assaltos que se dão às horas em que a GNR está ocupada com outras atribuições.
Por outro lado, repare o sr. presidente, que não vale a pena continuar a gastar milhares de contos por ano para se atraírem turistas à nossa cidade, se depois os recebemos com centenas de multas de estacionamento e apreensões de carta em catadupa.

Para o ano, por este andar, em vez da capital da neve, seremos a capital do deserto.

E já agora, aproveitando o ensejo, pergunte-lhe lá (como quem não quer a coisa), porque não se verifica o mesmo rigor em Gouveia, a sede do seu comando...

Seia no seu melhor -a Requalificação Arquitectónica

Avelino Ferreira Torres escapa à Justiça da Liga

Avelino Ferreira Torres é um Português à antiga