7.21.2012

Sócrates não se safa desta...




Esta peça da TVI dá já como culpado José Sócrates de ter recebido 220 mil libras.
Eu não acredito nisso. Porque Sócrates não era tão burro que recebesse apenas 220 mil por um projecto de muitas dezenas de milhões...
Claro que 220 mil libras são...282 mil euros.
Mas ninguem ia receber APENAS 280 mil euros por um licenciamento completamente ilegal a 3 dias de sair do governo.
É por isso que eu acredito na inocência de Sócrates... relativamente a estes números, claro!
Até porque os juízes dizem que desta forma Sócrates pode defender o seu nome, mas... a reacção de Sócrates demonstra que ele não quer defender o seu nome. Não quer é ir a julgamento de maneira nenhuma!
E agora relativamente a Cândida Almeida, que nem acusou nem quis ouvir Sócrates quando ainda era PM?
Vai presa?

Carta ao Ministro da Educação: Injustiças gritantes na distribuição das cargas horárias dos professores


Injustiças gritantes na distribuição das cargas horárias dos professores


Ex.mo Sr Ministro da Educação
Os meus cumprimentos.

Enquanto professor de Matemática no Agrupamento de Escolas de Seia venho chamar-lhe a atenção para as colossais (está na moda o termo) injustiças que se estão a verificar na distribuição, pelos professores, do serviço e respectiva carga horária, levadas a efeito nos Agrupamentos de uma forma geral.

1º - Verifica-se uma inacreditável redução da carga horária dos 6 tempos de 45 minutos do ano passado para 4 tempos de 50 minutos por turma em todo o 3º ciclo. Ou seja: a Matemática perdemos 70 minutos / semana e por  turma relativamente ao ano passado. Pergunto: como iremos atingir os objectivos a que o Sr Ministro se propõe?

2º - As turmas terão muito mais alunos. Cerca de 26, em média, enquanto as anteriores tinham cerca de 15, comprometendo dramaticamente os objectivos a que nos propomos.
Assim, para além de uma redução real de 30% no tempo dedicado a cada turma teremos, para agravar o panorama, um aumento de 80% nos alunos. 

3º - Mas pior: como os mais graduados já tiveram que escolher horário, quem tem - como eu - 4 tempos de redução (art 79) fica com 4 turmas de 26 alunos (= 104 alunos) em vez das 3 de 15 (= 45 alunos) do ano passado, o que dá um aumento de 130% no número de alunos - e não esqueça que a redução de tempo por turma é de 30%!

4 - Mas a injustiça não se fica por aqui. Como o Sr e o seu Secretário de Estado já anunciaram que nenhum professor do Quadro fica com horário zero e não terá por isso prejuízo na sua carreira, o que vai acontecer é que em escolas como a minha vamos ficar DOIS professores com 9 turmas de 26 alunos e o terceiro será colocado na mesma mas sem ter turmas para leccionar. Portanto, regra geral, em cada TRÊS professores, UM ficará, de facto, sem fazer nada. Cá está uma redução de 30% financeiramente inútil (os professores recebem na mesma e não são penalizados) e injusta para os 2 professores mais graduados (em cada 3) que agora ficarão super-sobrecarregados.

É nesse sentido que escrevo ao Sr Ministro solicitando-lhe que mande alguém (que saiba fazer contas) avaliar bem estas gritantes situações de injustiça que estão a aparecer um pouco por todos os Agrupamentos de Escolas do interior e que serão fatalmente o grande foco de revolta dos professores a partir de Setembro.
Porque é claro que alguém não fez bem as contas. E o Sr Ministro tem dupla responsabilidade nesse particular.

Grato pela atenção e confiando no seu bom senso, me subscrevo.

Atentamente
João J. R. Tilly

Os professores tiraram licenciaturas verdadeiras em Universidades a sério



Tudo tem uma explicação nesta vida e esta estupidez dos cortes de 50% nos professores também.
Não tenho dúvidas de que se trata de um efeito multiplicador não considerado nas contas do ministério. Eles, com os mega agrupamentos, fizeram as continhas para colocarem APENAS os contratados em casa ou a tapar buracos. Mas como as turmas ficaram com o dobro dos alunos - ainda quero ver onde os vão meter nas salas que existem... - o efeito foi multiplicador e o corte que seria de 20 mil passou para 50 ou 60 mil.
Ninguem sabe.
Claro que em Agosto terão que corrigir tudo e fazer voltar tudo à primeira forma, embora - claro! - com outros nomes.
Simplesmente há um problema:
Os professores mais graduados já tiveram que escolher e ficam com o trabalho todo; e os menos graduados ficam com praticamente zero serviço. Mesmo que o horário não seja zero, o serviço realmente sê-lo-á.
O que é uma injustiça fenomenal para os professores mais graduados ( mais antigos).
Ficam com mais turmas e cada uma com muito mais alunos (eu, por exemplo ficarei com mais do dobro dos alunos que tinha o ano passado e menos 30% de tempo para os ensinar, porque a carga horária também reduziu de 6 tempos de 45 min para 4 tempos de 50 min, no nosso Agrupamento nos 8º anos.) Perdemos 70 minutos por semana relativamente ao que tínhamos o ano passado.
Não sei como podem ser exigir resultados com um aumento dos alunos para o dobro / turma e a redução de 30% no tempo de cada uma.
Mas isto também não é para levar a sério...

Nunca foram os povos que mudaram a História. Foram sempre Homens ISOLADOS

A democracia é uma treta. A maioria dos povos não sabe, sequer, quais as competências dos orgãos para os quais vota. Aqui em Portugal, por exemplo, o povo pensa que está a votar no Passos Coelho ou no Sócrates quando, de facto, está a votar em deputados que nem sequer conhece que terão assento numa Assembleia da República que não faz a mínima ideia para que serve.

Para os mais distraídos que se revoltam porque o povo tudo suporta sem se indignar e sem resistir sequer à fome e à doença a que o estão a subjugar, eu refresco a memória:
A mudança nunca veio do povo.

Aqui deixo uma lista de Homens que mudaram o mundo. Uns de uma forma e outros de outra.
Mas nunca - nem uma única vez - foi o povo quem fez coisa nenhuma.

Recordem que já em 1850 bastavam 5 cow-boys para conduzir uma manada de 5 mil cabeças de gado ao longo do Texas. Bastava que uma delas investisse contra o cavalo e o cow-boy seria esmagado de imediato.




Mas nunca investiam. Não será preciso dizer mais nada