A proposta de revisão da lei orgânica do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) foi discutida ontem no Parlamento sob uma forte onda de críticas do PCP e do BE, que já anunciaram o seu voto contra.
António Filipe e Fernando Rosas consideram que com a nova lei as ‘secretas portuguesas’ vão ficar livres de qualquer “fiscalização”.
“Nunca ninguém deteve tantos poderes em matéria de segurança em Portugal”, alertou António Filipe, do PCP. Já Fernando Rosas, do BE, criticou ainda o “superserviço”: “A criação de um superserviço de informações, dirigido por um órgão unipessoal, não é tranquilizador para o normal funcionamento das instituições democráticas.”
O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, refutou as acusações e rematou: “Alguns partidos lamentam não poder integrar o Conselho de Fiscalização.” in CM.
Incrível!
Aqui está o II Estado Novo a instalar-se à vista de todos.
Polícias secretas que não respondem senão perante um governante partidário asseguram que a democracia em Portugal já não passa de uma palavra absolutamente esvaziada de conteúdo e, muito proximamente, nem sentido fará.
É capaz de ser esta a saída, quem sabe lá?
Anda toda a gente aí nas ruas a pedir um ditador...
Pode ser que Sócras seja o «Escolhido».
Quando notarem que estes textos deixaram de aparecer neste blog, já sabem: fui «arrecadado».
Procurem-me em Peniche ou no Tarrafal.
Mais fotos do Tarrafal AQUI.
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9.16.2006
A nova PIDE: «Secretas» sem fiscalização
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