11.22.2003

Bastava que a banca pagasse o que deve ao fisco, para que os portugueses deixassem de pagar impostos.

FISCO SÓ PERSEGUE OS CUMPRIDORES

A Administração Fiscal está desmotivada e desorientada . Os serviços apenas "perseguem os cumpridores" e deixam de fora os prevaricadores. A falta de estratégia patente no Fisco foi veementemente criticada pelo presidente da CTOC, Domingues de Azevedo, na inauguração da representação da organização em Castelo Branco.

O responsável da CTOC referiu-se à fraude e evasão fiscais como um flagelo sem fim à vista, porque a Administração Tributária actual "está moribunda, apesar de possuir pessoal qualificado, mas que não anda no terreno". Referiu que, por não haver uma estratégia delineada no combate à fraude, existem empresas que "há dez anos não entregam declarações" sem que ninguém lhes peça "satisfações".

O actual momento é "grave" porque não se punem os incumpridores. Pelo contrário, "penaliza-se os que cumprem". "A Direcção-Geral dos Impostos, organização fundamental no combate à fraude e evasão é hoje uma imagem pálida da organização que foi no passado", sublinhou Domingues de Azevedo. A sua "descoordenação" justifica-se, entre outras situações, porque a nomeação dos seus responsáveis é "feita com base em amizades, sem que tenham o minimo conhecimento, nem sensibilidade para lidar com melindrosas questões".

Depois do reconhecimento público do caos a que a máquina fiscal chegou - para não destoar do resto do país, evidentemente - resta lembrar que só o Totta tem processos fiscais na ordem dos 12 milhões de contos desde o início dos anos 90 e até hoje, de adiamento em adiamento, ainda não pagou um tostão.
O mesmo se passa com toda a banca de uma forma generalizada (até a Caixa geral de Depósitos, que é do Estado, tem processos fiscais!) de tal forma que as últimas estimativas que transpiraram para o público em finais do ano passado apontavam para uma dívida generalizada de toda a banca ao fisco a ultrapassar os 100 milhões de contos.
Não se ouve a Ferreira Leite falar nisso.
E porquê?
Porque esta dívida é praticamente incobrável, já que os melhores advogados e especialistas em fuga ao fisco são funcionários da alta finança, ou do Belmiro.
Se juntarmos estes 100 a outros 260 milhões que o Belmiro tem recebido para as suas manigâncias de merging empresarial e apoios à contratação, chegamos a um valor próximo do orçamento... para as forças armadas!
Estes 360 milhões de contos entrados (ou no caso do Belmiro, não saídos) nos cofres do tesouro, e já que a população produtiva não ultrapassa hoje os 2,5 milhões de pessoas, evitavam que se cobrasse um único centimo a todo o trabalhador por conta de outrem.
E esta?

Comprar carros é em Espanha e pagar impostos, na China.

Um aumóvel de 62.000€ em Portugal, custa 41.000€ em Espanha
Coitados dos espanhóis. Também com o desgraçado nível de vida que eles têm (o ordenado médio não ultrapassa os 3500€ hoje em dia), ao menos que alguma coisinha os alegre...

Mas vão subir, os automóveis, cá.... que é para aproximarmos os nossos preços-base aos da Europa....

Bem: Esta Ferreira Leite é impagável!
Não é que a rapariga se esqueceu de esclarecer o povo que nós pagamos IA, e sobre este Imposto automóvel também pagamos IVA, e que somos o único país da Europa a cobrar imposto sobre imposto ao desgraçado que não pode andar a pé?
Artigo em http://www.automaniacos.blogspot.com/

Palavra de honra que a mulher está mesmo própria para esta imitação de país que nós para aqui temos!
Está, como diria, o Mestre André, no lugar certo, na hora exacta e momento oportuno.

Lugar certo, porque em mais nenhum país decente deixariam uma simples economista sem obra publicada chegar a ministra das finanças.
Na hora exacta porque, a esta velocidade, daqui a 2 anos a mulher está completamente disléxica. Portanto, sem querer, até aquelas frases sonantes com que enche aquela assembeleia de brutos, suportadas pelas máximas contabilísticas do compêndio do 1º ano do curso da escola comercial, são capazes de começar a fazer sentido.
No momento oportuno, porque o portuguezito anda tão desanimado com a porca da vida, agora que já percebeu que não tem - nem terá, nos próximos 90 anos - dez mil reís para mandar cantar um cego, que até já esta coisa suporta.
Noutro qualquer momento menos desanimador da nossa história, já este povo a tinha mandado ir dar banho ao cão.

Convenhamos que, depois de um Sousa Franco completamente choné a gritar as maiores inconfidências sobre o Guterres nos restaurantes, a gente até nem estranha esta coisa que nos calhou pela frente.
Agora: que a mulher não faz a mínima ideia de como gerir isto, até já o Durão percebeu.
Se não aproveitar para se demitir na sequência das primeiras baixas da GNR no Iraque, Durão vai mesmo ter que ser menos Molão e arranjar para a pasta das Finanças alguém que saiba como ir buscar dinheiro sem ser sempre aos mesmos - os pequenitos que, por acaso, já não têm mais para dar.

Pessoalmente continuo a achar que a Teresa Guilherme é que nos fazia cá muita falta a este governo.
Nas pastas das Finanças Cultura, Ensino, Ciência e Tecnologia.

Essa descobria imediatamente a forma de fazer o Belmiro devolver os biliões que lá tem de subsídios marados, e de começar a fazer pagar a SONAE SGPS, pelo menos alguma coisinha de impostos, em Portugal.

Sr Dr: mude-me o óleo, lave só por fora e aspire.

No blog "Médico explica medicina a intelectuais" escreve o autor:

Sobre a falta de médicos:
1 - Não existe ainda nenhum estudo científico e sério que confirme a alegada falta de médicos.
2 - Há em Portugal um excesso de hospitais, um excesso de serviços de urgência, um excesso de extensões de centros de saúde, um excesso de notícias veiculadas pelos jornalistas sobre a falte de médicos.
3 - Há casos de flagrante negligência planificadora da construção de hospitais separados por poucas dezenas de quilómetros: Torres Novas, Tomar e Abrantes; Portalegre e Elvas; Beja e Serpa; Cascais, S. Francisco Xavier, Santa Maria e S. José; Braga, Guimarães e Barcelos; Vila da Feira e Vale do Sousa. (citando de cor)
4 - Há extensões de centros de saúde, a construir em freguesias com algumas centenas de habitantes.
5 - Houve numerus clausus sucessivamente impostos por sucessivos governos.
6 - Há carências imacreditáveis ao nível do ensino da Medicina em várias faculdades.
7 - Não há incentivos (ou obrigação) de deslocar médicos para o interior do país.


É verdade que os relatórios europeus nos indicam que temos um número médio de médicos por habitante até superior à maioria dos países da europa.
Foi esse argumento que, prevalecendo ao longo de todos estes anos, nos levou ao estado quase caótico da Saúde em Portugal, só ultrapassado pelos restantes: o da Justiça, do Ensino, da Protecção Social, da Cultura, da Habitação, etc, etc...

Agora temos aí médicos de todas as nacionalidades, nenhum falando português, e, daqui a 10 anos, a nota mínima para entrar nas faculdades de medicina há-de ser como a que existe hoje para entrar nos polítécnicos do Interior: zero.

Aí poderemos contratar médicos para nos pintarem as casas, reparar a torneira que pinga e mudar o óleo ao carro.

Michael Cruz

Jackson foi preso ontem e libertado ontem.
Será julgado a 9 de Dezembro, daqui a meia dúzia de dias e saberá, nessa altura quem o acusa.
Cruz está preso desde 1 de Fevereiro. Há quase 10 meses.
Há 10 meses que não sabe quem o acusa nem porquê.
Sabe-lo-á no julgamento, quando este for marcado.
Provavelmente, por este andar, em finais de 2004.
Nessa altura Cruz estará na prisão há cerca de 22 meses sem saber de que é, textualmente, acusado.

Isto não é, de facto, um país, como eu dizia aqui há atrasado.
É um condado.
E o conde anda por fora, na caça.
Para aí há 80 anos.

Raquel Cruz, impotente, começou a escrever as crónicas dum esquizofrénico - afirma quem o conhece - de um inspector da Judiciária que publicamente terá afirmado, entre muitas outras coisas - que queria apanhar o Cruz.
O blog "muito mentiroso" que já não existe, há meses atrás trazia a história romanceada - ou talvez não - da conspiração contra Cruz.
Aí era caracterizado o inspector como um autêntico descompensado. Bate na mulher, nos filhos, tem dezenas de processoso a correr e negócios escuros em todo o lado, segundo aquele blog.
O procurador, segundo o 24 Horas, também tem processos contra toda a família, alguns dos quais de ameaças de morte.
Enfim: tudo gente recomendável, esta, que mantem o Carlos preso.

Enquanto o Hospital é o que está a dar, fecham as poucas fábricas do Concelho

Diz um leitor no PE ONline:
"Por incrivel que pareça, a prestigiada fábrica que tanto trabalho deu e tanto prestigiou Loriga, fechou as suas portas. Uma fábrica onde nunca faltou o trabalho, onde as encomendas nunca faltaram e...pura e simplesmente fechou, sem razão aparente, simplesmente porque lhe apeteceu. Mas antes, antes do seu encerramento foi chupada até ao tutano dos ossos, até não haver matéria prima. Porquê?
Porquê ninguém denunciou, porquê a Câmara e Junta nada fizeram, porquê o Porta da Estrela não diz e não disse nada? Nem uma minúscula linha no seu jornal. Será que isto é menos importante que um acidente com uma ambulância de Loriga? Fica aqui a questão".


Não. Não é menos importante. É, de facto muito mais.
Tanto que um responsável ameaçou telefónicamente o repórter Fernando Paninho de lhe dar um tiro nos cornos, se ele publicasse alguma coisa sobre o esperado encerramento da empresa, no PE.
Não publicou, mas não porque tivesse medo.
Porque não lhe foi dada autorização. Porque se pensou que essa notícia poderia prejudicar a empresa e os seus trabalhadores.
O PE conteve-se para proteger a empresa que afinal acabou por encerrar na mesma.
Até os delegados sindicais, contactados pelo repórter, se mostraram muito admirados e perfeitamente desconhecedores do que se estava a passar... Parece qualquer coisa de irreal, mas foi assim.

Seia está a passar pela mesma loucura colectiva dos EUA depois do 11 de Setembro, ou da Espanha, depois do Prestige.
Agora e subitamente é só o Hospital que está a dar.
Basta ver-se o exagero (bem intencionado, mas ainda assim uma clara falta de critério editorial) do Porta da Estrela desta semana, para se perceber que, de repente, uma só notícia existe em Seia: o novo Hospital.
O Presidente da Câmara ameaça demitir-se, enquanto aconselha os vereadores seus adversários a não o fazerem (!) por causa do Hospital.
Não há de facto fome que não dê em fartura... O Hospital é necessário há décadas. Não é de hoje. Não nos deixemos entorpecer nem embalar por histórias subitamente descobertas, como se da pólvora se tratasse.
Há empresas a fechar todos os dias. Desemprego a subir, as condições dos portugueses e dos munícipes estão aceleradamente a degradar-se.
E tem que se resolver o problema do Hospital esta semana?
Então não podia ter sido na anterior? Enquanto andava tudo atrás do Pacheco Pereira, quais cachorrinhos atrás do dono?
Agora que já não há assunto em Seia, é que o Hospital tem que fechar?
Tenhamos juízo e contenção nos nossos actos.
A demagogia, como tudo, tem limites.
E a História (não confundir com as Jornadas Históricas) está aí para não perdoar.