No blog "Médico explica medicina a intelectuais" escreve o autor:
Sobre a falta de médicos:
1 - Não existe ainda nenhum estudo científico e sério que confirme a alegada falta de médicos.
2 - Há em Portugal um excesso de hospitais, um excesso de serviços de urgência, um excesso de extensões de centros de saúde, um excesso de notícias veiculadas pelos jornalistas sobre a falte de médicos.
3 - Há casos de flagrante negligência planificadora da construção de hospitais separados por poucas dezenas de quilómetros: Torres Novas, Tomar e Abrantes; Portalegre e Elvas; Beja e Serpa; Cascais, S. Francisco Xavier, Santa Maria e S. José; Braga, Guimarães e Barcelos; Vila da Feira e Vale do Sousa. (citando de cor)
4 - Há extensões de centros de saúde, a construir em freguesias com algumas centenas de habitantes.
5 - Houve numerus clausus sucessivamente impostos por sucessivos governos.
6 - Há carências imacreditáveis ao nível do ensino da Medicina em várias faculdades.
7 - Não há incentivos (ou obrigação) de deslocar médicos para o interior do país.
É verdade que os relatórios europeus nos indicam que temos um número médio de médicos por habitante até superior à maioria dos países da europa.
Foi esse argumento que, prevalecendo ao longo de todos estes anos, nos levou ao estado quase caótico da Saúde em Portugal, só ultrapassado pelos restantes: o da Justiça, do Ensino, da Protecção Social, da Cultura, da Habitação, etc, etc...
Agora temos aí médicos de todas as nacionalidades, nenhum falando português, e, daqui a 10 anos, a nota mínima para entrar nas faculdades de medicina há-de ser como a que existe hoje para entrar nos polítécnicos do Interior: zero.
Aí poderemos contratar médicos para nos pintarem as casas, reparar a torneira que pinga e mudar o óleo ao carro.
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