11.24.2012

O que é que todas as luas têm em comum?



Crateras é o que todas as luas têm em comum.
Desde a nossa Lua até à Calisto de Jupiter que é, de entre todas, a mais bombardeada. Como não têm atmosfera as luas são a carreira de tiro do sistema solar.
Na NASA Ames existe um super canhão que é usado para se estudar o efeito do bombardeamento dos corpos celestes por asteróides e meteoritos. É a arma mais rápida do planeta. Projecta pequenas bolas de aço a 6,5km/s, 20 vezes a velocidade do som.
Mesmo assim muito mais lentas que um asteroide que pode chegar aos 15 kms/segundo. Daí a devastação que provocam.
O responsável peter Schulz é o maior produtor de crateras artificiais que existe e neste pequeno documentário imagens inéditas mostram os efeitos do bombardeamento de um asteróide numa esfera de vidro simulando um asteróide a colidir com uma lua. E portanto o nascimento dos vários tipos de crateras, dependendo do ângulo de ataque do projéctil (asteróide).
As crateras oblongas de Marte são explicadas por estas imagens. O ângulo é tão pequeno que só pode ter sido provocado por luas que saíram das suas órbitas e rasparam na superfície do planeta.  Estima-se que tenham sido mais do que 200 as luas que sairam das suas orbitas para colidir com o planeta mãe.
Marte é um destruidor de luas. Só lhe restam duas e uma delas em pouco tempo (40 milhões de anos) chocará com Marte: justamente Phobos, a Lua que poderia ser habitada por nós.
Só temos 40 milhões de anos, portanto, para o fazer...
Outrora tivemos centenas ou milhares de luas no nmosso sistema solar.
Quase todas foram absorvidas pelos respectivos planetas.
Estas 95 são as sobreviventes desse processo.

Phobos, lua de Marte



Phobos é provavelmente o próximo mundo onde os humanos poderão aterrar...
Phobos é uma pequena rocha vagueando no espaço com a forma de uma batata, uma das duas luas de Marte (a outra é Deimos ainda mais pequena).
A baixa gravidade faria de nós super-Homens. Voaríamos com facilidade porque pesaríamos tanto como um rato. Flutuaríamos em vez de andar e correríamos o risco de nos tornarmos uma lua à volta de Marte se déssemos um salto com um impulso maior...
O sol nasce e põe-se a cada 8 horas. Phobos está pejada de crateras e é um local muito sujo devido à poeira dos asteróides que embateram nessa lua.
À noite as temperaturas são de 112 C abaixo de zero.
Em Phobos poderíamos levantar rochas de mais de 4 toneladas e fazer 3 mil saltos mortais seguidos sem cair.
A cratera Stickney é a maior de Phobos, com 11 kms de largura. Foi aberta por um pequeno asteróide do tamanho de 2 campos de futebol que a atingiu a 22500km/h. Essa onda de choque provocou uma alteração estrutural imensa no seu interior. Imensas brechas e grutas poderão ter-se formado em consequência do choque.
Essas cavernas poderão proporcionar um ambiente acolhedor e protector à Humanidade exploradora. Ao sair delas depararíamos com espectáculo alienígena de um Marte gigantesco apenas a 6400 kms de distância, que ocuparia todo o nosso horizonte visual.
Pensa-se que Phobos poderia tornar-se numa estação espacial orbitando Marte, protegendo-nos das tempestades das poeiras marcianas.
Poderemos, pois, imaginar que ainda durante o nosso tempo de vida seria possível que a Humanidade se instalasse em Phobos.

IO - lua de Júpiter



IO é a lua mais quente do sistema Solar.
A 800 milhões de kms do Sol ela é "aquecida" pela deformação provocada pela acção gravítica de Júpiter. 
IO é constituída de rocha fundida, gás venenoso e radiações mortais. Um ambiente próximo do imaginário do Inferno. 
Absolutamente Inóspita, IO sofre erupções vulcânicas de 300 vulcões activos.
O mais conhecido deles - Prometheus - lança gás venenoso a 80 kms de altura. Mas o maior é Loki, o maior vulcão do Sistema Solar que gera mais calor que todos os vulcões da Terra juntos. Amirani é outro que tem 480 kms de lava permanentemente no maior rio de lava do sistema. 
IO produz lava suficiente para pavimentar todos os continentes da Terra uma vez por ano. Tem montanhas com o dobro da altura do Evereste. 
A poucos metros dos vulcões registam-se temperaturas de 128 graus abaixo de zero. Em IO ficaríamos queimados de um lado e gelados do outro. 
Quando a lava atinge a neve eleva-se uma pluma magnifica a 400 kms de altura. Ao arrefecer no espaço, a pluma regressa à superfície em forma de neve sulfúrica de todas as cores. Por isso IO é vermelha, castanha, amarela e verde. 
Cientistas estudam a composição da lava de IO e chegaram à conclusão que a temperatura dessa lava é 260 graus mais alta que a terrestre, que ronda os 1150 graus C. IO terá, assim, a lava mais quente do sistema solar, rondando os 1420 C. Só houve temperaturas dessas na Terra há 3 mil milhões de anos. Por isso IO é estudada como o parque jurássico dos vulcanólogos. 
Jupiter pulveriza IO com uma radiação 4 mil vezes maior que a fatal. Por isso teríamos que nos socorrer de cavernas - tubos de lava de vulcões antigos se quiséssemos sobreviver em IO. A rocha acima dos tubos bloquearia as radiações. E só poderíamos sai por breves períodos. 
No céu, o maior espectáculo do Sistema Solar: Uma aurora boreal de gases vulcânicos cintilantes produzida pelo dióxido de enxofre libertado pelos vulcões quando é atingido por partículas carregadas emitidas por Júpiter. O gás choca com as partículas intensamente carregadas (electricamente) e produz uma luz néon gigantesca. 
Algo verdadeiramente único em todo o sistema solar....
www.joaotilly.blogspot.pt

Tritão, a maior lua de Neptuno



A maior lua de Neptuno, a 5 mil milhões de kms da Terra, é também a mais fria lua do Sistema Solar. A 240 graus C negativos, próximo do zero absoluto, é surpreendentemente um mundo dinâmico e psicadélico. Um mundo surrealista. 
Geisers, vulcões e superfícies geladas coexistem. 
Vulcanismo e gelo não parecem dar-se bem, mas aqui dão. Os maiores vulcões estão aqui. Mas não são de lava. São vulcões de gelo derretido. Onde a lava é gelo. 
Os geiser são de nitrogénio (azoto) a ferver, a 195 graus avaixo de zero. Estes geisers atingem 8 kms de altura. 
A gravidade é um doze avos da terrestres. Pesaríamos 6 kgs em Tritão e se fizéssemos mergulho nos geisers seríamos em seguida projectados na atmosfera onde poderíamos quase voar. 
Os geisers em Tritão têm o décuplo da potência dos terrestres fazendo, ao longe, parecer que esta lua tem chaminés. 
Pensava-se que as luas exteriores do nosso Sistema Solar eram frias e sem movimento. Mas esta lua absolutamente gelada e plena de movimento prova o contrário.

As 95 luas do Sistema Solar - teaser

O nosso pequeno Sistema Solar tem identificadas, até agora, nada menos do que 95 luas. Este é o teaser do documentário que estuda as principais. Em algumas delas pode haver vida. Noutras há oceanos e noutras ainda poderíamos levantar pesos de 400 toneladas e voar como o super Homem...