ESTAMOS A COMBATER O FOGO COM AS ARMAS ERRADAS
Uma pequena G3 aos ombros de um militar previne que meio país se incendeie. Faz, por isso, muito mais que centenas de bombeiros arriscando diariamente a vida. E que dezenas de carros e aviões gastando combustível.
A prevenção actual e o combate aos incêndios custam 160 milhões mais algumas vidas humanas anualmente.
A prevenção sazonal, com brigadas armadas a vigiar as florestas não custa nada. E é o único exercício útil que um exército inútil deve ter como prioridade.
No centro do país temos quartéis em Viseu, Lamego e Castelo Branco. Justamente as 3 zonas mais afectadas pelos incêndios este ano. O que fizeram os militares? Nada. Continuam nos quartéis a jogar à sueca e a esbanjar o erário público.
E os desgraçados dos bombeiros vieram morrer para as matas na tentativa inútil de as salvar. Porque também desapareceu tudo o que havia para arder.
99% do fogo que existe é posto. Temos que parar de ser estúpidos. Não há auto-ignições às 3 da manhã se as não houve em toda a tarde, em parte nenhuma do globo.
Toda a gente sabe isso.
Então trata-se de uma guerra, e não de uma catástrofe natural, que perdemos há várias décadas sucumbindo aos interesses de quem vende material e meios aéreos para a imponente fogueira de inteligência em que se tornou Portugal.
Há que pôr cobro a esta estupidez e a esta indignidade enviando as nossas tropas inúteis para o único lugar em que elas podem ser muitos úteis: para as orlas das matas.
Bem visíveis, com ordem de disparar contra vultos furtivos à noite, o exército torna-se um elemento dissuasor com eficácia a 100%.
É claro que ninguém dispara a matar à primeira vez. Serão sempre tiros de aviso. Mas qualquer incendiário percebe que não se pode sujeitar à má pontaria de um maçarico que, às 3 da manhã, o confunde facilmente com um javali.
Os fogos terminarão no mesmo ano em que o exército for colocado a patrulhar as matas à noite.
Porque é que ainda não o fizeram?
Porque os tais 160 milhões/ano aguçam o apetite a muita gente que vive da única indústria que interessa a quase todos.
Excepto a quem perde os haveres e a quem perde a vida a tentar salvar propriedade alheia.