6.07.2006

O fogo a antecipar-se irritantemente ao futebol


O Governo em geral e o ministro da Administração Interna em particular esperariam um início de época de fogos sem grandes polémicas.
Se mais não fosse, pelo menos porque, quando o calor começasse a apertar, o país estaria com os olhos na Alemanha e as televisões e os jornais cheios de reportagens sobre os golos, os que não foram mas deveriam ter sido, a dor no dedo mindinho do Pauleta, o que almoçou o Cristiano e jantou o Figo, etc, etc, etc.
Mas a meteorologia trocou as voltas a Sócrates e Costa e expôs as fragilidades do plano de combate aos fogos florestais que o ministro da Administração Interna passou dias a vender como a melhor coisa do mundo, num périplo de Norte a Sul do país.
Umas semanas antes do previsível, e quando os portugueses ainda só têm um ouvido na Alemanha, subiu o mercúrio nos termómetros e atearam-se as chamas nas florestas – tal qual aconteceu no ano passado e nos outros antes desse. Apesar das garantias do ministro de que nada voltaria a ser como antigamente…