Seia continua ostracizada tanto no que se refere à sua privilegiada entrada para a Serra da Estrela, como até e simplesmente no que concerne à rede rodoviária.
Quem entrar em Portugal, vindo de Vilar Formoso, só apanha a primeira indicação sobre a localização, distância ou até apenas a direcção de Seia em Gouveia... a meros 15 quilómetros da nossa cidade.
Se não tiver um mapa ou um GPS, só cá virá parar por milagre.
Entretanto, placas com a indicação de Gouveia há 11!
E 8 delas - 8 - directamente associadas à Serra da Estrela!
Oito placas anunciam ao condutor que a entrada para a Serra da Estrela é por Gouveia.
Sem sequer haver uma única alternativa para a entrada por Seia!<br>
Isto só se pode explicar... de forma nenhuma.
Depois queixamo-nos que o turismo ignora Seia e prefere outras entradas para a Serra.
E nós? O que fazemos para combater esta desinformação e voltar a associar Seia à Serra?
Eu faço o que posso....
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1.14.2007
Indicação rodoviária para Seia não existe.
Quem não souber o caminho para Seia só cá vem parar por milagre!
A propósito da Galp em Celorico:
onde se espera 15 minutos para se conseguir que o empregado nos traga um café...
Quando se vêm os gráficos de produtividade internacional que comparam a portuguesa às demais da europa, fica-se um pouco céptico.
Mas, infelizmente, esses indicadortes parece não andarem muito longe da realidade.
Nas bombas da Galp, em Celorico, por exemplo, consegui esperar, na passada sexta feira, 15 minutos que o empregado acabasse as conversas com os cromos que ali estavam ao balcão a beber brandys - em plena auto-estrada e às 11 da manhã! - para se dignar servir-me um café.
Claro que teve que as ouvir...
Os meus amigos perguntam-me se eu quero mudar o mundo.
E eu respondo que, por onde eu passar, um rasto de civilização terei que deixar. Nem que ele dure apenas 10 minutos depois de eu virar costas.
É o meu contributo para o mecanismo de correcção social.
Se todos reclamarmos das poucas vergonhas que vemos todos os dias e das indignidades que insultam a nossa inteligência a par e passo, as coisas tenderão forçosamente a melhorar.
Se nos calarmos... fica tudo na mesma. Ou seja: cada vez pior.
E Portugal sempre a cair nos rankings civilizacionais europeus.
Eu acredito que é nas pequenas coisas do dia a dia que se pode ir mudando a mentalidade do tuga actual absolutamente demitido dos seus direitos.
Porque não será a classe política mais incompetente e corrupta da Europa que a vai mudar, descansem...
A ela convém-lhe precisamente que o tuga amorfo, imbecil e futeboleiro continue cada vez mais estupidificado.
É esse o papel incumbido das televisões.
Foi por isso que se acabou com o antigo jornalismo, que não existe mais.
A Alta Finança tomou conta dos jornais, rádios e televisões, justamente para que os governos (sejam eles quais forem, porque todos eles trabalham para si), não sofram incomodidades.
Interessa-lhe que os portugueses se demitam dos seus mais elementares direitos e se deixem continuar neste sono mórbido, a continuar a serem ultrapassados pelos mais pobres países da Europa.
É isso que interessa a quase todos. Aos governos, à Alta Finança e à classe política na oposição, que espera a sua vez para se vir a abotoar, «como os outros».
Mas não é isso que interessa a Portugal
As habilitações literárias do ENG bacharel!
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, 1º ministro desta república, tem um bacharelato em Engenharia Civil pelo ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra), informação que não é contestada.
Porém, na sua biografia oficial é dito que Sócrates Pinto de Sousa é "Licenciado em Engenharia Civil".
No perfil que foi publicado no Diário de Notícias, por Filipe Santos Costa, é dito que "... quando voltou à Covilhã, em 1981, Sócrates já tinha complementado o bacharelato com a licenciatura, em Lisboa".
Mas a licenciatura que existia em Lisboa nessa altura (1979-81) era no Instituto Superior Técnico, onde Sócrates não consta como aluno.
Por isso, em 1981 Sócrates não estaria licenciado por Lisboa.
Onde foi que se licenciou, então?
Teria sido no ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) do Instituto Politécnico de Lisboa?
Não. Porque aí a Licenciatura Bi-Etápica em Engenharia Civil só começou em 1998/99.
No ISEC, onde fez o bacharelato?
Não. Porque a licenciatura bi-etápica em Engenharia Civil no ISEC também só começou em 1998/99.
Também não frequentou a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, nem o Instituto Superior Técnico, nem frequentou a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Portanto, Sócrates NÃO ERA licenciado em 1981.
Na Ordem dos Engenheiros também não está inscrito, NEM SEQUER HOJE.
O bacharelato em Engenharia Civil do ISEC tinha quatro anos (8 semestres) - só passou a três anos na reestruturação de 1988 (Decreto-Lei nº389/88, de 25 de Outubro) empreendida por Roberto Carneiro. Onde fez Sócrates a dezena e meia de cadeiras (veja-se o plano do 5.º ano da licenciatura no ISEL) que precisava com o bacharelato do ISEC para obter a licenciatura?
Os Cursos de Estudos Superiores Especializados (4 semestres) só começaram no ISEC em 1991 e no ISEL em 1988 (Direcção, Gestão e Execução de Obras - 4 semestres) e 1990 (Transportes e Vias de Comunicação - 4semestres).
Além disso, um CESE não é uma licenciatura. Por isso, esta hipótese não parece plausível. Não é.
Não consta que Sócrates tenha frequentado a licenciatura bi-etápica do ISEL ou do ISEC.
Mas Sócrates afirma ainda que "concluíu depois uma pós-graduação em Engenharia Sanitária pela Escola Nacional de Saúde Pública" (ENSP).
Todavia, o curso de Engenharia Sanitária é leccionado desde 1975 na Universidade Nova de Lisboa, pertencendo, desde a criação das faculdades da Nova, à sua Faculdade de Ciências e Tecnologia, primeiro sob a forma de curso de especialização e a partir de 1983 como mestrado.
Exige a licenciatura como condição de admissão.
Sócrates nunca pertenceu à Escola Nacional de Saúde Pública (que em Abril de 1994 foi integrada na Universidade Nova de Lisboa).
Mas Sócrates não foi aluno desse curso de Engenharia Sanitária da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (que foi criado em 1975) - nem ele o diz,pois refere expressamente que a sua "pós-graduação" foi na ENSP.
Então, que curso de Engenharia Sanitária fez?
Chamar-se-ia mesmo "pós-graduação"? Ou seria um curso de curta duração na ENSP?
E em que ano decorreu? Sócrates já seria licenciado quando frequentou essa "pós-graduação"?
O que parece verdadeiro é que José Sócrates Pinto de Sousa terá obtido em 1996 uma licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente !!!!! Que equivalências lhe foram atribuídas e quantas cadeiras teve de frequentar e concluir ???
Se compararmos os planos dos dois cursos - o bacharelato do Politécnico de Coimbra e a licenciatura da Universidade Independente -, e as respectivas disciplinas, chegamos à conclusão de que um candidato com o bacharelato do ISEC precisa de fazer 10 cadeiras (existem algumas disciplinas do curso na Universidade Independente que não têm correspondência no curso de Coimbra) e mais uma de Projecto para se licenciar na Universidade Independente de Lisboa.
Não deve ter sido fácil, tendo em conta que Sócrates teria concluído o bacharelato em 1979.
A Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente foi criada pelaPortaria n.º 496/95 de 24 de Maio de 1995, embora o diploma tenha, retroactivamente, autorizado o funcionamento do curso desde o ano lectivo de 1994/95.
Ora, o primeiro governo de António Guterres (o 13.º Governo Constitucional) toma posse em 28 de Outubro de 1995 e José Sócrates é ministro adjunto do primeiroministro.
Nessa desgastante função, José Sócrates parece ter encontrado tempo e concentração, na mesma altura em que prepara e participa na campanha eleitoral durante o ano de 1995 e, já no Governo, adjuva o primeiro-ministro e coordena as secretarias de Estado da Comunicação Social, Desporto e Juventude, para, quinze anos depois do seu bacharelato, realizar as 11 cadeiras que, em princípio, teve de efectuar para obter o título de licenciado em Engenharia Civil em 1996.
Deve ter sido muito difícil, um esforço quase sobre-humano.
Não há motivo algum para que Sócrates tenha escondido do povo português a sua epopeia académica, a não ser por modéstia, o que, neste caso, não se justifica.
É um motivo de grande orgulho próprio e um exemplo de sucesso para jovens e adultos.
Enfim, não é de admirar a surpresa do engenheiro sanitário Pinto de Sousa perante a realidade técnica dos finlandeses.