1.14.2007

A propósito da Galp em Celorico:
onde se espera 15 minutos para se conseguir que o empregado nos traga um café...


Quando se vêm os gráficos de produtividade internacional que comparam a portuguesa às demais da europa, fica-se um pouco céptico.
Mas, infelizmente, esses indicadortes parece não andarem muito longe da realidade.
Nas bombas da Galp, em Celorico, por exemplo, consegui esperar, na passada sexta feira, 15 minutos que o empregado acabasse as conversas com os cromos que ali estavam ao balcão a beber brandys - em plena auto-estrada e às 11 da manhã! - para se dignar servir-me um café.
Claro que teve que as ouvir...

Os meus amigos perguntam-me se eu quero mudar o mundo.
E eu respondo que, por onde eu passar, um rasto de civilização terei que deixar. Nem que ele dure apenas 10 minutos depois de eu virar costas.
É o meu contributo para o mecanismo de correcção social.
Se todos reclamarmos das poucas vergonhas que vemos todos os dias e das indignidades que insultam a nossa inteligência a par e passo, as coisas tenderão forçosamente a melhorar.
Se nos calarmos... fica tudo na mesma. Ou seja: cada vez pior.
E Portugal sempre a cair nos rankings civilizacionais europeus.

Eu acredito que é nas pequenas coisas do dia a dia que se pode ir mudando a mentalidade do tuga actual absolutamente demitido dos seus direitos.
Porque não será a classe política mais incompetente e corrupta da Europa que a vai mudar, descansem...
A ela convém-lhe precisamente que o tuga amorfo, imbecil e futeboleiro continue cada vez mais estupidificado.
É esse o papel incumbido das televisões.
Foi por isso que se acabou com o antigo jornalismo, que não existe mais.
A Alta Finança tomou conta dos jornais, rádios e televisões, justamente para que os governos (sejam eles quais forem, porque todos eles trabalham para si), não sofram incomodidades.
Interessa-lhe que os portugueses se demitam dos seus mais elementares direitos e se deixem continuar neste sono mórbido, a continuar a serem ultrapassados pelos mais pobres países da Europa.
É isso que interessa a quase todos. Aos governos, à Alta Finança e à classe política na oposição, que espera a sua vez para se vir a abotoar, «como os outros».
Mas não é isso que interessa a Portugal

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