11.30.2003

Um em cada 6 portugueses é deficiente. Está tudo explicado.

Anda tudo à procura de uma razão que possa justificar o nosso perpétuo atraso relativamente aos restantes países da Europa.
Atraso esse que, apesar dos biliões de contos em subsídios da CEE recebidos (e dos milhares de cursos de formação, nos mais variados e inacreditáveis âmbitos ministrados ao povo), se mantem e se agrava, a cada dia que passa.
Em 1986 ainda tinhamos a Grécia e a Irlanda atrás de nós, mas hoje estamos orgulhosamente isolados no comando da tabela invertida.
Eu tenho desenvolvido uma teoria, baseada apenas na minha observação enquanto professor - e não é preciso muito mais, como verão - que aponta inequivocamente para uma razão de peso que pode explicar este nosso atraso europeu.
É tão simples que até assusta: Em Portugal existem 670 mil deficientes cadastrados.
Segundo o professor Martelo, 1 em cada 15 portugueses é deficiente profundo.
Engana-se o professor.
Em cada turma de 20 alunos há pelo menos 2 que nunca estão cadastrados como deficientes mas que o são claramente, na medida em que não conseguem desenvolver qualquer tipo de raciocínio a um nível superior ao do perú.
Esta é a triste realidade. Estamos a falar de 10% dos alunos cujo futuro não ultrapassará o dar palha à burra.
Agora se somarmos estes 10% aos 6.7% já cadastrados, chegamos ao impressionante valor de 16,7%, ou seja exactamente um sexto da população é deficiente. Físicos ou mentais.
Eu lembro um estudo mandado fazer pelo governo de Cavaco Silva a uma empresa Suissa sobre o rendimento intelectual dos portugueses e que foi logo interrompido aquando da entrega do relatório preliminar sobre a população algarvia. Os jornais fizeram grande eco deste escândalo, na altura. A verdade é que o relatório apontava para números que nem os responsáveis queriam acreditar. Mais de metade dos cidadãos algarvios adultos inquiridos apresentavam atraso mental acentuado relativamente ao padrão médio europeu.
Penso que não serão necessárias muito mais considerações sobre o tema, mas era importante tentar encontrar o vírus que nos deforma e nos mantem nesta triste sina, geração após geração.
Será o radão na atmosfera? O Urânio no subsolo? A salmonela nas águas? Ou simplesmente um fenómeno de transmissão genética da deficiencia mental profunda detectada pela primeira vez em 1640?
Isso é que era preciso descobrir...

P.I.D.D.A.C. - Pontapé no Isférico Determina Dantesco Atraso Congénito

O governo actual inscreveu no PIDDAC para 2003 qualquer coisa como 2700 milhões de Euros para Obras públicas. Só os 10 estádios para a bola iriam custar, fora as derrapagens, ao Estado, 670 milhões de euros - 150 milhões de contos!!

Para a Educação foram apenas 178 milhões de euros, para a Cultura 111, para a Justiça 142 e para a Saúde 278.

Tudo somado, na Cultura, Saúde, Educação e Justiça foi investido pouco mais do que nos novos estádios de futebol.

Para a Segurança Social foram apenas 170 milhões... um quarto do que foi para a bola!!

E ainda por cima, sabendo todos nós que naqueles relvados o comum praticante nunca poderá sequer pôr pé, já que eles são exclusivamente destinados às "super estrelas do pontapé no esférico", "aos heróis das 4 linhas", os verdadeiros paradigmas e embaixadores do analfabetismo nacional.
Agora, sai-nos a Espanha para nos eliminar logo na primeira volta...
Felizmente!!!
Pode ser que este povo caia em si, depois desta PIDDACiana vergonha.