12.29.2013

PORTUGAL: Pensões com confiança e salários sem ela


TC distingue entre pensões e salários. 
Quem recebe as primeiras pode manter nelas a sua confiança inabalável. Já quem recebe os segundos deve neles perdê-la por completo e passar a aceitar aquilo que lhe quiserem dar ao fim do mês. Que pode mudar todos os meses. 
Isso é o chamado roubo, perdão: flexibilidade com cobertura Constitucional. 

Este inverno ficámos a saber que cortar pensões a quem as recebe VIOLA o Princípio da Confiança, mas cortar salários a quem os recebe já não. Já não VIOLA esse Princípio. 

Só num país com consolidado e maduro espírito crítico, uma situação com este nível estonteante de lógica e inteligência poderia ser levada por diante. 

E não se vê nenhum comentador televisivo elogiar este desanrincanço do TC. Provavelmente porque o espírito crítico destes comentadores já se reformou e já está no Lar da Misericórdia. 

Mas melhor: o corte de salários é aplicado APENAS AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS que, uma vez mais, estão a pagar alegremente as loucuras, devaneios e saques - perdão: isto hoje não está a correr bem. Queria dizer: os investimentos de Interesse Nacional patrioticamente levados a efeito pela já tão sacrificada classe política Nacional. 

Em nenhum país desenvolvido - nem na maior parte dos subdesenvolvidos - uma tal maravilha constitucional seria possível. 
Mas aqui é. 

E sabem porquê? Porque os 3 grandes estão empatados pela primeira vez há não sei quantos anos. Quer dizer: eu não sei, mas a maior parte dos portugueses sabe. Isso sabe. 

É por isso que as pensões são intocáveis e os salários não. 

ABSURDOS DE PORTUGAL - IMI e avaliações de imóveis

 O IMI é mais um imposto que o incauto que meteu ombros à construção da sua casa de habitação, há 20 ou 30 anos tinha, pelos vistos, a obrigação de adivinhar que iria ser criado. 

Nos últimos anos este imposto sobre milhões de pequenos proprietários duplicou, triplicou e até quadruplicou, numa habilidade para desonerar, em muitos milhões, o Estado nas suas transferências para os municípios. 

O Cidadão paga, portanto, impostos a duplicar. Paga para o Estado e paga para a sua Câmara Municipal, como se esta fosse um outro Estado ou não pertencesse ao mesmo Estado. 

Pior: dadas as novas avaliações feitas no âmbito do gigantesco sorvedouro de tudo o que se puder sacar ao desgraçado português, seja de que modo for, na sua maior parte recorrendo ao Gooble Earth (que nada recebeu por este uso indevido que permitiu a um Estado salteador pilhar milhares de milhões ao seu povo com esta ferramenta gratuita) - a maioria dos imóveis está hoje avaliada muito acima do seu valor real. 

Situação absurda que leva milhares de proprietários a comunicar aos chefes de finanças que, por esse valor, venderiam imediatamente os seus imóveis às Finanças. Claro que recebem como resposta que a Autoridade Tributária e Aduaneira não compra casas. 

Portanto: as Finanças não compram mas AVALIAM absurdamente casas e imóveis pelo dobro do seu valor real. 
E o proprietário, se quiser recorrer dessa avaliação, paga 750 euros nunca reembolsáveis, e a nova avaliação que, claro está, confirmará sempre os valores anteriores e da qual só se recorre para tribunal. E aí se perde sempre. 
Mesmo que ganhe, tem que pagar processo e advogados. O que fica sempre muito mais caro que a avaliação injusta. 

Portanto, este Estado - que será de tudo MENOS de Direito - serve-se assim deste mecanismo de extorsão declarada para continar a ROUBAR o Cidadão que tem como missão Constitucional proteger.


ABSURDOS DE PORTUGAL - Gás Natural e tarifa de disponibilidade

O gás natural vai ficar mais caro porque a taxa (ou tarifa) de disponibilidade vai aumentar. 
Ora: esta taxa é cobrada ao cliente, na factura, e depois enviada para os cofres dos Municípios como compensação pelo uso de propriedade pública (subsolo). 

Portanto: a propriedade é pública mas afinal é o público (o proprietário) quem paga essa SUA propriedade... às Câmaras Municipais que não são proprietárias de coisa nenhuma. 

Não se imagina nada de mais estúpido: o público - e não quem vende o produto - é quem paga um Bem que É SEU a uma entidade (Câmara Municipal) que é quem, no fundo, BENEFICIA com esta negociata, recebendo por um Bem que NÃO É SEU. 

Por outro lado, a GALP e as empresas que distribuem o Gás Natural - que são quem lucra com o negócio - nada pagam. 

Alguêm com 2 dedos de testa acredita nisto?

ABSURDOS de PORTUGAL - pensões e salários

Cortar pensões VIOLA o Princípio da Confiança, mas cortar salários NÃO VIOLA esse princípio. 

Só num país sem nenhum espírito crítico, uma situação com este nível estonteante de ABSURDO poderia ser levada por diante. 
E não se vê nenhum comentador televisivo denunciar esta completa ESTUPIDEZ. Justamente porque o espírito crítico se foi. 

Mas pior: o corte de salários é aplicado APENAS AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS que, uma vez mais, estão a PAGAR as LOUCURAS e os SAQUES cometidos pelos 4 governos anteriores. 

 Em nenhum país desenvolvido - nem na maior parte dos subdesenvolvidos - uma tal aberração seria possível.