3.28.2006

Sócras espantado com o ensino na Finlândia.


Sócras ficou muito "impressionado" com sistema de ensino finlandês.
Levaram-no a visitar uma escola e o tuga, que nunca tinha visto nada na vida, nem nunca lhe passou pela ideia estudar o que se passa noutros países, passou-se literalmente com o que viu.

1) A Escola Básica de Ressu tem 400 alunos, com idades compreendidas entre os 7 e os 16 anos, e 37 professores no quadro.
Um ratio professor/aluno de quase 1 para 10. Muito parecido com o que se passa por cá. Na minha Escola o ratio até é superior.

2) A autarquia suporta todos os custos de funcionamento, incluindo livros e outros materiais escolares.
Por cá há escolas em que só há um compasso para o quadro e está partido desde o princípio do ano.
Um compasso partido para 18 turmas, 3 das quais do 9º ano que vão fazer exame em Junho.

3) O primeiro-ministro quis saber se os alunos com maiores dificuldades de aprendizagem são ajudados com aulas extra, mas os responsáveis da escola explicaram-lhe que esse tempo lectivo suplementar era considerado desnecessário.
Por cá, mais de metade dos alunos são considerados «com necessidades educativas». Perde-se, por isso, mais tempo com os alunos com dificuldades (há turmas com 18 alunos em grandes dificuldades, num total de 24) do que com aqueles que estudam. A esses não se liga.
Baixa-se a fasquia até que os calinos, que nem sequer sabem que matérias se deram nas aulas, consigam ter positiva.
Qualquer dia pergunta-se-lhes apenas o nome e, se acertarem, passam.

4) Depois de ler uma história em inglês, o professor pediu às
crianças para abrirem os respectivos computadores e seleccionarem um programa informático de aritmética - apelo que foi cumprido imediatamente.

E cá? Com as escolas e bibliotecas escolares completamente equipadas com computadores e net, se se pedir aos alunos que abram um programa, eles só conhecem um - o msn.

5) Nas conversas que teve na escola, José Sócras ficou ainda mais espantado quando ouviu que na Finlândia «os melhores alunos querem ser professores».
Não é por causa do salário, que não é muito elevado.
É que «ser professor é sinónimo de grande respeitabilidade social», explicou uma das directoras da Escola Básica de Ressu.
E por cá? Os pais metem cunhas aos professores para que passem os seus filhos no final do ano «para que cheguem a ser, ao menos, professores»!

Não basta ficar impressionado, Sócras: é preciso perceber porquê...