11.18.2003

Que é que interessa lá o PIB? Vivá bola!!!

Barroso continua com ele virado para a lua.
No seu pior dia de há muitos meses a esta parte (se calhar desde que é primeiro ministro), em que o Banco de Portugal lhe apresenta o relatório mais negro de que há memória, não é que o figurão havia de ser salvo pelo fatabol!!!!
Está tudo inventado.
É por isso que isto não passa da cepa torta.
Quando começamos a cair em nós, há logo uma festarola que nos devolve ao limbo...
Que se lixe o PIB.
Vivá bola!!!! We are the cham-pions, má frééénd....

Graças a Deus somos os maiores a fugir ao fisco

"O Banco de Portugal reviu hoje em baixa as previsões macroeconómicas para 2003. O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a riqueza produzida em Portugal num ano inteiro deverá cair em média 1,1 por cento este ano. Isto significa que Portugal é o país da Zona Euro com a maior retracção do crescimento económico".

Quem ler este período até pode pensar que ele quer dizer alguma coisa.
Nada mais falso.
Essa do 1,1 deve ser para rir. Quem sabe lá o que é o PIB real em Portugal, se a economia paralela è a que evita que as famílias estejam já neste momento a passar fome e portanto é aquela que segura, de facto, este país?

Quem é que mede o PIB da economia por debaixo da mesa?
Queriam eles que o povo pagasse impostos... se as pessoas todas pagassem os impostos de lei, morria tudo de fome e de doença no mesmo ano e era o maior cataclismo social do país.
Assaltos, criminalidade, tudo seria válido para se levar pão para casa, como na América latina, de vez em quando.
Isto por cá não funciona como na Europa. Portugal, se funciona, é quase como o Brasil.
Isto não é, de facto, um país na total acepção da palavra. Basta olhar para a Justiça que temos para percebermos que não se trata de um verdadeiro Estado sério, muito menos de Direito.

Tal como o Brasil, Portugal é mais um feudo, um condado, onde de facto existem leis e regulamentos para tudo, mas que ninguém leva a sério e ninguém acaba por cumprir, a começar pelo próprio Estado.

Portugal vive a uma velocidade dessincronizada, como diria o grande António Silva.
Vive a metade da velocidade da Europa e ao dobro da de África, o que desregula completamente qualquer sistema económico vigente que se lhe queira aplicar.

A economia capitalista voraz é demasiado austera para nós. Não nos damos com ela. Não imaginamos trabalhar 8 horas diárias com afinco, sem meia dúzia de intervalos para o café e meia de treta, que nos rouba todo o ritmo.
Por outro lado, a economia Africana ou mesmo a Brasileira são demasiado lentas para nós.
Os tipos ainda conseguem ser mais sornas no pouco que fazem e de preferência não fazem mesmo nenhum, pelo que esse modelo também não se adapta ao nosso ritmo de vida, que sempre vamos fazendo qualquer coisinha de vez em quando.
Conclusão: está por inventar um modelo para Portugal. Por isso nada dá certo. Nem os que se importam do Norte, nem os da América, da Suissa ou mesmo da Espanha.
Aqui nada disso funciona. Só o nosso, que ainda não foi inventado, funcionará, um dia.
Até lá, continuamos a contra-tempo com os demais países e cada vez mais longe deles, marcando inequivocamente o nosso território peculiar, "suis-géneris", muito nosso.

O que ainda salva isto é exactamente o facto de os pequenos e médios comércios e indústrias fugirem do fisco à força toda.Se pagassem os impostos devidos, o Estado desatava logo a construir mais estádios e a comprar mais submarinos.Assim, o dinheiro, por mais mal aplicado que seja, é sempre melhor empregue.

Compra-se uma vivenda, com a fuga ao fisco, mas paga-se o IVA dos materiais de construção e dá-se emprego ao empreiteiro, e aos seus homens.
No fim, distribuiu-se o bolo pelos carpinteiros, pelos estucadores, pelos pedreiros, pelos electricistas, pelos decoradores, pelos jardineiros e tudo com o dinheiro da fuga ao fisco.
Há lá dinheiro mais bem empregue?

E mesmo quando se "estraga" papel e se compra um Ferrari, mesmo aí é sempre muito mais justo do que se se entregasse a guita directamente ao fisco.
O Ferrari paga imposto de luxo, paga IVA, paga IVA sobre o IA (só em Portugal), cada pneu paga todos os impostos e a gasolina também e mais as portagens e mais o sêlo e o seguro.
Não tenham dúvidas:
Tudo é preferível do que esbanjar milhões em submarinos e carros de combate para a GNR no Iraque não andar a pé, e que ainda por cima vai todo lá para fora, direitinho como um fuso.

Rigorosamente tudo.

Se dúvidas houvesse... as explicações à Bush tiraram-nas logo.

Os homens raptaram Raleiras e pediram um resgate de 50 mil dólares pela sua libertação.
Foi dada a morada, o nome e o número de telefone de quem devia receber a maquia (ver texto abaixo).
Raleiras foi libertado horas depois de essas informações serem do domínio público.
O indivíduo que receberia a massa não foi preso nem ninguém andou atrás dele.
Portanto, não há dúvida que não houve resgate... nem que hoje é sexta-feira.
Quanto às câmeras da SiC (7.500 contos cada), mais os betacams digitais portáteis (outro tanto, pelo menos), o rádio telefone, o Jeep, etc, tudo o vento levou.
Paga o seguro (no Iraque em cenário de guerra???)... ou o Balsemão.
Não?
E o avião, para a Maria João?

RE: Ociosidade ou valorização do conhecimento?

Comento esta frase do António que é a única que pretende defender o que é, na minha opinião, absolutamente indefensável e perigosamente demagógico:

Caracterizar de ociosos os indivíduos que organizam o seu horário para assistir a conferências é desvalorizar o comportamento do indivíduo que valoriza o conhecimento.

Atendendo a que toda a gente percebe que nem 1% das pessoas em Seia tiveram possibilidade de organizar o seu horário para assitir a conferências de 3 dias úteis seguidos em horário laboral, até fico constrangido em responder a esta frase.
Acho que nem é preciso.
Clarifiquemos - embora não me pareça necessário - que se as jornadas fossem restritas, tipo "Simpósium sobre as novas formas de combate do HIV", para médicos especialistas, ou "A nova regulamentação das injunções", para solicitadores, este horário normal seria perfeitamente lógico.
Tratar-se-ia de horário laboral para audiências seleccionadas e profissionais (vulgo acções de formação), para as quais todos os profissionais têm dispensa e autorização superior, sem perda de regalias, para frequentar.
Ganham, inclusivamente, currículum e eventualmente créditos para subir nas suas carreiras.
Agora, jornadas históricas ABERTAS À POPULAÇÃO???

Então mas o electricista, o canalizador, o pedreiro, o operário, os funcionários de empresas privadas, enfim: aqueles que efectivamente PRODUZEM aquilo que estas jornadas naturalmente gastam, alguma vez podem, por muito que queiram, assistir???
Por amor de Deus!!!!
Haja um mínimo de decência!!!

Ociosidade ou valorização do conhecimento?

Um dos problemas inerentes ao desenvolvimento das indústrias culturais é a colocação tendenciosa mas já dogmática dos "eventos culturais" no campo do lazer. É também uma característica da sociedade portuguesa que ainda hoje tem os denominados "produtores culturais", especialmente os artistas e os académicos, como grupos não produtivos. Se bem que no que se refere aos académicos ligados às actividades industriais (que não a cultural) essa atitude seja naturalmente dissipada devido à afectação directa no PIB da actividade industrial, o que se verifica é a incapacidade generalizada em ultrapassar as associações simples entre produção e trabalho, recepção e lazer.
Considerar que as Jornadas Históricas se destinam aos ociosos é supor a sua inutilidade no sentido em que o evento é incapaz de propiciar a difusão do conhecimento produzido pelos especialistas.
Caracterizar de ociosos os indivíduos que organizam o seu horário para assistir a conferências é desvalorizar o comportamento do indivíduo que valoriza o conhecimento.
Eventos deste tipo são, como todos os outros, para quem tem possibilidade e manifesta vontade em comparecer, pelo que quer a contribuição dos promotores, dos conferencistas quer dos restantes participantes, enquanto auditores, deve ser considerada como trabalho e não como ócio.
A calendarização do evento não é suficiente para adjectivar os participantes de ociosos, isto é, de mandriões, improdutivos, preguiçosos, vagabundos, desocupados e folgazões.
António Tilly

Macarrão! Eles comem macarrão!

Os garbosos GNRs estão no Iraque virados a Bossorá.
Eu explico: quem vai para Nassirya, vira à esquerda no cruzamento onde está o tanque americano incendiado, passa pelos 2 ingleses decapitados e vira depois à direita onde Bush nunca pôs os cotos.

Ali os portugueses comem macarrão dia e noite, segundo os breaking news da TSF.
Estão a comê-lo desde as 2 da tarde, portanto a esta hora já devem estar na sobremesa, que será pizza, ou pasta ou a puta que os pariu.
Sobre a marca da graxa para as botas, Durão Barroso recusa pronunciar-se.
"É um assunto abrangido por segredo de estado.
Não vão os infiéis descobri-la e libertar uma arma química para aniquilar o brilho - seria uma baixa moralmente irrecuperável nas hostes lusas".

Amanhã, por esta hora, já os GNRs devem ter acabado de comer macarrão, segundo a TSF, e talvez já possam fazer alguma coisinha.
Esperemos para saber, logo de manhã, como correu a digestão do macarrão e o que vão comer ao pequeno almoço.

Entretanto, como estava previsto, não se passou nada no processo Casa Pia.