11.13.2004

Estás doente? Foge dos Hospitais!!!


Notícias destas era costume vê-las no Crime e no Diabo, às quais ninguém dava importância nenhuma. Mas agora, os piores fantasmas vêm escarrapachados no Expresso que não é, propriamente, um pasquim.
E há-os para todos os gostos. Desde transfusões com sangue do tipo errado a prescrição de medicação errada. À força toda.
Depois falamos em mortes. 45% das mortes nos hospitais devem-se a erros médicos. Uns por negligência, outros nem por isso. Mas sempre erros.
O maior dos crimes, no entanto, ainda não aparece neste estudo.
Refiro-me exactamente aos milhares de mortes, por ano, devidos ao crime que se esconde na falta de dados.
O pior dos crimes nos Hospitais é o OSTRACISMO, o ABANDONO a que se vota um qualquer doente que não tenha uma cunha de alguém, nos corredores dos bancos de urgências. Se estiver em perigo, o doente abandonado à sua sorte durante as várias horas de "observação" - em que ninguém o observa - acaba por morrer, naturalmente, por falta de assistência. Naquele dia ou nos seguintes.
Geralmente ísso acontece passadas 48 horas e depois de o doente ter tido alta do banco de urgências onde acabará por morrer dois dias depois.
Não me refiro particularmente ao caso do meu Pai, mas a dezenas de outros que todos conhecemos.
Cada um de nós sabe de mais de um caso de doentes que passaram horas nos corredores, na primeira vez que entraram nas urgências de um Hospital e que no fim do dia são enviados para casa, para, poucas horas depois, para lá serem reenviados em estado crítico.
Uns conseguem sobreviver a este hediondo crime do ostracismo.
Outros não.
Enquanto meia dúzia de médicos e de juízes não for presa pelas negligências que alegre e diariamente perpetram contra a Humanidade, a coisa não vai ao sítio.
Mesmo que seja o Crime, o Diabo ou o Expresso a denunciá-los.

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