As organizações gay não lhe perdoam «os anos de trabalho em prol da credibilização da comunidade gay que ele destrói de cada vez que abre a boca».
Mas, graças a Deus, não é só isso que aquele querido tem a capacidade de destruir:
1 - também conseguiu arrasar a filosofia emergente de que «o serviço público é o que o público quer ver». Naturalmente, embora ascenda a shares até há pouco considerados inatingíveis, ninguém poderá conotar aquele programa com qualquer forma de «serviço público», por mais abrangente e despreocupado que se admita este conceito.
2 - «A TVI é uma televisão feita por si.» Claramente se percebe que o povo, por mais distraído que fosse, nunca conseguiria produzir uma tal alarvidade.
A TVI é realmente feita pelas Júlias e pelos Pavarottis que a enxameiam, o que não é a mesma coisa que «eu».
3 - «Deve dar-se ao burro a palha que ele gosta». Fica provado que mesmo proporcionando ao asno a sua alimentação preferida, o animal não deixa de tentar, diariamente, destruir o cenário onde se desenrolam os longos e profícuos debates com a Júlia.
Castelo Branco, a apresentadora e o burro são de facto peças imprescindíveis para a caracterização de um Portugal de cariz pindérico-rural, que insiste em viver com 50 anos de atraso relativamente a qualquer país europeu, nos inícios do 21º século.
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11.13.2004
Castelo Branco é uma vergonha para a comunidade gay
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