6.27.2013

Bastam 200 para lançar o pânico sobre Lisboa

Mais uma vez se prova que bastam 200 para paralisarem Lisboa!

Todas as revoluções que se realizaram em Portugal foram levadas a cabo com menos de 200 pessoas.
 
E mais um exemplo - hoje - que prova que bastam 200 pessoas desarmadas para lançar o pânico em Lisboa.
 
Agora imagine-se 2 milhões de reformados pobres + 1 milhão de desempregados!
 
Caiam todas as instituições.

Crescimento exponencial da dívida nos últimos 3 anos


Greve geral dos transportes em Lisboa e dos enfermeiros nos Hospitais


E pouco mais.
E a carris não aderiu...

Menor adesão do que nas greves anteriores.

O povo não tem dinheiro para greves.

Os sindicalistas profissionais ou arranjam outras formas de luta ou têm que pensar em voltar à suas antigas profissões.



Sejamos sérios:  não há margens para greves. O protesto tem que ser outro e muito mais inteligente.
O protesto tem que ser de braços caídos e em todo o lado. A chamada "greve" de zelo.
Acontece que os sindicatos não a propõem porque para realizar este tipo de protestos não precisamos de sindicatos.

6.25.2013

Mário Nogueira anuncia o fim da greve. Comunicação na íntegra


Mário Nogueira - FIM DA GREVE. Declarações... por JoaoTillyAudioVisuais


As declarações "Históricas" em directo de Mário Nogueira anunciando o fim da greve dos professores. Na íntegra, para dissipar qualquer dúvida.

Palavra de honra que não percebi o que é que ganhámos relativamente às garantias do ministro de 4 de Junho...

A greve dos professores tem 75%de apoio popular... pelos vistos.


Inquérito Opinião Pública da SIC Noticias... por JoaoTillyAudioVisuais

Pelo menos foi essa a sondagem do programa Opinião Pública em que o convidado, o vice-presidente da Confap, se fartou de "bater" nos professores....

6.24.2013

Ele há greves decisivas. Esta é das outras.


Há 3 semanas em greve.... e ninguém quer saber disso para nada. 
Nem a comunicação social, nem o ministro... e nem os pais! 
As notas dos filhos não saem, mas os pais não se ralam.
Bem podem os sindicatos continuar a marcar greves...


DESPOVOAMENTO: Estamos a perder 1 senense por dia. E uma família em cada 8 dias.




Em apenas 10 anos Seia perde 3442 habitantes (quase 1 por dia) e 459 famílias (uma em cada 8 dias).

Paradoxalmente foram construídos mais 1467 edifícios (o que mostra a fiabilidade deste Censos!!!) e 1853 alojamentos.
Alguém acredita nisto?

Daqui a 8 anos, se os censos forem minimamente credíveis - com entrevistas presenciais e as assinaturas das pessoas - vai saber-se que pouco mais de metade dos residentes actuais resideirão, DE FACTO, em Seia.

Vai ser um escândalo. Mas não sei porquê. Toda a gente sabe que a emigração é diária desde 2012...
Chegaremos a 2021 com cerca de 15 mil habitantes REAIS neste concelho. Mas não se perderão 9700. É que já em 2011 não existiriam sequer 20 mil habitantes REAIS.

6.23.2013

Evolução demográfica de Seia desde 1800 até 2011.


Evolução demográfica de Seia desde 1800 até 2011. 

A população tem decaído significativamente nas últimas 5 décadas sendo que a maior queda se registou na última.

Como se pode ver no gráfico ao lado, o maior declive corresponde à última década.

O que não augura nada de bom para o Concelho.
Neste gráfico tem-se uma ideia global e a recente perda, no tempo, aparece mais difusa.
No entanto ela é tanto mais dramática quanto é certo que os dados não reflectem a realidade.

Neste momento haverá já milhares de habitantes que não residem em seia, uma vez que emigraram em grande número. 

Praticamente todos os meus alunos de há 5 anos emigraram embora apareçam nas estatísticas como residentes ainda em Seia e em Portugal. 
A debandada do último ano, por estas paragens, é algo que só daqui a 20 ou 30 compreenderemos. 
Os Census de 2011 indicam que no Concelho de Seia habitariam 24,7 mil pessoas. Já isso era falso. E hoje, na realidade, não devemos ter mais do que 18 mil pessoas em todo o concelho. 
Se as tivermos...


Comparação da evolução demográfica entre as cidades da Covilhã e a Guarda.


Nela se pode identificar o efeito dramático do colapso dos têxteis na Covilhã e o seu estancamento através de políticas que foram levadas a cabo no sentido correcto.

Em Seia, por exemplo, o mesmo fenómeno se verificou mas esse estancamento não se conseguiu.

A Covilhã mantem a população sobretudo devido à sua Universidade (1979 /1986) que trouxe 8 mil alunos residentes (BOM indicador); enquanto a Guarda sobe ligeiramente devido ao despovoamento galopante das aldeias e cidades vizinhas (MAU indicador).

A perda de gente por falta de emprego leva à perda de emprego por falta de gente



Analisemos esta redundância fatal: a perda de gente (no interior) por falta de emprego implica a perda de emprego (dos que ainda existem) por falta de gente (clientes, utentes, em cada Terra).

Com efeito, se um jovem não encontra emprego na sua Terra nem nas limítrofes, forçosamente a abandonará para procurar Vida noutras Terras. Em princípio nas maiores, onde a oferta de emprego é maior, porque aí há mais clientes / utentes.

Este fluxo de sangramento dos jovens - que constitui toda a esperança da manutenção de Vida nas cidades do futuro imediato - aliado à morte cada vez mais rápida dos idosos e doentes que se furtam aos tratamentos nas fases iniciais das doenças por os não poderem pagar, tem como consequência o rápido esvaziamento do interior.

Que só poderia ser compensado com imigração. A imigração, entretanto, estancou por não haver empregos.

Resta o turismo sazonal e o turismo sénior residente. Mas não há atractividade quer para um quer para outro.

Quem se preocupa com isso, como é o meu caso, acaba por ver os seus projectos jazerem nas gavetas dos decisores públicos ou privados. Parece que ninguém percebe que, se nada se fizer, o interior não tem futuro nenhum. Mas nem sequer um futuro a regredir... Não terá nenhum em 5 décadas.

Em 2 décadas apenas perder-se-ão todos os serviços, de que os CTT são apenas o pioneiro.

Depois serão os bancos, as companhias de seguros, os Tribunais e as repartições públicas. Fecham os restaurantes, bares e escolas - não há jovens - e a consequência final é a perda do estatuto municipal, que terá que ser associado a mais outro município, pelo menos.

O cenário está montado.
Jovens não nascem. Os que nascem vão-se embora para as grandes cidades. Só fica na terra quem não estuda, ou seja: os menos qualificados.

Os idosos, com o roubo nas reformas, as taxas moderadores e o aumento do custo dos medicamentos e transportes, são apressados à cova mais rápido do que Gaspar consegue dizer "boa noite".

O cenário é um só: dentro de 2 a 5 décadas o interior fica totalmente despovoado.

O que há a fazer?
1 - deixar a natureza seguir o seu curso e aceitar - que é o que parece estar a fazer a maioria dos autarcas - e trabalhar para os que resistem;
2 - lutar para que este processo de despovoamento galopante se inverta.

E como lutar?

Apostando na única indústria que entrega os seus produtos no local e que os vende repetidamente a milhões sem necessidade de fabricar novos: o turismo.

Outras empresas não se atraem para o interior. As últimas 2 décadas mostram-no bem.
Pontualmente, novas empresas de índole agrícola poderão contribuir para uma retenção (familiar) na região. Mas a banca não empresta dinheiro - dentro de uma década também ela abandonará o interior - e tudo terá que ser feito de forma artesanal o que leva a que essas empresas não singrem como deveriam e poderiam.

Só as empresas voltadas para uma vertente turística poderão singrar. Mesmo essas terão que ter gente com grande qualidade a geri-las.

A crise aliada à propaganda da poupança - que se destina apenas a que o cidadão invista na banca - são o garrote rápido do país.

Pinhel anuncia a morte esperada do interior.

O caso de Pinhel é paradigmático e deve ser um case-study do despovoamento. 

O seu decaimento é notável e matemático. 
Pinhel tem perdido sempre cerca de 1500 habitantes por década há 3 décadas seguidas. Desde 1980.

Como é isto possível? E quando parará esta recta regressiva para a morte? 

A equação da recta da morte de Pinhel é da forma: y = -157x + 14328 se considerarmos o eixo das ordenadas (y) no ano 1981. 
O seu declive (m) é negativo e obtido pelo coeficiente entre o nr de cidadãos que se perdem por década (1567) e o nr de anos da década (10). 
Resolvendo esta equação simples, fazendo y = 0 (zero pessoas) vem-nos para a abcissa x o valor de 9,1. Conclusão: não haveria ninguém em Pinhel 91 anos após 1981.
Quereria isto dizer que se nada se fizer e tudo continuar assim, Pinhel teria zero pessoas no ano 2072, daqui a 59 anos. 

Se este cenário não é realista, por longínquo, mais próximo de nós é a conclusão intermédia: que daqui a 30 anos Pinhel terá metade da população de hoje (4800 pessoas, quando em 1960 tinha 20 mil!) e portanto já não tem vida. 

A lei da extinção das cidades obedece sempre aos mesmos parâmetros sequenciais: perda de gente por falta de emprego implica a perda de emprego por falta de gente. 
 A oferta de produtos (comércio e serviços) diminui por falta de gente - a que se segue mais desemprego e despovoamento. 

Quando é que esta "espiral" recessiva se estanca? 
Quando se conseguir o equilíbrio entre o nr de empregos e o nr de pessoas. Como acontece em Manteigas. Por volta das 2 a 3 mil pessoas. 
Nessa altura tudo se ajusta. A pouca oferta e a pouca procura. Se descer abaixo dos 3 mil de Manteigas estaremos em presença de um cancro demográfico e a Vila ou Cidade correrá o risco de ficar MESMO sem pessoas. Vilas e cidades serão transformadas em quintas praticamente abandonadas, como acontece hoje em muitas cidades chinesas dado o êxodo das populações para os centros industriais.

Os números demográficos indicam-nos que estamos perigosamente desse limite em muitas cidades e vilas do interior.

Como ler os resultados anteriores? O que nos vai acontecer nas próximas 3 a 5 décadas?

Pontos importantes para se perceberem as conclusões e projecções anteriores: 

1 - As conclusões que se apresentam não são mais que o resultado lógico das tendências que se têm verificado nos últimos 20 anos, cruzadas com as tendências dos últimos 10, cálculo que depois é afinado com um coeficiente que varia de 1,5 a 2, de acordo com o despovoamento que se tem verificado nos últimos 2 anos, e especialmente em 2013, ano em que ele tem sido simplesmente catastrófico. 

2 - É óbvio que a partir do limiar de sobrevivência de cada Terra, um de dois caminhos pode ocorrer: ou o efeito Manteigas ou o efeito Mêda. O efeito Manteigas explica-se pelo isolamento geográfico. As pessoas são muito poucas, há poucos empregos, as cidades vizinhas estão longe, as coisas ficam ali cristalizadas. Pouca gente precisa de pouco emprego. A Câmara Municipal e mais 4 ou 5 serviços resolvem o problema de emprego. Não reprodutivo, mas é emprego. O problema é quando o governo achar que não se justifica uma Câmara Municipal para uma população de 3000 munícipes. Depois há o efeito Mêda. As pessoas têm boas estradas e vão-se embora. 

3 - Extintas as Câmaras Municipais será a machadada final no pouco emprego que ainda exista. É claro que não se justifica que em pequenas vilas e ex-cidades trabalhem centenas de pessoas nas Câmaras Municipais. É absurdo, mas era emprego. Daqui a 10 anos não existirão metade ou até mais das Câmaras Municipais de hoje. Seia, Gouveia e Oliveira terão apenas uma Câmara. Nelas e Mangualde também. Celorico e Fornos também. Sem gente não se justificam as Câmaras Municipais. 

4 - Passadas mais 2 a 3 décadas (5 ao todo) fundir-se-ão todas essas associações de municípios em 2 ou 3 em todo o distrito da Guarda. Nessa altura viverão por aqui pouco mais que a população da cidade da Guarda de hoje. O distrito terá 40 mil pessoas ao todo. Seia terá 6 mil. Gouveia 3. Mêda, Foz Coa, Figueira CR, Fornos, Trancoso, Celorico, Sabugal terão populações residuais. Sobretudo idosos e estrangeiros que virão para aqui descansar. 

5 - a única indústria será o turismo. Espero que não seja o turismo mexicano em que as pessoas se vestem de pastores para pedir um euro por fotografia aos turistas. 

6 - As terras verdadeiramente nunca se despovoarão a 100%. Mas a sua importância enquanto urbe será zero nos prazos calculados. Teremos dezenas de cidades semelhentes às aldeias de hoje. Casas fechadas, não se verá ninguém nas ruas nem sequer automóveis. 

É uma fatalidade? 
Se não se começar a trabalhar a sério numa oferta turística variada e aliciante, sim. 

O meu projecto para Seia é este: 

http://joaotilly.blogspot.pt/2013/05/resumo-do-projecto-interactivo-de.html

6.22.2013

Mesmo com este ritmo de despovoamento, a Guarda pode sobreviver ainda 138 anos

Em 2011, a Guarda tinha:
111% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
87% das que tinha em 1960 e
110% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos ganhou 10% da população. A um ritmo de 5% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") - e relativamente à evolução negativa de 2001 a 2011 - Guarda pode sobreviver ainda 138 anos.

Vila Nova de Foz Côa desaparecerá em 70 anos

Em 2011, Vila Nova de Foz Côa tinha:
52% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
45% das que tinha em 1960 e
82% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 18% da população. Num ritmo de 9% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (uma vez e meia o "normal") Vila Nova de Foz Côa desaparecerá em 70 anos


Esta será a sua penúltima geração de idosos.

Seia desaparecerá em 65 anos

Em 2011, Seia tinha:
77% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
72% das que tinha em 1960 e
81% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 19% da população. Num ritmo de 9,5% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Seia desaparecerá em 65 anos


Esta será a sua penúltima geração de idosos.

Gouveia desaparecerá em 63 anos

Em 2011, Gouveia tinha:
57% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
56% das que tinha em 1960 e
81% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 19% da população. Num ritmo de 9,5% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Gouveia desaparecerá em 63 anos


Esta será a sua penúltima geração de idosos.

Fornos de Algodres desaparecerá em 58 anos

Em 2011, Fornos de Algodres tinha:
49% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
55% das que tinha em 1960 e
80% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 20% da população. Num ritmo de 10% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Fornos de Algodres desaparecerá em 58 anos


Esta será a sua penúltima geração de idosos.

Aguiar da Beira desaparecerá em 63 anos



Em 2011, Aguiar da Beira  tinha:
64% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
54% das que tinha em 1960 e
81% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 19% da população. Num ritmo de 9,5% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Aguiar da Beira desaparecerá em 63 anos



Esta será a sua penúltima geração de idosos.

Trancoso desaparecerá em 92 anos


Em 2011, Trancoso tinha:
55% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
54% das que tinha em 1960 e
86% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 14% da população. Num ritmo de 7% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Trancoso desaparecerá em 92 anos



Esta será a sua ante-penúltima geração de idosos.

Sabugal extinguir-se-á totalmente daqui a 53 anos

Em 2011, Sabugal tinha:
38% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
33% das que tinha em 1960 e
74% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 26% da população. Num ritmo de 13% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Sabugal desaparecerá em 53 anos.

Se introduzisse os meus factores de correcção - que aqui não introduzi porque não conheço bem a realidade local e o seu nível de emigração - provavelmente este prazo cairia para 30 anos. Ou menos.


Esta será a sua penúltima geração de idosos.

Pinhel desaparecerá em 47 anos

Em 2011, Pinhel tinha:
51% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
47% das que tinha em 1960 e
76% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 24% da população. Num ritmo de 12% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Pinhel desaparecerá em 47 anos


Esta será a sua penúltima geração de idosos.

Manteigas desaparecerá em 70 anos



Em 2011, Manteigas tinha:
83% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
65% das que tinha em 1960 e
82% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 18% da população. Num ritmo de 9% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Manteigas desaparecerá em cerca de 70 anos.

Esta será a sua penúltima geração de idosos.

Figueira de Castelo Rodrigo tem menos gente que em 1800. "Desaparecerá" em 34 anos

Figueira de Castelo Rodrigo tinha, em 2011:

43% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
47% das que tinha em 1960 e
77% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 23% da população. Num ritmo de 11,5% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Figueira desaparecerá em 34 anos, embora para que atinja os zero habitantes teoricamente possa demorar 70 anos. No entanto, daqui a 30 será praticamente uma quinta.
Esta será a sua última geração de idosos e de habitantes de meia idade.

A este ritmo de despovoamento, Celorico da Beira extinguir-se-á totalmente em 65 anos

Celorico tem menos de metade da população que tinha no início do sec 20

Em 2011 tinha:

51% da população que tinha em 1960

87% da população que tinha em 1990

Em 20 anos perdeu 25% da população. A um ritmo de 12.5% por década.

A manter-se este ritmo anormal de despovoamento extinguir-se-á, no máximo, em 65 anos.
Na prática o grau zero pode dar-se muito mais cedo. Daqui a 20 anos Celorico será já praticamente uma quinta. Embora tenha ainda gente (4000 pessoas?)  essa população não é suficiente para manter a economia regional.
Esta será, provavelmente, a sua última geração de idosos.




Almeida tem menos de metade das pessoas que tinha em 1960. Desaparecerá em 35 anos

Almeida tinha, em 2011:

41% das pessoas que tinha no inicio do sec 20.
45% das que tinha em 1960 e
72% das que tinha em 1990.

Nos últimos 20 anos perdeu 28% da população. Num ritmo de 14% por década. Ao ritmo de despovoamento actual (o dobro do "normal") Almeida desaparecerá entre 35 anos, embora, teoricamente, nas melhores perspectivas só tenha zero habitantes daqui a 60 anos. Mas, a continuar tudo assim, daqui a 35 anos será uma quinta.
Ou até menos. 25 anos se se mantiver o rácio de despovoamento das últimas 2 décadas.
Esta será provavelmente a sua última geração de idosos.

GENOCÍDIO PORTUGUÊS confirmado oficialmente.


Passos Coelho e Gaspar terão neste momento entre 60 a 100 mil mortos às suas costas. 

A História não lhes perdoará mas o povo, sim.
 

O povo - incluindo os familiares dos falecidos - continua a não reagir!

A morte do interior deu-se em apenas 20 anos

 
A Mêda é o exemplo prático e concreto do que está a acontecer no interior: a morte rápida de todo um território, que representa 90% do país, em apenas 40 anos. 
 Com maior incidência nos últimos 20. 
Em 20 anos deu-se a machadada final e irreversível ao interior do país. Já não mora cá ninguém. Quando eu anunciava isto, há 20 anos, chamavam-me maluco. Aqui está a verdadeira loucura.
Daqui a mais 2 décadas a Mêda será uma quinta com menos de 2000 habitantes.

Há que exigir responsabilidades aos governos mas também - e essencialmente - ao poder local. 
Para que serve o poder local se se limita, de braços cruzados, a ver morrer a sua Terra por migração da sua população?

Arraial Serrano na Escola Abranches Ferrão


Arraial Serrano Escola Abranches Ferrão por JoaoTillyAudioVisuais Algumas imagens da animação inicial

6.21.2013

Sobrevoando a Ilha do Pessegueiro - Porto Côvo

O Brásíu do futchibóu...

O povo seria quem mais ordenara se um pingo de coragem tivera


TEMOS MAIS 5 MINISTÉRIOS PARA ALÉM DOS CONHECIDOS.

PPPs representam mais um ministério / ano.
Swaps representam mais outro.
Os juros da dívida mais 3.



MEC desconta 1 dia por cada greve a reunião de avaliação


MEC desconta 1 dia por cada greve a reunião de... por JoaoTillyAudioVisuais

O MEC descontará 1 dia por cada reunião de avaliação a que o prof tenha feito greve. 
Os sindicatos dizem que é ilegal. 
Mas quem paga não são os sindicatos. É o MEC. 

A luta arrastar-se-á em tribunal. Mas para já os profs serão descontados de 1 dia por falta até isso se resolver. 
Lá para o ano 2135...

TSF - Rádio analfa

Uma das coisas que sempre me surpreendeu na TSF é a capacidade que os locutores têm de se enganar repetidamente em cada noticiário que transmitem, por mais curto que ele seja. 
O mais incrível é que eles até conseguem começar os noticiários a enganar-se. 

Aquelas almas estão ali 60 minutos sem fazer nada, à espera da próxima intervenção na hora certa e, logo nas primeiras palavras, engasgam-se, enganam-se, cometem as maiores calinadas aparentemente sem que ninguém lhes chame a atenção. Porque elas sucedem-se dia após dia. 

Mas não só: pigarreiam, tossem, enrouquecem... quer dizer: não há por parte daquela cambada ali alojada o mínimo cuidado na preparação da peça que vai ler a seguir - trabalho para o qual é paga. A cambada. 

Para além de uma imagem indecente que a estação dá ao exterior, é profundamente irritante a falta de profissionalismo daquela gente que ali se acotovela o dia inteiro para ler meia dúzia de linhas por dia. Linhas essas que são sempre as mesmas; porque as notícias que se ouvirem às 7 da manhã são as mesmas que se vão ouvir - repetidas até à exaustão, de meia em meia hora - até às 7 da noite. 
Na TSF só há notícias novas de madrugada. 

Voltando à miséria intelectual em que se constituem aqueles noticiários auditivos, a esses se soma agora o analfabetismo crasso escrito.
Por 3 vezes - 3 - o artista que copiou este artigo do Expresso esqueceu-se de escrever "MIL" antes de "milhões".  Eram 3 a 4 MIL milhões e o profissional do erro escreve 3 a 4 milhões. Por 3 VEZES!
Subtraiu, portanto, à notícia, 999 vezes o seu valor. O valor do montante que copiou sempre erradamente.
Ou seja: transmitiu, a quem leu o site da TSF, um erro de quase MIL VEZES sobre o montante da notícia original.

Se o problema da Grécia fossem 3 ou 4 milhões não haveria problema nenhum. O desgraçado do estagiário que copiou isto é que nem sequer interioriza que 3 ou 4 milhões não são números minimamente significativos quando se fala de dívida pública. O desgraçado não faz a mínima ideia do que está a copiar. Por isso copia mal.
Portanto: de todas as vezes que fala em números, ERRA.  Divide sempre por 1000 a notícia. Comete de todas as vezes o mesmo erro. 100% das vezes. Não acerta NUNCA.

É claro que a culpa não é dele, coitado. É de quem o devia fiscalizar e nada faz. 
Estará, porventura, a pigarrear um notíciário também ele cheio de erros, hesitações, enganos e correcções. 
Quando as há.



6.20.2013

Entre Sindicalistas profissionais e jotinhas.... venha o diabo e escolha o maior tachista!

É tudo verdade.

É verdade que muitos Jotas saem das escolas directamente para o parlamento ou - pior - para o governo, como "especialistas".

E também é verdade que os sindicalistas recebem o ordenado de professor quando há 25 anos o não são.

Os Jotas com tacho político são centenas.
Os sindicalistas que não dão uma aula há 25 anos também.

A vergonha MISERÁVEL que são os Tribunais portugueses



Na Guarda, Álvaro Amaro pode concorrer.
Em Lisboa, Seara não pode.
 
O mesmo país, a mesma Lei, o mesmo Estado de "Direito" e a mesma PALHAÇADA MISERÁVEL que são os tribunais portugueses.
 

6.19.2013

Quando a falha abrir....

...adivinhem lá qual será o primeiro país a ser engolido?

Cabeça (Seia) - a 1ª Aldeia LED do país


Cabeça LED - a 1ª Aldeia LED de Portugal por JoaoTillyAudioVisuais

Peça da Sic Notícias sobre esse facto

Se não houvesse corrupção não haveria crise



Paulo Morais prova no seu livro, com números claros e facilmente entendíveis por qualquer um, que "Se não houvesse corrupção o país não estaria em crise".

Ora:
1 - o povo não é corruptor - porque não tem dinheiro para corromper ninguém.
2 - e nem é corrupto - porque não tem poder para ser corrompido por ninguém.

Os corruptores são as grandes empresas, com a alta finança por detrás, e os corruptos só podem ser os decisores políticos.
Estes (ambos) "actores sociais" são os que nos conduziram a esta falência e a esta negra bancarrota.
Logo, não se pode obrigar o povo a pagar a crise enquanto a classe política corrupta, as mega-empresas e a alta finança nada pagam. E continuam com os seus negócios criminosos - como as PPPs e os swaps - passando anualmente a factura ao estado = nós.
É este o princípio que deve levar a uma reflexão profunda por parte de 10 milhões de portugueses.
Só quando pelo menos metade dos portugueses adquirir consciência desta clara Verdade estaremos em condições de começar a obrigar uma das classes políticas mais corruptas da europa a arrepiar caminho ou a  demitir-se, dando lugar a quem não seja (tão) corrupto; e a quem obrigue os criminosos de lesa-pátria, hoje perfeitamente identificados, a pagar pelos seus crimes de décadas.

6.18.2013

GENOCÍDIO PORTUGUÊS É ESCÂNDALO MUNDIAL



Um terço dos idosos ficaram sem cuidados de saúde por falta de dinheiro.

Em apenas 2 anos as políticas de recessão e roubo das reformas deste Governo já terão atirado para a morte prematura algo entre 60 mil e 100 mil idosos pobres. 

PORTUGAL SÓ NÃO REJUVENESCE RAPIDAMENTE PORQUE OS JOVENS QUALIFICADOS EMIGRAM EM IGUAL NÚMERO.

Portugal está a suicidar-se a uma velocidade inacreditável.
A este ritmo, a partir de 2020 perderemos toda a soberania DEFINITIVAMENTE. Seremos um país apenas de nome. Viveremos das esmolas europeias, como acontece com a Grécia de hoje.

Em 2030 teremos uma população de 8 milhões. Em 2040, 7 milhões.
Felizmente já cá não estarei para ver essa desgraça que estes genocidas actuais - se ninguém os parar democraticamente ou à força - estão a provocar HOJE nesta Pátria moribunda.
Camões disse que morria com a Pátria. 
O mesmo vai dizer a minha geração.

6.17.2013

Mário Nogueira anuncia que não se realizaram exames em Seia


Em Seia não se realizaram EXAMES do 12º ano por JoaoTillyAudioVisuais


Mário Nogueira anuncia que não se realizaram... por JoaoTillyAudioVisuais

EM SEIA NÃO HOUVE REALIZAÇÃO DE EXAMES HOJE!

Está a dizer Mário Nogueira na SIC NOTÍCIAS

EXAMES EM GINÁSIOS?


Correm rumores de que alguns Agrupamentos vão usar ginásios para se realizarem os exames de hoje. 
Se é esta a arma secreta que permitiu a Nuno Crato dizer, ontem, que os exames se iriam realizar normalmente, dou-lhe os parabéns!
Essa não lembrava ao demónio....

Reportagem especial da SIC sobre o voluntariado de Tozé Novais no Hospital de Seia


TO ZE NOVAIS - musicoterapia no Hospital de Seia por JoaoTillyAudioVisuais

6.16.2013

Colégios privados não "prejudicam" os alunos. Resta saber se os não beneficiarão...

VAMOS RACIOCINAR: 
Nos Colégios Privados não haverá greve. 
Os profs não são funcionários públicos. E esses alunos não serão "prejudicados" pelos malvados profs da Escola pública. 
Mais uma razão que levará os Papás a tirarem os Afonsos e os Rodrigos da Escola pública para os meterem nos Colégios. 

O que eu pergunto é: 
Será que a INSPECÇÃO funciona e visita esses Colégios na HORA DOS EXAMES? 
É que as notas são sempre tão altas... mas depois, quando entram para as Faculdades públicas, esses super-alunos não passam de alunos medianos na sua esmagadora maioria! 

Será que os filhinhos de Papá, que pagam mensalidades acima de 1000 euros durante 12 e às vezes 15 anos, perdem subitamente os seus super-poderes intelectuais ao entrarem para a Universidade? 

Ou será que os Colégios privados não só não prejudicam os alunos na hora dos exames como até os BENEFICIAM de algum modo?

Jota Seguro: cada cavadela sua minhoca.

Mais um desanrincanço de Jota Seguro: pretender obrigar os países europeus mais desenvolvidos - com desemprego abaixo da média - a pagar o extra-desemprego dos outros.
Muito bem!

Os países calinos poderiam desatar a bater recordes em desemprego, que quem pagaria o excesso a partir dos 11% seria a Alemanha.

Está-se mesmo a ver a Europa inteira a aplaudir e a questionar-se porque razão não teve ela uma ideia brilhante como esta!

Agora é que eu tenho a certeza de que Jota Seguro tem todas as condições intelectuais e políticas para vir a ser o próximo PM de Portugal.

Se não houvesse corrupção não haveria crise

Paulo Morais prova no seu livro, com números claros e facilmente entendíveis por qualquer um, que "Se não houvesse corrupção o país não estaria em crise".

Ora:
1 - o povo não é corruptor - porque não tem dinheiro para corromper ninguém.
2 - e nem é corrupto - porque não tem poder para ser corrompido por ninguém.

Os corruptores são as grandes empresas, com a alta finança por detrás, e os corruptos só podem ser os decisores políticos.

Estes (ambos) "actores sociais" são os que nos conduziram a esta falência e a esta negra bancarrota.

Logo, não se pode obrigar o povo a pagar a crise enquanto a classe política corrupta, as mega-empresas e a alta finança nada pagam. E continuam com os seus negócios criminosos - como as PPPs e os swaps - passando anualmente a factura ao estado = nós.

É este o princípio que deve levar a uma reflexão profunda por parte de 10 milhões de portugueses.

Só quando pelo menos metade dos portugueses adquirir consciência desta clara Verdade estaremos em condições de começar a obrigar uma das classes políticas mais corruptas da europa a arrepiar caminho ou a  demitir-se, dando lugar a quem não seja (tão) corrupto; e a quem obrigue os criminosos de lesa-pátria, hoje perfeitamente identificados, a pagar pelos seus crimes de décadas.

6.15.2013

Carlinhos Amaro deixou-nos. Ou talvez não.

O Carlinhos partiu? Não. 

O Carlinhos é Património de Loriga e do concelho de Seia. Pelo menos. 

O Carlinhos só partirá quando mais nenhum de nós se lembrar dele e do seu esforço para colocar Loriga no mapa. 

É preciso e urgente que o Concelho homenageie o Trabalho e a Dedicação do Carlinhos pela sua Terra e pelo Concelho. Porque Carlos Amaro foi o maior combatente pela visibilidade e progresso da sua Terra.
Não merece uma estátua: merece várias. 

Nunca ganhou um tostão por isso. Outros, que nunca nada fizeram, sim. E há décadas! 

Que grande injustiça!

6.13.2013

Os alunos adoram estar a ser "prejudicados"!

Os alunos do 12º ano, de norte a sul do país, saltam de contentes com o adiamento dos exames. 
Todos são unânimes nas TVs: dizem que têm mais tempo para estudar.
Portanto: quem é que está a prejudicar os alunos?

6.12.2013

Os nossos alunos são dos melhores do mundo a Matemática!

Os nossos alunos do 4º ano estão entre os melhores do mundo em Matemática. 

Um honroso 18º lugar entre os 50 estudados no TIMSS 2011, à frente de países como a Alemanha, Itália, Holanda, Suécia, Áustria, Noruega, Espanha e Polónia. 

E com condições familiares e Qualidade de vida que só se podem comparar às da Polónia. 

Muito acima da média internacional em todos os parâmetros de análise como se pode comprovar na última linha. 

Parabéns aos professores mas, sobretudo, aos pequenos GRANDES alunos! 


Clique na imagem para a aumentar

Directores vão vigiar exames!?

Mário Nogueira reage à convocatória de TODOS os professores para as escolas a 17 de Junho. Apela à greve já que não há serviços mínimos nem requisição Civil. 
O maior braço de ferro entre Sindicatos e o Ministério.
Mas a novidade é que não são só os professores que estão a ser convocados para o serviço de vigilância dos exames: os directores e toda a direcção também.
Pergunta-se: haverá directores suficientes para vigiarem os exames?


Mário Nogueira apela à greve total a 17/6 por JoaoTillyAudioVisuais

Todos os professores convocados para o dia 17

Está em curso o maior braço de ferro da história da educação em Portugal.

Na próxima segunda feira, 17, os professores serão todos convocados para as vigilâncias. 

Só nesse momento se verá se haverá professores que aceitem vigiar os exames em número suficiente para os viabilizarem.

Parece-me, neste momento, que não.
Porque são precisos imensos professores para o exame de Português dado que é a disciplina que mais examinados tem.

Mas daqui até lá...

Há papael ou não há papel? Há, mas é para outras coisas.


Afinal há dinheiro. 
Não se paga os subsídios de férias em Junho à Função Pública porque não. 

Há que pagar as 2.000 promoções às Forças Armadas - cujas carreiras NUNCA congelaram - e há que pagar isto aqui acima à JP Morgan. 
Agora contratada para se privatizar os CTT. São tantas por dia que ninguém acredita.

Bancarrota total - não há dinheiro para os subsídios de férias da FP


Portugal em Bancarrota TOTAL - não há dinheiro... por JoaoTillyAudioVisuais

Portugal já não pode esconder mais a bancarrota envergonhante: não há dinheiro para pagar os subsídios de férias dos funcionários públicos em Junho!
E já recebemos 90% do dinheiro da Troika!
Agora já não há dúvida nenhuma: 75 MIL MILHÕES de euros depois, estamos mais miseráveis que no tempo de Sócrates.
E Cavaco diz que não há razão para a demissão do governo...

6.11.2013

Francisco e o lobby gay

Um relatório "demolidor" sobre o lobby gay na cúpula do Vaticano terá levado o anterior Papa a resignar.

Este, encara o problema e fala dele abertamente.

Não lhe invejo a saúde...

Triálogo entre o Professor, o Pê Coelho e o Zé Povo

o Aviso: a parte do Zé Povo pode ferir as susceptibilidades mais sensíveis



Quando Coelho pensava

ir de férias para os Açores

Aparece esta maçada

da greve dos professores.

 

(P Coelho)

- Uma greve? De repente?

Mas esta gente pirou?

Desde o antigamente

Que a carreira congelou...

 

Aceitaram o estatuto

e o vínculo foi p'ó galheiro.

E agora, de modo abrupto,

é que há todo este berreiro?


(Professor)

- É verdade, P Coelho.

Os professores estão na rua.

O seu saque já é velho

mas é nova a falcatrua.

 

Para alguns milhões poupares

Queres despedir 30 mil.

Mas mantens os militares

Pra que não haja outro Abril


(P Coelho)

- Mas tu não vês, professor

Que não há "guita" nenhuma?

Quanto mais roubo, pior:

ele faz-se todo em espuma....


(Professor)

- Se não há "cacau", então

pede a quem se abotoou.

Onde está tanto milhão

Que a esta Terra aportou?


(P Coelho)

- Foi o Sócras, o vilão

quem derreteu o que havia.

Se o não deitassem ao chão

Inda mais derreteria!...


(Professor)

- E o Cavaco, teu mentor?

Pagou prá não-produção!

Foi o exterminador

Do futuro da Nação.


o(Zé Povo)

A lavoura e a pesca

acabaram, são espanholas.

E os dentes da anibal besta

Batem como castanholas

 

oEle anda preocupado?

Foi ele quem destruiu

todo o sector primário.

Vá p'rá p... que o pariu!

 

Não venha agora fingir

Que não teve nada a ver

Com as frotas a fugir

E os matos a crescer

 

Pagou-se para arrancar

e pra plantar outra vez.

E para desmantelar

muito barco português!

 

Agora fazem-nos falta...

Compramos tudo lá fora.

Por culpa só desta malta

Que nunca mais vai embora!


No discurso 10 de Junho

E à noite, no debate,

Foi espectáculo ver o grunho

Fazer contas ao tomate!


E voltando aos professores:

até lutam de mansinho.

Não queiras saber as dores

De um tomate no focinho!

 

JT 11/6/2013

Turquia a ferro e fogo há 12 dias consecutivos

As forças do governo conquistaram ontem uma das principais praças de Istambul, a praça Taksim, na qual não entravam há 12 dias.
Continua a haver uma cortina de desinformação em torno dos confrontos na Turquia. 
É assim que a comunicação social europeia trata os eventos que não são de feição aos "mercados".
Estas lutas estão condenadas ao fracasso, na minha opinião, porque afinal os governos não são censurados a nivel internacional, como se pensava que seriam em situações destas.

Quando, há anos, se dizia que as ditaduras não mais poderiam voltar a implantar-se na Europa porque a comunidade internacional não o permitiria, aqui está a prova de que de facto podem. Desde que respeitem e continuem clientes dos "mercados", os governos não precisam respeitar o povo. E nada lhes acontece.

Edward Snowden - o jovem que revelou o PRISM, a rede de espionagem mundial dos EUA

“A NSA [Agência Nacional de Segurança, na sigla original em inglês] construiu uma infra-estrutura que lhe permite interceptar quase tudo. Com essa capacidade, a grande maioria das comunicações humanas são automaticamente integradas no sistema de forma discricionária. 
"Se eu quisesse ver os seus emails ou os telefonemas da sua mulher, bastava aceder a esse registo. Eu posso obter a informação relativa aos seus emails, palavras-passe, registos telefónicos, cartões de crédito”, explicou.


PRISM - O sistema de espionagem Universal dos EUA por JoaoTillyAudioVisuais


Um ex-funcionário da CIA (a Agência de Inteligência americana) que admitiu ter revelado detalhes secretos de um sistema de monitoramento de informações pessoais adotado pelo governo americano diz que agiu para defender a "liberdade das pessoas em todo o mundo" e para "ajudar a defender as pessoas da opressão".


Edward Snowden, 29 anos, revelou voluntariamente sua identidade ao jornal britânico The Guardian e é agora alvo de uma investigação criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. 

Na semana passada, ele revelou que agências de inteligência americanas estavam a monitorizar secretamente milhões de telefonemas, e-mails e outras mensagens - algo que as autoridades americanas dizem ser legítimo. 
"Eu não quero viver numa sociedade que faz esse tipo de coisas... eu não quero viver num mundo em que tudo o que eu faço e digo é gravado. Isso é algo que eu não tenho vontade de apoiar ou a que tenho vontade de me sujeitar", disse ele ao The Guardian. 

Rede 'aterradora'  

Snowden, que foi entrevistado em Hong Kong, trabalha na empresa Booz Allen Hamilton, que actua na área de administração de sistemas de informática e presta serviços para a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês). 
Na companhia, até agora o americano trabalhava como administrador de sistemas, lidando diretamente com a conta da NSA. 
De acordo com ele, agentes da NSA teriam acesso directo aos servidores de nove grandes empresas que atuam na internet, incluindo Google, Microsoft, Facebook, Yahoo, Skype e Apple. 
O acesso seria parte de um programa de espionagem chamado Prism (Métodos Sustentáveis de Integração de Projetos, na sigla em inglês). 
Segundo Edward, a monitorização feita pelos agentes americanos é "aterradora". "O NSA construiu uma infraestrutura que lhe permite interceptar quase qualquer coisa", explicou.

"Nós podemos colocar grampos em máquinas (computadores). Uma vez que você esteja na rede, nós podemos identificar sua máquina. Você nunca estará seguro, não importa que medidas de proteção você adopte." 

Snowden disse que não acredita que tenha cometido algum crime. "Nós já vimos suficiente criminalidade por parte do governo. É hipocrisia fazer essa acusação contra mim." 
O americano vivia com a namorada no Estado americano do Havaí antes de decidir ir para Hong Kong "por causa da longa tradição de liberdade de expressão" no território chinês. Está hospedado num hotel. Os jornalistas que o entrevistaram no local secreto descreveram-no como "quieto, inteligente, descontraído e humilde. Um mestre em computadores". 

 'Desiludido'  

Snowden cresceu em Elizabeth City, no Estado da Carolina do Norte, e depois  mudou-se para o Estado de Maryland, perto do quartel-general da NSA, no complexo militar de Fort Meade. 

Ele descreve-se como um estudante "menos do que brilhante" e afirma ter estudado computação numa faculdade comunitária em Maryland para conseguir os créditos necessários para obter o diploma do segundo grau. No entanto, ele nunca concluiu o curso. 

Em 2003, Snowden foi para o Exército e treinou com as Forças Especiais, mas foi dispensado após partir ambas as pernas acidentalmente durante um treino. 
O seu primeiro trabalho com a NSA foi como segurança numa das instalações secretas da agência na Universidade de Maryland. 
Em seguida, Edward trabalhou em segurança de tecnologia da informação na CIA. Apesar da falta de qualificação formal, os seus conhecimentos em computação ajudaram-no a subir rapidamente na agência. 
Em 2007, Snowden passou a ocupar um posto da CIA em Genebra, na Suíça. "Muito do que eu vi em Genebra desiludiu-me sob a forma como o governo funciona e qual é o seu impacto no mundo. Eu percebi que era parte de algo que estava a fazer mais mal do que bem", afirmou ao The Guardian. 

O ex-técnico disse ainda que considerou vir a público antes, mas esperou para ver se a eleição do presidente Barack Obama em 2008 mudaria a abordagem americana. No entanto, afirma que Obama "continuou com a política de seu antecessor". 

Futuro incerto 

Em 2009, Snowden deixou a CIA e começou a trabalhar na NSA como empregado de vários prestadores de serviços, incluindo a Booz Allen. Em comunicado, a empresa confirmou que ele estava empregado há menos de três meses na equipe do Havaí. 
"A notícia de que este indivíduo teria divulgado informações secretas é chocante e, se verdadeira, representa uma grave violação do código de conduta e dos valores da nossa empresa", diz a nota. 

O salário de Snowden seria de US$ 200 mil (cerca de 180 mil euros). Ele e sua namorada deixaram a casa em Waipahu, na ilha de Oahu, no Havaí, no dia 1º de maio sem deixar nada para trás, segundo agentes imobiliários. 
Um vizinho do casal disse à rede de TV americana ABC que os dois geralmente mantinham as portas e janelas fechadas e "não falavam muito com ninguém por aqui". 

Falando ao The Guardian em Hong Kong, Snowden disse ter receio que pessoas que o conhecem sejam monitorizadas. 
"A minha família não sabe o que está a acontecer. O meu principal medo é que eles vão atrás da minha família, dos meus amigos, da minha namorada. Qualquer pessoa com quem eu tenha um relacionamento", disse. 
"Eu terei que viver com isso o resto da minha vida. Não poderei comunicar com eles. (As autoridades) vão agir agressivamente contra qualquer um que tenha me conhecido. 
Isso impede-me de dormir." 
Snowden também admitiu que pode acabar preso, dizendo que "se eles (os agentes do governo) quiserem apanhar alguém, eles acabam por conseguir".