Uma das coisas que sempre me surpreendeu na TSF é a capacidade que os locutores têm de se enganar repetidamente em cada noticiário que transmitem, por mais curto que ele seja.
O mais incrível é que eles até conseguem começar os noticiários a enganar-se.
Aquelas almas estão ali 60 minutos sem fazer nada, à espera da próxima intervenção na hora certa e, logo nas primeiras palavras, engasgam-se, enganam-se, cometem as maiores calinadas aparentemente sem que ninguém lhes chame a atenção. Porque elas sucedem-se dia após dia.
Mas não só: pigarreiam, tossem, enrouquecem... quer dizer: não há por parte daquela cambada ali alojada o mínimo cuidado na preparação da peça que vai ler a seguir - trabalho para o qual é paga. A cambada.
Para além de uma imagem indecente que a estação dá ao exterior, é profundamente irritante a falta de profissionalismo daquela gente que ali se acotovela o dia inteiro para ler meia dúzia de linhas por dia. Linhas essas que são sempre as mesmas; porque as notícias que se ouvirem às 7 da manhã são as mesmas que se vão ouvir - repetidas até à exaustão, de meia em meia hora - até às 7 da noite.
Na TSF só há notícias novas de madrugada.
Voltando à miséria intelectual em que se constituem aqueles noticiários auditivos, a esses se soma agora o analfabetismo crasso escrito.
Por 3 vezes - 3 - o artista que copiou este artigo do Expresso esqueceu-se de escrever "MIL" antes de "milhões". Eram 3 a 4 MIL milhões e o profissional do erro escreve 3 a 4 milhões. Por 3 VEZES!
Subtraiu, portanto, à notícia, 999 vezes o seu valor. O valor do montante que copiou sempre erradamente.
Ou seja: transmitiu, a quem leu o site da TSF, um erro de quase MIL VEZES sobre o montante da notícia original.
Ou seja: transmitiu, a quem leu o site da TSF, um erro de quase MIL VEZES sobre o montante da notícia original.
Se o problema da Grécia fossem 3 ou 4 milhões não haveria problema nenhum. O desgraçado do estagiário que copiou isto é que nem sequer interioriza que 3 ou 4 milhões não são números minimamente significativos quando se fala de dívida pública. O desgraçado não faz a mínima ideia do que está a copiar.
Por isso copia mal.
Portanto: de todas as vezes que fala em números, ERRA. Divide sempre por 1000 a notícia. Comete de todas as vezes o mesmo erro. 100% das vezes. Não acerta NUNCA.
É claro que a culpa não é dele, coitado. É de quem o devia fiscalizar e nada faz.
Estará, porventura, a pigarrear um notíciário também ele cheio de erros, hesitações, enganos e correcções.
Quando as há.
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