6.19.2013

Se não houvesse corrupção não haveria crise



Paulo Morais prova no seu livro, com números claros e facilmente entendíveis por qualquer um, que "Se não houvesse corrupção o país não estaria em crise".

Ora:
1 - o povo não é corruptor - porque não tem dinheiro para corromper ninguém.
2 - e nem é corrupto - porque não tem poder para ser corrompido por ninguém.

Os corruptores são as grandes empresas, com a alta finança por detrás, e os corruptos só podem ser os decisores políticos.
Estes (ambos) "actores sociais" são os que nos conduziram a esta falência e a esta negra bancarrota.
Logo, não se pode obrigar o povo a pagar a crise enquanto a classe política corrupta, as mega-empresas e a alta finança nada pagam. E continuam com os seus negócios criminosos - como as PPPs e os swaps - passando anualmente a factura ao estado = nós.
É este o princípio que deve levar a uma reflexão profunda por parte de 10 milhões de portugueses.
Só quando pelo menos metade dos portugueses adquirir consciência desta clara Verdade estaremos em condições de começar a obrigar uma das classes políticas mais corruptas da europa a arrepiar caminho ou a  demitir-se, dando lugar a quem não seja (tão) corrupto; e a quem obrigue os criminosos de lesa-pátria, hoje perfeitamente identificados, a pagar pelos seus crimes de décadas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Tilly,

Por favor, seja um pouco mais crítico e não ponha a culpa exclusivamente na classe política. É claro que o povo é corrupto, faz parte da cultura Portuguesa, principalmente das pessoas da SUA geracão.

Aquelas idas à oficina do amigo pagas por baixo da mesa, aquele trabalhinho em casa feito por aquele rapaz conhecido que é barato porque não faz descontos... isso não é corrupcão? Pois, aos olhos de muita gente não é porque é são práticas tão comuns e enraizadas no "povo" que ninguém dá por ela.

Pare lá de culpar os políticos e comece a olhar-se ao espelho, todos contribuiram para a crise e agora todos estão a pagá-la, uns mais do que outros... é a vida.

João Tilly disse...

Estou farto de escrever sobre isso. Sobre o compadrio e micro-corrupção populares. O anónimo é que, pelos vistos, não leu. Deixo passar a deselegância do "olhar-se ao espelho" porque considero ser uma deselegância apenas, sem intuito ofensivo. O anónimo pode sempre tentar melhorar a linguagem.