Para 2005 há muito pouco a prever.
No país:
Agravamento das condições de vida, com o aumento de assaltos em cadeia a lojas e a bombas de combustível.
Veremos, pela primeira vez em Portugal, assaltos a supermercados para se roubarem bens alimentícios. Veremos isso e pior do que isso nas televisões a partir de Abril. Fábricas fechadas a serem vandalizadas pelos trabalhadores e prostituição a ser alargada a jovens estudantes como último meio de subsistência.
Mal os portugueses percebam que o país fica novamente ingovernável será a confusão total. Haverá confrontos nas ruas com as forças policiais, dos quais resultarão feridos graves ou mesmo pior.
Os recontros serão mais ferozes nas cidades onde os recursos e a possibilidade da economia paralela for mais escassa.
Em Seia, por exemplo, de 4 pessoas que fizeram, a semana passada, uma pequena obra de assentamento de um soalho e limpeza de um apartamento, nenhuma passou factura. E todas fazem disso profissão. Isto está como o Brasil: é pegar ou largar.
Ao contrário do que mentem ao povo descaradamente nas televisões, é justamente a economia paralela a que sustenta a nação há mais de 2 anos.
Se toda a gente pagasse os impostos que estão consignados na lei (repare-se que eu não digo: "os impostos que deviam"! Vamos lá acabar com essa pouca-vergonha desse abuso de linguagem), haveria fome e motins há muito nas ruas. Nem cadeias haveria para os meterem.
Mas continuando: O P.S. não ganhará as eleições com maioria absoluta. Nem sei se as ganhará. Para mim será um empate técnico se as não perder, mesmo.
A sociedade está dividida em 3 partes: Os chuchas que votam P.S. à espera de um emprego, os laranjas que votam PSD à espera de um emprego e a esmagadora maioria do povo que já não sabe a que tipo de criminosos dar o seu voto. A partir daqui, dispara a abstenção, o país é ridicularizadio no mundo civilizado e o "bolo" da corrupção generalizada (leia-se: "espírito desinteressado de missão") é dividido pelos comilões da dita esquerda e pelos comilões da direita. O PC fica de fora, evidentemente, a não ser que seja absolutamente necessário para o PS desgovernar.
De qualquer forma o país fica, uma vez mais, ingovernável.
Só se resolverá o problema com uma JESN - Junta (Estrangeira) de Salvação Nacional, constituída por técnicos e políticos estrangeiros com experiência em países américo-latinos. Tal como oa américas estão a fazer no Iraque.
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Abaixo as previsões para Seia
Em Seia:
Acontecerá o mesmo (sem os assaltos, que aqui há pouco que roubar a não ser o famoso Queijo da Serra feito com leite espanhol e os casacos regionais de pele feitos na Maia) mas a bomba estoirará definitivamente nas autárquicas.
O concelho perdeu quase todas as empresas industriais e nenhumas as substituíram. O Turismo é deixado ao Deus-dará. Os irmãos Costa Pais levam toda a gente para a Covilhã e em Seia nada se faz para arranjar alternativas. Um único hotel que só enche nos picos do ano mostra a decadência a que está votada a oferta nesta área. Em Gouveia será construído um hotel de 4 estrelas. Em Seia, promessas. Ninguém parece querer investir aqui.
Porquê? Eduardo diz que há vários consórcios hoteleiros a pretenderem instalar-se na nossa cidade. Ninguem vê nada.
Ele afirma que Seia nunca esteve tão promissora. Os comerciantes e os industriais - sem excepção - queixam-se precisamente o contrário. Ele diz que não concorda com alguns Profetas da desgraça. E eu digo-lhe que ele é o único profeta da felicidade que eu conheço no concelho inteiro!
Eduardo Brito decididamente não faz ideia do estado a que a imagem deste concelho e do seu executivo chegou.
Estou a contribuir, neste momento, para que repense a sua estratégia, se não quiser sofrer uma derrota humilhante nas próximas eleições.
Porque ele pensa que tem a vitória assegurada. E, no entanto, caíu em índices de impopularidade que só ele não vê. Estava mais que na hora de se retirar pela porta grande, à cautela...
Por outro lado, André Figueiredo não conseguiu avançar. Estará a guardar-se para daqui a 4 anos, diz-se. Para mim, perdeu a oportunidade da sua vida.
No futuro, se não ganhar o PSD, quem ganhará as eleições serão os cidadãos - a sociedade civil organizada em associações apartidárias - e não os partidos, que terão que se reformular de uma forma radical se não quiserem esvaziar-se completamente. Seremos, nisso, pioneiros.
Se agora ganhar Nuno Vaz, teremos presidente para mais 12 anos, pelo menos. Mal jogado.
Marciano Galguinho seria o sucessor de Eduardo, já que Carlos Camelo parece querer continuar a manter o seu low-profile. Não é um político nato, mas é um homem sério, o que é muito mais importante do que quantas qualidades de ratices e estratégias possam reunir-se num político profissional. Por alguma estranha escolha está arredado da corrida. É pena.
Quanto a Nuno Vaz, com uma campanha sóbria e eficaz, pode facilmente virar os revoltados contra EB. Não será mérito dele, é certo. Será muito mais demérito de um executivo que dá, há 8 anos, uma imagem de inércia assumida e que agora, à pressa, tenta fazer qualquer coisa para se tornar visível. O novo Boletim Municipal e as atarantadas tentativas de trazer espectáculos quaisquer-que-eles-sejam a Seia são disso gritante exemplo. Não se criticam de forma nenhuma. Mas pergunta-se: «porquê só agora?» Não foi preciso mostrar obra mais cedo?
Bem: e o mais que se verá em "folclore" na Fiagris e no Verão!
Mas aqui deixo também um conselho, se o quiserem aceitar: à última da hora, quanto mais fizerem, pior lhes acontece. O povo não é tão parvo como muitos caciques julgam... Veremos se tenho, ou não, razão.
Portanto: por exclusão de partes, a luta em Seia será entre Eduardo Brito e Nuno Vaz. Ao contrário do que anunciam os homens do aparelho (que defendem que isto são favas contadas), a luta será renhida. Se as eleições fossem amanhã não tenho dúvidas de quem ganharia. Mas os trunfos, de parte a parte, serão mostrados ao longo deste ano. E a balança poderá pender para qualquer dos lados na parte final da campanha.
Nuno Vaz tem feito uma gestão inteligente. Não divulgando nomes deixa a concorrência atarantada. Que não resiste a tentar lançar, insensatamente, nomes para a fogueira. O simples facto de nem sequer comentar esses dislates confere a Nuno Vaz a credibilidade que falta a muito político por esse país fora.
Eduardo Brito avançará depois das legislativas. Não lhe resta outra hipótese. O aparelho socialista só o quer na Câmara, «porque é o único que a tem ganho e que a pode continuar a ganhar».
Erro crasso.
Eduardo Brito devia ter sido aproveitado para as listas de deputados, nesta fase da sua vida. A sua dimensão política extravasa o ficar aqui agarrado a isto, e não é, de maneira nenhuma, pequena para a Assembleia. Tomara o PS ter lá muitos como ele.
Desgraçadamente irá ser sacrificado aqui.
Pode ser que perca, para seu bem... porque se ganhar, está feito.
Aguentar isto mais 4 anos?
Não acredito...
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E, como não quero deixar os leitores em suspenso: E se as eleições fossem realizadas hoje?
Estou convencido que Eduardo Brito ainda ganharia por uma margem confortável.
Mas as eleições não são hoje.
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1.16.2005
Previsões 2005 - Um país ingovernável e um concelho à espera de um milagre
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