1.16.2005

O teleponto de Sampaio

Aqui está uma prova de que o nosso pivot-Presidente nem sempre olha o teleponto. A empresa que vendeu a ideia aos estrategas de Sócrates, cuja administração desconfio que tenha alguma relação com o nosso Belmiro, vendeu-a também à Presidência, pelos vistos.
Mas desta vez o teleponto devia estar na câmara. Porque era suposto o Presidente olhar de frente para o seu mercado.
Só que isso assim não dava "papel" e vai daí inventou-se outra vez.
Pela posição dos olhos de Sampaio, os técnicos colocaram o teleponto acima da câmara. Pior: estes telepontos à Reagan não têm pedais de controlo. Nem o presidente teria prática para pedalar como o Zé Eduardo dos Santos. Eram precisos muitos aninhos de "jornalismo", para aquilo não dar barraca...
Assim, a velocidade de avanço e recuo do texto é feito por técnicos para o efeito contratados. O pacote é já assim vendido.
Resultado: Para não assumir uma pose de leitura daquelas 300 folhas de papel em Arial 24, sem levantar os olhos para o público(!) que o estivesse a ver atentamente(!!), nem o presidente olhou de frente nem se concentrou no que estava a dizer, preocupado acima de tudo em não se perder na leitura.
É a era tecnológica à Sampaio.
De facto nem era preciso que tivesse aparecido.
O conteúdo da mensagem foi publicado até à exaustão desde a manhã de 31 de Dezembro pelas televisões e pelas rádios... escusava bem de fazer mais esta triste figura.
De qualquer forma, os meus parabéns a quem conseguiu fazer um resumo de um discurso de Cenourinha: uma tarefa verdadeiramente dantesca.

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