12.30.2004

«REVEILLON NA NEVE» DA SERRA DA ESTRELA

AINDA HÁ APARTAMENTOS EM SEIA, PARA O «REVEILLON»

Se pretende passar o ano aqui por estas bandas, saiba que tem ao seu dispor, em Seia, duas boas unidades hoteleiras: o Hotel Camelo e a Quinta do Crestelo.
Há também várias residenciais em Seia e no Sabugueiro - a aldeia mais alta de Portugal - com quartos belíssimos e pequenos almoços serranos.
Pode também encontrar bons apartamentos, no centro de Seia, com vistas belíssimas para a Serra ou para o vale. Um T3 pode custar desde 300 a 450 euros, por 3 dias.
Se é um reveillon em altitude que procura, pode encontrá-lo nas 2 Unidades Hoteleiras da Turistrela: Residencial Varanda dos Carquejais e Hotel Serra da Estrela.
Em Seia e no Sabugueiro vários restaurantes propõem um jantar especial de fim de ano recheado da bela gastronomia típica regional e, para acabar a noite em beleza, acaba de abrir uma novíssima discoteca, construída de raíz, que vai contar, nessa noite, com a presença de algumas destacadas figuras do meio televisivo nacional.
Se quiser pode enviar-me um email que eu ponho-o em contacto com a melhor relação qualidade / preço.
Sem comissões.
Boa estadia.

12.01.2004

Sampaio faz, pela segunda vez, a vontade a Santana


Estou sem palavras...
Contra todas as minhas expectativas, Cenourinha passou-se.
É a segunda vez, em 4 meses, que faz a vontade a Santana.
Ninguém pense que quem mais ganha com isto não é ele...
Ai, ai... um país ingovernável, mesmo...
O resultado das próximas eleições será próximo de um empate técnico.
Ninguém ganhará nada com isto.
Quem perde, como sempre, é Portugal.
Cavaco tem, uma vez mais, razão. É preciso substituir estes políticos da treta por políticos a sério... tem é que ir buscá-los a Espanha, à Irlanda, ou, pelo menos, à Alemanha.

Sampaio é um dos 47 cidadãos apoiantes que Santana Lopes tem em Portugal neste momento

Jorge Sampaio apenas pediu uma solução credível na substituição do ministro Henrique Chaves e nunca falou em remodelação, sabe a TSF.
Nem os secretários de Estado o apoiam assim. Muito menos os ministros. Perguntem a Morais Sarmento...
Mas Cenourinha mantem-se firme e hirto a defender a sua indecisão de há 4 meses.
- «Podes estar descansado, que quando nem os teus filhos te apoiarem, continuas a ter aqui um ombro amigo, ó Pedrocas, até Janeiro de 2006. Não é por tua causa, bem vês... é que, como eu cometi aquela brutal calinada que me retirou completamente qualquer hipótese de vir a ser alguém na História, pelo menos não quero ficar a ser conhecido como o Presidente mais ridículo de Portugal, demitindo-te.
Entendes, pá?»

O Mistério continua: Jovem desaparece do Hospital de Seia há 19 dias.

Paulo Jorge é esquizofrénico, com medicação compulsiva, e foi visto pela última vez no Hospital de Seia, para onde foi levado pelo 112 no dia 13 último, cerca das 22 horas, na sequência de uma crise aguda.
Foi visto e medicado.
Pelas 22:26h do mesmo dia teve alta.
A receita nunca seria, no entanto, levantada.
Ficou, com o resto dos seus documentos e um dos dois chinelos que calçava, no Hospital.
O jovem, entretanto, desapareceu.
Ninguém sabe dele.
Foi visto pela última vez a deambular à entrada do Hospital, por funcionários.
Descalço.
Sem dinheiro nem tabaco - ele que fumava, segundo a mãe, 2 maços por dia - e, sendo assumidamente toxicodependente para além de esquizofrénico, a família já não espera outra coisa senão o pior.
Ninguém o sequestraria, ainda mais sem um tostão no bolso, já que até a sua caderneta da CGD também foi abandonada na secretaria do Hospital.
- «Mas pelo menos que apareça o corpo, para que eu possa tratar como deve ser do meu filho», chora a mãe.

A participação foi entregue na GNR na quinta-feira, dia 18.
Até hoje, não há sinais do jovem, confirma a corporação.
Mas alguém o procurou? - pergunto eu.
Parece-me macabramente óbvio que, descalço e sem dinheiro, não poderia ter ido para muito longe do edifício.
Quem conhece aquelas ravinas pode facilmente imaginar cenários tão prováveis quanto tenebrosos para o que poderá ter acontecido ao rapaz.
Questionado o director do Hospital, o Dr José Luis Vaz confirma toda a história. Mas refere não ser muito provável que o jovem possa ter caído por alguma das duas ravinas, porque têm estado equipas de técnicos a trabalhar, ultimamente, nessas zonas e nenhum corpo foi encontrado.
Alguém o procurou, então, por algum lado?
A família não sabe.
Queixa-se que ninguém lhes diz nada.
«Não há notícias dele» - foi também a informação colhida, ontem, junto da GNR de Seia.
Aqui fica a foto.
O Paulo trazia vestidas umas calças de ganga e um blusão de penas verde. Calçava.... um chinelo.
A mãe exibe o outro.
A mãe e amigos têm procurado incessantemente por ele junto da comunidade toxicodependente de Seia, mas todos os colegas garantem que nunca mais o viram.
Graciete da Fonseca Passos Pereira, a mãe, não se encontrava em Portugal no sábado, 13. Só regressou na quarta-feira de França. Em casa, juntamente com o Paulo, residia uma amiga da família com um filho de tenra idade. Foi esta amiga que chamou o 112 quando a crise do jovem se manifestou na noite de sábado, 13. Inconsoláveis e inconformadas, as duas não deixam de estranhar a forma como foi dado alta ao seu filho completamente transtornado já que na altura «não podia responder pelos seus actos».

«Ele estava de tal forma fora de si que queria lavar as mãos no fogo da lareira! Como é que se pode mandar um doente nestas condições para casa pelo seu próprio pé?»
Recorde-se que «o Paulo foi levado para o Hospital numa ambulância, desacompanhado, e portanto, não tinha ninguém com ele para o trazer de novo para casa quando a alta lhe foi dada.»
Este caso, que só hoje chegou ao meu conhecimento através de um telefonema pessoal da mãe que, em desespero, deixava perceber a sua impotência por «já não saber o que fazer para que lhe dissessem alguma coisa», promete ter desenvolvimentos ulteriores que não se esgotarão no caso em si.
Mas, para já, o importante é tentar encontrar o Paulo até porque a esperança é a última que morre.
Olhem bem para a primeira foto.
Se reconhecerem este moço comuniquem, por favor, às autoridades.
O Paulo é de Seia - Serra da Estrela.

Os multimilionários não são nada estúpidos...


«Os recém bafejados pela "sorte" do Euromilhões de sexta fugiram para parte incerta e temem pelos filhos».
Vá lá, vá lá, que já estão a começar de perceber o que lhes aconteceu.
E estão com sorte por lhes ter acontecido essa "desgraça" em Portugal: Se fosse no Brasil, não tinham tempo sequer para fugir...
De qualquer modo, as dificuldades financeiras e o descanso acabaram para sempre.

Cenourinha chama Santanete a Belém: «Pedrinho! Ó Pedrinho! Anda cá, filho!»

A avaliar pelas últimas personalidades que lá chamou e pelas consequências políticas que dessas conversas retirou, espera-se que continuem a ser debatidos temas do mais alto interesse Nacional.
Por exemplo: a reflexão séria, serena e oportuna, sobre as consequências, para o futuro de Portugal, da última expulsão na Quinta das Celebridades. Ou, em alternativa, um debate oportuno, sereno e sério sobre a gravidade da problemática da divisão do dia em 24 horas.
Observadores bem colocados levantam ainda uma terceira hipótese: a dum debate franco e leal, tão sério como oportuno, sobre a altura da protecção dos varandins do mega-estádio de Leiria.
Seja qual for o tema, o debate será oportuno, sereno e sério.
Tal como o Presidente, ele próprio.

Santana cancelou a tomada de posse dos «remodelados» para ir ao casamento da filha da chefe de gabinete!

... que, por sua vez, esteve nos últimos 15 dias de licença sem vencimento justamente para preparar o casamento da filha!
É esta a importância que o primeiro ministro e a sua chefe de gabinete dão aos assuntos de Estado.
Trata-se do País, mas só depois de se tratar das festas de casamento.
Esta hierarquia de prioridades nacionais só é comparável à histórica decisão que levou à construção de 10 mega-Estádios para o Euro 2004, enquanto não há um tostão para se remodelar um hospital e, portanto, 1 em cada 100 doentes que entram nas urgências acaba por morrer em consequência de infecções contraídas em hospitais podres.
Mas o povo tem o que merece. Em qualquer país civilizado tal estado de coisas não seria possível. Mas neste arremedo de país com um povo absolutamente analfabruto a quem foram invertidos os valores da cidadania, da liberdade e do direito à reivindicação, tudo acaba por ser possível.
Pelos vistos, o próprio povo prefere Estádios a Hospitais. Por isso... os políticos só lhe fazem a vontade.
De qualquer modo, e para os portugueses que ainda não estão completamente alienados neste Truman Show de 15ª categoria: a ridicularia a que Santana se vota a si próprio e o desprezo que demonstra pelo País não tem paralelo na História recente de Portugal. Eu, pelo menos, não o encontro.

Henrique Chaves sai depois de despromovido e alega «falta de lealdade e de verdade»


O ministro da Juventude, Desporto e Reabilitação, Henrique Chaves, demitiu-se hoje do Governo acusando o primeiro-ministro, Santana Lopes, de falta "de lealdade e de verdade".
«Convidado para Ministro Adjunto, nunca me foi dada oportunidade de exercer qualquer função ao nível da coordenação do Governo, própria das funções inerentes a esta pasta», e acrescenta que «só ao Primeiro Ministro cabe a responsabilidade de conceder as condições para o exercício desse cargo, o que nunca aconteceu».
Responsabilizou directamente Santana Lopres pela sua demissão, acusando-o de «grave inversão dos valores da lealdade e verdade».
No comunicado à Lusa, o ex-ministro diz que constatatou que lhe «faltaram à verdade de uma forma muito grave que não pode tolerar e com a qual não pode conviver».

A trapalhada Santanete chegou a pontos de começar a comprometer gravemente, para além do Pais, também o Presidente que o empossou.
Cenourinha, a esta hora, deve estar mais que arrependido de lhe ter dado posse. Vai ter que calçar os patins a esta cáfila toda, mais cedo ou mais tarde - até Julho - e escusava, por isso, de ter perdido a sua face na História, lamentar-se-á todos os dias.
Mas agora é tarde e o mal está feito.
De facto, há que fazer qualquer coisa para pôr esta tripla de alucinados - Santana, Portas e Bagão - fora do poder o mais depressa possível.
A bem do que resta da Nação e para que alguma coisa permaneça de pé após a sua inevitavel expulsão do miserável reality-show em que transformaram a política deste país.
Não há mesmo dúvida.

10.000 mortos por infecções hospitalares? Estamos onde?


Num mês absolutamente demolidor para a imagem pública dos profissionais da Saúde, o DN sai-se agora com mais esta.
Em resultado das 100.000 (cem mil) infecções que os desgraçados que recorrem aos hospitais por lá apanham de borla, 10 mil deles acabam por morrer e mais 3 mil morrerão em consequência de complicações posteriores provocadas por essas infecções.



Se somarmos este número às 3 mil mortes provocadas por erros médicos, segundo o Expresso, pergunta-se:
Mas afinal, estamos onde?
Agora se percebe o ostracismo a que são votados os desgraçados nas macas e nos corredores por essas urgências fora: Não é desprezo, afinal: é estratégia de médicos e enfermeiros para não se deixarem contagiar...

O coração de Bush

Esta foto, enviada por João Carreira, faz todo o sentido.













A PJ retirou 3 camiões de objectos, propriedade da AMEC, de sua casa, mas Miguel Graça Moura sai com uma caução de 2500 euros


Miguel Graça Moura saiu em liberdade com termo de identidade e residência, e uma caução de 2500 euros, depois do interrogatório de ontem.
A este propósito, refira-se:
«Numa busca domiciliária realizada quarta-feira à noite a casa do maestro, a PJ apreendeu diversos bens pertencentes à Associação Música Educação e Cultura (AMEC), a instituição que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Entre o património cultural da AMEC apreendido contam-se livros, CD`s, partituras, obras de arte, pinturas e esculturas, e os bens tiveram de ser transportados em três camiões.
Em causa estará uma quantia na ordem do milhão e meio de euros, disse à Lusa fonte policial.
Parte desses bens estão à guarda da AMEC - que tutela a Orquestra Metropolitana de Lisboa - e outros estão sob custódia da PJ.
»
Lusa
.
Palavras, para quê?

Casa Pia: a palhaçada continua em alta

Finalmente, os doutos doutores descobriram que o tribunal da Boa Hora não tem condições para se prosseguir este julgamento.
Só advogados são 21, e portanto ninguém lá cabe. E toda a gente tinha a obrigação de o poder prever; mas, como sempre, não.
Mais: nem espaço nem condições tecnológicas: na Boa Hora não há vídeo-conferência, ainda.
Em Seia, há. Mas na Boa Hora ainda não.
Portanto, se a juíza decidir (quando muito bem quiser e entender) inquirir algumas testemunhas por essa via, ali não haveria possibilidade.
Depois da 6ª vaga de informatização dos tribunais que custaram 6 incomensuráveis fortunas ao bolso dos cidadãos, e 6 "bolos" de milhões para 6 (ou menos) fornecedores de informática, ainda a coisa não funciona.
É incrível!
Nem mesmo no Burkina Fasso!
Agora vai tudo para Monsanto, numa decisão - mais uma - tomada sobre o joelho, pois então?
Até que percebam, os doutos doutores, que lá também haverá, por certo, alguma coisa que impeça o início do julgamento.
A proximidade da prostituição descarada durante todo o dia, que é crime em Portugal, não o será, de certeza.
Por aí, podemos estar descansados.

«o facto de a criminalidade ter aumentado 50% em Seia só demonstra a grande eficácia da GNR».


Esta foi a 2ª noite de assaltos, em menos de um mês, no centro de Seia.
Foi assaltada uma loja de fotografia na principal avenida da Cidade - a av 1º de Maio. Depois, foi assaltada a casa do castelo onde funcionou até há pouco tempo a Câmara Municipal. E, não satisfeitos, os assaltantes decidiram ainda visitar um talho de onde foi furtado um porco inteiro!!!!
Não se sabe como foi transportada a carcaça, mas que desapareceu, não há dúvida!
Esta "criminalidade" senense atinge as raias do ridículo e nem ouso comentar as declarações do sr capitão de Pinhel - o agora "nosso" capitão - ontem na sessão pública da Câmara, que foram qualquer coisa como isto:
«o facto de a criminalidade ter aumentado 50% em Seia só demonstra a grande eficácia da GNR».
Agradece-se penhoradamente a quem conseguir decifrar esta mensagem.
Parafraseando um vereador: «Este Capitão ainda é melhor que o outro...»

Daniel Sanches e Canas de Senhorim

Deve haver algum problema com o ministro da administração interna.
Diz ele que mandou avançar a GNR para desmobilizar um ilícito criminal - o impedimento da saída de um camião de urânio.
Mas depois não mandou desmobilizar um outro ilícito criminal - incomensuravelmente maior - o corte total da linha da Beira Alta durante todo o tempo que o povo quis.
Aquele aparato policial deslocado propositadamente para o local - dezenas de carrinhas de intervenção da GNR com centenas de homens - o que estiveram a fazer na estação de Canas toda a tarde?
A linha esteve cortada durante cerca de 6 horas, com meia dúzia de madeiros que um só homem desobstruiria em menos de 5 minutos, e mesmo depois do povo abandonar o local, a linha lá ficou, abandonada e ... cortada!!!

Que é que se passa com este ministro?
A força de intervenção, depois de horas de vigilância, abandonou a estação de Canas e o povo desmobilizou em seguida.
No comício que se seguiu, Luis Pinheiro responsabilizou o PR por este incidente e todos os que se seguirão.
E acreditem que mais se seguirão.
Porque esta luta tem a ver com a política seguida pela CM de Nelas, que eles acusam de ostracizar a região que lhe deu de comer (a Nelas) durante várias gerações.

É uma argumentação interessante que em breve exporei.
Luis Pinheiro foi meu colega das aventuras dos conjuntos musicais nos anos 70 - vendi-lhe uma Gibson que trouxe de Londres em 1980 e, para quem não sabe, ele era um excelente guitarrista-solo (era assim que se denominava na altura...).
Foi giro recordar esses tempos ontem, na estação de Canas, no intervalo das sucessivas entrevistas que ele lá ia dando às rádios e às televisões...
Reportagem completa mais logo.

Joana está para a PJ assim como a Casa Pia está para os Tribunais

Fiquei espantado com o programa da manhã da SiC cujo final foi dedicado ao caso Joana.
Pensei que já ninguem se lembrasse dela, agora que a Judiciária finalmente percebeu que, desde que não lho indiquem realmente, nunca conseguirá descobrir o corpo e portanto deixou de «amandar postas de pescada» para a comunicação social.
Afinal ainda há quem se lembre de mais esta exibição nacional da incontinência e incompetência da polícia que nos orgulhamos de ter.
Enquanto pensava que era "trigo limpo", a Judiciária, talvez evidenciando resquícios de procedimentos comuns antes de 1974, não se poupou a enviar notas informativas para tudo quanto eram televisões. Numa segunda fase, quando começou a perceber que afinal a coisa não era assim tão fácil, optou por fugir para a frente, tentando desviar as atenções que fez recair sobre si, alvitrando hipóteses cada vez mais inverosímeis e taralhoucas para empatar a comunicação social e evitar cair de imediato no ridículo, esperando, portanto, que o tempo apagasse mais este monumental flop, sempre sem perceber que estava a dar sucessivos tiros no pé.
Por fim, fez o que devia ter feito no início: calou-se muito bem caladinha e espera agora que a crise passe. Entretanto sempre se apanham uns "coelhos" correios da droga - que são enviados de propósito para serem apanhados para que o grosso dos carregamentos passe ao lado - e vai-se distraindo o povão, apostando na sua diminuta memória, esperando que este continue a manter uma imagem da PJ portuguesa de uma excelência e qualidade que, de facto, não tem.
Aprendi com sir Arthur Conan Doyle que nem todos os crimes têm solução. Dizer que não há crimes perfeitos é a maior mentira do planeta.
Mas também ele, o percursor da polícia científica, ensinou que um bom investigador tem que ser essencialmente recatado e nunca exuberante. Ainda menos quando não está na plena posse de todas as respostas para todas as questões.
O mínimo que se pode concluir é que nem todos os investigadores da PJ portuguesa o leram. Porque em Portugal, pelos vistos, nem é necessária grande excelência por parte do criminoso para que não seja descoberto. Basta quase que não se denuncie. Mas isto é assunto para outra crónica.
.
Coitadas das milhares de Joanas por esse país fora... e coitados de nós que acabamos por vir a saber do duplamente infeliz desfecho desses casos.
Que feliz me deixam aqueles milhares de casos dos quais as televisões nunca chegam a saber....

O grande sarilho de Almerindo Marques

Ou muito me engano ou «o grande sarilho» de Almerindo está apenas a começar.
Só num país de brandos costumes é possível apreciar o triste espectáculo de nervosismo incontrolado e de excitação total num homem que deveria ser o garante da estabilidade e da serenidade numa RTP que se quer, finalmente, tornar parecida com alguma coisa.
Lembrou-me aquela cena deliciosa de Adelino Salvado a bufar e a rasgar as folhas do dossier em plena Comissão de Inquérito.
Não se me oferece qualquer dúvida que este senhor tem tanto perfil para gestor como Paulo Portas para gigolo.
O grande sarilho, as consequências desvastadoras e as meias palavras terão que ser explicadas.
E a Almerindo restar-lhe-ia, em qualquer país civilizado, a porta do cavalo. Aqui, neste Burkina Fasso à beira mar plantado, pode continuar a fazer as palermices do costume e a levantar o cheque ao fim do mês.

Foto RTP

Desemprego de muito longa duração aumentou 67.3% - Não há empregos para ninguém

Num estudo hoje divulgado, Eugénio Rosa, economista da CGTP, afirma que há mais de meio milhão de desempregados em Portugal, a que corresponde uma taxa real de 9.4%.
Ele adiciona aos 375.900 desempregadas declarados pelo INE, 80.300 pessoas que foram contabilizadas como inactivas por não terem feito diligências para encontrar emprego nas últimas 4 semanas. Somando o desemprego oficial, os inactivos disponíveis para trabalhar e o subemprego visível, Eugénio Rosa encontra um universo de 516.500 de desempregados reais, que corresponderia a uma taxa de desemprego corrigida de 9,4%.
Este estudo revela ainda que os desempregados de longa duração (há mais de um ano sem emprego) aumentaram 39,1% entre os terceiros trimestres de 2003 e 2004, enquanto o desemprego de muito longa duração (há mais de dois anos sem emprego) aumentou 67,3% no mesmo período, para 94.200 pessoas.
O mais preocupante nem é o meio milhão de desempregados pontuais. É a falta de saídas para os desempregados de longa duração, o que conduz à conclusão fatal que Portugal não tem, de facto, que lhes dar que fazer.
E agora? Acaba-se o subsídio e vão roubar para as ruas?

Há quantas horas está Almerindo Marques a falar?


Há quantas?
Hein?
Não seria mais fácil fazerem as coisas com transparência...?
Se o homem não servia era dizer-lho na cara.
Pronto. Acabou-se.
Para que são as jogadas por debaixo da mesa?
O pretexto foi a nomeação de um correspondente para Madrid?
Têm a certeza que não foi a nomeação da senhora da limpeza para o escritório da RTP de Dakar?
Valha-me Deus!
Há pessoas que não têm mesmo o sentido do ridículo.

Estudo sobre a fiscalização da alcoolemia por parte da BT dá resultados surpreendentes!

Compilei os dados disponíveis no site da GNR sobre a fiscalização que a BT tem feito desde o princípio do mês de Novembro à alcoolemia nos condutores e apresento aqui os resultados que actualizarei à medida que mais dados forem disponibilizados.
.
Deles se retiram as seguintes curiosas conclusões:
.
1 - A GNR/BT vai para a estrada com armas e bagagens aos fins-de-semana.
De facto, dos 14094 condutores fiscalizados desde o dia 1/11, tantos como 7758 - o que corresponde a 55% - foram-no aos sábados e domingos apenas.
Portanto, enquanto a BT fiscaliza, de segunda a sexta, 487 condutores em média por dia, ao fim de semana esse número sobe para 1108 - mais do dobro.
.
2 - O número de contra-ordenações é directamente proporcional ao nr de fiscalizações.
Outra coisa não seria de esperar, senão a estatística seria uma batata. Mas os números aí estão a comprová-lo:
.
Dos condutores fiscalizados, 8,47% apresentam um grau de alcoolemia acima dos 0.5gr/ltr enquanto que 2,76% apresentam um grau superior a 1,2gr/ltr, o que constitui crime. Portanto, grosso modo, em cada 100 condutores mandados parar, entre 8 e 9 têm mais de que 0,5gr/ltr e de 2 a 3 apresentam mais de 1,2 gr/ltr..
Deste total de contra-ordenações, 19% são detectados durante a semana e o restante nos dias de sexta, sábado e domingo.
Por dias de semana:
Num dia normal - de Segunda a Quinta, a percentagem de condutores "apanhados" com um grão na asa, relativamente ao total de condutores fiscalizados, ronda os 1.74%. Em cada Sexta feira a percentagem de condutores com excesso sobe para 2.88%, em cada Sábado é de 5.56% e em cada Domingo, de 15.72%. Aos domingos a percentagem sobe mais de 9 vezes, relativamente a um dia de semana. Relativamente ao crime - mais de 1,2gr/ltr de sangue, temos:
De segunda a quinta: 1.8% do fiscalizado. Em cada sexta: 3.17% do total. Sábado com 4.71%, e Domingo com 10.97%.
Os bebedolas fortes aumentam a probabilidade de sem apanhados 6 vezes ao domingo.
Há que não beber, portanto, ao fim de semana.
Especialmente ao domingo.
Agora coloquemo-nos na pele da Brigada. Sabendo que ao Sábado e ao Domingo, por via das festas, dos futebóis, das lancharadas, em resumo, da confraternização social, o povo bebe mais um copito, e por conseguinte a hipóteses que temos de apanhar um prevaricador é de quase 15%, em que dias nos poríamos à caça?
É a tal pescadinha de rabo na boca de que Seia é vítima há 3 anos.
Primeiro cercaram-nos totalmente para atingimento de objectivos. E quando falo em cerco não exagero. Dias e dias sem se poder entrar e sair de Seia sem se ser fiscalizado merece bem o epíteto.
Depois controlam-nos todos os dias e especialmente à saída das festas das vilas, aldeias e até das festas académicas. É claro que um cerco permanente destes dá obrigatóriamente os seus frutos. Aqui ou na China.
E depois, porque deu frutos, duplica-se e triplica-se a fiscalização.
Neste momento já somos fiscalizados permanentemente devido ao resultado do cerco de 3 anos.
Mas agora que o sr Capitão já atingiu plenamente os seus objectivos pessoais à custa do inacreditável serviço apresentado ao longo deste cerco, até já podia ir cercar outra cidade e deixar Seia definitivamente em paz, não?

Até que enfim que Eduardo Brito se revolta!

O presidente da Câmara de Seia, Eduardo Brito, não poupa críticas ao comando da GNR por não estabelecer um comando em Seia - a cidade onde a criminalidade* (de soprar no balão) mais cresce de ano para ano, conseguindo apesar disso atingir cotas cada vez mais altas. Este ano «subimos» 150% relativamente ao ano passado, altura em que já eramos «líderes do mercado do balão» no centro do País.
Eduardo Brito recusa-se a aceitar - tal como todos os demais senenses - que sejamos apelidados de «os mais criminosos», muito menos «os mais bebedolas» por tal não corresponder minimamente à realidade.
- «Isto não é o Texas» e «somos uma terra segura», são afirmações que lançam por terra toda a actuação do comando da GNR que, diariamente, faz os seus homens actuarem a coberto da noite e escondidos atrás de obstáculos - muitas vezes em terrenos particulares - e amiúde os fazem saltar à estrada, como se de vilões se tratasse, muitas vezes de forma tão desajeitada e sonolenta que poderiam acabar literalmente debaixo do automóvel a fiscalizar, se o condutor estivesse mesmo sob o efeito do álcool.

O que a GNR vem montando na calada da noite na nossa cidade é uma desonra a todo o senense que ama e preza a sua terra.
«Eles estão cá um ano e vão-se embora. Passam aqui milhares de multas e o problema deles são batatas», ouve-se dizer em cada esquina.
Cada senense tem dezenas de histórias para contar sobre o excesso de zelo de que se reveste a actuação da GNR/BT nos últimos anos nesta cidade. De tal forma que eu próprio me surpreendo a pedir, quando almoço com conterrâneos, que mudem de assunto e que parem lá de contar histórias porque senão não se fala em mais nada, de tão inesgotável é o desgraçado tema.
Há estudantes e professores senenses que trabalham em Lisboa, Porto, Aveiro, e Coimbra e vêm apenas alguns fins de semana a Seia, que já sopraram no balão 11 vezes só em 2004. Em Seia, claro! Em mais lado nenhum são convidados a soprar.
Isto mostra a desproporção do excesso de zelo de que somos vítimas na nossa Terra.
São milhares de histórias. De esperas à entrada das casas, de perseguições selectivas - uma delas teve como resultado a destruição de 1 carro da GNR - até de mandarem soprar peões, cuidando que eram condutores.
É aquilo a que se chama: o fim do mundo!
O excesso de zelo com que a GNR e BT atacam Seia, de há 3 anos a esta parte, está a dar os seus frutos, mas nem os cidadãos aceitam tal epíteto nem (agora, e finalmente!) o Presidente.
Há relatos que nos chegam - e que estamos a confirmar - que só nesta última segunda feira terão sido 17 os condutores que foram levados a tribunal, vindos das festas de Meruge - que nem sequer fica no concelho de Seia, mas no de Oliveira do Hospital.
Eduardo Brito, finalmente, viu-se na obrigação de reagir.
Já não estarei sozinho nesta guerra surda contra o comando da corporação.
Não contra a Corporação, contra a qual nada me move e temos todos a consciência que apenas faz aquilo que os comandos lhe mandam fazer.
Mas contra a filosofia cega dos comandos, que apenas se interessam por números e estatísticas, vá-se lá saber porquê.
Tudo quanto Eduardo Brito diz nesta edição do Porta da Estrela, ando eu a gritar ao vento há 3 anos.
Já se sabia que tal excesso de zelo teria que apresentar os seus frutos. E eles aí estão.
Mas são frutos falsos. Injustos. Que envergonham a cidade e os cidadãos.
Dada a desproporção e o erro crasso de que vêm inquinados.
Quem fiscaliza 100 vezes uma terra e 1 vez outra, terá que encontrar 100 vezes mais prevaricadores na primeira do que na segunda. E em Seia - cidade permanentemente martirizada com o cerco do balão há 3 anos a esta parte - mesmo assim pouco mais álcool é encontrado do que em cidades que ficam 3 e 4 meses sem fiscalização!
É porque bebemos muito pouco!
- «O que precisamos não é de carros a passear na rua, é de militares a patrulhar as mesmas à noite - afirma Eduardo Brito».
Está bem, abelha! - digo eu.
E isso tráz números? Coimas? Estatísticas? Louvores?
Enquanto este comando estiver em funções teremos exactamente o contrário: Repressão sem prevenção que dá muito dinheiro em multas aos cofres do estado e rápida progressão na carreira de quem apresenta serviço!
- «A criminalidade «combate-se com a presença dos militares da GNR com mais efectivos e mais meios e não se pode resumir apenas a controlar a alcoolemia no centro da cidade, em pontos estratégicos» - Afirma Eduardo Brito, sem medo.
- «Quem comanda as forças de segurança de Seia reside em Pinhel porque nem sequer comando de destacamento existe agora em Gouveia, de onde depende Seia», observou o Presidente.
Mais: «Esta ausência de comando tem que ser resolvida com a criação de um destacamento em Seia, para que se resolvam problemas como a ausência de coordenação e comando na Serra da Estrela, que vai dar a vergonha e o caos que deu em anos anteriores».Considera ser «uma vergonha» o facto de «primeiro dependermos de Gouveia e da Guarda e agora de Pinhel..
E eu não posso estar mais de acordo.
.
Seia não é cidade de criminosos nem de bêbedos. Nunca o foi!
Vende-se aqui menos álcool do que em Gouveia ou em Oliveira do Hospital.
Muito menos. E há muito mais habitantes.
Há que pôr cobro a este cerco indigno de que Seia é vítima há 3 anos e há que mandar a GNR fazer nas outras cidades o que tem feito nesta.Depois veremos se eu tenho, ou não, razão.
Felizmente já não estou sózinho nesta luta contra a indignidade do rótulo que a GNR-BT vem colocando a todos os senenses.
Já somos dois.
Bem vindo, sr Presidente da Câmara!

Soares alerta para revoltas

«É preciso restituir a voz aos cidadãos, se quisermos evitar revoltas descontroladas ou rupturas que podem levar a aventuras, como aconteceu no fim da I República, dando lugar a uma ditadura obscurantista.
«A integração na União Europeia defende-nos de aventuras militares, mas só uma consciência cívica nacional evitará outros perigos. Há uma opacidade na sociedade portuguesa que tem de ser varrida. Precisamos de mais honradez republicana».
«Estes perigos são provocados pela «situação mais deprimente e crispada que Portugal vive desde o 25 de Abril».
«Não iremos cumprir as metas do défice. Não há qualquer sintoma de retoma. O desemprego sobe. O ambiente social é de grande crispação. É visível a crise de confiança no Governo, oposição, partidos, instituições, justiça, políticos, educação, cultura ciência, saúde, segurança social, trabalho, medicina... é preciso sacudir a depressão».
«Num mundo tão inseguro e desregulado como o actual, onde a pobreza aumenta todos os dias, Portugal encontra-se numa situação bem difícil, sem estratégia para o futuro, desorientado, perdido no seu labirinto político».
Portugal encontra-se «desnorteado» em termos de política externa.
Desacredita Santana Lopes por ter considerado, no último congresso do PSD, que o país passou para um «fim de austeridade para um excelente astral».
O «polvo da corrupção que alastra os seus tentáculos no Estado, na sociedade, nos partidos e nas autarquias» a níveis que nem na ditadura existiram.
Apelou a uma «censura moral dos portugueses», sublinhando que «deixar correr o indiferentismo perante os abusos, as injustiças e as corrupções é o pior que pode suceder».
«Começou a criar-se uma osmose na sociedade portuguesa entre negócios fáceis e tráfico de influências que é muito preocupante».
Soares mostrou-se preocupado com o «ambiente de irresponsabilidade em que se passam as coisas mais extraordinárias» e lembrou que «as televisões dão a conhecer escândalos impensáveis e depois não acontece nada».
«É uma espécie de telenovelas de desgraças. E a justiça mostra- se incapaz de agir. As polícias sabem muita coisa mas só actuam por critérios pouco claros», sublinhou Mário Soares.
«O processo da Casa Pia é numa vergonha nacional. Tornou-se numa máquina de fazer dinheiro para os media. A continuar assim a vida nacional, vamos assistir a revoltas e a um mal-estar incontrolável na sociedade», alertou.
«Será necessária muita coragem e algum tempo para pôr cobro à situação», considerou o antigo presidente, sublinhando que «mesmo no tempo da ditadura havia alguns casos conhecidos, mas não havia uma corrupção sistemática».
Apesar do cenário pessimista e de considerar que o futuro poderá ainda ser pior, o ex-chefe de Estado defendeu repetidamente que há uma solução, que passa pela mobilização dos cidadãos de modo a fazerem ouvir a sua voz.
Isto apesar da classe política, na sua opinião, ser constituída por pessoas de cada vez menor valor.
«Acho que o sistema está a seleccionar, para baixo e para o mal, os políticos. Já me questionei porque houve, após o 25 de Abril, tantos políticos de excepção, moralmente inatacáveis, e agora só vemos figuras menores. Mas não tenho resposta. Talvez seja como nos vinhos, onde há anos melhores e anos piores...», disse Mário Soares.

Não posso concordar mais com Mário Soares (agora!)


Um país desorientado sem objectivos nem estratégia; uma polícia com práticas que nem no tempo da ditadura; uma Justiça que é uma absoluta vergonha nacional; um Ensino decrépito, uma Saúde pública que só funciona para os amigos dos médicos e enfermeiros e deixa morrer os restantes no meio do mais absoluto desprezo, uma Segurança Social miserável. Este o retrato de um país à beira de um abismo que «só ainda não sofreu um golpe militar porque está inserido na Comunidade Económica Europeia.»
O pior tempo desde o 25 de Abril no que respeita à corrupção generalizada, ao descrédito nas Instituições e à revolta dos cidadãos perante um arremedo de país que não responde, em parâmetro nenhum, ao que é minimamente exigido a um Estado de Direito hoje em dia.
É absolutamente revoltante ver a que ponto de degradação esta coisa chegou. Um absoluto cancro em qualquer àrea para onde se olhe. O que não se afoga em incompetência é derrotado pela burocracia, que ainda é pior. Absolutamente nada funciona. Tal como no Brasil. Mas aí eles já se habituaram a isso mesmo e desenvolveram mecanismos para rodear as instituições corruptas e ineficientes. Nós por cá ainda não.
E, portanto, das duas, uma:
Ou temos que aprender com eles a começarmo-nos a dirigir a uma repartição, a uma escola, a um tribunal, a um hospital com dinheiro na mão à mostra, ou teremos que pôr esta miséria de país a funcionar.
Como?
Com as únicas armas que o povo tem ao seu alcance e as mais poderosas do mundo:
A resistência e o bloqueio generalizado.
Então eu pago impostos para se construírem Estádios de futebol e se comprarem submarinos? No país mais atrasado da Europa?
E quem assim estoira o nosso dinheiro recebe milhares por mês e reforma-se com 56 anos, obrigando o resto dos portugueses a trabalhar até aos 65 e mais?
A criminosa classe política que nos desgoverna desde 1974 está toda reformada ao fim de 12 anos de «serviço público» a encher os bolsos, e nós andamos aqui a penar 35 anos ou até aos 65 de idade???
Que é lá isso?
Se isto não é para funcionar, então que não funcione mesmo.
Acabou-se.
E depois vamos a ver se isto é entregue a Espanha ou se começa a andar fininho...

O País ingovernável: a sociedade está partida ao meio.

A aprovação do Orçamento apenas com os votos da coligação e com a reprovação de todos os restantes deputados mostra o país tal como está hoje. Totalmente partido em duas partes iguais.
À metade que quer uma coisa opõe-se exactamente a outra metade que a abomina.
É a prova insofismável que, tal como tenho vindo a alertar há mais de 3 anos, o país está cada vez mais ingovernável.
Seja quem for que ganhe as eleições está frito.
A confusão e o descrédito a que esta classe política tem conduzido o povo nas últimas 3 décadas está aí bem patente.
Agora amanhem-se e o último a sair que apague a luz.

A primeira Ceia de Santana, Portas e Bagão

Quem apreciar atentamente esta foto do DN há-de reconhecer que a imagem em causa parece literalmente retirada da «Última Ceia».
Trata-se do excerto que mostra Pedro, no papel provisório de substituto de Cristo, e mais dois apóstolos à escolha. Embora com o apelido bíblico de Paulo, eu atrever-me-ia a sugerir o nome de Judas (ou Maria Madalena, em alternativa) para o apóstolo seguinte. E de Tomé - apenas pelo esbugalhar permanente dos olhos alucinados - para o outro.
Mais reparará no ar de genuína felicidade estampado naqueles rostos.
E um deles, pelo menos, tem todas as razões e mais uma para ser Feliz.
Reformado por inteiro aos 56 anos, impede os outros de fazerem o mesmo enquanto aufere, em acumulação com a reforma milionária, o simbólico ordenado de ministro.
É o nosso Esbugalhão Tomé, o grande choné. Coerente até mais não, inicia a reforma das Finanças começando por si próprio. Faz todo o sentido.
Mas ao contrário da atitude militar aubjacente a esta posição - o sentido - reparamos que Esbugalhão se encontra parcialmente apoiado em J. Escarriote (ou MM, em alternativa), e ambos trocam olhares cúmplices e sorridentes com aquEle que, embora por acaso e sem nunca o ter sonhado, lhes vai assegurar ceias sucessivas até 2006.
Mais: este Cristo por acidente aposta que não será crucificado até 2010. Recorrendo a uma carga dramática crescente que desembocará numa gigantesca apoteose entre a «Paixão» e a «Odisseia no Espaço parte 2», está convicto que nessa altura conseguirá subir na hierarquia Divina: de Filho, em S. Bento, passará para Pai, em Belém.
Para atingir tal Desígnio Nacional conta, acima de tudo, com a intervenção da 3ª Pessoa - O Espírito Santo (mas também pode ser o Jardim Gonçalves ou o José de Mello, que o rapaz, quando toca a papel, não é dos mais esquisitos).
Só que nessa altura, o gigantesco flop Casa Pia já deve ter acabado com a mistificação de que vivemos num Estado de Direito. A Justiça finalmente assumirá a inevitabilidade de se tornar apenas mais um serviço comercial sujeito às normais leis do mercado.
O caos nos Hospitais terá chegado a níveis tais que as famílias dos doentes os acompanharão permanentemente - até à sala de operações - se não quiserem que os seus entes queridos, que não tenham grandes cunhas no meio, sejam deixados morrer para lá num canto qualquer.
A bagunça nas Finanças será total com a Segurança Social falida. A fraude fiscal deixará de ser exclusivo de empresários e políticos e estender-se-á ao cidadão comum.
O Ensino descerá a níveis impensáveis com a obrigatoriedade de os professores passarem os alunos até ao 12º ano (escolaridade mínima obrigatória), mesmo que não consigam mais do que soletrar.
.
Mas não sejamos tão pessimistas:
Nessa altura pode ser que a Espanha já nos tenha feito a esmola de nos anexar como a sua 6ª Grande Nação... e este rectângulo, abaixo da Galiza, consiga guardar pelo menos o nome.

Assinado o protocolo entre a Câmara de Seia e o Conservatório de Música


Foi assinado ontem o protocolo entre o Conservatório de Música de Seia - Collegium Musicum - e a Câmara Municipal, ao abrigo do qual, entre muitos outros pontos, a segunda cede ao primeiro o edifício da Praça da República - ex-libriis da nossa cidade - que agora passará a denominar-se Casa Municipal das Artes.
António Tilly, Musicólogo, Eduardo Brito, Presidente da Câmara assessorado pela Dra Dina formalizaram este passo decisivo no sentido de dotar a nossa cidade de mais uma estrutura de Ensino Oficial, no domínio artístico, que muito nos orgulha e distingue relativamente às cidades congéneres do Interior.
Este é, efectivamente, o caminho.

Civismo

A imagem fala por si.
Apesar do erro estratégico de enviar as ambulâncias por esta imensa volta até ao Hospital - quando podiam e deviam subir directamente a rua principal - ainda há quem dê provas de civismo e educação.
Parabéns e um Muito Obrigado ao motorista do comboio do Museu.



Cadê á várianti, seu Préfeito?

Depois é mais este cancro. Quem se quer furtar à 1ª de Maio e atalhar caminho, depois de muitas peripécias e descidas a mais de 20% e curvas perigosíssimas - se algum dia falham os travões a um automóvel é uma catástrofe - encontra isto.




Nem para trás nem para a frente, uma vez mais. Só a perícia e espírito de sacrifício dos cidadãos impede que se gerem ali autênticas batalhas campais todos os dias. Porque, de facto, de cada vez que um camião se aproxima desta curva da "escapatória de Quintela" é mais um problema sem solução.
Por isso, e homenageando a reposição de "Gabriela" na SIC:
.
- Inda qui mal pérgunti, cadê á varianti, seu Préfeito?
- Num déséspéri, moço. Vém á cáminho...


Ambulância engarrafada


É capaz de não haver coisa que provoque maior ansiedade num cidadão comum que a visão de uma ambulância com as suas sirenes estridentes e angustiantes completamente encalhada num trânsito parado.
E sem alternativas absolutamente nenhumas de sair dali.
Não se sabe se o doente está em risco de vida. Provavelmente este não estará. Mas quantos já estiveram e faleceram em bichas de trânsito, por não haver hipóteses nenhumas de uma ambulância galgar um simples separador? O trânsito está parado, neste caso, porque um automóvel estava (correctamente) estacionado à entrada do cinema mas, como a via é estreita, um simples camião não tinha largura suficiente para passar.
E só passou depois de partir o espelho rectrovisor ao automóvel estacionado.
.


Há que trocar o sentido da circulação em Seia, que está completamente ao contrário.
Brevemente, logo que arranjar um mapa digital da cidade, explicarei o que é óbvio para todos: que as ruas onde agora só se desce, se deve apenas subir e vice-versa.
É só trocar os sentidos únicos e podem poupar-se muitos minutos e salvar-se algumas vidas por ano.