Seis coisas que sintonizam este circo montado para distrair a opinião tuga, lançado pelo espertalhão do Sócras.
1 - Há 10 mil assuntos mais importantes que a legalização do aborto para se decidir, com carácter da máxima urgência, num dos países mais atrasados da Europa e aquele que mais se atrasa diariamente na mesma Europa.
2 - Esse assunto (o fazer ou não o aborto) compete EXCLUSIVAMENTE às mulheres. O facto de se ver 90% de opinantes HOMENS, nas TVs, mostra a miséria intelectual a que este país chegou. As mulheres demitiram-se completamente dos seus assuntos mais exclusivos em favor de uma classe política constituída por HOMENS(?).
3 - Não é o povão que tem poderes constitucionais para DESCRIMINALIZAR seja o que for. Temos Juristas, Magistrados, Técnicos superiores da Lei pagos a peso de ouro para decidir o que constitui ou não crime em Portugal.
O povo nunca foi chamado para se pronunciar sobre a descriminalização dos cheques carecas e não cabe na cabeça de ninguém perguntar ao povo o que é que pode ser crime. Se roubar (e até que quantia?), se matar (e porque motivos?), se agredir (e de que forma?) pode ser descriminalizado.
4 - Não acredito que nenhum político português, desses que defendem acerrimamente o aborto livre, o defendesse em causa própria. Ou seja: no que se refere ao seu próprio nascimento.
Estarei enganado?
5 - Por fim, a total inutilidade prática do referendo:
Mesmo que o SIM vença, nenhum hospital público fará abortos. Nenhuma clínica que hoje os faz à surrelfa, passará a declarar publicamente essa prática, porque essa publicidade afastaria de imediato as clientes que se querem, o mais possível, manter anónimas.
Os preços que se praticam nessas clínicas não baixarão porque não terão mais clientes. Pelo contrário. As grandes clínicas das Corporacions espanholas podem instalar-se aqui, mas a cobrarem 2500 euros, como fazem em Espanha, não terão muitas clientes.
As desgraçadas sem dinheiro não o poderão fazer em lado nenhum.
As meninas »chiques da sociedade» continuarão a ir a Espanha e a Londres, para não serem reconhecidas por aqui.
Fica, por isso, tudo na mesma.
O povo que for votar, findos 3 anos, perceberá que foi enganado, mais uma vez, na sua boa(?) intenção.
6 - Trata-se, portanto de um gigantesco faits divers para manter o 3º povo mais pobre e desprotegido da Europa entretido, enquanto o governo português continua firme e hirto no seu caminho para levar este país ao abismo sem retrocesso.
A seguir o povo será distraído em doses industriais com as histórias da OTA e do TGV que se porão a circular. Milhões para distribuir pela classe política, banca e construtores civis.
Tudo dinheiro roubado ao povo.
Que continua estúpido e atrasado, porque ainda vai em futebóis sem qualquer consequência.
Como este triste assunto do aborto.
Só tenho pena que as mães dos palhaços que vêm às televisões defender o aborto para os outros não tenham decidido seguir as orientações dos seus filhos, quando se souberam grávidas deles.
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1.29.2007
Descriminalizar o quê? E para quê?
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