1.12.2007

Seia: sem rádio há anos e, agora, sem jornal

Se há terra onde o tempo parou, no que se refere à comunicação social, é Seia.
Tínhamos uma rádio. Com uma programação discutível - como tudo na vida - lá ia dando notícias do que se passava por aqui e mantinha os cidadãos minimamente informados. Era, também, a voz de alguns cidadãos que denunciavam situações da vida da comunidade que consideravam criticáveis. Fazia parte do mecanismo de correcção social.
Perdemos a rádio. Há uns anos.
Tínhamos um jornal - O Porta da Estrela - que trazia notícias da cidade, concelho e da região.
Com ele colaborei 6 anos. Escrevi centenas de artigos. Fizemos (eu e o Paninho) muitas primeiras páginas que esgotaram edições.
Hoje, o PE é uma publicação vazia de conteúdos.
Absolutamente controlado por uma censura estúpida imposta pelo novo director que se guindou a proprietário - pessoa com grandes interesses neste executivo camarário já que tem sido o fornecedor incumbido pela CMS de todos os artistas e espectáculos para a Fiagris e para outras realizações ao longo do ano - o Porta da Estrela temido e respeitado das edições esgotadas passou ao Porta da Estrela cor de rosa que não traz qualquer tipo de notícia que seja inconveniente para alguém, muito menos para quem é cliente do director - e por isso está a entregar nas bancas umas tristes dezenas de jornais por edição. A sua importância social é ridícula, neste momento.
Já toda a gente percebeu isso.
Ficou, portanto, Seia sem rádio e sem jornal. E a população cada vez menos informada.
O que fazer, então?
Aceitar os desafios que me são colocados a toda a hora e encabeçar um novo projecto jornalístico à Porta da Estrela dos bons tempos do José Luis Vaz?


O problema é que tenho outros projectos na área dos áudio-visuais que me ocupam o tempo todo.
Mas alguma coisa terá que ser feita.
Eu recuso-me a aceitar este vazio de informação...

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