7.30.2013

Atentado ambiental e patrimonial na Ponte Romana da Folgosa

A mais estilizada das pontes romanas do nosso concelho - a da Folgosa do Salvador - está votada ao abandono há décadas. 

Uma belíssima ponte, sem guardas - o que é raríssimo ou mesmo inédito em pontes romanas - tem 3 arcos, 2 deles principais e um terceiro de escape em caso de cheias, o que indicia que o rio Seia, à época (há mais de 2000 anos), seria bem mais caudaloso do que é hoje. 

Ao contrário de muitas outras erradamente classificadas como pontes romanas, esta é seguramente uma ponte romana genuína, o que pode ser atestado pelo magnífico marco miliário que está instalado na sua saída sul. 
Um marco que indicia que a ponte e a via terão sido construídas, o mais tardar, no tempo de Augusto ou Adriano. 
Pessoalmente estou convencidos que o terá sido ainda antes, no tempo de Júlio César. Explico porquê no final do texto. 
 As inscrições dos marcos miliários são uma fonte crucial para entender o sistema viário romano ao indicar o ponto de partida e as respectivas milhas percorridas ou, por vezes referindo os trabalhos de reparação efectuados na via. 
Infelizmente muitos dos caracteres deste marco estão já imperceptíveis, pelo menos para os olhos de um não especialista. De qualquer modo, a sua existência ali atesta que a ponte e a via que a serve são genuinamente romanas. 

Há meia dúzia de anos os automóveis ainda podiam chegar à ponte. Hoje já não. Neste momento nenhum automóvel consegue chegar perto, sequer, porque os acessos foram destruídos pelas chuvas dos sucessivos invernos sem que tenha havido qualquer tipo de manutenção do piso térreo. 
A própria ponte está tomada pelo mato. Do lado juzante já nem sequer se consegue ver. Apenas do lado a montante ainda se consegue descortinar a sua silhueta, mesmo assim oculta pela vegetação. 

Esta é uma ponte magnífica que, em conjunto com o marco miliar referido, constitui um património histórico e cultural ímpar no nosso concelho e região. Mas que se encontra completamente abandonado. 
Tão mau como isso é o atentado ambiental em curso. 
Os juncos ao longo do rio estão a ser cortados para lenha, como as fotos evidenciam. Por aí não vem mal ao mundo e seria até de agradecer que deixassem a imagem da ponte limpa de poluição visual. Simplesmente muitos deles, ao serem serrados, caem para o leito do rio. E ali são deixados. 
Neste momento há centenas de troncos e ramos caídos sobre o rio, de forma que o conseguem ocultar quase completamente. Estes troncos, para além de ocultarem e ocuparem quase totalmente o leito do rio, destruindo o interesse turístico que ele possuía, como se pode ver nas fotos de 2004, constituem uma rede emaranhada que impede o normal desenvolvimento da fauna piscícola, ainda mais tratando-se de um caudal tão reduzido como aquele. 

Urge, portanto, que as entidades competentes procedam à limpeza da ponte e do rio, melhorem os seus acessos e cataloguem este importante monumento concelhio que poderá ter mais de 2000 anos. 

Recorde-se que Júlio César acabou com a resistência dos lusitanos no ano 60 a.C e que Viriato foi assassinado ainda antes, por volta do ano 150 a.C. 
Esta ponte, que deve ter sido construída como elemento de apoio logístico à invasão e instalação do Império Romano na nossa região pode, portanto, ser mais antiga que Jesus Cristo e, se se confirmar ter sido construída no final da resistência lusitana, curiosamente deverá ser contemporânea à remodelação do Circo Máximo de Roma (50a.C).



7.26.2013

A melhor Qualidade Ambiental e a pior Competitividade

É óbvio que os 2 gráficos que aqui deixo estão directamente relacionados. 

Cliquem no gráfico para os aumentar.

Não sendo a estatística uma ciência exacta - e muito menos o processo de recolha dos dados - a verdade é que numa zona com boa Qualidade Ambiental não pode viver gente a acotovelar-se. 

Temos bom Ambiente porque temos pouca gente e porque não somos tão visitados como gostaríamos, sendo certo que se não for o turismo a sustentar-nos dentro de 2 a 3 anos, nada mais o fará. Ficaremos reduzidos à população de uma pequena vila, como muitas cidades já hoje começam a estar, no nosso distrito. 

Bom Ambiente = pouca gente = pouco dinheiro = pouca economia = pouco comércio e serviços = cada vez menos gente = despovoamento = fim.




 

Vejam isto como quiserem. Os números fatais, para os quais venho alertando há 20 anos, chegaram, finalmente. Aqui estão.
 

A Serra da Estrela tem o melhor ambiente e a pior competitividade do país.
Foi despromovida de Região de Turismo principal para uma sub-região com sede em Aveiro.
 


E penso não ser preciso dizer muito mais.
INVERTER todo este processo de morte que nos está a bater à porta é preciso.

7.24.2013

Análise aos discursos de apresentação pública dos candidatos à CMS

1 - Da forma da comunicação e da galvanização.


Nestas coisas da política a primeira impressão é a que vale.
Os discursos de A Figueiredo e de F Camelo foram por mim gravados e colocados nas páginas do facebook do Noticias de Seia: www.facebook.com/noticiasdeseia  
e do Notícias de Seia Semanário:  www.facebook.com/noticiasdeseia.semanario  - e ainda no meu blog:  www.joaotilly.blogspot.com - onde foram visualizados por 915 e 896 pessoas, respectivamente, no momento em que escrevo.
Podem ser revisitados e revistos dezenas de vezes nestes sítios.

Mas o que conta verdadeiramente é a primeira impressão. Se à segunda vez descobrimos coisas que não tínhamos percebido à primeira, há erro de comunicação. Do emissor.

Foi o que não aconteceu com Albano Figueiredo. Falou devagar. Pausadamente - até demais por vezes - mas percebeu-se rigorosamente tudo o que quis dizer.

No que se refere à galvanização da plateia é que foi pior. Praticamente zero galvanização. Também é verdade que a sua plateia, constituída por altos dignitários do PSD, CDS e até um secretário do estado não facilitou a fluência e o à vontade. Mas a escolha foi sua. Todos aqueles convidados VIP não lhe trarão voto nenhum nem popularidade nenhuma. Pelo menos que ficassem energizados...
Mas é nítido que o candidato não percebe isso. Lá terá tido alguma intenção em convidar aquela gente. Mas isso nitidamente inibiu-o.
Não houve qualquer galvanização em 52 minutos. Foi interrompido apenas 2 vezes e logo no inicio e nada mais, O seu discurso também não é propício a arrancar aplausos. Albano não domina a técnica da retórica eleitoral. Não sobe o tom nos momentos fortes. As pausas também não são adequadas. Bem o tentou por 2 ou 3 vezes mas as coisas não correram de feição.

Nesse aspecto Filipe Camelo esteve melhor. Falou menos tempo mas debitou muito mais informação. Talvez 5 vezes mais.
E, embora também não fosse arrebatante, ajudado pelo público que espelhava muito mais o estratificado social do concelho que a plateia vip do seu rival, várias vezes foi interrompido em aplausos. Galvanização de 50%.

Mas perdeu por debitar um discurso longo e de forma monocórdica e apressada. Não separando claramente uns assuntos dos outros, sem pausas, deixando a nítida sensação que estava ali a despejar o assunto e pronto. Não se lhe detectou nem de perto nem de longe a alegria e o empenho de André Figueiredo, por exemplo. Era notório que ele não estava ali com alegria. Estava visivelmente cansado - a que não terá sido alheia a agenda dos 2 dias anteriores -  e a cumprir um dever. E, nesse aspecto, a forma do discurso foi muito inferior ao seu conteúdo.

Foi interrompido bastantes vezes embora nada tivesse feito para isso. Mas o povo queria aplaudir, queria participar na festa, ao contrário da plateia circunspecta do candidato do PSD que parecia estar ali, com toda a formalidade, a apreciar um espectáculo de ópera.

No entanto, A Figueiredo teve o mérito de ler apenas os tópicos, desenvolvendo cada um em improviso (lento)  enquanto F Camelo leu tudo de enfiada, mal tendo tempo de levantar os olhos para a plateia.

Da percepção: se percebi tudo o que Albano disse, não percebi metade do que Filipe debitou a contra-relógio. Muitos conceitos, muitas frases complexas, muita interligação de assuntos que ele sistematizou no papel mas não conseguiu transmitir com clareza oralmente, dada a velocidade e a falta de entoação da comunicação.
Portanto: na percepção e no à vontade, apesar de tudo, ganhou Albano.
Na galvanização da plateia ganhou Filipe

2 - Dos conteúdos:

A Figueiredo foi assertivo fazendo várias perguntas ao executivo. Utilizou a técnica da pergunta directa em vez da denúncia: onde está esta promessa? Onde está aquela? Onde está aqueloutra? Lembrando em muito a campanha de Nuno Vaz.
Não sendo brilhante, a técnica funciona. Seria dada a muitas interrupções, em situações normais, mas  que não aconteceram.

F Camelo usou metade do discurso a defender-se das críticas feitas 2 dias antes. Atirou com uma lista interminável de realizações da CM, embora boa parte delas passe perfeitamente ao lado da maioria da população. Respondeu ainda a algumas criticas directamente: a dívida colossal, o mercado de S. Romão, os passeios de Paranhos, as instalações da MRG. Mas deixou outras sem resposta. A condição da rede viária, o IMI máximo do país, o preço da água (aflorou apenas ao de leve) e o CISE, por exemplo.

A Figueiredo numa segunda parte do seu discurso apresenta um programa em linhas gerais. E como a primeira impressão é a que manda, apesar de ele ter falado em muitas outras coisas - como a atracção de investimento custe o que custar, agarrar todas as oportunidades e tudo o que está sistematizado no  vídeo - a verdade é que o que ficou ali, naquele momento como pedras de toque foram 3 coisas:
1 - A CMS não tem liderança.
2 - A Figueiredo aposta fortemente na dinamização turística da região
3 - O programa das festas

1 - A Figueiredo acusa durante todo o seu discurso, a espaços, o actual executivo de ter falta de liderança. Não está só nessa análise. Na sua ânsia de delegar, F Camelo não exporta uma imagem de líder, como Eduardo Brito, por exemplo. Mas isso são estilos pessoais. Não é obrigatório que o presidente tenha imagem exterior de líder se o for, de facto, dentro de portas. Há quem considere que sim e quem considere que não. É como tudo.
2 - Depois, o turismo. A Figueiredo aposta fortemente - e diria mesmo especialmente - na divulgação turística do nosso concelho. Como uma prioridade.
Algo que não acontece, pelo menos de forma visível, com este executivo.
3 - E remata com aquilo que já se chama "O programa das festas". Um anúncio calendarizado de grandes eventos que ocorrerão praticamente todos os meses. Que imediatamente se constituiu um motivo de chacota, por parte da oposição, embora eu não concorde. A Figueiredo tinha que se demarcar do actual executivo que ele acusa de marásmico. Assim sendo, A Figueiredo teria que dar sinais claros em sentido contrário - no sentido da dinâmica e do "mexer" com a Cidade. Foi o que fez. Provavelmente não necessitaria entrar em tal nível de detalhe, mas tinha que mostrar a diferença de alguma forma.
A oposição apenas terá considerado ridículo o detalhe, porque as ideias - pelo menos a acreditar no discurso de Filipe Camelo - são aceitáveis, embora em "regime de outsourcing".

A Figueiredo termina de forma eleitoralmente trivial, prometendo baixar o preço da água (e taxas conexas) e requalificar a estrada de Sta Marinha à qual o ligam laços nostálgicos e familiares. A sua escola primária e os seus pais. Não foi grande tirada. Antes pelo contrário.

F Camelo desenrola uma série interminável de obras que é impossivel enumerar. Como referi, a maior parte delas não arrancarão de quem as ouve mais que um encolher de ombros. O povo nem nunca ouviu falar disso nem quer ouvir agora. Conceitos tão distantes da população como a plateia vip do Hotel Camelo.
Para além de responder, a espaços, a A Figueiredo, não se esquece de lhe enviar o recado sacramental: que deixe a cadeira e a cidade onde vive para visitar Seia. Mas não só em períodos eleitorais.

E tudo se resume, na minha opinião, a isto. F Camelo desfere um golpe que pode ser mortal à candidatura opositora ao aconselhá-lo a vir a Seia sem ser em campanha.
A Figueiredo por certo bem sabia que essa seria a bomba atómica da campanha socialista mas surpreendentemente não desenvolveu ainda armas para a combater. O que terá que fazer urgentemente.

Por seu lado, A Figueiredo acusa repetidamente F Camelo de não ter liderança e deixar as coisas correrem aparentemente sem rumo. Também aqui a defesa de F Camelo não foi peremptória a desmentir cabalmente esse cenário.

Ambas as candidaturas terão que trabalhar essas duas pedras no sapato. Que são mais rochas do que pedras...

O discurso "presidencial" de F Camelo - afirmando a sua candidatura suprapartidária e recebendo todos, mesmo os que simpatizam com outros partidos - pretende obviamente captar o eleitorado de direita que não se revê num candidato que não reside em Seia há quase 30 anos e portanto que não conhece de lado nenhum.

Por seu lado, A Figueiredo faz perguntas pertinentes às quais F Camelo não responde (CISE, preço da água, rede viária) ou responde culpando o governo (instalações da MRG, acessibilidades, CLDS, União de freguesias, extinção de 200 Empresas Municipais).

Filipe Camelo fala de 1 milhão de coisas no seu discurso. É verdade. Mas elas não "passaram" à plateia. Por isso é praticamente como se as não tivesse dito. O povo não vai ouvir o seu discurso 2 e 3 vezes.

Portanto, feitas as contas, o resultado técnico é este:

Forma e percepção: ganha AF - 1
Galvanização: ganha FC - 1
Conteúdo - Empate (FC com muito mais conteúdo, mas pouco perceptível)
Ataques e defesas:
Ataque AF - 2 (liderança? obra feita?)
Defesa FC - 1  (longa lista de trabalhos efectuados, embora muitos deles sem impacto. Não se defende do ataque sobre falta de liderança)
Ataque FC - 1 (candidato forasteiro)
Defesa AF - 0 (vem a Seia amiúde e acompanha o concelho. Não colhe)


Resultado técnico: A Figueiredo - 3   x    F Camelo - 3

Mas não posso encerrar sem considerar um último ponto:

3 - A adesão popular - popularidade real e virtual.

1 - De facto, apesar de ambos os convites terem sido dirigidos a toda a população, a verdade é que Albano Figueiredo não esperava muito mais de 200 pessoas, dado o espaço escolhido, onde mais não caberiam. Por seu lado, Filipe Camelo juntou mais de 600 pessoas sem ter anunciado que havia comes e bebes.

2 - Quanto à representatividade da amostra, o elitismo da plateia de A Figueiredo está muito distante de representar a população concelhia. Já a de Filipe Camelo, se a não representava perfeitamente andou lá perto. Desde industriais (incluindo Fernando Gouveia), a advogados, professores, quadros médios, funcionários públicos, até ao chamado povão, havia de tudo.

3 - As redes sociais. A Figueiredo possui, há um mês, uma página no facebook que, apesar de ter sido promovida (paga) durante pelo menos uma semana, apenas conseguiu chegar aos 239 gostos (likes=seguidores). O que - não se pode esconder - representa um grande flop. Por comparação, veja-se as nossas páginas Noticias de Seia e Notícias de Seia Semanário que, no mesmo período e sem terem sido financeiramente promovidas, registam 1319 Gostos e 1459 amigos.
F Camelo, para além da sua página antiga, com cerca de 5.000 amigos, tem uma nova página pessoal dedicada à sua candidatura onde regista quase 1500 amigos.

É esta popularidade que faz a diferença, na minha opinião, mais do que a esgrima técnica entre os dois.
Por fim,
4 - F Camelo tem, na sua página de candidatura, todos os 4 discursos em vídeo que foram proferidos no lançamento da sua campanha. Podem ser vistos e revistos por quem quiser. Os conteúdos estão lá todos.
A Figueiredo tem apenas 85 fotos do lançamento da sua candidatura. Nenhum conteúdo, nem sequer na forma escrita, se pode encontrar na sua página.

Entretanto, o Notícias de Seia publicou o vídeo do seu discurso que já foi visto na íntegra por 280 pessoas e parcialmente por 915. Mas não no site de A Figueiredo. No nosso. No do Notícias da Serra.

Portanto, quem visitar a página de A Figueiredo fica a nada saber sobre as suas ideias e o seu projecto.
Por comparação de visualizações (=interesse) o vídeo de F Camelo tem as mesmas visualizações embora tenha menos 2 dias de publicação e o de André Figueiredo tem quase o dobro. Tornou-se o vídeo mais viral seguido do de Tenreiro Patrocínio. Só depois vêm os vídeos dos candidatos.
O que também seria motivo para outras análises que não esta.

Resumo do parâmetro "popularidade":
Nitidamente Filipe Camelo é muitíssimo mais popular do que A Figueiredo. 
De modo que este  tem uma tarefa hercúlea para vencer e pouco tempo para o fazer.

Mas nada é impossível.
Está tudo em aberto.


7.14.2013

Turismo da Serra da Estrela para o tecto....

Serra da Estrela despromovida a DELEGAÇÃO da nova Região de Turismo do Centro que agora fica sediada em Aveiro




É sempre a melhorar para a Serra da Estrela. Aquele que foi o segundo destino de férias dos portugueses é agora definitivamente atirado para o caixote do lixo do investimento na notoriedade e visibilidade políticas, na óptica do estado. Vai-se promover obviamente a Ria e o Litoral e nós ficamos sem verbas nenhumas ou com umas migalhas para a nossa promoção turistica aquém e além fronteiras.

Também é verdade que tivemos uma RTSE que foi uma inutilidade a todos os títulos notável. Serviu para arranjar aí uns tachos a gente que nunca fez nada na vida e para distribuir uns milhares por umas empresas de uns amigalhaços, como é costume neste país. Mas evidentemente um flop gigantesco para a nossa região. 

Porém, isso não deveria implicar uma despromoção regional em 2 tempos como esta. A Serra da Estrela merece ser promovida nacional e internacionalmente. E dá retorno rapidamente. Mas, como se vê, se não formos nós a fazê-lo, ninguém o fará por nós. 
Decididamente não podemos ficar à espera da tacharia político-partidária para coisíssima nenhuma.


Em Seia nem casam, nem se juntam, nem nascem crianças... só emigram.

2013 será o ano da completa desgraça. Quando se conhecerem os números, lá para 2015, as pessoas vão levar as mãos à cabeça. 

Nas escolas, daqui a 5 anos, serão precisos menos de metade dos professores actuais. E toda a gente assobia para o lado, perante este suicídio anunciado do nosso concelho. Evolução dos casamentos em Seia desde 1981. 

Em 2012 registou-se apenas um terço dos casamentos que se verificaram em 1981. 

O que explica as dificuldades, e até encerramentos, de muitos restaurantes locais. 

O Restaurante Santa Luzia, em Pinhanços, era provavelmente o rei dos casamentos na região, nos anos 80. 
Segundo os seus proprietários, chegavam a servir 11 casamentos simultaneamente. 
O restaurante está fechado há 2 anos.

Ranking: Escola Secundária de Seia abaixo da linha de água




No ranking das escolas secundárias a ESS ficou na posição 351 entre as 605 listadas. Com média de 93,79 - negativa - nos exames nacionais. 

De notar que a última escola secundária com média positiva foi a Afonso Albuquerque, na Guarda, posicionada no nr 204. A ES Seia ficou portanto 147 lugares abaixo da última escola com resultados positivos, 48 lugares abaixo da escola mediana e nas primeiras 10% (8%, de facto) das escolas com resultados mais altos, dentro da negativa.

A primeira escola pública do ranking é a Infanta D Maria, em Coimbra, curiosamente situada acima do Colégio Rainha Santa, na mesma cidade, Colégio em que as mensalidades são da ordem dos 580 euros /mês + extras

Pompa e Circunstância - Orquestra Juvenil do Conservatório de Música de Seia

Fly me to the moon - Lil' Big Band do Conservatório de Música de Seia

Concerto da Orquestra do Conservatório de Música de Seia




110 jovens em 8 formações orquestrais

7.11.2013

A reformada aos 42 com 10 mil euros por mês aos berros


Assunção Esteves histérica no Parlamento por JoaoTillyAudioVisuais

O maior protesto registado na parlamento nos últimos 2 anos


O maior protesto no parlamento nos últimos 2 anos por JoaoTillyAudioVisuais


Esta tarde registou-se o maior protesto no parlamento nos últimos 2 anos.
Assunção Esteves diz que é melhor fechar as galerias. 
"Nos tempos difíceis em que vivemos... Não podemos deixar que os nossos carrascos nos criem maus costumes..."
A reformada desde os 46 anos, Assunção Esteves, considera que, apesar dos mais de 10 mil euros de rendimento mensal que aufere, vive tempos difíceis. E que o povo é o  carrasco da classe política. 
Que pena tenho eu que isso não seja verdade...

7.09.2013

Forças de segurança DESCONVOCAM protesto


Esqueceram-se de dizer que está a ser negociado um regime de excepção para os militares que não prevê mobilidade especial e retoma as promoções.
Ao contrário do que acontece com o resto da Função Pública


As associações entendem que “neste quadro de degradação” está posto em causa “a dignidade das instituições e o próprio regime democrático”

As associações e sindicatos das forças de segurança decidiram hoje desconvocar a concentração que iriam realizar a 10 de julho em Lisboa por considerarem “não haver estabilidade democrática suficiente” para se manter a iniciativa.
Em conferência de imprensa, num hotel em Lisboa, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, António Lima Coelho, leu um comunicado em nome de todas as associações que convocaram a concentração.
Nesse comunicado consta que se considera que com as “demissões dos dois ministros de Estado deste governo [Vitor Gaspar e Paulo Portas], o país assistiu a um espetáculo, em vários atos, com um nível de degradação, de falta de respeito pelas instituições, por parte dos seus principais titulares, nunca em momento algum visto”.
As associações entendem que “neste quadro de degradação” está posto em causa “a dignidade das instituições e o próprio regime democrático”.
Com tudo isto, o conjunto de associações concluiu “não haver estabilidade democrática suficiente para se manter a realização da iniciativa”.
A plataforma de instituições entende mesmo que os acontecimentos políticos da última semana, provocados pelas duas demissões, promoveram “a vulgarização e a falta de respeito pelos valores que devem presidir a uma conduta responsável de Estado” e sublinharam que não querem contribuir “para alimentar este clima”.
A conferência de imprensa de hoje teve como objetivo “denunciar as preocupações instaladas no seio dos seus universos representativos, em consequência da política de austeridade seguida por este Governo”.
O comunicado apela ainda ao Governo para que “saiba interpretar o sentido de elevada serenidade, responsabilidade e dever patriótico” da decisão hoje anunciada.
Lima Coelho disse também que os objetivos das organizações que convocaram a concentração, agora desmarcada, não podem ser confundidos com “meras lutas político-partidárias”.
“O mal estar que se sente na sociedade, a desconfiança das próprias instituições, não pode permitir que aqueles que são o garante da segurança dos cidadãos e da defesa nacional se envolvam em qualquer tipo de ação que possa confundir-se com questões político-partidárias”, afirmou.
Lembrando que o Presidente da República esteve esta tarde a receber os representantes dos partidos políticos com assento parlamentar, e que a crise política ainda não está solucionada, o presidente da ANS disse que “não estão reunidas as condições para qualquer tipo de ação de maior visibilidade”.
“Contudo, não está retirada a hipótese de ela se vir a concretizar se os pressupostos se mantiverem e se o quadro se configurar como necessário”, ressalvou.
Na conferência de imprensa as organizações representativas de estruturas policiais e militares vincaram ainda que as medidas de austeridade estão a “pôr em causa a missão operacional” das diferentes forças de segurança, mas recusaram “personalizar a questão” e apontar a remodelação dos ministros da Administração Interna e da Defesa como solução para os problemas.
A concentração estava marcada para as 17:30 na Praça de Camões, em Lisboa, organizada em parceria pelas associações de militares e a Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que congrega as estruturas sindicais mais representativos da GNR, PSP, ASAE, SEF, Guarda Prisional e Polícia Marítima.

Desde o tempo da guerra colonial - há 40 anos - que não se via isto!


7.08.2013

Pinhel anuncia a morte esperada do interior.

O caso de Pinhel é paradigmático e deve ser um case-study do despovoamento. O seu decaimento é notável e matemático. Pinhel tem perdido sempre cerca de 1500 habitantes por década há 3 décadas seguidas. Desde 1980.
Como é isto possível? E quando parará esta recta regressiva para a morte?

A equação da recta da morte de Pinhel é y=-157x+14328 se considerarmos o eixo das ordenadas (y) no ano 1981.
O seu declive (m) é negativo e obtido pelo coeficiente entre o nr de cidadãos que se perdem por década (1567) e o nr de anos da década (10).

Resolvendo esta equação simples, fazendo y=0 (zero pessoas) vem-nos para a abcissa x o valor de 9,1. Quereria isto dizer que se nada se fizer e tudo continuar assim, Pinhel teria zero pessoas no ano 2072, daqui a 59 anos. Se este cenário não é realista, por longínquo, mais próximo de nós é a conclusão intermédia: que daqui a 30 anos Pinhel terá metade da população de hoje (4800 pessoas, quando em 1960 tinha 20 mil!) e portanto já não tem vida.

A lei da extinção das cidades obedece sempre aos mesmos parâmetros sequenciais: perda de gente por falta de emprego implica a perda de emprego por falta de gente.

A oferta de produtos (comércio e serviços) diminui por falta de gente - a que se segue mais desemprego e despovoamento.
Quando é que esta "espiral" recessiva se estanca? Quando se conseguir o equilíbrio entre o nr de empregos e o nr de pessoas. Como acontece em Manteigas. Por volta das 2 a 3 mil pessoas. Nessa altura tudo se ajusta. A pouca oferta e a pouca procura. Se descer abaixo dos 3 mil de Manteigas é o cancro social e a Vila ou Cidade correrá o risco de ficar sem pessoas.
Os números demográficos indicam-nos que estamos perigosamente desse limite em muitas cidades e vilas do interior.

A perda de gente por falta de emprego traz consigo a perda de emprego por falta de gente

Se nada for feito e tudo continuar como está, o interior do país despovoará irreversivelmente em apenas 3 décadas



7.06.2013

Quem conseguirá estancar o despovoamento e impulsionar o desenvolvimento do Concelho de Seia?

Quem conseguirá estancar o despovoamento e impulsionar o desenvolvimento do Concelho de Seia?
  
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7.03.2013

Medina Carreira: os jovenzitos metem-se nos partidos aos 15 anos e quando dão conta estão a governar!


Medina Carreira: os jovenzitos metem-se nos... por JoaoTillyAudioVisuais

Com os partidos que temos este país não tem solução capaz.
Para se fazer política é preciso ter-se vida. Experiência.
É necessário ter-se feito asneiras muitas vezes na vida.
Não são estes meninozinhos que saem ali do PSD e do PS... que vão para os gabinetes, fazem uns fretes aqui e ali e de repente aparecem a governar!
www.joaotilly.blogspot.pt

Campânulas de Mérito Municipal 2013


Foram entregues as campânulas de Mérito aos melhores alunos de cada Estabelecimento de Ensino de Seia e a 7 personalidades senenses. Três delas a título individual: Fernando Béco, Cícero Semedo e Carlos Teófilo. E 4 representantes de Associações e Empresas: Metalúrgica Vaz Leal, Academia sénior, Anastácio e Filhos e H Sarah Trading.
Escutaram-se 2 momentos musicais a cargo de um dueto de clarinetes do Conservatório de Música de Seia.
O Município foi ainda agraciado com o Prémio de Excelência pelo projecto municipal ECO2SEIA, no âmbito do Concurso “Cidades de Excelência”, atribuído pelo Jornal Planeamento e Cidades. — em Seia.
— em Seia.

Não há cheta a partir de Agosto...

Eu tenho cá uma suspeita... e tal como o palhaço Silva, quase nunca me engano. Por isso aí vai:

NÃO DEVE HAVER 1 CÊNTIMO NOS COFRES DO ESTADO NESTE MOMENTO...


Esta é a verdadeira razão pela qual Gaspar e Portas deram à sola!
E porque é que eu digo isto?

1 - Estoirámos os 78 MIL MILHÕES da Troika e, se não tivéssemos recebido a migalha dos 2 MIL MILHÕES da 7ª avaliação, no mês passado, já não havia dinheiro para nada!

2 - O não terem sido pagos os subsídios não foi por birra. PC não é maluco! Tomara ele ter dinheiro que pagava tudo em Junho para ficar bem visto perante meio milhão de funcionários públicos. Já não havia era cheta!

3 - Gaspar ia ser confrontado com a falta de papel já para o mês que vem. Os salários são processados antes de 15. Como ele sabe que não há um tusto, pôs-se a andar muito rápido.

4 - Portas ia ser agora o nr 2 do Governo! Porque desistiria logo quando foi promovido?

Funcionários públicos e reformados: digam adeus aos ordenados e às reformas a partir do mês que vem.... O caos está aí.
Acho que já nem eleições autárquicas se vão realizar...

A raiva incontida em milhões de portugueses


A raiva dos portugueses por JoaoTillyAudioVisuais

7.02.2013

A tomada de posse mais ridícula do mundo!

Maria Luis Albuquerque toma posse na cerimónia mais ridícula do mundo. 
É ministra de um país sem governo! 
Paulo Portas demitiu-se há cerca de uma hora. 
Ninguém do CDS esteve presente nesta ridícula tomada de posse.


A tomada de posse mais ridicula do mundo por JoaoTillyAudioVisuais

Palhaço Cavaco Silva perde processo contra jornalista M S Tavares


Palavra que não percebo que tipo de país é isto...



Com tudo escarrapachado, preto no branco, de que espera o Ministério Público para intervir?

Aldeias para venda em Espanha. Em Portugal teremos brevemente aldeias inteiras para arrendar

Em Espanha já se vendem aldeias inteiras por montantes da ordem dos 189 mil euros.
Há 3 mil aldeias desabitadas que podem ser vendidas.

Pelos meus cálculos, que se podem encontrar neste blog na página principal e sob o tema: despovoamento galopante do interior do distrito - a esmagadora maioria das nossas aldeias não terá mais do que 20 anos de vida.  As próprias cidades (tirando as maiores) não mais que 30.
Portanto, em Portugal podia fazer-se o mesmo há anos. Em todos os concelhos há várias pequenas aldeias e lugares completamente desabitados.
Mas aqui não há coragem nem processo formal para tal.

Daqui a 30 anos, com um despovoamento previsível global da ordem dos 90% (para não dizer 100%), as aldeias do distrito da Guarda estarão maioritariamente despovoadas.
O distrito será um hotel rural gigantesco.

Mas será uma nova oportunidade no âmbito da oferta turistica para os poucos que por cá se aguentarem.

Em vez de apartamentos, vivendas ou quintas, passam a arrendar-se aldeias inteiras para grupos...

Carta de demissão de Gaspar: uma carta ao nível de quem a escreveu



A carta de Vítor Gaspar não é um pedido de demissão: é uma informação de que se vai embora. 
Um facto consumado. 

Reconhece parcialmente erros, sem dizer exactamente quais, e que a sua credibilidade estava mortalmente minada. Mas sem reconhecer que o mineiro foi ele próprio. 

Deixa um alerta a P Coelho sobre o conceito de liderança. Detecta-se-lhe um prognóstico muito reservado para o futuro do país. 

É uma carta chocantemente medíocre, obviamente escrita para ser lida oralmente, como se um discurso se tratasse, e - imagine-se! - com recurso a pontos de admiração. 
Como é possível? 

Gaspar nem na hora da sua demissão se consciencializa do seu papel histórico, mostrando nesta carta de demissão toda a sua qualidade intelectual que, pelo menos a nível literário, é bastante mediana. 
O colossal investimento que, no seu dizer durante décadas, Portugal colocou na sua educação, não está minimamente reflectido nesta cartinha vulgar. 

Gaspar sai pela porta mais pequena do mundo.