4.30.2013

Zona Euro: Grécia é protegida e Portugal maltratado


 Já todos perceberam que a Europa precisa da Grécia. Não pode ver-se livre dela. É impossivel meter a Grécia nos eixos, mas também não se pode deixar cair.
Apesar da crise que nos vendem os media portugueses, a verdade é que a Grécia não nacionalizou uma única das centenas de empresas que prometeu nacionalizar em 2010. Vai prometendo, vai dizendo que vai fazer, mas nada faz. Apenas promessas.
E o povo grego já percebeu, ao fim de 2 perdões de dívida de 75% (para não dizer 100%, que parece mal) que isto é tudo para troika tapar os olhos aos europeus distraídos e por isso já nem manifs há. As poucas que ainda se vêem são organizadas por agentes infiltrados para dar à europa a ideia de que o governo grego - que não existe - continua a lançar austeridade sobre o povo. Mas é mentira, como toda a gente sabe menos a comunicação social portuguesa. Se sabe, não o publica. Para não criar neste rebanho de 10 milhões de cordeirinhos mansos uma sensação de revolta contra o esmagamento que a mesma troika exerce sobre Portugal quando tudo - mas absolutamente tudo - é perdoado à Grécia.
E a nível social, enquanto meio milhão de portugueses não têm 1 cêntimo de rendimento declarado por mês, todas as famílias na Grécia recebem um ordenado mínimo de 750 euros. Dos 26% de desempregados oficiais todos trabalham em economia paralela no turismo e nas pescas.
A posição estratégica da Grécia no mediterrâneo e na Europa afasta qualquer hipótese da sua saída da UE e da zona euro. O mesmo se passa com a Espanha e a Itália. Os únicos países que podem ser escorraçados do euro, se falharem o primeiro pagamento dos exorbitantes juros do seu resgate, são Portugal e a Irlanda. Mas a Irlanda tem sempre o protectorado inglês. O Reino Unido nunca aderiu ao euro e está mortinho por se demarcar totalmente da União Europeia. E não se importa de ter a Irlanda a seu lado.
Enquanto o nosso protectorado é apenas o do Eusébio, do Mourinho e do Ronaldo. 

Conclusão: quem é que REALMENTE vai acabar por levar um chuto da zona euro? Toda a gente o percebeu por essa europa fora, excepto - uma vez mais - a comunicação social tuga e os 2 milhões de catedráticos portugueses em comentário económico televisivo.

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