4.30.2013

Portugal perde 2 buracos do TC no preço do Ouro em 2 dias. Um buraco do TC / dia



A cotação do ouro caiu ontem 6,5% nos mercados internacionais para 1.384 dolares por onça (31,1 g). 
Já na sessão de sexta feira tinha desvalorizado 5,3% o que, somado, resulta na maior quebra dos últimos 30 anos, em apenas 2 dias, deitando por terra o mito de que o ouro é o único investimento seguro. 

Explicações: os investidores estão instáveis com as perspectivas do crescimento da China que final não chegará aos 8% (apenas 7,7%!!!) e existe uma esperada iminente injecção de grandes quantidades de ouro do Chipre nos mercados. 

Portugal tem 383 toneladas de ouro, o que implica uma perda de 1700 milhões de euros em apenas 2 dias. Muito superior ao buraco alegadamente aberto pelo TC, segundo uns, e ao buraco do orçamento inconstitucional do Governo, segundo outros. Cerca do dobro desses buracos em termos reais, descontados os impostos a arrecadar após o esperado trigésimo corte aos funcionários públicos.
Há 3 projectos (estrangeiros) de exploração de ouro em Portugal: no Alentejo, Trás-os-Montes e Beira Alta. Que podem estar em risco se o nivel de rentabilidade das suas explorações continuar a baixar desta forma dramática. 

Por outro lado - ou pelo mesmo, dependendo da óptica - o Editorial do New York Times alerta para as receitas fracassadas da austeridade europeia que estão a destruir economias como a Portuguesa, a Espanhola e a Italiana. Esta receita que envolve a austeridade cega em época de recessão profunda está a resultar no suicídio das economias europeias, segundo os analistas americanos. Portugal, então, é reconhecido como o país que sofre taxas de impostos mais brutais enquanto a sua economia se encontra, para o NYT, "arrasada".

Mas são os "mercados" quem melhor o explica com a linguagem inexorável dos números. A única que existe, aliás. As yields das obrigações a 10 anos dos países "periféricos" de hoje: 12,21% para a Grécia; 6,42% para Portugal; 6,19% para a Eslovénia; E depois numa outra divisão: 4,94% para a Espanha; 4,62% para a Itália (que não tem sequer governo nem se imagina quando o terá!); e 4,21% para a Irlanda.

Uma coisa é certa: tudo o que nos garantem os especialistas portugueses sobre os benefícios e os méritos da estabilidade e do cumprimento dos memorandos, provam-no a Itália e a Grécia ser completamente falso.

1 comentário:

formatted error free disse...

estamos aqui a discutir descidas de 10% quando:

"Dez anos depois, ao critério do senso comum junta-se o da frieza dos números para concluirmos que a venda do ouro do Banco de Portugal foi um erro inequivocamente prejudicial para a economia do país. Cada onça de ouro custava 270 dólares em 2001, aumentou para 1670 dólares em 2012, seis vezes mais.

O autor e executor do programa de venda massiva de ouro do Banco de Portugal, cerca de um terço das reservas que a instituição detinha quando iniciou o seu mandato em 2002, 590 toneladas, foi o então governador Vítor Constâncio. O mesmo que é agora vice- -presidente do BCE."

Responsáveis?ninguém, como sempre, como dantes