4.30.2013

Resolver as coisas à portuguesa vs resolver à americana


Em Portugal os problemas e os escândalos resolvem-se por recurso aos Tribunais.
Não, não é através das sentenças: é das prescrições.
O que não prescreve é absolvido. Claro que de quando em vez condena-se um desgraçado que já não tenha mais papel - leia-se mais umas dezenas de milhares - para continuar a dar aos advogados mediáticos. Como no caso da Casa Pia.
Mas essas excepções apenas confirmam a regra. Que se reconfirma a cada ano que passa.

Nos EUA os problemas resolvem-se de outra forma.Tem que se arranjar IMEDITAMENTE um bode expiatório para o que de mau acontece. Esse bode é morto em pouco tempo - de preferência no mesmo dia - que é para que não haja contradições e coisas mal explicadas. Aprenderam isso com o caso JFK. O presumivel assassino foi morto antes de poder falar por um outro assassino. Este verdadeiro. Que acabou morto na prisão antes de se saber por que diabo o real matou o presumível.
Hoje aconteceu o mesmo. Há dias que venho "adivinhado" e naturalmente comentando com os meus amigos o desfecho agora mais uma vez produzido.
Atentado em Boston? Quem foi? Quem foi? Não se sabe.
Ó diabo: temos 24 horas para apanharmos um tipo qualquer.
Recurso às imagens das câmaras e os que parecerem suspeitos são os terroristas. Mesmo que as célebres panelas de pressão - dadas como constituindo os corpos das bombas - não caibam nessas mochilas.
Mas também já ninguém se lembra da teses das panelas, por isso...
Um morreu e outro também há-de aparecer morto. E assim - de uma forma muito diversa da portuguesa - fica igualmente o problema resolvido.
Quem se fica a rir é quem colocou as bombas, mesmo.

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