3.16.2014

O que mata Seia é a falta de Inteligência

Quase 6 meses após as eleições autárquicas, Seia encontra-se exactamente no mesmo ponto em que estava antes. 
Apenas o tempo passou. Sem perspectivas de novas empresas, sem ideias, sem Inteligência. 

E vou bater neste ponto da Inteligência porque esta palavra sozinha encerra em si tudo o que falta a Seia há muitos anos. 
A definição da Mainstream Science on Intelligence, que foi assinada por cinquenta e dois pesquisadores em inteligência, em 1994, define este conjunto de actividades cerebrais: "uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência. Não é uma mera aprendizagem literária, uma habilidade estritamente acadêmica ou um talento para sair-se bem em provas. Ao contrário disso, o conceito refere-se a uma capacidade mais ampla e mais profunda de compreensão do mundo à sua volta." 

Ora isto é exactamente o que Seia não tem tido. Nem por parte de quem decide, nem por parte dos directamente interessados e atingidos pelas políticas (ou falta delas) de quem decide e nem por parte dos opositores formais às políticas de quem decide. 
Continua a fazer-se tudo como dantes. "À semelhança do que se fez nos anos anteriores"... mas como agora não há dinheiro - pelo menos para o fundamental - as coisas ficam-se praticamente pelas intenções daquilo que já foram. 

Não há investimento em coisa nenhuma, em Seia. A iniciativa privada mostra que não acredita nesta Terra. 
E esse é o primeiro passo para a morte rápida e anunciada do território. Seia não pode viver apenas dos funcionários públicos cada vez mais pobres e espoliados pelo estado. As repartições dentro em breve começarão a fechar. 

E também não há estratégia visível por parte do executivo. As coisas fazem-se avulsamente, sempre a mesma coisa, de forma repetitiva. 
É a feira do queijo, hoje ultrapassada por todas as outras depois do erro crasso - e por muitos denunciado - de ceder a feira às Terras vizinhas. É o Jazz e Blues cada vez com menos gente, é depois a transumância comprada aos espertalhões que ganham a vida a impingir ideias parvas a quem não tem espírito crítico para perceber a tristeza e a mediocridade desses eventos aparvalhados. É a BTS - o ponto provavelmente mais ridículo do ano em que se tenta promover o turismo para os residentes locais, e chega o verão. Outono com a velha, esfarrapada e desde sempre inútil CineEco, e mais um fim de ano proibido em Seia para se enviar toda a gente para S. Romão. 

E passou mais um ano. Toda a gente recebeu 13 ordenados, fizeram-se dezenas de viagens e estadias, algumas ao estrangeiro, e o ano passou. 
E Seia mais pobre ficou. 

Na minha opinião a coisa está errada desde o seu início. 
Quem é que temos a gerir o concelho? Nos tempos árduos e competitivos em que vivemos não podemos dar-nos ao luxo de ter gente empresarialmente impreparada a gerir um Concelho. 
O erro nasce provavelmente aqui. 

Como se pode exigir a quem nunca ganhou um cêntimo a gerir uma empresa sua, que venha gerir eficazmente todo um concelho? 
Que experiência tem um professor, por mais bem intencionado que o seja, secundado por outros seus pares - como é o caso actual - de empreendedorismo, de luta contra as circunstâncias adversas, de mudança de estratégia quando é necessário, de combate à concorrência? 
Nenhum deles a tem. 

Nenhum deles alguma vez esteve dependente do mercado para sobreviver. Sempre ganharam os seus ordenados certinhos ao fim do mês e, apesar de terem mudado de profissão provisoriamente, continuam na mesma vida. 
Experiência empresarial e de negócios? Nenhuma. 
Como pode esta gente gerir um concelho quando nunca geriu um pequeno negócio, ao menos? 
Não pode. Não tem visão empresarial. 
Não detecta o afundamento do concelho a cada dia que passa, não consegue discorrer estratégias de combate à crise que já destruiu mais de metade do tecido produtivo de Seia nos últimos 10 anos. 

Este é o principal problema: a falta de visão e de Inteligência - na definição postulada no início deste texto - de quem deveria ter o discernimento para tentar dar a volta a isto... e não tem. 
E como não tem, fiaram-se num Messias que lhes caiu de pára-quedas à frente. Um espertalhão que tem UM olho aberto. 
Sabe-se bem que em Terra onde o desporto preferido é manter os 2 olhos fechados, um zarolho é rei. E entregaram-se cegamente nas suas mãos. Como se ele fosse o verdadeiro Enviado e Salvador desta Terra. 
Acontece que o Messias recebeu melhor proposta (apesar de aqui lhe entregarem tudo de mão beijada permitindo-lhe até criticar o executivo nos jornais) e mandou-os passear. Foi tratar da sua vidinha para outras paragens, deixando-os dependentes unicamente do seu notável e abrangente leque de ideias. À semelhança dos anos anteriores. 

Depois desse episódio na inútil e perdida CIM, outros ainda mais caricatos estão a vir a lume por estes dias mostrando que esta envergonhante situação para Seia não foi ultrapassada. Atarantados e sem líder, os "actores" políticos do PS ainda hoje não descobriram onde fica o túnel, quanto mais a luz no seu fundo. 

Mas infelizmente há mais. Isto da CIM evidentemente não passa de uma tacharia inútil, como se pode comprovar hoje mesmo na BTL onde Seia e a Serra da Estrela primam pela invisibilidade. É tudo aproveitado para se arranjarem mais uns tachos a uns boys e o resto é deixar correr. 
Houvesse espírito crítico na sociedade e o executivo seria forçado a trabalhar, a idealizar, a discorrer. 

E, ainda mais infelizmente, há ainda mais. A pouca massa crítica que existe ou não quer saber disto para nada e há muito partiu para fazer o seu negócio e ganhar a vida, ou está acometida aos 2 partidos que existem. O PCP e o CDS não existem na sociedade, infelizmente. E um ou 2 independentes.
Há gente capaz no PS, mas está calada porque nos últimos 20 anos tem corrido bem. E há gente igualmente capaz no PSD mas não faz muitas ondas porque sabe que o PSD não é - não tem sido - alternativa ao status quo e por isso não vale a pena arranjar inimigos antes do tempo. 

Os cidadãos criticam cada vez mais abertamente as opções da CMS - ou a falta delas - mas na hora da verdade votam esmagadoramente PS num fenómeno suicidário para mim inexplicável atendendo à ruína concelhia a todos os níveis que se vem manifestado nos últimos anos e que se continua a instalar a cada dia que passa. E todos a vêem. Passada que seja a Páscoa vamos ver o que vai acontecer a muito comércio e restauração que luta com grandes dificuldades há anos.

Cada vez mais me parece que os cidadãos independentes - tirando os boys e famílias de cada partido - votam maioritariamente no PS por não acreditarem minimamente na alternativa que o PSD oferece. 
Estou perfeitamente convencido de que se o candidato do PSD desta vez fosse Luis Caetano ou Tenreiro Patrocínio o resultado seria substancialmente diferente. Tratou-se de um claro erro de casting aceder a que um candidato que ninguém em lado nenhum conhecia fosse o escolhido.

E, por último, como corolário, temos uma oposição que nos últimos anos se tem pautado pelo laxismo e que, pela primeira vez, parece mais aguerrida. Mas que mesmo assim (ainda) não chega à população. 
O facebook de Tenreiro Patrocínio não é suficiente e a ausência total de comunicação formal do PSD não ajuda à difusão da mensagem. 

Esta é, portanto, a tempestade perfeita para o declínio da nossa Terra. 
1 - Um executivo sem o mínimo esboço de uma ideia - compra eventos avulsos a quem lhos impinge  e chama a isso política de visibilidade.
2 - Um povo descrente que interiorizou que "eles (seja quem for) estão lá é para se encherem e tratarem das suas vidinhas". Portanto não se envolve directamente na política em cuja bondade, convictamente, não crê. 
3 - Uma oposição que, embora com alguma garra, (ainda) não consegue transmiti-la à população. 

Neste contexto, a carta que o jovem empresário Gonçalo Cabral escreve ao Presidente da CM Seia e que o Notícias de Seia publicou na íntegra é, quanto a mim, um facto histórico. Embora algo longa e politicamente localizada, ela retrata a problemática que os jovens vivem e os obriga a emigar para outros países mas também para outros concelhos. 
Nenhum jovem qualificado fica em Seia. Já antigamente só ficavam os menos qualificados a quem alguém arranjava um tacho num Organismo público. Neste momento nem esses. Não há empregos. Nem já tachos políticos novos existem. Estão todos atribuídos até às reformas. 

Por isso a situação em Seia é negra. Há 20 anos que o é e continua mais negra à medida que o tempo passa. O despovoamento - a que alguns chamam desertificação - é notório. As maiores empresas, como a MRG, fecham ou deslocalizam. 
Grandes broncas se avizinham com outras grandes empresas e Marcas de Seia até há pouco consideradas de sucesso e pilares da nossa visibilidade. Porque simplesmente deixou de existir o mercado tradicional e nós não conseguimos criar outro. 

As estradas da Serra estiveram fechadas 41 dias este inverno. O Turismo desacredita. Os comerciantes não conseguem sobreviver nestas condições. Para o ano que vem, serão milhares os que considerarão ir para outras paragens. A culpa é das EP mas também de quem não as pressiona. 

Exigem-se estradas novas que custariam 100 milhões - para mais rapidamente despovoar esta região, como acontece em todo o lado. Mas não há um cêntimo para reparar a EN17 ou as estradas municipais.

Tudo loucuras marcadas por uma agenda política vazia de iniciativas, respostas, estratégias, Inteligência. 
Temos um Hospital às moscas. Sem valências, cada vez com menor credibilidade terapêutica dados os casos de diagnósticos errados sucessivos que se acumulam e são tornados públicos. 

À falta de tudo, viramo-nos para outro Messias (II) - a barragem de Girabolhos. 
Como se a decisão técnica da construção da barragem tivesse alguma coisa a ver com algum político local!... E como se a sua construção viesse salvar Seia de alguma coisa...

Mas até isso se tenta fazer passar ao povo distraído e descrente. Com a cooperação da imprensa local que continua a fazer copy/paste dos textos que recebe da CMS, mudando um adjectivo ou um tempo verbal. E a isso chama jornalismo. Um jornalismo que, felizmente, só mesmo a classe política ainda lê. Mais ninguém.

Falta a Seia Inteligência para a gerir, para a fiscalizar e para reclamar dessa falta. 

É, realmente, a tempestade perfeita.

3.12.2014

Seia não precisa de promoção turística. Nem precisa de nada, pelos vistos. Só de Inteligência.

3.10.2014

1ª página do CM caracteriza Portugal


3.09.2014

Portugal - um Estado que rouba quem tem como Missão defender: o Cidadão


Denunciar é o único caminho para a melhoria

ADSE / SNS: o genocídio de um povo quase inteiro

5 canções. Ou por aí.


Das 5 canções que o povo escolheu para passarem à final do festival da canção não acertei em nenhuma. Eu escolheria exactamente as outras 5. 
Duas delas eu nem sabia sequer que se se poderiam considerar canções. Existe, de facto, um ruído que perdura por 3 minutos; provavelmente o critério quedava-se por aí. 
Portanto: ou sou eu que já não percebo nada de canções ou é o povo. Devo ser eu porque o povo tem sempre razão.

3.06.2014

Afonso Costa nasceu há 143 anos

3.01.2014

O que se está a passar com este país?

A propósito dos cortes de subsídio para os alunos com necessidades educativas especiais, pergunto: O que se está a passar com este país? Cada vez há menos crianças mas, destas, cresce exponencialmente o número de crianças "diferentes". As escolas têm dezenas de alunos destes. Mas pior: a maioria dos alunos das secundárias do interior estão a ir para cursos profissionais por notoriamente não conseguirem acompanhar o rigor da via de ensino tradicional. Os chamados científico-humanísticos. Há já mais alunos em cursos profissionais do que na via de ensino tradicional e isso não tem a ver com a escolha dos alunos, mas com a sua declarada incapacidade para a obtenção de sucesso na via de ensino. Enquanto que em toda a europa - incluindo nos 8 países que ainda são mais pobres que nós - a tendência é a oposta. Toda a gente chega ao 12º ano e a esmagadora maioria tira especializações pós-ensino secundário e licenciaturas. Mas pelo menos a nível do bacharelato. O que é que está a passar com este povo? Sempre em contra-ciclo. Sempre de costas voltadas para o curso da História. Que futuro para este país constituído por jovens com esta capacidade intelectual média? Mais do mesmo: a continuação da mediocridade e corrupção na política por falta de espírito crítico dos futuros cidadãos activos.

2.22.2014

O turismo da paragem técnica ou do WC

2.20.2014

A Ucrânia luta pela Liberdade. Portugal deixa-se morrer

Há que manter os portugueses desinformados

Enquanto o seu relatório sobre Portugal é absolutamente arrasador perspectivando a necessidades de muito maior austeridade sobre reformados e funcionários públicos, o FMI dá os parabéns a Espanha afirmando que o país vizinho está já em condições de sair do resgate pois a banca voltou a estar saudável. O que de imediato me transporta para o caso BPN português.

Mas estas notícias não passam em Portugal. Tem que se ver os canais estrangeiros para saber o que realmente se passa aqui, relativizando com o que se passa noutros países. 

Fascismo chamo eu a este tipo de informação truncada para tuga sem espírito crítico consumir

2.19.2014

A irresponsabilidade, a inconsciência e a selvajaria

Portugal vive um período de irresponsabilidade, de inconsciência e de selvajaria
E já não sou só eu quem o afirma. Vários comentadores políticos que sempre defenderam o liberalismo puro e duro começam a duvidar publicamente das receitas do capitalismo selvagem. Porque elas estão claramente a conduzir - apesar de toda a propaganda diária em contrário - ao suicídio de todo um povo e concomitantemente das empresas e do capital que tais ideólogos têm como único e divino objectivo aumentar. Exponencialmente.


Ora isto assusta-me. Não estou habituado a que subitamente tantas vozes comprometidas com o culto dos "mercados" e com o servilismo cego ao dinheiro de sangue comecem a convergir e a ver o que sempre foi claro para mim e para mais alguns. Embora não muitos. 


Para pormos as contas em ordem já se mataram dezenas de milhares de portugueses e se atiraram fora outros tantos. E continuam a matar-se e continuam a expulsar-se cada vez mais. Os números finais do êxodo e do genocídio só se conhecerão com rigor daqui a 20 anos. Alguém cá estará para fazer as contas da Indignidade Portuguesa. 
Estamos a matar todo um povo rapidamente. E, apesar disso, as contas continuam fora de ordem. Cada vez mais.


Mas isto é do mais estúpido que se pode imaginar. Forçar rapidamente todo um povo ao mais negro empobrecimento até à depressão colectiva e, ainda por cima, inutilmente - apenas para se lhe vender mais uns milhões de dívida pública que será paga a peso do ouro que já vendemos para podermos continuar a comer e sobreviver mais uns meses... é literalmente estúpido. Tanto para quem sofre e morre, como - sobretudo - para quem desta forma deliberada decide massacrar o seu povo. Porque em algum ponto o "ai aguenta, aguenta" não aguentará mais. Não há esforços infinitos. Não é possível chacinar e desmoralizar 9 milhões de pessoas, mesmo que sejam as mais desprotegidas intelectualmente de toda a europa.


O cérebro pode não exigir muito à maioria dos portugueses mas os estômagos e os filhos, sim.
E parece que finalmente os analistas dos mais variados quadrantes começam a convergir nesta conclusão obrigatória. Embora tardia. Muito tardia.


Já só mesmo as direcções dos partidos do poder continuam a defender o que até para o FMI se revela indefensável, como mostra o seu relatório de hoje. 
A fraude está aí, desmascarada. Toda a propaganda dos últimos dois meses é pronunciada falsa. Como todos os não distraídos sabiam, não há reformas nenhumas, não há milagre nenhum. Há um povo doente que tem desemprego e fome... e os sofre para nada. Ou quase nada.


Mas pelo menos, quem ouve os programas de debate aberto na rádio e os vê nas tvs por cabo percebe que o povo que neles participa não se deixa enganar mais. 


O que é que se está a passar? Este povo estará finalmente a adquirir alguma réstea de consciência cívica e de espírito crítico?

2.06.2014

Os mitos sobre a neve especial na Serra da Estrela

6 de Fevereiro de 2014 às 12:32


Farto de ouvir e ler os mais variados argumentos que pretendem justificar o corte permanente das estradas na Serra da Estrela, vou desmontá-los, sem descer muito aos interstícios da Ciência para que o leitor perceba o que se diz. Evitarei também termos meteorológicos, porque são demasiado vagos e englobam demasiadas variáveis, para me focar naquilo que sustenta a meteorologia: a física, a termodinâmica e a dinâmica de fluidos.ilustram-se imagens de um trabalho de Raquel Diogo da Universidade de Aveiro sobre o "Manto de neve e equivalente em água" 2011.

1º MITO: a neve na Serra é única porque é mais pesada que as outras. FALSO.
A densidade da neve, no momento da queda, é praticamente semelhante em qualquer parte do planeta. Há variações, é certo: a neve no Evereste, que tem 8 kms de altitude, não será a mesma da neve na Serra da Estrela que tem 2. Mas isso deve-se essencialmente ao facto de o Evereste acumular nuvens a maior altitude, e ser muito mais frio. A velocidade de crescimento dos cristais no Evereste é extraordinariamente mais rápida que aqui. Mas mesmo assim, à chegada ao solo, a sua densidade não é muito diferente da nossa.
A neve cai quando o seu peso começa a ser maior do que aquele que a atmosfera pode suportar. Cai quando a água - em gotículas nas núvens - se agrupa em forma de cristais hexagonais ou dendítricos, dependendo da velocidade de cristalização e, nesse processo de crescimento, o cristal fica mais pesado que o fluido que o envolve - a atmosfera - pode sustentar.
E como a atmosfera é semelhante em toda a parte - variando apenas a sua densidade com a altitude - fácil se torna perceber que a neve começa a cair logo que as condições de sustentabilidade da mesma atmosfera deixam de ser suficientes para combater a força da gravidade.
Portanto: a neve não fica à espera de engrossar nuns países e cai mais ligeira noutros. Cai em todo o lado desde que as mesmas condições físicas sejam atingidas. São cristais de água cuja geometria pode variar de acordo com a velocidade de cristalização mas cuja composição química é a mesma em qualquer parte do mundo. H2O.
A diferença - que não é muito significativa - tem apenas a ver com a temperatura do ar e da existência de vento no momento da queda. Lá iremos.



2º MITO:  A nossa neve é mais húmida que as outras porque estamos perto do mar. FALSO
Em Espanha há 14 estâncias mais próximas que a nossa do mar e em nenhuma se verifica o corte continuado de estradas sempre que neva. Pelo contrário.

É verdade que perto dos Zero graus e com vento, o aglomerado de cristais tende a dissipar-se tornando os flocos em queda bastante mais pequenos. Misturados com água da chuva (perto dos zero graus), a neve - freezing rain - tende a preencher todos os poros e espaços vagos deixados entre os flocos que já caíram. No entanto, se fosse removida num curto espaço de tempo, a sua densidade não ultrapassaria a média que se regista em toda a europa que é, no máximo, de 100g/l. Portanto o mar não é tido nem achado para o problema. O vento tem uma importância relativa na densidade da neve mas desprezível se a remoção fosse imediata.



3º MITO:  A nossa neve é de difícil remoção porque as estradas estão a 2 mil metros e não há estradas a essa altitude na europa. FALSO e uma grande Falácia.

A Europa está cheia de estradas acima dos 2000 metros. Mas esta é uma falácia, porque a nossa estrada não está fechada aos 2 mil metros: está fechada acima do Sabugueiro a maior parte das vezes. E o Sabugueiro está a 1200 metros. Ora a essa altitude há centenas de estradas pela Europa fora. Tirando os países nórdicos, onde até neva sobre o mar, o que se passa é o contrário: haverá poucas estâncias a tão baixa altitude.Como são centenas é impossível procurá-las todas mas de entre as estâncias mais célebres nenhuma se encontra abaixo de 1500 metros e a maioria estão acima de 2000 metros. As mais altas da Europa estão acima dos 3800 m. Uma Serra da Estrela às costas de outra!

Desmontados os 3 mitos, o que é que acontece com a nossa neve?
Acontece que não é removida num prazo de tempo normal. E depois congela. E a sua densidade - depois de congelada - aumenta, pois claro.
E a estrada por debaixo da neve também fica gelada. E forma uma fina placa de gelo bem visivel sobre a estrada (denominada aquaneve ou sleet) que o limpa neves não consegue remover nem o sal dissolve - porque não lho deitam em quantidade e o pouco que deitam, em cima do gelo formado, é levado pelo vento.

Se a neve que cai fosse removida num curto espaço de tempo, essa remoção tornar-se-ia bastante facilitada. A neve ao cair tem a densidade do pó. No máximo 100g/ litro. Geralmente, até menos.
Se a deixam ficar toda a noite, de manhã está congelada. O gelo tem uma densidade próxima da da água. 10 vezes superior à da neve.
É claro que não se trata de gelo "puro" mas de neve congelada o que, mesmo assim, pode aumentar a sua densidade para 400 g/litro.
É daqui que vem o mito da densidade da nossa neve.

Só é diferente porque não é removida de imediato da estrada e torna-se na chamada neve "velha" ou "húmida". Passa a ter muito maior densidade devido à compressão da nova que vai caindo e vai ocupando as bolhas de ar entre flocos.

No limite, se ninguém limpasse a neve durante 15 dias, e a chuva não a dissolvesse, já nenhum limpa-neves conseguiria removê-la.
Por absurdo, se tal acontecesse durante anos teríamos a formação de um glaciar.

O fenómeno é sempre o mesmo:
- Removes a neve de imediato? É fácil. É o que se passa em toda a Europa.
Os automóveis que seguem atrás dos limpa-neves, distanciados de alguns kms entre si, esmagam o sal misturando-o com a neve residual e "derretem-na" imediatamente.

- Não a removes em pouco tempo? Tens um trabalho muito maior e gelas a estrada. Se não consegues dissolver a placa de gelo formada sobre a estrada (aquaneve ou sleet) com sal - o que é muito difícil se há vento - ela permanecerá lá como um viveiro de neve.


2.02.2014

BANDIDAGEM SIRESP - ladrões de 600 milhões a Portugal

Para se ter uma noção concreta da BANDIDAGEM que nos levou - e leva - à falência.
Este ROUBO de 600 MILHÕES representa apenas UM DÉCIMO do que os BANDIDOS do BPN roubaram a Portugal. 
E que nós todos estamos a pagar. Alguns com a própria vida.



Estradas abertas apesar da indicação desta placa à saída do Sabugueiro

2.01.2014

As leis fundamentais da estupidez humana segundo Carlo Cippola

Da minha já longa experiência no desenvolvimento de assuntos e discussões sobre vários temas de interesse geral, no facebook, surpreendo-me frequentemente ao encontrar um elevado número de interlocutores que, sem dominarem minimamente as matérias a tratar, de imediato opinam e partem para o insulto a quem desenvolver alguma tese minimamente consistente. 
Habituei-me naturalmente a vê-los como "estúpidos". 
Gente incapaz de raciocinar a partir do 3º nível de Durkheim. 

Mas afinal já houve estudiosos que dedicaram parte da sua vida a este apaixonante tema: 
Porque é que há tanta gente absolutamente estúpida? E porque é que essa gente vota sempre nos políticos mais corruptos? 

Allegro ma non troppo é o título de um dos livros mais conhecidos do historiador italiano Carlo Maria Cipolla, publicado em 1988 pela editora bolonhesa Il Mulino. Compõe-se de dois ensaios humorísticos distintos, que parodiam as técnicas metodológicas da análise humanística e da historiografia. 


As leis fundamentais da estupidez humana (em italiano Le leggi fondamentali della stupidità umana), é o capítulo no qual classifica a população humana em quatro grandes grupos: 



1 - Os inteligentes conseguem ter uma acção que resulte em vantagem para si e também para os outros (ainda que menor); 
2 - Os vigaristas tiram vantagem para si com prejuízo de terceiros; 
3 - Os fúteis não geram nem para si nem para os outros, vantagem ou prejuízo; 
4 - Os estúpidos têm uma acção que resulta em prejuízo para si e para os outros (ainda que menor). 

Além disso, enuncia as cinco leis da estupidez, que definem o comportamento da estupidez na humanidade. São elas: 


1 - Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que há no mundo. 

2 - A probabilidade de que uma determinada pessoa seja estúpida é independente de qualquer outra característica dela mesma. 

3 - Uma pessoa é estúpida se ela causa um dano a outra ou a um grupo sem obter nenhum beneficio para si, ou mesmo sofrendo prejuízo. 

4 - As pessoas não estúpidas subvalorizam sempre o potencial nocivo das pessoas estúpidas; esquecem constantemente que em qualquer momento e lugar, e em qualquer circunstância, tratar ou associar-se com indivíduos estúpidos constitui inevitalmente um custoso erro. 

5 - A pessoa estúpida é o tipo de pessoa mais perigosa que existe. 

Este assunto encontra-se desenvolvido em separador próprio na página inicial do blog sob o título:
"As Leis fundamentais da estupidez Humana"

21 dias de estradas cortadas este inverno.

1.29.2014

SEIA ISOLADA DA SERRA DA ESTRELA

Seia completamente isolada da Serra da Estrela.
Pela Covilhã chega-se às Penhas da Saúde (Hotéis)
Por Seia só até ao Sabugueiro. Estradas cortadas à saída.



1.28.2014

CONTEÚDO DA RECLAMAÇÃO E AVISO ENVIADOS HOJE PARA A ESTRADAS DE PORTUGAL


Ex.Mos Srs:


Assinala-se hoje o 15º dia em que nevou na Serra da Estrela, nesta época de inverno, e o 17º dia em que as estradas 338 e 339 estão cortadas alegadamente por esse motivo.

Apesar das inúmeras queixas, denúncias e dos avultadíssimos prejuízos causados ao turismo e à economia da região, esta situação prolonga-se e repete-se anualmente, cada vez com maior gravidade.

É incompreensivel que todas as estradas da europa que servem estâncias de ski - onde neva diariamente o quíntuplo do que aqui neva e durante meses a fio - se encontrem abertas durante TODO o ano, enquanto as nossas 338 e 339 encerram diariamente. Basta que caia um farrapinho de neve. Ou que se preveja que venha a cair.

Se a Europa desenvolvida trabalhasse com o mesmo profissionalismo das EP e do seu Centro de Limpeza de Neve, essa mesma europa estaria paralizada durante 5 a 6 meses por ano. E não está. Mesmo sob os maiores nevões, com neve de 3, 4 e 5 metros de altura, que cobrem moradias e automóveis com regularidade, as estâncias até podem encerrar - embora seja raríssimo - mas as estrads estão abertas em 99,9% do tempo.

Segundo a comunicação social, as EP gastam por ano centenas de milhares em Limpa-Neves, aluguer e manutenção, em sal, em logística, em meios humanos e técnicos.
Perguntamos: para quê?
Para que as estradas sejam sistematicamente fechadas de cada vez que ameaça nevar? Veja-se a foto que corre na TVI24 em que se vê um funcionário a fechar uma cancela DEPOIS de ter a estrada limpa.
Aqui também reproduzida: www.noticiasdeseia.blogspot.pt

É para isso que servem os limpa-neves? Para fechar as estradas?
Trata-se de uma situação recorrente, inacreditável e absolutamente chocante num país que se diz pertencer à Europa desenvolvida.

É que já nem é preciso que neve. Basta a previsão de queda para que a 339 encerre na Lagoa. E pior: basta já apenas a previsão de VENTO para que as estradas encerrem, como aconteceu o ano passado. 

A Justificação recorrente do Centro de Limpeza de Neve, que se pode ler na comunicação social, é sempre a mesma: está muito frio. Estão 2 graus negativos.
Ora se isso é impedimento, está tudo dito. É capaz de ser dificil que caia neve no verão, se é disso que estão à espera...

Na Europa do Norte a temperatura de 2ºC negativos é normal.
Chegam a estar 10, 20 e até mais - e nenhuma estrada se corta por causa disso.
Pelo que é lícito perguntar: porque é que a EP esbanja desta maneira ignóbil o dinheiro dos contribuintes?

Se não têm capacidade para limpar uma pequena estrada de montanha, que é encerrada às 5 da tarde e depois de nevar toda a noite só começam a limpá-la às 8 da manhã, vale mais encerrá-la de vez e poupam-se centenas de milhares de euros ao erário público por ano.
Porque MILHÕES em prejuízo à economia local está a provocar, anualmente, a Estradas de Portugal com esta sua chocante incompetência.

Assim, se nenhuma medida for tomada no futuro imediato para regularizar esta situação e se terminar com este escândalo, o grupo que estamos a criar - e que conta já com mais de 550 membros - candidatará estas nossas estradas 338 e 339 ao Guinnesss World of Records na categoria de "Most frequently closed motorway / road". 
Já temos toda a informação por parte do GWR e estamos a juntar a documentação que comprova que em 15 dias em que nevou, num país da europa do Sul, justamente aquele que possui o clima mais ameno de toda a europa, existe a estrada mais frequentemente cortada ao trânsito. Devido à queda de neve, ao vento e - a continuar esta escalada de idiotice - qualquer dia até por causa da chuva a cortam.

Ficamos a aguardar a v. actuação no futuro imediato. Dela depende a candidatura ao Guinness e a vergonha mundial que ela acarretará para a V. Empresa.

Sem outro assunto, Pelo grupo

"Estrada 338/339 para o Guinness". A Estrada mais vezes cortada do Mundo.

me subscrevo.

Atentamente,

João Tilly


Notícias de Seia na net - também em blog

www.noticiasdeseia.blogspot.pt


Para quem não tem conta no facebook o Notícias de Seia também em blog:
www.noticiasdeseia.blogspot.pt

Brevemente também num site próprio e dedicado

1.27.2014

CONTADOR DAS ESTRADAS CORTADAS: Neve -14 x Estradas Cortadas - 16

1.26.2014

As praxes - estas praxes - há muito deveriam ter sido proibidas. Não apareceram agora...




Hoje cheguei à conclusão que já não aprendo praticamente nada com os considerados "melhores".
Escrevi sobre toda esta aberração há anos - e não agora, que está na moda. Considero que, para um intelectual e para qualquer indivíduo que tenha 2 dedos de testa, cavalgar a onda popularucha do anti-praxismo, quando é isso o que está a dar, é mediano.
Há anos que denuncio esta bestialidade, repito.
Agora, como sempre, não me revejo nesta súbita indignação nacional em que todos os media investem e tentam provocar no povão sempre adormecido, sempre marimbando-se para os assuntos. Todos os assuntos. Excepto futebol.
Como sempre aconteceu com todas as campanhas viradas para a estupidez e para o irracionalismo popular, também agora estou fora desta onda avassaladora contra as praxes.
Espero que as praxes - estas praxes - sejam proibidas, num país onde só se consegue instalar algum bom senso a poder do medo. A argumentação estruturada e consistente, por aqui, não tem clientes.
Que sejam proibidas. Como há muito deveriam ter sido. Mas que, para isso, não se recorra à estupidez e ao choque de quem já por pouco se choca.

1.12.2014

A verdade sobre as barragens e o seu veneno mortal: o metano


Há dezenas de estudos científicos - incluindo mestrados e doutoramentos - publicados sobre os malefícios que as barragens para aproveitamento hidroeléctrico lançam sobre as regiões em que se enquadram.
Esses malefícios são muitos e variados mas o principal, a meu ver, é o envenenamento contínuo do ar, via do lançamento de toneladas de metano na atmosfera.
Para além de ser o gás mais pernicioso no que se refere ao efeito de estufa, com um efeito 50 vezes pior que o dióxido de carbono, uma concentração de metano no ar envenena irreversivelmente toda a fauna, humanos incluídos, causando a rápida degradação de todos os nossos órgãos e não apenas os pulmões, como se pensava há anos. Fígado, rins, estômago, pâncreas e o próprio sangue são rapidamente afectados com a ingestão continuada deste veneno.

Em Seia - Girabolhos - vai construir-se uma barragem. A população ignora os seus perigos e que grande parte dos seus idosos e filhos vai adoecer e muitos não sobreviverão ao metano.
E a classe política no poder aproveita esse desconhecimento e rejubila, acenando com os postos de trabalho que essa barragem proporcionará. Que não serão nenhuns, quando entrar em funcionamento, como acontece nas demais barragens. São praticamente autónomas.
A oposição não tem coragem para remar contra a corrente de ignorância generalizada e cala-se para não perder votos.

Quem tiver 2 dedos de testa vê o que se passa em todo o lado onde estas obras foram prometidas como salvadoras dos concelhos e percebe que todas as promessas de progresso e desenvolvimento foram falsas. Depois de construídas e de entrarem em funcionamento, os postos de trabalho de uma barragem são 4 ou 5 pessoas, técnicos especializados espanhóis, neste caso, pois a barragem foi concessionada à Endesa. 
Durante a construção haverá dezenas de operários de construção civil contratados a nível nacional por agências de emprego. Serão alojados em contentores e farão as refeições trazidas por empresas de catering contratadas para o efeito. Quem espera um grande desenvolvimento regional ou é um absoluto ignorante ou é mal intencionado. A construção electromecânica será implementada por profissionais altamente qualificados e pelos fornecedores dos equipamentos. Não temos, por aqui, mão de obra com esse nível de qualificação, sequer.

Depois, teremos pelo menos 20 a 25 anos de envenenamento contínuo do nosso ar provocado por um dos gases mais venenosos que compõe a nossa atmosfera: o metano. Enquanto houver matéria florestal e animal em decomposição no fundo da albufeira, toneladas de CH4 serão lançadas na atmosfera que será respirada diariamente pelas populações de Mangualde, Celorico, Gouveia e Seia. 

Centenas adoecerão e dezenas morrerão precocemente devido a esse envenenamento contínuo. Já se sabe que o metano provoca asfixia e doenças respiratórias. Por ter carbono na sua composição - elemento que está na base da maioria dos produtos cancerígenos - estuda-se também essa possibilidade. Mas é claro que este estudo científico demorará anos a produzir resultados. E ainda mais a serem reconhecidos e tomarem forma de lei. Portanto, estaremos expostos durante os próximos 30 anos àquilo que já hoje se reconhece ser um veneno, embora não se tenha provado a sua mortalidade. Tal como aconteceu com o Urânio na Urgeiriça.
Estamos a pagar esse desconhecimento há décadas, com centenas de cancros  e mortes precoces em mineiros e familiares e residentes.
1 - SÓ SE APROVEITA 1/3 DA ÁGUA ARMAZENADA
Em primeiro lugar a primeira grande mentira: só se aproveita um terço da água armazenada na albufeira. 
Os restantes 2/3 infiltram-se no solo e nos lençóis freáticos ou são evaporados para a atmosfera, enchendo o ar de humidade com todos os inconvenientes para a agricultura e para os ecossistemas naturais.  

2 - HUMIDADES (NEVOEIRO) PERMANENTES = DOENÇAS
Passaremos a ter humidades permanentes muito acima do normal para a região, o que propiciará o aumento de doenças e infecções em idosos e crianças dado que o nevoeiro e a humidade são o veículo ideal para a transmissão de bactérias em suspensão. 
Já não há crianças mas ainda há idosos. E cada vez mais. O aumento da humidade contribui para resolver mais rapidamente o problema desse "fardo" social, como agora é encarado.

3 - HUMIDADES = PERDA DE QUALIDADE DA VINHA E AZEITE
A humidade que se instalará é, pois, propícia para o transporte de toda a espécie de bactérias que atacarão as culturas. E se algumas podem não se ressentir com essa humidade acrescida e instalada, como ºe o caso dos produtos hortícolas, outras fatalmente sofrerão grande perda de qualidade. Nomeadamente a vinha de alta qualidade que temos nestes concelhos, e o azeite. Que não se dão bem com humidades excessivas todo o ano.

4 - CHUVA ÁCIDA = CULTURAS, BENS E SAÚDE PREJUDICADAS
Com uma libertação desmesurada de Metano para a atmosfera - toneladas nos primeiros 20 a 25 anos enquanto não se decompõe totalmente a flora submersa - as chuvas passarão a ter uma componente ácida, o que ajuda ao panorama negativo na saúde e nas culturas em toda esta região. A população começará a percebê-lo  rapidamente na "queima" das culturas e depois nas pintura dos carros.

5 - NEVE AUMENTA DE COTA OU DESAPARECERÁ
Por outro lado, este aumento de humidade e consequente aumento de temperatura afasta a neve em cotas baixas e médias, substituindo essa neve, que é apenas água pura, por chuva ácida - água misturada com Metano

6 - MATÉRIA ARRASTADA DEPOSITA-SE NO FUNDO ENCURTANDO PARA 40 ANOS A VIDA DA BARRAGEM.
Outro assunto de que ninguém fala é: o que acontece à matéria que é arrastada para a barragem? Deposita-se no fundo da albufeira fazendo com que rapidamente esse lixo se amontoe e obstrua os colectores de água para consumo e para a produção de energia. Em 5 anos, com os incêndios e arrastamento de madeiras e matéria ardida para as albufeiras - de onde não podem seguir rio abaixo -  as barragens poderão perder 25 a 30% do seu volume útil de água. O que aponta para um prazo útil de uma barragem destas, construída em terrenos acidentados e arborizados, da ordem dos 40 anos e não mais. Depois disso a barragem torna-se inútil. Está assoreada e cheia de lixo na sua bacia e pouca água susterá.

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7 - OS 2 PRINCIPAIS VENENOS PRODUZIDOS NAS BARRAGENS: CO2 e CH4
Estes, os principais venenos que as barragens produzem: o dióxido de carbono e o metano. O primeiro ainda pode ser absorvido pela vegetação (qual?) mas o segundo, não. 
E o metano envenena - é o termo - toda a vida animal. Há reportagens nos canais de TV por cabo em que se pode ver o efeito que até pequenas barragens nos EUA e na China produzem nas populações limítrofes. Nelas se pode ver que populações inteiras foram dizimadas e várias até deslocalizadas para "fugirem" ao metano que aporta consigo o envenenamento progressivo do sangue e dos orgãos vitais em pessoas e animais.
Origem da produção de metano e de dióxido de carbono em barragens.

Aqui claramente explicado o mecanismo de envenenamento produzido nas barragens.


8 - A EXTERMINAÇÃO DE TODA A FAUNA PISCÍCOLA A JUSANTE. E PARCIAL A MONTANTE.
As barragens são barreiras intransponíveis para matéria e fauna piscícola. Um brutal estanqueamento no percurso dos sedimentos, matérias orgânicas e vida animal é introduzido em cada barragem que se constrói. Ali morre tudo o que desce o rio.
9 - O DESASSOREAMENTO DAS COSTAS É DEVIDO ÀS BARRAGENS
A degradação da costa tem muito a ver com a falta de assoreamento das mesmas. O mar deixa de ter barreiras naturais diariamente depositadas ao seu avanço e, por isso, galga a costa com  maior intensidade a cada ano que passa. Os rios praticamente desaparecem no verão matando toda a vida no seu curso e margens. 
No nosso caso, aqui em Seia, poderemos passar a fazer piq-nics em pleno leito debaixo da ponte Mondego durante o verão, onde não passará um fio de água, pois a barragem de Girabolhos reaproveita a água que move as turbinas durante o dia, reenviando-a para a albufeira à noite. Conclusão: o Mondego, como o conhecemos, desaparecerá. 
Vamos ver o que acontecerá às Caldas da Felgueira e àquele magnífico espelho de água no Verão...





Este e outros textos ficarão escritos em vários locais para que as gerações vindouras possam avaliar os alertas que eu aqui deixei sobre a miserável e corrupta classe política nacional que rapidamente vende este país aos interesses da alta finança estrangeira e sobre os medíocres e ignorantes políticos locais que não vêem um boi numa recta por não possuírem uma réstea de inteligência naquelas cabeças, completamente preenchidas com os jogos diários para a manutenção do caciquismo e a propagação do obscurantismo que os têm mantido no poder.


EPÍLOGO:
Quando as populações começarem a sofrer na pele tudo o que aqui está alertado - porque já acontece em todas as barragens por esse mundo fora - irão pedir responsabilidades a quem já não estará no activo para receber essas reclamações. Todos esses governantes têm a sua vidinha bem composta e o futuro dos descendentes assegurado. Nalguns casos até à 5ª geração.
E o povo que aguente. Ou que se vá embora.

Esquemas retirados da tese de mestrado de Rita Maria Ferreira da Fonseca: Impactos ambientais associados a Barragens e Albufeiras

1.08.2014

Com temperaturas de -15 a -50º C CIRCULA-SE nos EUA.


Com temperaturas de  -15  a -50ºC  CIRCULA-SE... por JoaoTillyAudioVisuais


Para todos aqueles que nunca saíram deste rectângulo e acham "muito natural" que com temperaturas de -2ºC e 2 cms de neve se fechem as estradas da Serra da Estrela, aqui está uma amostra do que se passa neste momento nos EUA.

Com neve de mais de 50 centímetros e temperaturas da ordem dos -15ºC a -50ºC, os carros circulam normalmente nas estradas.
O repórter faz neve lançando ÁGUA A FERVER ao ar e os carros atrás de si circulam perfeitamente sobre a neve.
 Um dia os que defendem que as estradas da Serra têm que estar fechadas mal cai o 1º farrapinho de neve - ou pior: mal se suspeite que vai cair dali a umas horas, como aconteceu no último sábado! - e que, portanto, nunca saíram daqui, hão-de perceber que há mais vida para além deste obscurantismo e ignorância a que os confinaram.

1.03.2014

Será isto uma democracia?

Será uma democracia um regime onde és enganado e manipulado a toda a hora por uma das classes políticas mais corruptas da europa e em que te foi retirada a capacidade de exigir a reposição da verdade, o cumprimento das promessas eleitorais e das obras anunciadas? 
E em que nem sequer podes denunciar as mentiras, os embustes e as negociatas sem levares com um processo-crime que, mesmo que dele sejas absolvido, te vai custar centenas ou milhares de euros em advogados?

Será uma democracia um regime em que a classe política decide e faz o que quer mesmo que isso se revele manifestamente contrário ao interesse nacional; e tu, povo, não és consultado para nada, não possuis armas legitimas para te defenderes, para os impedir de continuarem a delapidar este país e esmagar-te, nem organismos onde possas denunciar as fraudes e as negociatas? E já nem sequer liberdade tens para manifestar o teu desacordo sem sofreres na pele as consequências destes actos basilares de Cidadania?

Será uma democracia um regime em que a classe política dispõe a seu belo prazer do dinheiro público para oferecer regalias, benefícios, favores, reformas, subsídios, e benesses de toda a ordem aos amigos e elites financeiras, enquanto obriga os mais indefesos a pagar o que eles roubam e distribuem? 
 E obrigam um dos povos mais pobres da Europa a pagar cada vez mais mesmo já não o podendo fazer?

A resposta só pode ser: Não. Isto que se passa em Portugal NÃO É nenhuma Democracia. É uma Ditadura travestida de democracia. 
O único poder que o povo tem é o de VOTAR. E tem-no usado sempre MAL. 
Tem votado SEMPRE em quem o esmaga enquanto rouba o mais que pode a este país.

Irá continuar a fazê-lo?

A NEVE aqui corta as estradas. No resto do mundo, não





Se os américas cortassem as estradas de cada vez que cai um farrapinho - actividade tradicional em que nós somos especialistas aqui na Serra da Estrela - o país estaria parado 4 meses por ano. 
O Canadá 6, e os países nórdicos 8.

Esta foto mostra o que eu estou farto de dizer. 
É a passagem dos veículos e o esmagamento da neve que, com a salmoura - sal - a  faz "derreter". Cortar as estradas quando começa a nevar é a maior estupidez do planeta. 

Mas é claro que os limpa-neves (2 de cada lado, pelo menos) teriam que estar a trabalhar mal começasse a nevar... Pelo que sei - e se consta no Sabugueiro - o ano passado nem gasóleo havia para os 2 limpa-neves de serviço à Serra toda.

Milagres? O último foi em 1917, era o senense Afonso Costa Primeiro ministro pela terceira vez.

1.02.2014

Eu e Cavaco temos um segredo


No programa Opinião Pública de hoje apenas 20% de tugas acharam que o seu discurso foi positivo. 
Retirando os boys que para lá telefonam (aquilo custa dinheiro) ficam para aí 5% de alienados que ainda acreditam no político que pior fez a Portugal no período da democracia falsa.

Mas eu e Cavaco temos um segredo em comum.
Ambos sabemos que, mesmo que ele se pudesse submeter a novas eleições, ele NUNCA mais seria eleito para coisa alguma. 
Nem para a sua Junta da sua freguesia. Nem sequer para presidente do clube do seu bairro na Quinta do BPN Coelha.


Agora: o importante e grave não é EU saber isso. 
É ELE saber isso.