10.26.2006

Paulo Campos - um "discurso" de uma qualidade notável!


Só uma palavra para referenciar uma coisa indescritível.
O inenarrável discurso deste senhor.
Mais de 20 minutos a falar e a repetir-se 3 e 4 vezes, em cada infeliz assunto que abordou... para não dizer coisa nenhuma.
Eu pensava que os secretários de estado - lugar exclusivamente político - eram escolhidos pela sua competência. Que se reflecte necessariamente na sua eloquência. Pelo menos, se não fossem grandes comunicadores, que não se envergonhassem de cada vez que abrissem a boca.
Mas afinal, não.
Eu espero que este senhor não esteja a ocupar aquele cargo APENAS por ser filho do seu pai, o histórico António Campos.
Espero que ele tenha estado doente, ou mal disposto, nesse dia.
Porque o pedantismo e a total falta de conteúdo de que "revestiu" o seu indescritível discurso são qualquer coisa fora do catálogo.
Imagine-se que chegou a contar o episódio de, em jovem, ir a todos os bailaricos «piscar o olho a quem lá estava»(!!?) e de (por 3 vezes, pelo menos) referenciar «ter recebido o presidente do seu município (Mário Alves - Oliveira do Hospital) uma só vez, enquanto aos outros recebeu-os mais vezes».(!!?!)
Mas isto vinha a propósito de quê, numa inauguração de uma estrada?
O senhor andará bem?
E a tentativas esfarrapadas de fazer humor, totalmente fora de contexto, os esgares a roçar o malandreco, os sorrisinhos marialvas de cumplicidades à esquerda e à direita de cada vez que referenciava o nome de um presidente da câmara. .. isso será postura de um representante do Estado Português?
Este senhor Paulo Campos não faz - provou-o bem - a mínima ideia do que é dirigir-se a uma plateia, num discurso oficial.
Pior: não sabe decidir o conteúdo de um discurso oficial.
Catrapiscar raparigas (presumo eu que seriam raparigas!) em todos os bailes das redondezas não é assunto para um discurso de estado.

Tenha lá paciência e, em vez de discursar, meta-se mas é no seu gabinete bem sossegadinho, para não continuar a insultar o Estado que (pelos vistos, infelizmente) representa.

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