11.18.2008

O despacho dos OVOS

Tem a chancela de Maria de Lurdes Rodrigues - espanta não ser de Valter Lemos - e pretende aclarar o que ficou mal redigido da primeira vez ou que, o mais certo, foi mal pensado desde o início.Porque, ao contrário do que Valter Lemos, Albino Almeida e a própria Ministra têm tentado fazer crer, não foram as Escolas a aplicar mal a Lei 3/2008. A Lei é perfeitamente clara:
É perfeitamente claro que a medida correctiva decorria das faltas, «independentemente da sua natureza». Que não percebam a leitura de uma lei é apenas normal na actual equipa ministerial.Aliás, que não percebam que um despacho ministerial não pode contrariar uma lei da Assembleia da República é que me parece mais grave, pois deixa muito mal visto o serviço jurídico da 5 de Outubro.Julgo que a jogada é apostar que ninguém se rale com isto e conteste a legalidade deste despacho, nem sequer Vital Moreira, o paladino do cumprimento das leis em Portugal. Mas a verdade é que este despacho é nulo de efeitos atendendo à sua natureza, por contrariar o estatuído numa lei com origem parlamentar.Para além disso, o ME parece ainda desconhecer que nas escolas e agrupamentos em que o Decreto-lei 75/2008 já esteja em pleno vigor, com Regulamento Interno aprovado, a sua revisão não é um processo tão rápido e evidente quanto isso, pois deveria acontecer apenas de 4 em 4 anos ou extraordinariamente por decisão de maioria absoluta dos membros do Conselho Geral. O que pode levantar alguns problemas.
Mas isso, claro são questões que o ME atira para cima das escolas e agrupamentos em torrente com a velha técnica do nós despachamos e vocês desenrasquem-se.In: http://educar.wordpress.com/

11.05.2008

ULTIMA HORA!Proposta de Suspensão da Avaliação da Escola Secundária de Seia

ULTIMA HORA!
Proposta de Suspensão da Avaliação da Escola Secundária de Seia

100 dos 105 Professores da Escola Secundária da minha Terra mostram ao país que não são cobardes nem têm medo da repressão da ministra.
Enquanto membro do Conselho Transitório, manifesto-lhes desde já o meu total apoio.
E o meu voto favorável, claro!
Parabéns aos subscritores.

PROPOSTA DE SUSPENSÃO DA AVALIAÇÃO
Ex.mo Senhor Presidente do Conselho Geral Transitório;
Ex.mo Senhor Presidente do Conselho Pedagógico;
Ex.mo Senhor Presidente do Conselho Executivo
Da ESCOLA SECUNDÁRIA DE SEIA

Os professores da Escola Secundária de SEIA subscritores deste documento vêm propor ao Conselho Pedagógico e ao Conselho Executivo a suspensão do processo de avaliação do desempenho dos docentes em curso, nos termos e com os fundamentos seguintes:

1. O modelo de avaliação do desempenho aprovado pelo DR 2/2008 de 10 de Janeiro não está orientado para a qualificação do serviço docente, como um dos caminhos a trilhar para a melhoria da qualidade da Educação, enquanto serviço público;
2. O modelo de avaliação instituído pelo referido decreto regulamentar destina-se, sobretudo, a institucionalizar uma cadeia hierárquica dentro das escolas e adificultar ou, mesmo, impedir a progressão dos professores na sua carreira;
3. O estabelecimento de quotas na avaliação e a criação de duas categorias que, só por si, determinam que mais de 2/3 dos docentes não chegarão ao topo da carreira, completam a orientação exclusivamente economicista em que se enquadra o actual estatuto de carreira docente que inclui o modelo de avaliação decretado pelo ME;
4. Paradoxalmente, a aplicação do actual modelo de avaliação do desempenho está a prejudicar o desempenho dos professores e educadores por via da despropositada carga burocrática e das inúmeras reuniões que exige;
5. O modelo de avaliação reveste-se de enorme complexidade e é objecto de leituras tão difusas quanto distantes entre si e que nem o próprio Ministério da Educação consegue explicar devidamente;
6. A instalação do modelo revela-se morosa, muito divergente nos ritmos que épossível encontrar e dificultada ainda pela falta de informação cabal e inequívoca às perguntas que vão, naturalmente, aparecendo;
7. A maioria dos itens constantes das fichas não é passível de serem universalizados.Alguns só se aplicam com um número reduzido de professores. Outros, pelo seugrau de subjectividade, ressentem-se de um problema estrutural – não existemquadros de referência em função dos quais seja possível promover a objectividade da avaliação do desempenho;
8. O desenvolvimento do processo com vista à avaliação do desempenho não respeita o que determinam os artigos 8º e 14º, do próprio DR 2/2008, uma vez que o Regulamento Interno, o Projecto Educativo e o Plano Anual de Actividades não se encontram aprovados de forma a enquadrar os seus princípios, objectivos, metodologias e prazos;
9. É evidente um clima de contestação e indignação dos professores e educadores;
10. O próprio Conselho Científico da Avaliação dos Professores (estrutura criada pelo ME) nas suas recomendações, critica aspectos centrais do modelo de avaliação do desempenho como a utilização feita pelas escolas dos instrumentos de registo, a utilização dos resultados dos alunos, o abandono escolar ou a observação de aulas,como itens de avaliação;
11. É evidente a incompletude do edifício legislativo do modelo, com frequentesremendos em matérias como delegação de poderes, faltas relevantes, quotas, bem como a ambiguidade funcional decorrente da existência de departamentoscurriculares e departamentos de recrutamento;
12. A ausência de qualquer informação sobre o modo como se realizará a componente da avaliação da responsabilidade do Presidente do Conselho Executivo;
13. Suspender o processo de avaliação permitirá:
(i) focar a atenção dos professores naquela que é a sua primeira e fundamentalmissão – ensinar;(ii) que os professores se preocupem prioritariamente com quem devem – os seus alunos;
(iii)antecipar em alguns meses a negociação de um outro modelo de avaliação dodesempenho docente, quando já estão em circulação outras propostas.

Assim, os signatários propõem que o Conselho Pedagógico e o Conselho Executivo da Escola Secundária de SEIA decidam pela suspensão de todas as iniciativas e actividades relacionadas com oprocesso de avaliação em curso, certos que, desta forma, contribuem para a melhoria do trabalho dos docentes, das aprendizagens dosnossos alunos e da qualidade do serviço público de educação.
Esta suspensão deverá manter-se até que se cumpram cumulativamente as seguintes condições:
1. A delegação de competências dos avaliadores seja publicitada em Diário deRepública explicitamente ou integrada na Lei do Orçamento à data da publicação desta.
2. Seja esclarecido o preenchimento do parâmetro B, nomeadamente quanto à forma de integrar os resultados escolares dos alunos e do abandono escolar naavaliação individual, compatibilizando a letra da lei e as recomendações doCCAP.

Os signatários afirmam ainda que:
1. Concordam que a avaliação é essencial para o desenvolvimento profissional dos professores cujo fim último é a qualidade dos serviços da educação portuguesa;
2. Reafirmam que o que sempre esteve em causa foi o modelo de obtenção daclassificação com todo o aparelho que lhe está subjacente que se antevê altamente burocratizado, não aferido e não sustentado em critérios de equidade e de justiça, por muitos esforços que se desenvolvam;
3. Reconhecem a importância da dimensão formativa do trabalho entre pares, defendendo uma relação de proximidade entre professores de áreas científicas afins,aceitando a observação de aulas, unicamente na dimensão formativa que dela pode decorrer;
4. Propõem-se contribuir para um diagnóstico das suas necessidades de formação e de desenvolvimento profissional, integrado na Avaliação Externa da Escola em processo que vai decorrer a partir deste ano de 2008/2009 e que deverá ser traduzido no Plano de Formação da Escola Secundária de Seia;
5. Divulgar esta posição junto da comunidade, sensibilizando-a para a ideia de que a suspensão da avaliação agora proposta visa possibilitar que a Escola Secundária de Seia atinja os seus grandes objectivos, nomeadamente, melhorar os resultados escolares correspondentes ao saber real e efectivo, norteados por valores de excelência e ao desenvolvimento da cidadania ampla, com respeito pela diversidade;
6. Manifestar a solidariedade efectiva aos seus eleitos representados nos órgãos da Escola em todos os efeitos que possam vir a decorrer das posições assumidas por estes órgãos, relembrando o dever de lealdade e solidariedade que o regime de gestão e administração da Escola consagrado no Dec-Lei 115A /98 requer.

Escola Secundária de Seia, 5 de Novembro de 2008

Os signatários (segue lista com 100 assinaturas num universo de 105 docentes)
Texto aprovado em assembleia de docentes com a presença de 80 professores no dia 5 de Novembro

11.04.2008

*Coordenadora da DREN em Viana do Castelo intimida executivos e professores

*Coordenadora da DREN em Viana do Castelo intimida executivos e professores

Chegou-me esta informação, que reenvio como a recebi:*

É público que os Professores do País estão em luta contra airresponsabilidade e o maquiavelismo da actual maioria, empenhada empermanente propaganda enquanto a pobreza do e no país cresce.
São evidentes os tiques pidescos da actual maioria, que tenta matar tudo oque à volta não concorda com o que fazem.
Ninguém esconde que se vive emPortugal num ambiente de desconfiança de uns nos outros, de medo em afirmaro que se pensa e de opressão.
Tudo isto é possível porque o actual governo encheu toda a administração pública de gente sem carácter, muita da qual roça a acefalia, cobarde, mas que à voz do dono se mostra assanhada e exibedentes e garras para atacar.
São os *boys and girls*, os empregados pelopoder PS, os beneficiários de favores do PS no poder, as filhas dos autarcas, os sobrinhos dos empresários que negoceiam com esta podridão que esmaga a democracia e oprime o que têm carácter, coluna e jamais vergonha de ser honestos.
Depois dos casos públicos de perseguição, agora, em Viana do Castelo, a Coordenadora da Equipa de Apoio às Escolas, cujo desempenho tem gerado mais troça que seriedade, dirigiu-se ao órgão executivo da escola Frei Bartolomeu dos Mártires para identificar o professor que interveio na Reunião Geral de Professores daquela escola, propondo a aprovação de um manifesto contra o actual estatuto docente e respectivos regulamentos, em particular o sistemade avaliação de professores.
Onde quer esta senhora chegar?
Portugal ainda dorme?
Quem é esta gente que, por terem uma maioria parlamentar, se assumem donos do poder, da verdade única, do pensamento e do Estado (vergonhoso, ao quechegou)?
Não conheço esse professor ou professora, mas, pela coragem que revelou, imagino que ele (a) também andará por aí, certamente de cabeça erguida, o que a tal coordenadora não deverá certamente poder fazer, pelo que se vê.
ACORDEM! Portugueses,
NÃO TENHAIS MEDO!
Só os fracos usam o poder e os tachos do poder para se afirmarem.
Aos Professores peço que continuem, como eu fiz em tempo, a cumprir como sempre fizeram a missão nobre de educar.
Pena é que alguns dos que pela escola passaram tenham virado tiranos e ficado mais cegos do que eram com o engano em que vivem no exercício de cargos: pobres espíritos!
O futuro é pai e médico atento.
Jamais os professores devem silenciar o que pensam, pois são classe à qual se exige reflexão crítica e intervenção pública, mais ainda em educação.
Só quem não é capaz de pensar por si julga ser possível delito de opinião.
*Onde pára a comunicação social?
Há medo também neste meio?*
*O que faz o Provedor de Justiça?
E o ministério público?
E os deputados danação?*
*DENUNCIE-SE!!!!*

Manifesto eleitoral dos professores

To: Comissão Nacional do Partido Socialista

Manifesto eleitoral dos professores

Aproximando-se um período da vida democrática do nosso país em que os portugueses e portuguesas vão ser chamados a pronunciar-se por meio do seu voto relativamente às políticas que pretendem para o seu futuro colectivo, e tendo os professores portugueses um conjunto comum de preocupações, por um lado, e um importante peso eleitoral, por outro, é a altura certa de colocarem em movimento síncrono a força dos seus votos para uma contribuição que pode ser determinante para a definição do rumo político de Portugal, tendo especialmente em conta os valores que defendem para a educação e para a sua valorização social enquanto profissionais do ensino.

Assim, os professores que a seguir subscrevem, pela sua assinatura, este manifesto, declaram que, nos diferentes momentos eleitorais que se aproximam, se lembrarão, de forma viva, dos seguintes factos da vida política portuguesa:

1º Que foi o governo do Partido Socialista o único governo que, desde o 25 de Abril, denegriu propositada e sistematicamente os profissionais docentes portugueses;

2º Que foi o governo do Partido Socialista que impôs aos professores um ritmo burocrático de trabalho nas escolas que os impede de prosseguir uma preparação lectiva cuidadosa e eficaz, situação que em muito contribui para o insucesso do sistema educativo;

3º Que foi o governo do Partido Socialista que humilhou os professores, tentando transformá-los em “guardas de crianças”;

4º Que foi o governo do Partido Socialista que provocou a divisão da classe em professores de primeira e professores de segunda, tendo como únicos objectivos, poupar dinheiro e “dividir para reinar”;

5º Que foi o governo do Partido Socialista que destruiu a gestão democrática nas escolas, implementando um sistema de gestão anti-democrático, burocrático e ineficaz e que proporciona as condições para uma vivência totalitária e de ausência de liberdade nas escolas;

6º Que foi o governo do Partido Socialista que criou um modelo de avaliação inexequível, injusto e absurdo, que rouba tempo ao trabalho produtivo dos professores junto dos seus alunos e que impossibilita, de facto, a efectiva realização duma avaliação dos professores;

7º Que foi o Governo do Partido Socialista quem optou por gastar verbas enormes na distribuição de “magalhães” pelos alunos, optando, para o fazer, por reduzir as verbas nos recursos humanos para a educação levando assim à existência generalizada nas escolas, de turmas de 29 e 30 alunos em que é completamente impossível trabalhar com qualquer “magalhães”, por melhor que ele seja;

8º Que foi o governo do Partido Socialista aquele que, desde o 25 de Abril, mais ignorou o modo de governar democraticamente, preferindo a imposição, ao diálogo, e persistindo até hoje nessa mesma atitude, não tendo conseguido aprender nada com os seus próprios erros.

Assim, lembrando-se dos factos descritos (e também de muitos outros não descritos), os Professores que a seguir subscrevem este manifesto, comprometem-se solenemente a não votar, em caso algum, no Partido Socialista, nos actos eleitorais que se avizinham, transferindo o seu voto para outras formações políticas, votando em branco ou fazendo voto nulo.

Os professores abaixo assinados,


Sincerely,

11.03.2008

'A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!'

'A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!'
"AS ESCOLAS PORTUGUESAS ESTÃO UM VERDADEIRO CAOS!!!!
Depois de ouvir hoje o que disse a Srª Ministra, depois de ler os desabafos de muitos colegas nossos, na minha Escola, na blogosfera, invadiu-me uma raiva que não consigo mais conter e gostaria de agritar ao Mundo.
Dizia a Srª Ministra, com o seu ar sereno, que "o processo de avaliação de desempenho dos professores está a avançar de "forma normal e com grande sentido de responsabilidade" na maioria das escolas." e eu pergunto Srª Ministra:
- Quem tenta enganar? Os Professores? Os Pais dos alunos? A opinião pública? A Comunicação social? Quem? A si própria? O seu governo?
Na maioria das Escolas, Srª Ministra, a situação é esta:
- Os Professores estão cansados, desmotivados, não aguentam tanto trabalho para nada. Reuniões, grelhas, objectivos, mais reuniões, relatório, mais reuniões... e continua assim, semana atrás de semana. Resultado:
Os Professores não têm tempo para aquilo que gostam de fazer: ENSINAR!!!
A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!
Na maioria das escolas, muitos Professores que até agora eram empenhados na preparação das suas aulas, limitam-se a fazer o mais fácil, não têm tempo para pesquisa, para partilhar com os alunos. Osalunos não aprendem!
A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!
Na maioria das Escolas muitos Professores que tinham ainda TANTO para dar à Escola, eram o pilar da Escola, uma referência para os mais novos, estão a abandonar, vão para a APOSENTAÇÃO, mesmo com penalizações graves! É fácil perceber: por cada três que saem, entram apenas dois, com vencimentos muito mais baixos. O factor economicista sempre à frente!
Não lhe passa pela cabeça, Srª Ministra, o potencial humano que as Escolas estão a perder e os efeitos de tal fuga!
A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!
Na maioria das Escolas, há Professores de baixa médica, Professores esgotados que não aguentam mais esta loucura, que metem atestados e então vem outro professor substituir ou não vem… não faz mal! Os alunos terão a farsa das aulas de substituição e, em vez de terem Ed. Física ou Matemática, têm aula com um Professor de Português ou Geografia… tanto faz, o que interessa é ter tudo ocupadinho, Professores e Alunos. Srª Ministra, são muitas aulas em que os alunos não têm aulas com o SEU professor, porque este está doente, em que a matéria não é leccionada.
A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!
Na maioria das Escolas, os Professores andam às voltas com o novo Estatuto do Aluno. A Srª Ministra mandou cá para fora um documento em que obriga os alunos que faltam a fazerem uma prova de recuperação mesmo que faltem porque não lhes apetece, um documento que não prevê distinção entre os alunos que faltam porque estão doentes e aqueles que ficaram a dormir até mais tarde. Os Professores têm que fazer a prova! Fazer a prova, prepará-la, corrigi-la, plano de recuperação… quantas horas implica tudo isto, Srª Ministra? Solução fácil! Esqueçamo-nos de marcar faltas! Se isto é para ser a brincar, nós fazemos-lhe a vontade.
A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!
Os Professores que até ao ano lectivo anterior eram uma classe que partilhava, onde não se sentia, regra geral, a competição, deixaram de confiar uns nos outros, vivem em função da avaliação de desempenho, num verdadeiro egoísmo. Desconfiam do colega que o vai avaliar, querem apanhar as quotas dos Excelentes ou Muito Bom. O mau estar nas Escolas é geral, um clima de desconfiança instalou-se!
A CULPA É TODA SUA, SRª MINISTRA!
E dirá a Srª Ministra: "Os Professores não querem ser avaliados".Engana-se Srª Ministra "Os Professores querem ser avaliados!!!! Sempre foram, tal como Vossa Excelência é e será avaliada (talvez não precise de tanta grelha, mas será!!). Os Professores fazem um trabalho público! São avaliados diariamente. QUEREM UMA AVALIAÇÃO SÉRIA e não um faz-de-conta.
Mas acha, Srª MINISTRA, que é avaliar seriamente um Professor, quando:
1 – Um colega (que pode ter menos habilitações e não é da área disciplinar) vai assistir a TRÊS aulas em 150 aulas que um Professor dá à turma? É tão fácil BRILHAR em três aulas, mesmo que nas outras 147 não se faça nada! Os Professores já tiveram aulas assistidas nos estágios…. Sabem fazê-lo. Não têm medo disso, Srª Ministra!!! Isto é avaliação séria, Srª Ministra?
2 – Um colega Coordenador de Departamento é de Francês/Inglês (excelente profissional na sua área, mas como viveu muitos anos em França, tem dificuldades na língua Portuguesa) vai avaliar um colegade Estudos Portugueses que, por não ter tido tantos cargos como o primeiro, não é TITULAR e por isso vai ser avaliado nas suas aulas de Português (com 30 anos de serviço) pelo primeiro. Isto é avaliação séria, Srª Ministra?
3 – Um colega de Educação Tecnológica, com uma licenciatura da Universidade Aberta obtida há alguns anos, vai avaliar colegas de MATEMÁTICA do seu Departamento (Ciências Exactas), alguns já com o Mestrado na área (Repito: os colegas são excelentes profissionais, mas não PODEM SER avaliadores de quem tem mais ou diferentes habilitações do que eles. Eles não têm culpa e muitos desejavam não representar tal papel). Isto é avaliação séria, Srª Ministra?
4 – Um dos elementos da avaliação dos alunos é a progressão dos resultados escolares dos seus alunos. Srª Ministra, é tão fácil falsear a progressão dos resultados escolares dos alunos…se NÃO formos sérios e quisermos contribuir apenas para o sucesso estatístico. Acha que os Professores, sabendo que estes dados contam para a sua avaliação, vão dar classificações baixas? Isto é avaliação séria, Srª Ministra?
5 – E o dito portefólio ou "dossier pedagógico" ser outro factor na avaliação?! É tão fácil, hoje em dia, enchê-lo com materiais LINDOS, pedagógicos….mesmo que os alunos nem os tenham visto, mesmo que estes materiais não sejam nossos. Isto é avaliação séria, Srª Ministra?
E finalmente, uma das aberrações do 2/2008
6 – O Presidente do Conselho Executivo, e simultaneamente Presidente do Conselho Pedagógico, não precisa ser TITULAR! Como explica isto Srª Ministra? A senhora Ministra criou esta distinção entre TITULARES e PROFESSOR! Então os Professores TITULARES não seriam aqueles que iriamdesempenhar as funções de maior responsabilidade nas Escolas, um grupo altamente qualificado? Ou será que o Presidente do CE e do CP não é um cargo de responsabilidade? Como justifica que não seja necessário o título de TITULAR, se para outros cargos de menor importância, como Coordenador de Departamento ou de Directores de turma tal cargo é exigido? EXPLIQUE Srª Ministra! E quando este mesmo Presidente do Conselho Executivo tem apenas o equivalente ao antigo 7º ano (ou seja, é bacharel, depois de uma formação à distância de alguns meses)? Há TANTOS nas nossas escolas! Vai avaliar colegas com mestrados e licenciaturas? É ele que vai avaliar TODOS os colegas da Escola.Muitas vezes, para além de ter habilitação muito inferior aos avaliados, há anos que não lecciona! Isto é avaliação séria, Srª Ministra?
7 – Claro que há Professores, como há médicos, como há advogados, como há MINISTROS menos competentes. Mas acha que é assim que a situação vai melhorar? Quem não é tão bom profissional, vai continuar a não sê-lo e os bons agora também não têm tempo para o ser. Por que razão não se ajuda com avaliação formativa aqueles que têm mais dificuldades, sem o intuito de os penalizar? Acha que é justo um avaliador faltar às aulas das suas turmas (12avaliadosx3 aulas de 90mn= é só fazer as contas) para ir avaliar colegas? E os alunos ficam entregues a outros Professores que podem não ser seus? Então primeiro a avaliação dos Professores e depois a dos alunos?
Isto é avaliação séria, Srª Ministra?
Srª Ministra:
- Sou uma professora que, tal como milhares neste país (a senhora viu quantos no 8 de Março, mas fez que não viu!), dediquei toda a minha vida ao Ensino. Dei sempre o meu melhor, trabalhei com gosto para os meus alunos, férias, fins-de-semana, noites; gosto de ensinar mas sinto-me REVOLTADA por a srª Ministra nos ter tirado (ou querer tirar) esse grande prazer: ENSINAR!
- Sou uma Professora que, tal como milhares neste país, poderia ir agora para a reforma, mesmo com penalizações, mas VOU RESISTIR, não vou deixar que me obriguem a abandonar com mágoa, os meus alunos, a minha Escola!
- Sou uma Professora que confio no bom senso e tenho esperança que ainda vá a horas de não deixar a degradação atingir, ainda mais as nossas escolas.
- Srª Ministra oiça gente que sabe, (muita gente) dizer que é um crime o que se está a passar nas escolas portuguesas. Medina Carreira disse há poucos dias que se os pais tivessem a verdadeira percepção do que se está a passar na Escola em Portugal, viriam para a rua. Ele sabe do que fala.
- Srª Ministra OIÇA os Professores. Eles estão nas Escolas, no terreno. Mais do que ninguém, eles estão a dizer-lhe que assim NÃO teremos sucesso educativo. Assim, o sucesso será apenas ESTATÍSTICO e ECONÓMICO!
OS PROFESSORES (na sua maioria) SÃO SÉRIOS! QUEREM ENSINAR E QUEREM QUE OS SEUS ALUNOS APRENDAM! CONFIE NELES! OIÇA-NOS SRª MINISTRA!
E para terminar, um poema de Alberto Caeiro que encontrei hoje no blog Terrear e uma frase de JMA.Des (aprender)
Procuro despir-me do que aprendiProcuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,Desembrulhar-me e ser eu...
Alberto Caeiro
P.S. Peço desculpa a quem me ler, pela agressividade de algumas expressões, mas tenho de soltar este grito de REVOLTA! Aos puristas linguísticos, também, mas a intenção não foi fazer prosa. Imaginei aSrª Ministra à minha frente e pus no papel aquilo que gostaria de lhe dizer.
Peço desculpa também por não me identificar (por enquanto). Não o costumo fazer, mas as razões são óbvias!
UM ENORME BEM-HAJA A TODOS OS PROFESSORES!"
"A grande e inadiável urgência de desaprender. De ver. Mesmo que isso nos custe. Porque a alternativa só pode ser a cegueira" JMA in blog Terrear

Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues (Silves) boicota ESTA avaliação inútil

Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues (Silves) boicota ESTA avaliação inútil
Uma clara maioria de professores do Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues, Silves, decidiu em planério geral de professores, realizado no passado dia 28 de Outubro, solicitar a suspensão do actual processo avaliativo.
Desta decisão, resultou a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho Pedagógico onde, com 13 votos a favor (duas abstenções e um voto contra), se decidiu pela não avaliação dos docentes do Agrupamento até ao início do 2º Período, altura em que será reavaliada a situação.
Os nossos motivos seguem na moção (em anexo), mas gostaríamos de reafirmar 3 pontos muito claros:
1º) Somos frontalmente a favor de uma avaliação que premeie a "excelência" da classe e que, por outro lado, identifique claramente os pontos a melhorar no desempenho da nossa profissão e que aponte soluções para corrigir essas situações.Dito por outras palavras, não queremos preencher papéis inúteis, queremos saber como podemos ser melhores professores!
2º) Somos contra esta avaliação que, entre muitos outros pontos aberrantes, considera a questão do "abandono escolar" na avaliação docente, a qual se fica a dever, na esmagadora maioria dos casos, a condicionantes sociais que escapam ao controlo da escola;
3º) Não aceitamos uma avaliação hipócrita do "faz de conta", do género "vamos lá preencher a tabelinha para termos todos Bom", inútil na melhoria do ensino público português e que apenas serve para passar a imagem para a opinião pública de que, ao avaliar deste forma os professores, o Ministério estará a contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em Portugal.
Leiam o texto desabafo que se segue e utilizem a nossa moção da melhor forma que entenderem. Esta luta é pela nossa dignidade e pelos nossos alunos!
Façam da nossa força a vossa força!


«Primeiro, eles vieram buscar os comunistas.Não disse nada, pois não era comunista;Depois, vieram buscar os judeus.Nada disse, pois não era judeu;Em seguida, foi a vez dos operários.Continuei em silêncio, pois não era sindicalizado;Mais tarde, levaram os católicos.Nem uma palavra pronunciei, pois não sou católico.Agora, eles vieram-me buscar a mim,e quando isso aconteceu, não havia mais ninguém para protestar». Bertold Brecht Colegas e amigos, Há momentos na história de um país em que é criminoso ficar calado. Em relação ao futuro da educação pública em Portugal, vivemos um desses raros momentos que a história nos concede... Comecei a dar aulas há 10 anos. Ao longo destes 10 anos, senti sempre saudades da escola durante o mês de Agosto. Este ano, pela primeira vez, não! De há 10 anos a esta parte, que assisto à degradação do ensino, à institucionalização da mediocridade! Para tudo, a resposta é só uma, ano após ano: mais e mais papel! Mais do que a degradação da nossa profissão, assusta-me assistir impávido e sereno a como nos conformamos, ano após ano, em baixar os níveis de exigência a um mínimo indecente. . E, para tudo isto, a solução é sempre mais uma "tabela", uma "grelha", uma "planificação", uma "justificação"...Não interessa se a planificação é para cumprir ou se é útil, interessa que fique arquivada. Não interessa se a "justificação" é útil e necessária, o que importa é que ela exista para nos "protegermos"...Dos pais e dos inspectores, esse papões! Não concordamos, mas preenchemos na mesma! Não concordamos, mas há muito que interiorizámos a cultura do medo e de não questionar...Aumenta a indisciplina? Não faz mal, faz-se mais um papel; Os alunos não aprendem? Não faz mal, faz-se mais um papel; É necessário avaliar os senhores professores? Não faz mal, faz-se mais um papel! Basta de "cultura do medo" (dos pais, dos recursos, da inspecção,...)! É necessário uma cultura de amor próprio, de amor pela profissão e pelo simples acto de ensinar. Claro que algum tipo de avaliação dos professores é necessário e urgente! Sobretudo se tiver como objectivo melhorar a qualidade do ensino...Não estamos todos cansados de quem, entre nós, é indigno de ostentar o nome de "professor"? E será que esta avaliação vai permitir corrigir essas situações, os erros individuais de cada um de nós ou até algum "defeito corporativo" da classe? Será que esta avaliação contribuirá para melhorar aquilo que os nossos alunos efectivamente aprendem? Ela não se destina a ajudar os professores a melhorar as suas prestações e auxiliar, desse modo, os nosso alunos. Não se destina a "punir" os medíocres ou a premiar a "excelência"...O que o ministério pretende é que entremos na perigosa jogada da hipocrisia...Para eles apenas interessa passar a mensagem ao país: "Estamos a avaliar os professores, estamos a aumentar o grau de exigência e de rigor do ensino!" E nós, que sabemos ser falso, pactuamos! Vamos a manifestações ao Sábado gritar "palavras de ordem" e na Segunda preenchemos as grelhas inúteis que nos impingem?! Ou seja, no fundo não concordamos com esta avaliação para professores. No entanto, parecemos estar dispostos a pactuar com ela quando nos deixamos arrastar para uma lógica, do tipo: "Eu não concordo com esta avaliação, nem lhe vejo qualquer capacidade de melhorar o actual estado das coisas, mas vamos pactuar com ela na esperança que não dê em nada...Vamos levar isto sem ser muito a sério, fazemos todos os objectivos mínimos de modo a termos todos "bom" e, pronto, está o assunto arrumado!" E quando quisermos ensinar aos nosso filhos e alunos a importância de nunca sermos hipócritas, o que faremos?! Olhamos para o chão e coramos de vergonha! Das duas uma: Ou temos a coragem de assumir que não concordamos com esta avaliação e recusamo-nos a cumpri-la; ou temos a coragem de assumir que concordamos com ela e cumprimos tudo a 100%, com todas as implicações deste acto.Não me obriguem é a aceitar situações intermédias, por medo ou cobardia. Com coragem a favor ou com coragem contra! Exliquem-me: em que é que esta avaliação vai contribuir para premiar a excelência dos professores? Em nada! Em que é que esta avaliação vai contribuir para melhorar a qualidade do ensino? Em nada! E então,vamos pactuar hipocritamente com algo em que não acreditamos?! E porquê? Por medo?! Eu também tenho medo...Sobretudo de um dia olhar para o espelho e perceber que traí os ideais a que me comprometi defender quando abracei esta profissão! Poderei eu exigir aos meus alunos que sejam honestos e rigorosos e, ao mesmo tempo, pactuar com uma avaliação que acho nefasta para a minha profissão? Expliquem-me, que eu não percebo! Claro que eu sei que há coisas que estão mal no ensino por culpa nossa. Sou capaz de enumerar algumas. Infelizmente, nenhuma delas será resolvida com este processo que nos querem impor... À ministra não interessa promover a excelência, porque esta é sempre perigosa para o poder. Porque pensa, porque não obedece cegamente, porque questiona, porque não se dobra e porque, quando é chegada a hora, sabe sempre dizer que "não" e de forma digna.À ministra interessa que nos rendamos à cultura "de não criar ondas", à "cultura do medo", "à cultura da tabelazinha", à "cultura das aparências", no fundo, à "cultura do Bom"! Não contem comigo para isso! Se tenho medo? Claro que sim, só um louco não teria...Também me preocupa o futuro, as contas por pagar e a minha carreira...Mas interessa-me mais o futuro dos meus alunos, a minha dignidade como profissional e ser humano e a minha consciência. Não peço que pensem como eu e que me sigam pelas minhas ideias. Sigam a vossa consciência, que eu sigo a minha... Mas se, tal como eu, sentirem que existe um limite para o tamanho dos "sapos" que conseguem engolir, juntem-se a este protesto pacífico na defesa do ensino público português.
Porque "há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não".
Obrigado.
--
Pedro Nuno Teixeira Santos, orgulhosamente professor

luttes au portugal- a luta dos professores vista de França

luttes au portugal- a luta dos professores vista de França Publicado em França, o texto que reproduzimos abaixo, traça o retrato das lutas dos professores em Portugal analisando detalhadamente o ataque que tem vindo a ser conduzido contra a escola pública pelo governo Sócrates e a sua sinistra ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
Desde o fecho de escolas às falhas no transporte escolar, do desemprego docente até às reformas do ensino especial que deixam sem apoio muitos milhares de alunos com necessidades educativas especiais, o texto faz um retrato negro da educação em Portugal.
Foi publicado no «Classes en Lutte», jornal dos trabalhadores da educação da Confédération Nationale du Travail (CNT-F)http://www.cnt-f.org/fte/article.php3?id_article=2289
LUTTES AU PORTUGAL
Au Portugal, ces trois dernières années, le gouvernement Sócrates (PS), et la ministre de l'éducation, Maria de Lurdes Rodrigues, ont lancé plusieurs offensives contre l'école publique.
Les réformes ont provoqué une dégradation sans précédent de l'enseignement, et créé un profond mal-être chez les professeurs . Le 8 mars 2008, 100 000 enseignants (un sur trois) vêtus de noir en signe de deuil ont défilé dans les rues de Lisbonne. Ce fut le plus grand mouvement de protestation des enseignants qui ait jamais eu lieu au Portugal.
Cette manifestation a été le point culminant de semaines de lutte et de contestation nées au sein même des écoles contre les nouvelles modalités d'évaluation des enseignants, unanimement rejetées à cause de leur contenu irrationel et de leurs objectifs purement économiques. Ces modalités d'évaluation découlent du Statut de Carrière des enseignants, que le gouvernement a imposé contre la volonté des professeurs et qui a donné lieu a une énorme contestation.
Les centaines de rassemblements, manifestations, et "vigílias" qui ont précédé la mega-manifestation furent très souvent conduites par des groupes de professeurs qui s'étaient organisés à l'intérieur des établissements. Beaucoup de rendez-vous ont circulé anonymement par sms ou par internet. Ces mouvements de contestation de la base, nés en dehors des structures syndicales enseignantes, ont mis la pression sur les syndicats de professeurs.
Ce mécontentement est la réponse naturelle à des années de réformes économiques qui ont gravement mis en cause la qualité du travail enseignant, et qui ont contribué à la dégradation de l'école publique au Portugal. Ces réformes ont mené à la fermeture de nombreuses écoles , ont modifié la nature des programmes et ont réduit la participation des enseignants aux instances dirigeantes des établissements. L'enseignement spécialisé et l'enseignement artistique ont également subi de graves attaques, qui ont sérieusement mis à mal les principes de l'école pour tous ("inclusive"). Le plan qui est en marche vise au désengagement progressif de l'État du secteur éducatif pour le transférer aux municipalités et ouvrir ainsi la porte à une future privatisation de l'enseignement. Ce plan, qui a débuté par la remise aux collectivités locales de la gestion du parc scolaire, pour ensuite être éventuellement confiée a l'Eglise, menace maintenant d'être étendu aux travailleurs non-enseignants ainsi qu'aux professeurs eux- mêmes qui courent le risque de changer de ministère de tutelle et de perdre leurs droits . Un récent projet de loi ouvre la porte au passage des professeurs sous la dépendance des municipalités. (1)
Au Portugal le réseau public d'enseignement aurait perdu entre 16 et 23 000 enseignants ces trois dernières années.(2) Ces réductions ne sont pas causées par la diminution du nombre d'élèves, comme le gouvernement a voulu le faire croire, mais plutôt à la fermeture d'écoles et à l'augmentation des horaires de travail.
Le Plan de fermetures d'écoles mis en place dès l'entrée en fonctions du gouvernement Sócrates prévoyait de fermer environ 4000 écoles primaires jusqu'au terme de la législature en 2009 (3). Rien qu'au début de l'année scolaire 2006/2007, 1500 écoles ont été fermées, la fermeture de 900 écoles supplémentaires étant prévue pour l'année suivante. Ces fermetures touchent surtout les zones de l'intérieur nord et du centre du Portugal, déjà largement désertifiées et elles vont naturellement accentuer cette tendance. Les élèves des écoles primaires fermées sont aujourd'hui obligés de rester la journée entière loin de leur domicile et perdent de longues heures dans les transports. Le réseau de transports scolaires, dépendant des municipalités, fonctionne avec de graves déficiences. Des enfants très jeunes sont ainsi obligés d'utiliser les transports publics sans que la surveillance adéquate ne soit garantie, ce qui a déjà provoqué des morts.(4)
L'enseignement spécialisé (pour handicapés) est un autre secteur qui a subi des assauts qui ont mis en danger les principes de l'école « inclusive ». La disparition des Équipes de l'Éducation Spécialisée et de leurs coordinations régionales a laissé les enseignants du secteur isolés dans les écoles. Le gouvernement a imposé un plan de restructuration qui prévoit uniquement un soutien aux handicapés (déficients), laissant de côté des milliers d'élèves dyslexiques, hyperactifs et ayant des problèmes de comportement et d'apprentissage. Ceux-ci courent le risque de se perdre et d'être envoyés dans les "circuits alternatifs" perdant ainsi toute possibilité de progresser a l'intérieur du système éducatif.(5)(6)
L'enseignement artistique, qui était déjà le parent pauvre, n'a pas non plus été épargné par les réformes. À l'école primaire, il a même été retiré du programme obligatoire tout comme l'éducation physique. Ces activités sont maintenant inclues dans les "prolongement d'horaires" et laissées à des moniteurs sans qualification apropriée , engagés sous contract précaire et mal payés par les municipalités(7).
Le système éducatif Portugais se trouve donc dans une situation réellement préoccupante. Le profond mal-être causé par les réformes du gouvernement actuel et menées à bien par la ministre Maria de Lurdes Rodrigues lui font pleinement mériter son surnom de " Sinistre Ministre".
José António Antunes.

11.02.2008

José Sócrates, na qualidade de PM, exerce pressão políticadirecta sobre os presidentes dos executivos das escolas

Confirmado! José Sócrates, na qualidade de PM, exerce pressão política directa sobre os presidentes dos executivos das escolas!
"Confirmado: Sócartes deu lição de educação aos PCEs presentes no dia9/09 no Plenário do Conselho de Escolas

Sócrates deu música aos PCEs no Plenário do Conselho de Escolas do dia9 de Setembro
Confirmado: Sócrates esteve presente na primeira parte da reunião doPlenário do Conselho de Escolas, realizado no dia 9 de Setembro de2008.
O resumo da reunião, em papel timbrado do Conselho de Escolas,está aqui.

Na "boa" tradição das ditaduras, José Sócrates deu uma lição aos PCEs sobre quase tudo e convidou-os a serem agentes activos no esforço de propaganda do Governo:

1. Melhoria dos resultados escolares.
2. Criação de novos cursos profissionais.
3. Edificação de novos centros escolares.
4. Nova gestão das escolas com mais autoridade e liderança (a ministrafalou do novo subsídio a atribuir aos directores).
5. Melhorias das escolas com as mudanças introduzidas (aqui, dá mesmovontade de chorar!).
6. Estatuto do aluno que veio aumentar a autoridade do professor (esta é mesmo para rir!).
7. Não tenham vergonha de aclamar os bons resultados e as melhorias conseguidas (aqui, o primeiro-ministro convidou os PCEs presentes a fazerem a propaganda do Governo).

Com a lição sobre educação do primeiro-ministro, o Conselho de Escolas atingiu um novo patamar.
Já não é só aquilo que sempre foi: uma estrutura que depende funcional e hierarquicamente da ministra daeducação.
Passou a ser um órgão que alinha, pelo menos passivamente, no esforço de propaganda do Governo.
Se havia quem duvidasse do crescente controlo político dos PCEs, perdeu hoje as dúvidas.
Registe-se que o Conselho de Escolas continua a não publicar as actas ou o resumo das reuniões na página web.

Verhttp://www.profblog.org/2008/09/confirmado-scartes-deu-lio-de-educao.html

«Ministério está a cumprir memorando»

«Ministério está a cumprir memorando»

Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, não vê razões para os professores se manifestarem.

O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, garantiu sexta-feira que o Ministério está a cumprir o memorando que assinou com os sindicatos e que não vê razões para os professores se manifestarem, escreve a Lusa.

«Estamos a seguir religiosamente o memorando de entendimento que assinamos com todos os sindicatos», afirmou Valter Lemos à Lusa, acrescentando que pode acontecer que «alguns sindicatos tenham mudado de opinião».

O secretário de Estado da Educação falava em Baião, onde presidiu à inauguração de um centro escolar com 12 salas, todas dotadas de quadros interactivos mas que tem a particularidade de incluir uma unidade especializada para alunos autistas, com capacidade para oito crianças.

Valter Lemos explicou que o acordo com os sindicatos, assinado em Abril, previa um regime simplificado para os professores contratados que abrangeu cerca de 20 mil docentes no anterior ano lectivo e que foi cumprido.

No âmbito desse acordo e relativamente ao presente ano lectivo acrescentou ficou decidido «que a avaliação deste modelo seria feita apenas no final do ano lectivo e que eu saiba estamos no início do ano e não no fim».

O secretário de Estado insistiu «que a avaliação é um direito do professor», que sabe que a lei determina «que quem não for avaliado não poderá progredir na carreira».

www.diario.iol.pt/politica/educacao-avaliacao-professores-docentes-manifestacao-valter-lemos/1008389-4072.html

Nota: A Fenprof e a Plataforma de Sindicatos celebraram um acordo com o ME "O Memorando de Entendimento".
A Plataforma de Sindicatos não rompeu nem rompe com o memorando de entendimento.

Professores: Carga horária ilegal

O JN faz manchete com as cargas horárias ilegais.
A carga burocrática faz com que muitos professores trabalhem mais de 40 horas semanais. A FNE está a fazer um levantamento e diz-se inundada de queixas. Cerca de 100 já poderão seguir para tribunal.
É um dos principais ataques ao modelo de avaliação docente. A ligação é, aliás, indissociável para os professores. "A excessiva carga burocrática" e as "reuniões intermináveis", contempladas regularmente, na "componente de trabalho individual", obriga os docentes a prolongarem os seus horários para tempos "ilegais", queixam-se.
Há duas semanas, a Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE) lançou uma campanha para fazer o levantamento sobre a frequência desses "horários ilegais". O processo é simples, os professores preenchem um formulário que está disponível no endereço electrónico da FNE.
O sindicato esperava já poder revelar números mas as queixas são tantas "para o gabinete jurídico, secções de informação do sindicato e a delegados no terreno" que, para já, é impossível avançar com informação quantificada, justificou Lucinda Manuela.
O JN apurou, no entanto, que cerca de 100 denúncias estão a ser analisadas pelo gabinete jurídico da FNE e, destas, algumas poderão ser passíveis de seguir a via judicial. A Federação tentará "resolver caso a caso" e só depois avançará para tribunal.
As queixas não variam muito de professor para professor, garante Lucinda Manuela. O excessivo peso das "tarefas burocráticas" e as "reuniões intermináveis" obrigam os professores a cumprir mais de 40 horas de trabalho por semana. "E quando um funcionário trabalha horas extraordinárias recebe", insiste a dirigente.
É no artigo que regula a "componente de trabalho individual", do despacho nº19117/2208 (ler caixa), que está contemplado o tempo para a preparação de aulas, correcção de trabalhos ou testes, investigação e reuniões, "que deveriam ser ocasionais e não diárias", protestou a dirigente. É, precisamente, neste artigo que têm sido cometidos as principais "ilegalidades", considera, já que só os trâmites com a avaliação de desempenho obrigam a "reuniões intermináveis, por vezes, noite dentro".
"Deixem-nos ser professores", defende, argumentando que a falta de tempo para a preparação de aulas e acompanhamento dos alunos está a deixar os professores "desesperados" já no início do ano lectivo: Uns pedem antecipação da aposentação, outros estão à beira de um esgotamento, refere.
Comentário
É para isto que servem os sindicatos. São eles que têm a logística e a organização para defenderem os professores das arbitrariedades do patronato. Faz bem a FNE em encaminhar as queixas para os tribunais e em prestar apoio jurídico aos professores queixosos. Os sindicatos têm de ser combativos e radicais na defensa dos interesses dos professores. Não podem estar amarrados a entendimentos falaciosos. A luta tem de ser travada em todas as frentes: paralisação do processo de avaliação burocrática, cartas para os jornais, concentrações distritais, queixas encaminhadas para os tribunais e manifestações de rua, a 8/11, a 15/11 e todas as que forem necessárias.


--
Maria João Oliveira

Professores trabalham mais do que 40 horas por semana

Ao contrário da imagem que querem insistentemente fazer passar para a opinião pública, NÓS TRABALHAMOS MUITO !!!!
A maioria dos Professores trabalha mesmo mesmo muito !

Quem não sabe o que é corrigir testes ou preparar aulas ou ______ até às 'tantas da manhã', muitas vezes com (grande) prejuízo das nossas famílias ?

Estamos a ser 'atacados' por todos os lados (novo ECD, novo Estatuto do Aluno, novos Concursos, novo Modelo de Gestão Escolar, nova Política de Ensino Especial, horas a mais de trabalho na escola e em casa, etc.), não é só a questão da avaliação de desempenho e as consequências que o processo 'dificultex' tem na progressão na carreira !!!
E parece que tudo é feito sempre contra os Professores !

Lutemos pela verdade. Lutemos por nós e pelos nossos alunos.
Lutemos por uma verdadeira melhor Escola !



in Jornal de Notícias Dom., 2 de Novembro 2008

Professores denunciam carga horária ilegal

A carga burocrática faz com que muitos professores trabalhem mais de 40 horas semanais. A FNE está a fazer um levantamento e diz-se inundada de queixas. Cerca de 100 já poderão seguir para tribunal.
É um dos principais ataques ao modelo de avaliação docente. A ligação é, aliás, indissociável para os professores. "A excessiva carga burocrática" e as "reuniões intermináveis", contempladas regularmente, na "componente de trabalho individual", obriga os docentes a prolongarem os seus horários para tempos "ilegais", queixam-se.

Há duas semanas, a Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE) lançou uma campanha para fazer o levantamento sobre a frequência desses "horários ilegais". O processo é simples, os professores preenchem um formulário que está disponível no endereço electrónico da FNE.

O sindicato esperava já poder revelar números mas as queixas são tantas "para o gabinete jurídico, secções de informação do sindicato e a delegados no terreno" que, para já, é impossível avançar com informação quantificada, justificou Lucinda Manuela.

O JN apurou, no entanto, que cerca de 100 denúncias estão a ser analisadas pelo gabinete jurídico da FNE e, destas, algumas poderão ser passíveis de seguir a via judicial. A Federação tentará "resolver caso a caso" e só depois avançará para tribunal.

As queixas não variam muito de professor para professor, garante Lucinda Manuela. O excessivo peso das "tarefas burocráticas" e as "reuniões intermináveis" obrigam os professores a cumprir mais de 40 horas de trabalho por semana. "E quando um funcionário trabalha horas extraordinárias recebe", insiste a dirigente.

É no artigo que regula a "componente de trabalho individual", do despacho nº19117/2208 (ler caixa), que está contemplado o tempo para a preparação de aulas, correcção de trabalhos ou testes, investigação e reuniões, "que deveriam ser ocasionais e não diárias", protestou a dirigente. É, precisamente, neste artigo que têm sido cometidos as principais "ilegalidades", considera, já que só os trâmites com a avaliação de desempenho obrigam a "reuniões intermináveis, por vezes, noite dentro".

"Deixem-nos ser professores", defende, argumentando que a falta de tempo para a preparação de aulas e acompanhamento dos alunos está a deixar os professores "desesperados" já no início do ano lectivo: Uns pedem antecipação da aposentação, outros estão à beira de um esgotamento, refere.

Algumas das queixas denunciadas pelos professores têm eco num parecer do Conselho Nacional de Educação, divulgado esta semana, recorde-se.

O órgão consultivo do Governo para a Educação considera que "há descontinuidades" entre os ciclos de ensino que deveriam ser "esbatidas". Nesse sentido alerta para "a instabilidade ao longo de um dia de trabalho escolar causado por horários inadequados aos ritmos de aprendizagem; práticas menos adequadas de atribuição de serviço aos preofessores e aos directores de turma ao longo da escolaridade; a quase inexistência de trabalho colaborativo entre professores; o número excessivo de turmas atribuído a uma grande parte dos professores, tornando inevitável a dispersão e muito difícil a responsabilização destes pelo acompanhamento dos alunos". A ministra da Educação vai ao Parlamento esclarecer a sua posição quanto às recomendações do parecer.

ALEXANDRA INÁCIO
publicado a 2008-11-02 às 00:30


Para mais detalhes consulte:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1037315

Carta de um professor aos directores da TSF e do DN

ENTREVISTA DE JOSÉ SÓCRATES À TSF E DN - CARTA DE UM PROFESSOR AOS SEUS DIRECTORES
Ex.mo Sr. João Marcelino/Paulo Baldaia


Ontem entrei no carro e ouvi os últimos 15 minutos da entrevista ao nosso primeiro ministro, exactamente no momento em que estavam a falar de educação que era o que me interessava no momento. A custo, consegui ouvir até ao fim.


Envio-lhe o meu mais veemente lamento pela forma como a entrevista, ou o que lhe queiram chamar, foi conduzida porquanto foi permitido ao sr. 1º ministro dizer o maior chorrilho de mentiras sem que alguma vez tivesse sido corrigido. Deixaram-no passar mais uma mensagem propagandística que peca pela verdade tal como ele nos tem habituado a ouvir a começar pelo seu processo de habilitações literárias.


Os srs jornalistas TINHAM a OBRIGAÇÃO de se documentarem melhor para fazer uma entrevista dessas. Mais pareceu uma entrevista de "faz favor de dizer" com questões previamente combinadas porque os entrevistadores eram pessoas experientes e deviam saber bem o que lá estavam a fazer. Só pode ter sido. Sócrates teve a oportunidade de explicar a sua educação à sua maneira e o resto foi servido em bandeja de ouro.


O meu nome é (...), sou professor na Escola Secundária (...), tenho 34 anos de serviço.


Tenho ainda uma licenciatura de 5 anos que é verdadeira e rigorosa. Sou do tempo em que o estágio pedagógico era de 2 anos. Fiz 1 mestrado e a parte curricular de um 2º mestrado no tempo em que os mestrados eram 2 anos. Tirei o doutoramento no tempo em que eram de 5 anos. Os investimentos na minha carreira e profissão foram pagos por mim e pelo sacrifício da minha família. Progredi na carreira com o cumprimento rigoroso de todos os créditos e subi ao 8º escalão com provas públicas efectuadas em Coimbra nas instalações da Direcção Regional de Educação do Centro. Não progredi com benesses até chegar ao 10º escalão onde tenho a minha carreira congelada e a ganhar tanto como um licenciado.


Por acaso vou ser avaliado por uma professora que é do mesmo grupo que eu mas há casos de professores de História a avaliar os de Inglês, de Educação Física a avaliar os de Ed Visual ou Educação Especial, de Biologia a avaliar os de Matemática ... enfim!!!!


Quando um professor destes vai assistir a uma aula dos outros (e tem de o fazer 2 vezes) está a ser justo por mais que o queira? Haverá honestidade neste processo?


Não me licenciei a um domingo com 26 das 31 cadeiras em falta dadas como equivalentes, nem com professores amigos ou reitores presos por falsificação de documentos, nem com a utilização de cartões do governo. A minha Universidade é pública, do Porto, e podem ser consultados todos os meus documentos. Não foi encerrada, como a UNI, só Deus sabe, VERDADEIRAMENTE porquê.


O sr. JS mente quando diz que agora há o mérito de distinguir os professores excelentes dos outros. Uma pessoa cujo percurso académico cheio de falta de rigor, mérito e excelência não lhe oferece a mais pequena moralidade para pensar sequer nisso, quanto mais falar. Desculpe voltar a falar disto mas é uma VERDADE que anda a ser camuflada e continuamente escondida.


A criação INJUSTA do professor titular no ECD é a MAIOR FRAUDE que passou impune em Portugal. Os professores foram classificados APENAS pelos últimos 7 anos de profissão, não pelos conhecimentos mas pelos cargos exercidos. Imagina certamente o que eu com 34 anos de serviço deva ter prestado ao ensino como professor. Pois bem, 27 desses meus anos contaram ZERO. RIGOROSAMENTE ... ZERO.


Aqueles anos em que quando mais jovem tinha capacidade para fazer e vontade para tudo, contaram NADA. Não sei quantos anos de serviço tem o sr. João Marcelino/Paulo Baldaia mas diga-me como se sentiria se a sua classificação fosse feita apenas com base nos últimos 7 anos, não pelos seus conhecimentos e capacidade mas APENAS pelas funções que prestou. Há professores belíssimos que foram prejudicados por terem querido ensinar. Há escolas onde ficaram titulares professores com 86 pontos enquanto outras escolas professores com 130 pontos não o conseguiram ser.


UMA VERGONHA que a imprensa nunca soube (ou nunca quis) denunciar. A escola hoje deixou de ENSINAR. O próprio ministério deixou de ser o Ministério da Educação e passou a ser o Ministério da Certificação. Faça esta experiência.


Vá a uma escola e diga que se quer matricular para APRENDER. Para APRENDER!!!!


Não há como nem onde. Até com o sistema de créditos já acabaram. Mandam-no para os EFAs ou para as Novas Oportunidades. Veja o que isso é. O que lá se aprende.


Em quantos MESES se pode fazer ao mesmo tempo o 7º, 8º e 9º ano e depois o 10º, 11º e 12º ano. Acabaram com o "Ad Hoc", agora há o "mais 23". Compare-os.


Agora, com a apresentação do currículo e a entrevista, um candidato ao ensino universitário fica logo com 60%. Os "trocos" ficam depois para um exame muito mais SIMPLIFICADO.O sr. JS falou nos cursos profissionais.


Vá a uma escola e veja o que é isso de cursos profissionais. A verdade. E já agora os CEFs. A pressão permanente para que os alunos passem sem saber apenas e só para uma avaliação estatística. As permanentes lamurias da srª ministra nos custos de uma reprovação e no facilitismo em reprovar.


Agora na avaliação dos professores é contabilizado o nº de alunos reprovados numa vergonhosa e clara afronta à perda de independência. Que culpa tenho eu que no início do ano me tenha calhado uma turma mal educada e pouco estudiosa? Que culpa tenho eu que um aluno abandone a escola porque quer ir trabalhar ou não gosta de estudar ainda que tudo tenha feito com os pais para que tal não aconteça? PORQUÊ que isso se reflecte na avaliação?


Já alguma vez pediu a uma escola as fichas de avaliação? Não acredito, desculpe mas não acredito que alguma vez as tenha visto. É IMPOSSÍVEL que aquilo possa ser seguido, IMPOSSÍVEL. Se não as conhece procure ver algumas.


Os professores o melhor é deixarem de dar aulas. A Cada escola tem as suas grelhas de avaliação. São 3 grelhas, qual delas a melhor, sempre elaboradas da forma mais incrível, injusta, desadequada, complexa, pouco credível e acima de tudo inexequível.


Isto não é uma brincadeira?


Os professores não têm família e direito ao tempo livre e lazer? JS falou igualmente no Inglês e na Educação Física das escolas primárias que já havia antes dele.


Pergunte quanto ganham esses professores e compare com o que ganha uma empregada doméstica, sem qualquer desprestígio para as empregadas domésticas.


Sr. João Marcelino/Paulo Baldaia, peço-lhe desculpa se me excedi. Penso que não. Acredito que com algumas destas "dicas", futuras entrevistas suas ao sr. JS serão diferentes. A verdade é que andamos de tal forma a ser maltratados e enxovalhados com tanta MENTIRA que após o programa da TSF que é uma rádio que oiço sempre, senti necessidade de "desentupir".


É estranho, muito estranho mesmo que a certas pessoas seja permitido fazer passar incolumemente certas mensagens. E o sr. primeiro ministro é uma delas. Usa e abusa.
Este foi o direito à minha INDIGNAÇÃO.


Queira aceitar os meus mais respeitosos cumprimentos


O professor (...)
Identificado pelo BI 735xxxx3 de 16.08.1999
In: http://psitasideo.blogspot.com/2008/10/entrevista-de-jos-scrates-tsf-e-dn.html

Tempo de trabalho

Participem!Página: www.fne.pt Campanha -
Tempo de Trabalho 12 de Outubro de 2008
VAMOS DENUNCIAR OS EXCESSOS E EXIGIR RESPEITO PELO HORÁRIO DE TRABALHO A FNE está a acompanhar atentamente a forma como decorre o processo de distribuição dos horários aos docentes portugueses, com a preocupação de que os limites impostos pela lei sejam sistematicamente respeitados.Mas, para além da formalidade dos horários distribuídos, tem-se continuado a assistir no presente ano lectivo à marcação de inúmeras reuniões e à distribuição de tarefas que, para serem concretizadas, revestem a obrigação inaceitável de, sem qualquer compensação, ter trabalho muito para além do limite das 35 horas semanais que a lei impõe aos docentes portugueses.Para a FNE, é imperioso acabar com este sistemático atropelo dos limites do tempo de trabalho. E que, nos casos em que seja absolutamente imprescindível realizá-lo, que daí resulte a remuneração extraordinária que a lei também prevê.É inaceitável que os professores portugueses estejam a pôr em causa o legítimo direito à conciliação entre o tempo de trabalho e o tempo individual.É neste quadro que a FNE desenvolve a presente campanha pelo respeito pelo tempo de trabalho.No âmbito desta campanha, queremos desenvolver uma recolha sistemática do maior número possível de exemplos que retratem o que é hoje a vida profissional de um docente português. Deste modo, pedimos que os interessados em participar nesta iniciativa nos dêem conta da sua ocupação do tempo em trabalho para a escola, em uma, duas ou três semanas, e utilizando para o efeito o formulário que aqui disponibilizamos:

É oficial! pormenores da manifestação

É oficial! pormenores da manifestação
leiam isto de um colega nosso. Com este espírito vamos conseguir:

______________________


OLÁ COLEGAS!
Tenho estado a observar tudo o que se passa à minha volta, toda esta
agitação, todas estas movimentações e... fico perpelexo!...
POR FAVOR: Não façam como aquele marido infiel que trocava a sua esposa de
40 anos por duas de 20 anos.
Este é o momento por que tanto esperávamos. Pensemos em nós e na nossa
carreira. Esqueçamos o nosso orgulho e unámo-nos TODOS, porque só assim
seremos CAPAZES de travar esta pouca pouca vergonha que impera no nosso
ensino! Eles (os nossos governantes) já se estão a rir de todas estas
movimentações des-sincronizadas e já batem palmas de contentes, porque
estão a conseguir atingir os seus objectivos, provavelmente até por meios de
alguns infiltrados, quem sabe...
NÃO, CAROS COLEGAS! Por aí não é o caminho. Não vou dizer que aqueles que
lançaram o mote não tenham toda a legitimidade para a escolha da data. Porém
a simbologia «8 DE MARÇO DE 2007 - MAIS DE 100.000 MANIFESTANTES NAS RUA DE
LISBOA e 8 DE NOVEMBRO DE 2008 - MAIS DE 140.000 MANIFESTANTES PROFESSORES
INVADEM A CAPITAL PORTUGUESA» penso que terá ainda mais impacto. Além disso,
de nada nos adiantará a nossa manifestação após terminadas as negociações. O
nosso braço de ferro deve e tem que ser durantes as mesmas. Talvez assim,
eles tomem consciência da importância e do peso que tem a nossa classe,
quanto mais não seja em época de eleições!
Quem é o colega que está contente com a sua situação?
Por acaso, fomos tidos e achados, aquando da alteração ao estatuto da
carreira docente (ECD)? Acaso fomos ouvidos sobre a divisão da nossa classe?
E quanto à avaliação? Acaso, pretendem eles que deixemos de leccionar para
passarmos a ser administrativos, onde só impera a burocracia dos papeis? Ou
pretenderão eles que os alunos transitem sempre - segundo o estatuto do
aluno - e os docentes é que passem a ser os avaliados. Sim. A ideia
parece-me interesssante! Assim eles, «com um tiro matam dois coelhos»! Deixa
de haver insucesso escolar e é a melhor forma de não pagar aos professores.
Que bela forma, de motivar e dignificar os professores!
E já pensaram, nas novas regras dos concursos que se aproximam: acabar com o
QZP's; obrigar os professores a 25 agrupamentos e a 4 zonas. Que pretendem
eles com isto? Pois eu digo-vos: ARMAR CONFUSÃO!; colocar os professores,
com a sua vida mais ou menos estabilizada, longe de casa; separar famílias,
desmotivar a classe docente.
Mas nós não vamos permitir a tal aberração. Por isso, no dia 8 DE NOVEMBRO
DE 2008, sejamos todos e a uma só voz uma chama, A TOCHA DA UNIÃO (tal como
a olímpica). Por vezes é necessário darmos o braço a torcer.
SÓ ASSIM, TENHO A CERTEZA, VAMOS VENCER!
Um abraço a todos
O professor
MIGUEL BELINHO (aquele que em 8 de Março, foi primeira página do JN)

PS (post escriptum) - Reencaminhem a todos os colegas e mais algum. Eu já
fiz a minha parte!

Para os departamentos - ATENÇÃO!!!

Caros colegas,

Ando, há já algum tempo, a vasculhar o Código do Procedimento Administrativo (CPA). Deparei-me, recentemente, com duas situações graves. De acordo com o raciocínio (que vou apresentar e fundamentar), a ADD, nos presentes moldes, poderá ter os dias contados. Cá vai:

Comecemos por atender ao que diz os artigos 3º e 4º do CPA, que nos servem de introdução:


Artigo 3º

Princípio da legalidade

1 - Os órgãos da Administração Pública devem actuar em obediência à lei e ao direito, dentro dos limites dos poderes que lhes estejam atribuídos e em conformidade com os fins par que os mesmos poderes lhes foram conferidos.


Artigo 4º

Princípio da prossecução do interesse público

Compete aos órgãos administrativos prosseguir o interesse público, no respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos.



Ora, quando chegamos aos artigos 6º e 6ºA, já vou fazer alguns realces:



Artigo 6º

Princípios da justiça e da imparcialidade

No exercício da sua actividade, a Administração Pública deve tratar de forma justa e imparcial todos os que com ela entrem em relação.



Artigo 6º-A

Princípio da boa fé

1 - No exercício da actividade administrativa e em todas as suas formas e fases, a Administração Pública e os particulares devem agir e relacionar-se segundo as regras da boa fé.

2 - No cumprimento do disposto nos números anteriores, devem ponderar-se os valores fundamentais do direito, relevantes em face das situações consideradas, e, em especial:

a) A confiança suscitada na contraparte pela actuação em causa;

b) O objectivo a alcançar com a actuação empreendida.



Parece ter ficado bem claro, pela leitura dos artigos anteriores, que devemos sempre assegurar a imparcialidade em todos os actos.

Aqui é que está o busílis da questão! Ora vejam:

Os coordenadores têm quotas próprias para acederem ao Muito Bom e ao Excelente, certo? (Resposta: CERTO);
Os restantes professores, incluindo os titulares em quem foram delegadas competências de avaliador, têm outras quotas, certo? (Resposta: CERTO);
Então, quer dizer, que se eu for avaliado por um colega no qual o coordenador delegou competências, eu e ele concorremos às mesmas quotas, certo? (Resposta: CERTO)

E não haverá aqui, por acaso, um conflito de interesses? Como pode este avaliador garantir a imparcialidade e suscitar confiança na contraparte? Até pode ser muito boa pessoa, não duvido, mas estes princípios têm de ser garantidos, legalmente!

Então, o que se pode fazer?

SOLUÇÃO 1: acabam com as quotas e está o caso resolvido (acham que o ME vai nesta!? Eu também não, por isso, avancemos!)

SOLUÇÃO 2: Pela leitura do artigo 44º do CPA, sobretudo do que vou realçar:



SECÇÃO IV

Das garantias de imparcialidade

Artigo 44º

Casos de impedimento

Nenhum titular de órgão ou agente da Administração Pública pode intervir em procedimento administrativo ou em acto ou contrato de direito público ou privado da Administração Pública nos seguintes casos:

a) Quando nele tenha interesse, por si, como representante ou como gestor de negócios de outra pessoa;

b) Quando, por si ou como representante de outra pessoa, nele tenha interesse o seu cônjuge, algum parente ou afim em linha recta ou até ao 2º grau da linha colateral, bem como qualquer pessoa com quem viva em economia comum;

c) Quando, por si ou como representante de outra pessoa, tenha interesse em questão semelhante à que deva ser decidida, ou quando tal situação se verifique em relação a pessoa abrangida pala alínea anterior;

d) Quando tenha intervindo no procedimento como perito ou mandatário ou haja dado parecer sobre questão a resolver;

e) Quando tenha intervindo no procedimento como perito ou mandatário o seu cônjuge, parente ou afim em linha recta ou até ao 2º grau da linha colateral, bem como qualquer pessoa com quem viva em economia comum;

f) Quando contra ele, seu cônjuge ou parente em linha recta esteja intentada acção judicial proposta por interessado ou respectivo cônjuge;

g) Quando se trate de recurso de decisão proferida por si, ou com a sua intervenção, ou proferida por qualquer das pessoas referidas na alínea b) ou com intervenção destas.

2 - Excluem-se do disposto no número anterior as intervenções que se traduzam em actos de mero expediente, designadamente actos certificativos.



O avaliador, em quem foram delegadas competências, tem em mãos um caso de impedimento, uma vez que por si (é candidato às mesmas quotas) tem interesse no acto. Deve, por isso, dar cumprimento ao estipulado no artigo 45º, particularmente o que vem realçado:



Artigo 45º

Arguição e declaração do impedimento

1 - Quando se verifique causa de impedimento em relação a qualquer titular de órgão ou agente administrativo, deve o mesmo comunicar desde logo o facto ao respectivo superior hierárquico ou ao presidente do órgão colegial dirigente, consoante os casos.

2 - Até ser proferida a decisão definitiva ou praticado o acto, qualquer interessado pode requerer a declaração do impedimento, especificando as circunstâncias de facto que constituam a sua causa.

3 - Compete ao superior hierárquico ou ao presidente do órgão colegial conhecer a existência do impedimento e declará-lo, ouvindo, se considerar necessário, o titular do órgão ou agente.

4 - Tratando-se do impedimento do presidente do órgão colegial, a decisão do incidente compete ao próprio órgão, sem intervenção do presidente.



O que acarretará o estipulado no artigo 46º:



Artigo 46º

Efeitos da arguição do impedimento

1 - O titular do órgão ou agente deve suspender a sua actividade no procedimento logo que faça a comunicação a que se refere o n.º 1 do artigo anterior ou tenha conhecimento do requerimento a que se refere o n.º 2 do mesmo preceito, até à decisão do incidente, salvo ordem em contrário do respectivo superior hierárquico.

2 - Os impedidos nos termos do artigo 44º deverão tomar todas as medidas que forem inadiáveis em caso de urgência ou de perigo, as quais deverão ser ratificadas pela entidade que os substituir.



O presidente do CE, seguindo a lei, e para dar cumprimento ao artigo 47º, só vai conseguir substituir o avaliador pelo coordenador! Vai ser lindo, vai!



Artigo 47º

Efeitos da declaração do impedimento

1 - Declarado o impedimento do titular do órgão ou agente, será o mesmo imediatamente substituído no procedimento pelo respectivo substituto legal, salvo se o superior hierárquico daquele resolver avocar a questão.

2 - Tratando-se de órgão colegial, se não houver ou não puder ser designado substituto, funcionará o órgão sem o membro impedido.



Agora prestem atenção aos artigos 48º e 49º, mais uma vez realçando o mais importante:



Artigo 48º

Fundamento da escusa e suspeição

1 - O titular de órgão ou agente deve pedir dispensa de intervir no procedimento quando ocorra circunstância pela qual possa razoavelmente suspeitar-se da sua isenção ou da rectidão da sua conduta e, designadamente:

a) Quando, por si ou como representante de outra pessoa, nele tenha interesse parente ou afim em linha recta ou até ao 3º grau de linha colateral, ou tutelado ou curatelado dele ou do seu cônjuge;

b) Quando o titular do órgão ou agente ou o seu cônjuge, ou algum parente ou afim na linha recta, for credor ou devedor de pessoa singular ou colectiva com interesse directo no procedimento, acto ou contrato;

c) Quando tenha havido lugar ao recebimento de dádivas, antes ou depois de instaurado o procedimento, pelo titular do órgão ou agente, seu cônjuge, parente ou afim na linha recta;

d) Se houver inimizade grave ou grande intimidade entre o titular do órgão ou agente ou o seu cônjuge e a pessoa com interesse directo no procedimento, acto ou contrato.

2 - Com fundamento semelhante e até ser proferida decisão definitiva, pode qualquer interessado opor suspeição a titulares de órgãos ou agentes que intervenham no procedimento, acto ou contrato.



Artigo 49º

Formulação do pedido

1 - Nos casos previstos no artigo anterior, o pedido deve ser dirigido à entidade competente para dele conhecer, indicando com precisão os factos que o justifiquem.

2 - O pedido do titular do órgão ou agente só será formulado por escrito quando assim for determinado pela entidade a quem for dirigido.

3 - Quando o pedido for formulado por interessados no procedimento, acto ou contrato, será sempre ouvido o titular do órgão ou agente visado.




Acontece que, no ponto 1, do artigo 48º, onde se lê “ O titular de órgão ou agente deve pedir…” deve entender-se que “O titular de órgão ou agente tem de pedir…”. Quem o diz é o artigo 51º:



Artigo 51º

Sanção

1 - Os actos ou contratos em que tiverem intervindo titulares de órgão ou agentes impedidos são anuláveis nos termos gerais.

2 - A omissão do dever de comunicação a que alude o artigo 45º, n.º 1, constitui falta grave para efeitos disciplinares.



Ter-me-á escapado alguma coisa?

É que, se não escapou, o melhor ainda está para vir. Ora vejam só:



As notas dos alunos contam para a nossa avaliação, certo? (Resposta: CERTO)
Então, nós somos parte interessada no acto (=reuniões de avaliação) de atribuição das notas, certo? (Resposta: CERTO)
E não haverá aqui, por acaso, um conflito de interesses? Como podemos nós garantir a imparcialidade e suscitar confiança na contraparte (=Enc.Educação)? Até podemos ser muito boas pessoas, sem dúvida, mas estes princípios têm de ser garantidos, legalmente!

Então, o que se pode fazer?

SOLUÇÃO 1: as notas dos alunos deixam de contar para anossa avaliação e está o caso resolvido (Mais uma vez pergunto: acham que o ME vai nesta!? Talvez, vamos ver!)

SOLUÇÃO 2: ( A partir daqui só iria repetir-me. Mas estão a ver a situação se todos declararmos impedimento para atribuir notas? Por vocês não sei, mas eu não ter sanção disciplinar no meu registo biográfico, portanto, VOU DECLARAR IMPEDIMENTO!)



Terminei, para já, pois ando aqui a matutar noutra.

Abraços,

Joaquim Mota

EB 2,3 de Lamaçães

Manifs a 8 e a 15!

*O MUP apoia o dia 8, por ser UMA manifestação de professores.
O MUP mobiliza para o dia 15 de Novembro, por ser **"A"** manifestação dosprofessores.*
Caros colegas,
A POSIÇÃO OFICIAL DO MUP: NOSSOBLOGUE<http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/>!
HAVERÁ MESMO DUAS MANIFESTAÇÕES: Dia 8 e DIA 15.
Tal como se pode ler noComunicado<http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/10/comunicado-do-mup-31-10-2008.html>,"*os professores manifestar-se-ão em Lisboa, no dia 8 de Novembro, numamanifestação que terá todo o nosso apoio.*
*No entanto, muitos (os mesmos e outros) estarão, de forma livre eespontânea, no dia 15, reforçando a luta apenas contra a desastrosa políticada educação e contra os três pilares em que assenta: o ECD e tudo o que deledecorre, como a divisão da classe em duas categorias e o actual sistema deavaliação, o modelo de gestão e a degradação da qualidade da escolapública."*
* *
*Constituição de uma FRENTE NACIONAL DE LUTA, com todos os activistasDISPONÍVEIS PARA A LUTA!*
SÓ ASSIM, CONSEGUIREMOS DERROTAR O MONSTRO!
*MUP*
*NOTA: *FIZEMOS AS PONTES COM TUDO E COM TODOS… A HISTÓRIA NÃO SE COMPADECECOM HESITAÇÕES E COM MEDOS, TENHAM ELAS AS CONSEQUÊNCIAS QUE TIVEREM…
*PASSA ESTA MENSAGEM **AOS** COLEGAS, PARA QUE A NOSSA LUTA SAIA REFORÇADA.*
Abraço
Ana Teresa

Os docentes têm vocação para eunucos?

Os docentes têm vocação para eunucos?
O governo avançou com um Novo Estatuto da Carreira Docente para legitimar a tirania que já vinha a fumegar em lume brando, mas os professores não se revoltaram, aceitando o novo estatuto como se fosse inevitável. O que fizeram os sindicatos? Os barulhos do costume. De seguida, começa a enxurrada legislativa que visa apenas amansar a classe docente e fazer sair menos dinheiro dos cofres do estado. Os professores, pela mão paterna da Fenprof, juntam-se em Lisboa aos milhares e enervam a ministra, até aí praticamente imperturbável. O que faz a Fenprof? Cospe nos 120 mil professores que rumaram à capital, assinando um acordo (dentro de aspas, como eles gostam de lembrar) garantindo que só assim podiam salvaguardar as aspirações dos professores contratados de não serem penalizados no concurso deste ano.(...)
Neste momento, e a ministra tem-no afirmado ad nauseam, há professores empenhadíssimos em levar a cabo esta avaliação. Não podemos esquecer o poema do Zeca Afonso, em epígrafe, pois é uma lição sobre a natureza humana: enquanto uns professores levantam a voz em protesto, outros, que sabem que a avaliação - lhes será favorável (dado serem artistas do mesmo circo onde Sócrates aprendeu a fazer política ‘fogo-de-vista’) regozijam-se em ver a ministra a cortar a classe às fatias, lambuzando a senhora de servilismo canino.
Fonte: www.sinistraministra.blogspot.com/2008/11/por-noel-petinga-leopoldo.html
INFORMAÇÕES ÚTEIS:
- SÃO JÁ 557 AS ESCOLAS QUE CONTESTAM A AVALIAÇÃOUM EXEMPLO A SEGUIR!Lista de Escolas que contestam o Modelo de Avaliação
- Sábado, 1 de Novembro de 2008UM COMENTÁRIO DE "LOBOS E CORDEIROS"Para aqueles que têm memória curta!
VER: www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
- 15 DE NOVEMBRO, UMA DATA PARA A HISTÓRIA (CARTAZES PARA DIVULGAÇÃO NAS ESCOLAS)
www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/10/15-de-novembro-uma-data-para-histria.html
Abraço
Ana Teresa
MUP, Movimento de Professores
Divulgue sff
Passe a Palavra!

'Plataforma quer manter o Entendimento com MLR'

'Plataforma quer manter o Entendimento com MLR'

Imagem: SPLEU


"Plataforma mantém o Entendimento com MLR! Os Movimentos não! As duas manifestações mantêm-se! Dia 8, a convite dos sindicatos! Dia 15, por exigência dos Professores! Plataforma separou as águas e ficou claro que não quer misturas! Mário Nogueira, ao Correio da Manhã, já o tinha dito de uma forma inequívoca, quando referiu “A nossa manifestação é dia 8 e quem quiser vir, venha que faz falta. ‘(...)". Está tudo dito! Os Professores pediam mais aos seus legítimos representantes, eleitos por eles, a quem pagam as suas quotas! Mas não! Do alto do seu poder, sentindo-se ameaçados com a força dos Movimentos, não pensaram nos Professores e não se esforçaram por encontrar objectivos de luta comuns, capazes de reunir, numa só manifestação, 140 mil professores! Mas, a verdade, é que eles também não nos querem lá a todos! No fundo, apenas pretendem contar mais cabeças que no dia 15 de Novembro! É para isso que servimos! Somos números ordenados para a contagem final! Os Movimentos, esses, deram prova de bom senso, não fazendo campanha contra o dia 8, mas apelando à participação de TODOS no dia 15! Fizeram-no, porque sabem o que custa estar na escola dia e noite, operacionalizar o impossível de operacionalizar, preencher grelhas, planificações, avaliações, aulas, materiais, actividades e um sem número de tarefas que nos mantêm concentrados em nós próprios e, cada vez menos, nos nossos alunos! Os Movimentos mostraram quais os objectivos da luta que travam! Agora nós, que somos, simplesmente, Professores, temos de fazer uma opção: ou vamos às duas ou optamos por uma delas! Na manifestação do dia 8, seremos apenas um número que servirá, exclusivamente, para encher o ego dos sindicatos e, mais importante, para LEGITIMAR O ENTENDIMENTO ASSINADO ENTRE MLR E A PLATAFORMA SINDICAL! A Senhora Ministra não precisará ficar preocupada! E nem está! Tem, calmamente, referido para quem ainda a consegue ouvir, que os Sindicatos assinaram um acordo e que, portanto, NADA será alterado até Julho de 2008! E alguém duvida de que a avaliação será feita se dermos força à Plataforma? Só com uma manifestação independente que reúna os Professores que na escola, de facto, estão atolados em papéis sem nexo, poderemos mostrar que sem nós, não há avaliação absurda capaz de ser implementada! É a nossa voz que forçará MLR! Nunca a voz da Plataforma, tal como está provado ao longo destes três anos! Podemos até ir a oito! Podemos até novamente ser 100 mil ou mais! Estejam certos que, depois, NADA voltará a acontecerá! Por isso, me sinto violentado quando os sindicatos, mesmo assim, não hesitam em me chamar para me manifestar e dizer “ sim, senhor…continuem…aqui estou eu a contribuir para a vossa representatividade”! É como se sentisse a espinha a vergar, devagarinho! Com a minha cabeça, eles não contarão! Dia 15, sim! Estarei lá, de cabeça erguida, soltando gritos de revolta contida contra MLR, contra a sua política educativa! Agora, cada Professor terá de fazer a sua escolha! De forma lúcida e bem consciente! De forma a ficar de consciência tranquila! De forma a contribuir, de facto, para a manifestação de repúdio pelo sistema caótico instalado nas escolas e para a sua rápida alteração.

Olhem que depois de 15 não há mais nenhuma manifestação marcada… Só grelhas! Só aulas assistidas! Só objectivos! Só…e só! Agora, decidam!

Se pensas estar presente no dia 15, tens um papel importante a desempenhar na tua escola, junto dos teus amigos e colegas! Informa-os! Imprime todos os textos que consideres importantes e divulga-os! Manda-os por correio electrónico! Organiza a viagem! De carro, de autocarro, de comboio! Mobiliza! Motiva! Fá-lo por ti e por todos nós! Os sindicatos já vimos o que são capazes de fazer! E nós? Seremos nós capazes de agir de forma livre e independente? Dia 15 de Novembro, sem sombra de dúvida!" (Autor devidamente identificado)

www.sinistraministra.blogspot.com/2008/11/plataforma-quer-manter-o-entendimento.html

15 de Novembro - Lisboa - Marquês - 14H

Do Marquês até S. Bento!

O MUP organiza a Manifestação de 15 de Novembro.

Consulte! Divulgue!

Diariamente!

www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/


MUP - Movimento (Mobilização) e Unidade dos Professores

Abraço

Ana Teresa
MUP

Manifestação única?

Caros(as) colegas:
Felizmente, houve bom senso: vamos ter MANIFESTAÇÃO ÚNICA NO DIA 8! A união faz a força!!!
Agora, só temos que comparecer, mostrando que sabemos lutar unidos pela nossa dignidade e por uma verdadeira melhor Escola.
Se e a manifestação tiver um nº igual (ou superior) ao da manifestação de Março... venceremos esta JUSTA luta!

Leiam estas duas notícias.

Jornal O PÚBLICO

Depois de mais de 24 horas de negociaçõesProfessores com manifestação nacional única no dia 831.10.2008 - 16h54 Graça Barbosa Ribeiro
Depois de mais de 24 horas de negociações, os representantes de movimentos independentes de professores e a FENPROF (Federação Nacional de Professores) entenderam-se - não haverá duas, mas apenas "uma única e grande manifestação nacional", no dia 8 de Novembro, a data que havia sido determinada pela Plataforma Sindical.
"Neste momento, e face à situação em que vivem os professores, a unidade é demasiado importante", sustentou Mário Machaqueiro, coordenador da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, um dos três movimentos que estavam a organizar a manifestação de dia 15.
Para chegarem a acordo, explicou, os líderes dos movimentos prescindiram daquilo que antes consideravam essencial, a denúncia, por parte da Plataforma Sindical, do memorando de entendimento estabelecido com o Ministério da Educação. Em contrapartida, explicou, a Federação Nacional de Professores (que integra a plataforma) aceitou subscrever um comunicado conjunto em que se afirma os "sucessivos incumprimentos do memorando", por parte do ministério, "o esvaziam de conteúdo", "praticamente" (http://apede.blogspot.com).
Hoje à noite, os representantes dos movimentos independentes de defesa dos professores vão encontrar-se para determinarem que acções serão desenvolvidas no dia 15, uma data que não querem que seja "esvaziada de sentido", disse Machaqueiro. Uma das possibilidades é a organização de manifestações regionais.

Diário de Notícias PEDRO SOUSA TAVAREShttp://dn.sapo.pt/2008/11/01/sociedade/guerra_a_avaliacao_quase_escolas.html
Guerra à avaliação em quase cem escolas
Educação. Cada vez mais professores de agrupamentos e escolas isoladas assumem-se contra a avaliação. A ministra disse ontem que os protestos se resumem a alguns professores, mas até a presidente da melhor pública do ano a contraria
Professores dizem que estão prontos para não progredir
De norte a sul, 92 escolas e agrupamentos, segundo uma lista elaborada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), já tomaram posição, em reuniões e moções de professores, pedindo a suspensão da avaliação. E os sindicatos e movimentos independentes do sector afirmam que esta é só a ponta do icebergue.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou ontem, em Anadia, que a contestação se resume a alguns professores e não às suas escolas: "Há professores que não querem ser avaliados e já o sabemos há muito tempo, mas o País não entenderá que os professores sejam uma classe à parte, pelo que terão de estar sujeitos a regras", disse.
Melhor pública do ano na lista
A verdade é que não foi preciso procurar muito para encontrar uma presidente de conselho executivo que desmentisse essa leitura dos factos. Precisamente a que lidera a Escola Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra, a melhor pública do ano segundo os rankings publicados esta semana pelo DN, e uma das 92 com moções contra a avaliação.
"Não é verdade que os professores não queiram ser avaliados. Querem é ter outra avaliação. Não esta, que só lhes está a tirar tempo para ensinarem", disse ao DN Rosário Gama. "Na minha escola, 90 assinaram. Só não assinaram três que não estiveram na reunião. Eu não o fiz porque, nas minhas funções, nunca poderia recusar--me a avaliar um professor que o quisesse. Mas como professora teria assinado e aplicado a decisão", disse, acrescentando "não ter dúvidas" de que muitos pedidos de aposentação na sua escola decorrem deste caso.
"Prontos" para consequências
Ontem, a ministra da Educação lembrou também o que acontecerá a quem rejeitar a avaliação: "A consequência imediata é que, não sendo avaliado, o professor não reúne as condições para progredir na carreira", avisou. Mas os sindicatos e movimentos dizem que os professores estão preparados para tudo.
"O que a senhora ministra disse está na lei [Estatuto da Carreira Docente] e os professores conhecem-na", disse ao DN José Ricardo, vice-secretário-geral da FNE. "Os professores estão prontos a assumir esse risco, tal como sabem que quando fazem greve não vão receber esse dia. A senhora ministra é que, limitando-se a esse tipo de comentários, parece estar a assobiar para o lado, a fazer de conta que não vê", acusou . "Desde o início que avisámos que este modelo, além de injusto, é irrealizável. E isso está a verificar-se agora nas escolas, onde o descontentamento é geral, dos conselhos executivos aos próprios avaliadores. O que dirá a ministra se, daqui a alguns meses, 70% ou 80% dos professores tiverem tomado esta decisão?"
"Isto é uma bola de neve que está a crescer todos os dias", acrescentou Mário Machaqueiro, da Associação de Professores em Defesa da Educação, um dos vários movimentos independentes de docentes que surgiram nos últimos meses. "Não duvido que rapidamente terá dimensões nacionais. Convém lembrar que só estamos no 1.º período de aulas.
Os blogues como motor da intervenção dos professores
Blogosfera. Do humor à denúncia de casos concretos, são cada vez mais as páginas criadas
Quando começou a fazer cartoons protagonizados pela ministra da Educação e os seus secretários de Estado, Antero Valério, professor de Artes e Multimédia no ensino secundário, "nunca" pensou que se tornaria numa referência da classe.
"Comecei a fazer desenhos na escola, que mostrava aos meus colegas. Alguns foram tirando fotocópias. Quando dei por mim, estava a receber e-mails com as minhas tiras vindos de todo o País. Foi aí que decidi criar o blogue Anterozóide [antero. wordpress. com]", conta o professor, que se prepara para lançar um livro com base nestes trabalhos. "Será uma edição própria. Para já, serão mil exemplares", mas vamos ver como corre".
Nos últimos anos, a blogosfera foi literalmente invadida de páginas pessoais de professores, com os problemas da educação como pano de fundo. Da denúncia (A Educação do meu Umbigo, de Paulo Guinote) à comédia leve de Antero Valério, há blogues para todos os gostos, onde um caso passado numa pequena escola pode ganhar dimensão nacional e onde se podem discutir e seleccionar previamente os temas dos cartazes e autocolantes que se vão levar à próxima manifestação.
Os blogues tiveram também um papel decisivo na criação e divulgação de muitos movimentos independentes de professores que, de outra forma, teriam conhecido dificuldades em ganhar expressão. Hoje, nem os principais sindicatos dispensam a sua consulta."Se calhar, parte da explicação dos 100 mil que estiveram na manifestação [de Março] está nos blogues", diz o professor cartoonista. - P.S.T.
Fenprof e movimentos juntos em manifestação
Avaliação. Partes puseram diferenças de lado para dar força à 'manif' de dia 8
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e três dos principais movimentos independentes do sector - a Associação de Professores em Defesa da Educação (APEDE), o Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) e a PROmove - divulgaram ontem um comunicado conjunto onde anunciaram ter posto de lado as divergências que têm marcado o seu relacionamento nos últimos tempos em nome da "necessidade de enfrentar a ofensiva sobre a escola pública", que dizem estar a ser movida pelo Governo.
A principal consequência deste entendimento é a adesão destas estruturas à manifestação nacional do próximo dia 8 de Novembro, em Lisboa, convocada pela "plataforma" de sindicatos do sector. Os movimentos, que tinham agendado um protesto próprio para dia 15, não afastam a possibilidade de manterem alguma acção nesse dia, mas à partida, segundo disse ao DN Mário Machaqueiro, da APEDE, "já não deverá ser uma manifestação".
Nas últimas semanas, o diálogo entre as partes chegou a extremar-se, com os movimentos a responsabilizarem os sindicatos pelo "memorando de entendimento" assinado em Abril com o Ministério da Educação, que permitiu a avaliação simplificada de 12 mil professores no último ano lectivo e a generalização do modelo este ano, embora ainda sob forma experimental. Mário Nogueira, secretário--geral da Fenprof, tinha por seu turno acusado estes grupos de promoverem um discurso "anti-sindical", que cultivava "divisões" entre os professores.
"Nós mantemos a intenção de apontar críticas aos sindicatos sempre que nos pareça que a sua actuação é questionável", frisou Mário Machaqueira. "Mas considerámos que, na situação actual, com o que está a acontecer nas escolas com a avaliação, é oportuno que se enfrentem as políticas ministeriais numa base de unidade", explicou.
O presidente da direcção da APEDE destacou também o "o empenho que os sindicatos têm demonstrado para ouvir os problemas dos professores nas escolas".
O DN tentou, sem sucesso, falar com a Fenprof. - P.S.T.

A maçã envenenada em reposição

A maçã envenenada em reposição
Kaos
Recebi num mail estra transcrição de uma intervenção do António Costa (PS e Presidente da Câmara de Lisboa) na Quadratura do Circulo:
'Quer o governo quer os sindicatos precisavam deste acordo e dele rapidamente!Porquê?Porque o que nós verdadeiramente tivemos aqui foi algo que transcendeu o governo e transcendeu os sindicatos! Quer o governo quer os sindicatos foram apanhados de surpresa em todo este processo. As primeiras manifestações, como todos nos recordamos, foram convocadas espontaneamente. Aquela manifestação excedeu em muito a capacidade de mobilização sindical. Os sindicatos fizeram um esforço colossal para procurar enquadrar rapidamente aquele movimento. Aquele movimento tinha uma natureza espontânea e o mal-estar que existe em muitas escolas e nos professores transcende, em muito, o que está em cima da mesa das negociações! ‘

Distraiu-se e disse aquilo que me parecia evidente. Os sindicatos assustaram-se com a força que a sua classe lhes dava e ficaram sem saber o que fazer com tanto poder. Sentiram que tinham que rapidamente "enquadrar" aquela luta e a Sinistra logo lhes deu a mão. Não para os salvar a eles, mas a ele própria que se deve ter imaginado a ser recambiada para dar aulas numa escola publica na Musgueira ou na Cova da Moura. (Claro que todos sabemos que haveria sempre uma secretária num ministério para lhe evitar o incomodo, mas dá sempre prazer imaginar estas situações). Estendeu a maça do memorando de entendimento e o sindicato trincou com toda a força. Ganhou folego a Bruxa e descansou o Sindicato.Agora que os professores começam de novo a levantar a sua voz o sindicato tudo faz para desvalorizar esse movimento, esvaziá-lo da sua força e tentar não ser ultrapassado de novo pela vontade e luta daqueles que devia representar. A Sinistra bruxa, essa lá vai envenenando mais uma maça para tentar a Branca de Neve. Cabe aos professores mostrar a sua vontade e recusar que outros assinem aquilo que não desejam. Cabe aos professores mostrarem a sua força e fazerem tremer o poder. É altura de todos encherem Lisboa no dia 15 de Novembro.
Ver
www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com/2008/10/maa-envenenada-em-reposio.html

TODOS NO DIA 8 DE NOVEMBRO

Divulga e apela à continuação da inscrição de professores e educadores
na Grande Manifestação de 8 de Novembro
TODOS NO DIA 8 DE NOVEMBRO
EM UNIDADE, OS PROFESSORES SERÃO MAIS FORTES PARA DERROTAREM A POLÍTICA EDUCATIVA DO GOVERNO
A FENPROF saúda o facto de ter sido possível chegar a acordo com três movimentos (APEDE, MUP e PROMOVA) no sentido de se realizar apenas uma grande iniciativa nacional de Professores - Plenário seguido de Manifestação, com trajecto ainda a definir - no dia 8 de Novembro. A FENPROF regista o tom construtivo e de procura de consensos e soluções que caracterizou a reunião do dia 29 de Outubro, sem prejuízo das diferenças de opinião e de análise críticas de parte a parte.
A Fenprof tudo fará para manter em aberto todas as vias de diálogo com a certeza de que a unidade de todos os professores e educadores num momento particularmente difícil assim o exige.
O Secretariado Nacional da FENPROF.
Declaração Conjunta – FENPROF - MOVIMENTOS
A Federação Nacional dos Professores, FENPROF, representada por alguns elementos do seu Secretariado Nacional, e 3 Movimentos de Professores (APEDE, MUP e Promova), representados por alguns professores mandatados para o efeito, reuniram na noite do dia 29 de Outubro de 2008, em Lisboa, com o objectivo de trocarem impressões sobre a situação que se vive hoje nas escolas portuguesas, as movimentações de professores que resultam da necessidade de enfrentar a ofensiva sobre a escola pública (e os professores em concreto) que este Governo continua a desenvolver e, concretamente - conforme constava da iniciativa que estes 3 Movimentos tomaram ao solicitar este encontro à FENPROF - , serem explicitados os motivos que levaram à convocatória de uma iniciativa pública de professores marcada para o próximo dia 15 de Novembro.
Em relação à análise da situação hoje vivida nas escolas portuguesas, às causas e objectivos dos grandes factores de constrangimento a uma actividade lectiva encarada e desenvolvida com normalidade, e à ideia de ser imprescindível pôr cobro de imediato aos principais eixos da política educativa levada a cabo por este Governo, verificou-se uma grande convergência de opiniões entre todos os presentes, nomeadamente quanto:
· à mensagem que é necessário transmitir, para todos os sectores da sociedade civil, de que a luta actual dos professores não é movida por meros interesses corporativos, já que reflecte antes uma profunda preocupação com o futuro da escola pública e com as condições indispensáveis a uma dignificação da profissão docente enquanto factor indispensável a um ensino de qualidade
· ao repúdio, veemente e inequívoco, deste modelo de avaliação do desempenho docente, à necessidade de incentivar e apoiar todas as movimentações de escola que conduzam à suspensão imediata da sua aplicação e à urgente perspectiva de se abrirem negociações sobre outras soluções alternativas, que traduzam um novo modelo de avaliação, tanto mais que sucessivos incumprimentos do ME do memorando de entendimento que foi forçado a assinar no ano lectivo anterior com a Plataforma de Sindicatos praticamente o esvaziam de conteúdo e a delirante investida na alteração da legislação sobre concursos mais não faz do que confirmar
. à recusa dos princípios fundamentais em que assenta o Estatuto de Carreira Docente imposto pelo ME aos professores, nomeadamente a criação de duas carreiras, a hierarquização aí estabelecida e os constrangimentos ao acesso e à progressão na carreira, apontando-se também a divisão arbitrária e injusta da carreira como um factor que condiciona e desacredita as soluções ao nível de avaliação do desempenho docente e não só, pelo que urge a abertura de processos negociais tendentes à sua profunda revisão;
· à rejeição de um modelo de gestão e administração escolares que visa, essencialmente, o regresso ao poder centralizado de uma figura que foge ao controlo democrático dos estabelecimentos de ensino e se assume unicamente como representante da administração educativa nas escolas.
Por último, os representantes das estruturas, assim reunidos, reafirmam a sua intenção de tudo fazerem no sentido da convergência das lutas, para incrementar e reforçar a unidade entre todos os professores e em defesa da Escola Pública.
Lisboa, 30 de Outubro de 2008
FENPROF
APEDE/MUP/PROmova

Mais de 500 escolas protestam!

EXACTAMENTE! VAMOS TODOS DAR AS MÃOS, FAZER DAS TRIPAS CORAÇÃO E PEDIR
DESCULPA À FAMÍLIA, FILHOS, AMIGOS....VOLTAMOS JÁ! …..MAS TEMOS QUE LUTAR
PELO FUTURO DO ENSINO E DOS NOSSOS FILHOS!



MOBILIZAR! RESISTIR! LUTAR!


Já são mais de 80 as tomadas de posição enviadas ao Presidente da

República, ao Primeiro Ministro, ao ministério e à Assembleia da República

- abaixo assinados em que se descreve a impossibilidade, ilegalidade,

inutilidade, etc. deste modelo de avaliação e a recusa dos seus professores

em continuar.



Mas como cada agrupamento tem em média 9 escolas, são já mais de 500 as

escolas e o número está sempre a aumentar.



Está a ser muito sério e a criar muito impacto.



A Sinistra está por um pelo... só o Sócrates ainda a segura.



Manifestação de Professores dia 15 é para arrasar ...