2.15.2004

Milícias Populares de vigilância nocturna - a solução?



Aí está o que se temia. Face à falta de resposta das polícias, a toda a hora "fintadas" pelos criminosos, os populares começam a organizar-se e a patrulhar as ruas. Começou no Norte mas rápidamente se irá espalhar por todo o país.
Nada que não nos tivessemos lembrado de fazer aqui mesmo em Seia. Há coisa de 2 anos a criminalidade era tal que os assaltos ocorriam todas as semanas. Ao contrário do que defende Pimentel no jornal de Sta Marinha é óbvio que a GNR de Seia não tem a menor hipótese de dar resposta à criminalidade crescente. Prova-o há anos a esta parte. Em 3 semanas 2 lojas de produtos regionais foram assaltadas com prejuízos superiores a 5000 contos. Na noite passada foi assaltada mais uma loja de roupas bem no centro da cidade, ao lado do Café Bola de Neve, numa rua de um só sentido, em que seria extremamente fácil barrar a fuga aos assaltantes, se fossem vistos.Quem quiser levar a cabo um assalto em Seia - e generalizadamente em todo o lado - fá-lo, e pronto.
A GNR de Seia - um subcomando de Gouveia - não tem carros patrulha nem homens em quantidade para cobrir o 2º maior concelho do distrito.
Mas também não seria necessário. Bastava que se patrulhasse bem Seia e S. Romão, onde se encontram as lojas com mercadorias de maior valor e que são, portanto, as que atraem criminosos.
Sabemos bem que não podem ser constituídas legalmente quaisquer tipos de milícias armadas, como está a acontecer no norte. Nem é disso que se trata aqui.
Mas ninguém pode impedir os cidadãos livres de defenderem os seus bens, mantendo uma vigilância nocturna - formalmernte desarmada.
Mas depois perguntamos nós: terá que ser a sociedade civil a substituir as forças para cuja manutenção e formação vai boa parte dos nossos impostos? É evidente que não.
Assim sendo, cabe às Forças da Ordem dar resposta ao sentimento geral de insegurança que volta a instalar-se na nossa cidade.
Se não... não se sabe o que pode acontecer.

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