12.07.2003

Médicos já não são deuses. Só os Juízes ainda o são

Bebé de três meses e meio morre depois de ter sido assistido duas vezes nas urgências de Portalegre
Um bebé de três meses e meio morreu a caminho do Hospital de Portalegre depois de já ter ido duas vezes às urgências. Das outras vezes, os médicos diagnosticaram uma bronquiolite, mas a criança viria a morrer com uma paragem cardio-respiratória. A família acusa os médicos de negligência.
SIC.

Antigamente as pessoas morriam e era azar nítido. Autópsias não se pediam, que parecia mal. Ficava tudo abafado, e muito assassino se safou por causa disso.
Era Deus(!) que tinha querido(!!!). Agora, já ninguém se resigna a essa condição de ovelha a caminho do matadouro. O médico já perdeu de todo o epíteto social de Deus, que continua apenas a ser apanágio dos Juízes. O tempo virá em que o juíz que prevarique seja obrigado a responder pelos seus actos. Neste momento estes magistrados ainda gosam de um estatuto de todo-poderosos e, por mais que errem, nada lhes acontece. Não é possível ainda pôr um juíz no banco dos réus por uma sentença claramente contrária ao mais elementar bom senso.
O tempo virá em que o juíz vá parar à cadeia, por cometer o crime repetido de condenar inocentes e absolver criminosos.

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