11.12.2003

Se tivesse ficado em casa a lavar a loucinha do jantar...

Uma Judite de Sousa completamente nervosa, excitada, à beira do descontrole fez ontem uma das piores entrevistas da sua carreira.
Questões banais, básicas, do tipo reality show, absolutamente broncas, sem sumo nem terreno para o entrevistado poder ao menos expôr claramente o seu pensamento, quanto mais sequer brilhar.
A mulher devia estar num daqueles dias em que as revistas mostram o bioritmo em baixo, ou então o horóscopo estava em carneiro com ascendente em autoclismo, porque aquilo foi, simplesmente, abaixo de cão.

Tão descontrolada estava a senhora que elevava frequentemente a voz acima da do entrevistado, nunca o deixando interromper uma frase sua, por mais previsível que fosse o seu desfecho.
Tinha que ir até à última sílaba com aquela desgraça de perguntas.
Por outro lado quase nunca deixou o entrevistado desenvolver uma linha de raciocínio, mesmo sobre a miséria das perguntas que lhe fazia. De tal forma que a SIC notícias, hoje, não conseguiu aproveitar um único excerto em que o desgraçado não fosse interrompido por ela.
Claro que tiveram que fazer um fade out nas interrupções dela a meio das respostas dele, e foi se quiseram mostrar alguma coisinha.

Quanto ao Ferro, ali, com aquele olhar de quem devia estar em Punta Cana há mais de 3 quinze dias, lá se calava para deixar a mulherzinha falar o que ela quisesse...

Aquilo foi uma falta óbvia de xanax, revelada naqueles milhentos e exagerados "senhor doutôte", que nem a Maria Rueff, desta vez, conseguiria caricaturar. Já era mesmo a caricatura, que ali esteve à nossa frente.

O engraçado é que em "senhor" ela nunca mete o execrável T final. Só em "doutôte".
Porque será?
Vai-se a ver, o psiquiatra da rua dela mudou para Telheiras...

Sem comentários: