Depois dos
helicópteros sem peças na década de 90 e dos submarinos sem armas na de
2000 só podem ser os carros de combate. Sem rodas. E assim Portas
cobrirá tudo: mar, ar e terra.
Regressando à Terra, são mais de 600 os sem abrigo que dormem diariamente nas ruas de Lisboa.
O triplo do número considerado "normal", se algo como esta tragédia portuguesa (e não grega) se pode considerar normal num país civilizado e europeu e sob "ajuda" e "assistência" externa.
Simultaneamente, aos fins de semana de inverno passam aqui por Seia, Serra da Estrela, a caminho da Torre, milhares - e repito: milhares - de BMS, Mercedes, Audis topos-de-gama, SUVs com menos de 2 anos, a maior parte deles conduzidos por jovens que não tiveram seguramente tempo de vida para ganhar os 60 a 120 mil euros que aqueles carros custam.
As gentes locais, que a isto assistem, questionam-se incrédulas: de onde vem tanto dinheiro? Quem deu àqueles miúdos e miúdas aquelas bombas? Os pais? As empresas dos pais? Ou fomos nós todos quem lhos deu através dos lautos vencimentos dos cargos públicos oferecidos aos pais e dos lugares não-executivos dos concelhos de administração das mega-empresas com as quais tiveram relações "na defesa do estado" e que os acolhem logo a seguir a sairem dos governos? Curiosamente, quando se vão verificar os casos que conhecemos é invariavelmente a última das hipóteses a correcta.
O triplo do número considerado "normal", se algo como esta tragédia portuguesa (e não grega) se pode considerar normal num país civilizado e europeu e sob "ajuda" e "assistência" externa.
Simultaneamente, aos fins de semana de inverno passam aqui por Seia, Serra da Estrela, a caminho da Torre, milhares - e repito: milhares - de BMS, Mercedes, Audis topos-de-gama, SUVs com menos de 2 anos, a maior parte deles conduzidos por jovens que não tiveram seguramente tempo de vida para ganhar os 60 a 120 mil euros que aqueles carros custam.
As gentes locais, que a isto assistem, questionam-se incrédulas: de onde vem tanto dinheiro? Quem deu àqueles miúdos e miúdas aquelas bombas? Os pais? As empresas dos pais? Ou fomos nós todos quem lhos deu através dos lautos vencimentos dos cargos públicos oferecidos aos pais e dos lugares não-executivos dos concelhos de administração das mega-empresas com as quais tiveram relações "na defesa do estado" e que os acolhem logo a seguir a sairem dos governos? Curiosamente, quando se vão verificar os casos que conhecemos é invariavelmente a última das hipóteses a correcta.
Num país com estas desigualdades sociais será minimamente justo
continuar a fazer pagar aos reformados de 300€ e aos pensionistas de
340€ - muitos deles a dormirem já nas ruas - a factura do empréstimo
bilionário da troika?
Quando se acabar o dinheiro emprestado o que vamos nós fazer? Recordo que já recebemos 90% do empréstimo. E esse dinheiro desapareceu de tal forma que se não secebermos a próxima mini-tranche de 2 mil milhões, não haverá dinheiro para as pensões e para as reformas, segundo PP Coelho. Haverá para tudo o resto incluindo para as PPPs e as swaps mas não haverá para as pensões, reformas e ordenados da F pública.
Será que continuando com a única medida de confiscar cada vez mais os
rdenados dos funcionários públicos, o governo não percebe que a classe
média vai deixar de trocar dinheiro, o que provocará de imediato a
catástrofe social com falências em catadupa e uma mega-explosão de
desemprego?
Cavaco perguntava: o que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal? Pelos vistos nunca lhe explicaram.
Eu pergunto: o que é preciso fazer para que nasça alguma inteligência a este governo? E gostava que me respondessem.
Sem comentários:
Enviar um comentário