- Menos 6 mil professores nas escolas relativamente ao ano passado,- Menos 12 mil a trabalhar de facto dentro das salas de aula (horários zero ou de 6 horas que é praticamente zero),
implica:
- trabalho a dobrar para quem tem horários normais - profs mais antigos que ao abrigo do art 79 deviam ser progressivamente aliviados de carga horária, mas verifica-se exactamente o contrário do que está plasmado na lei.
- e o estado a pagar subsídios aos professores que ficam fora das escolas.
Grande poupança e maior inteligência ainda, não haja dúvida!
1 comentário:
Recentemente assisti a uma conversa num grupo de convivas em que observei o sucesso da propaganda psicológica baseada no preceito do “eles” e “nós”, em que “eles” é o Estado e “nós” o setor privado. Concluí que deve existir um vasto conjunto da população cujos rendimentos são obtidos no setor económico privado, que está convencida que uma solução importante da salvação económica do país é a reestruturação do Estado através da redução significativa dos recursos humanos. Estas pessoas consideram que são o número excessivo de trabalhadores públicos e respetivos salários que contribuem para a tributação fiscal pesada. Confesso que assisti passivamente aos argumentos apresentados, porque a convicção psicológica e ideológica estava tão enraizada, que era inútil comentar para obrigar a refletir sobre como se sabe se é excessivo e que despesas é que pesam mais. É aflitivo verificar que essas pessoas não têm noção das consequências sociais gravosas se o tal ‘monstro’ do Estado deixar de existir: como viveriam os doentes, os velhos, as crianças e desempregados…
Dessa discussão, apenas reforcei a convicção da efemeridade da função pública, porque os próprios utentes consideram-na um encargo oneroso e inútil; neste contexto é impossível exercer o trabalho com produtividade, quando um conjunto significativo da sociedade que usufruiria desse trabalho o rejeita como benéfico.
Compreendo Quixote na sua luta contra os moinhos de vento…
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