11.10.2003

Uma história triste de uma cidade que não pode ser a nossa

Uma criança dos seus 10 anos vagueia pelas ruas da cidade há meses, entregue à sua sorte, enquanto a mãe, alegadamente prostituta, faz o seu negócio durante o dia.
A criança combina com a mãe encontros a determinada hora, em determinada pastelaria e, por vezes, chega a ficar 3 e 4 horas à espera que alguém a vá buscar. Muitas vezes não vem ninguém e a criança acaba por se ir embora, sozinha, para outro lado qualquer.

O menino tem aspecto normal, apesar de magro. Bem vestido, não passará fome, porque tem sempre algum dinheiro no bolso e compra bolos e batatas fritas durante todo o dia.
No entanto, as companhias com quem se vê durante as longas horas de espera diária são as menos recomendáveis e a linguagem utilizada por eles é da pior espécie.

Tudo indicia que esta criança deveria ser acompanhada por organismo estatal ou particular.
Em Seia, que se saiba, existem assistentes sociais e um chamado "projecto de luta contra não-sei-quê".
Pelo menos carrinhas novas com esse logotipo há várias.

Será que, para além de ensinar as crianças a jogar xadrez e os velhos paint-ball (como denunciou o presidente da Junta da Vide) este Projecto poderia aplicar alguns tostões dos milhares de contos recebidos do estado, para ajudar esta - e outras crianças - que para aí andam a deambular pelas ruas e a vender coca umas às outras?

Nããããã....

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