Terminaram em Seia as jornadas históricas dedicadas à vida e obra de Álvaro Cunhal.
Terminaram, e a esmagadora maioria da população nem sequer se aperecebeu de que tinham começado.
Realizar Jornadas Históricas, com a devida vénia para a organização (que terá as melhores das intenções), durante as horas de trabalho das populações, é o mesmo que desprezá-las, digo mesmo: que insultá-las.
Por certo não esperavam que o senense comum pudesse pedir ao patrão 3 diazitos para assistir às jornadas, ou esperavam?
Assim, ali se veem sempre os mesmos: reformados, ociosos e professores que se baldaram 3 dias às aulas, para se valorizarem (?!) com as comunicações dos congressistas.
Eu afirmo sem hesitar que pavonearem-se sempre os mesmos "actores" e ociosos à frente dos ilustres convidados, para lisboeta ver e senense comentar, é simplesmente algo de inqualificável que sinceramente me envergonha, enquanto cidadão desta terra.
Um exibicionismo podre de quem pouco ou nada faz na vida e se mostra, periodicamente, à sociedade de ociosos seus iguais, para não ser esquecido.
Seia não precisa, de todo, destas teatradas.
Seia precisa destas e de outras jornadas, sim, mas que possam ser frequentadas e disfrutadas pela população. Não por este repetido e corriqueiro clube de ociosos.
Por esta triste feira de vaidades balofa e medíocre.
Um autêntico desperdício.
Hoje, por exemplo, andava tudo que nem uns doidinhos a correr atrás do Pacheco Pereira....
Que vergonha... Quem tão pouco o considera, no dia a dia, colar-se daquela maneira miserável para aparecer, na rua e no restaurante, ao seu lado...
Eu digo que já chega de tanta palhaçada e tanto insulto a quem trabalha, nesta terra que parece mesmo tão desabitada de inteligência, que nem aquele notável intelectual consegue aportar a estes cérebros empedernidos algum fugaz benefício.
Jornadas culturais abertas à população num país desenvolvido fazem-se em horário pós-laboral, e não durante as horas normais de labor, aquelas de que este país tanto pede e precisa para se livrar da triste situação militante de último lugar de uma europa cada vez de si mais distante.
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