11.07.2003

Historinhas do trânsitozinho

Todos os dias há histórias geniais sobre o trânsito caótico no centro da cidade. Ainda bem.
Vai-se a gente entretendo, que os taxistas também não podem estar a olhar para o ar tantas horas sem fazerem nenhum.
À hora de almoço e ao fim da tarde - as horas de ponta em Seia - quem vier da Praça da República para o Largo Marques da Silva bem pode ir colocando a cassete anti-stress ou pode ir lendo o jornal, que aqueles 200 metros não se fazem em menos de 10 minutinhos, bem medidos.
Se comprar um dos 3 diários desportivos portugueses na Crisfal, à Havaneza já o tem todo lidinho. Entrevistas aos vizinhos dos jogadores e tudo.

A PME - Polícia Municipal de Estacionamento - ou não está por perto, ou está cá ao fundo à paragem dos taxis em amena cavaqueira, completamente alheia ao que se passa, para não aumentar os níveis de ansiedade dos condutores.
Só depois de se começarem a ouvir os costumeiros buzinões contínuos, se desloca, calmamente, por entre as viaturas a tomar conta da ocorrência.
Há dias, um GNR dirigiu-se a um automobilista que apitava, nestes termos: "se não fosse esta farda, dava-te já um tiro". Foi lindo.
O automobilista pode fazer quase tudo, enquanto espera para chegar ao Largo.
Pode ouvir rádio, trautear o rancho folclórico de Carrazedas de Ansiães, pentear-se, colocar batôn, ler o tal diário desportivo, mas não telefonar, que isso é que não pode ser. Bem se vê.
"O sinhor condutor vinha a telefonare e já sabe que não pode telefonare".
Mas pode desenvolver muitas outras actividades: conduzir só com uma mão, fumando, ou segurar qualquer outro objecto, desde que não seja um telefone.
Pode também atrapalhar completamente o trânsito, desde que tenha o cinto devidamente colocado.
- "O cinto...? Olhe o cintinho..." Bem, bem!

... e na Guilherme Correia de Carvalho

Cá em cima, é que a coisa também não está fácil.
Os carros lá vão entrando na circular interior, a custo, mas é tarefa Scolariana dela se livrarem à hora da saída.
Toques para aqui e para lá, mais um pára-choquezinho, e mais meio reflector, um furito num farol, meia de buzinadelas, lá se vai levando a coisa.
A circular é pequenina e os carrinhos são mais que muitos, o que quer dizer que os senenses andam folgados de finanças e estão como os Ruis Velosos (o músico, e o outro): têm todo o tempo do mundo.
Ora...

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