2.01.2014

As leis fundamentais da estupidez humana segundo Carlo Cippola

Da minha já longa experiência no desenvolvimento de assuntos e discussões sobre vários temas de interesse geral, no facebook, surpreendo-me frequentemente ao encontrar um elevado número de interlocutores que, sem dominarem minimamente as matérias a tratar, de imediato opinam e partem para o insulto a quem desenvolver alguma tese minimamente consistente. 
Habituei-me naturalmente a vê-los como "estúpidos". 
Gente incapaz de raciocinar a partir do 3º nível de Durkheim. 

Mas afinal já houve estudiosos que dedicaram parte da sua vida a este apaixonante tema: 
Porque é que há tanta gente absolutamente estúpida? E porque é que essa gente vota sempre nos políticos mais corruptos? 

Allegro ma non troppo é o título de um dos livros mais conhecidos do historiador italiano Carlo Maria Cipolla, publicado em 1988 pela editora bolonhesa Il Mulino. Compõe-se de dois ensaios humorísticos distintos, que parodiam as técnicas metodológicas da análise humanística e da historiografia. 


As leis fundamentais da estupidez humana (em italiano Le leggi fondamentali della stupidità umana), é o capítulo no qual classifica a população humana em quatro grandes grupos: 



1 - Os inteligentes conseguem ter uma acção que resulte em vantagem para si e também para os outros (ainda que menor); 
2 - Os vigaristas tiram vantagem para si com prejuízo de terceiros; 
3 - Os fúteis não geram nem para si nem para os outros, vantagem ou prejuízo; 
4 - Os estúpidos têm uma acção que resulta em prejuízo para si e para os outros (ainda que menor). 

Além disso, enuncia as cinco leis da estupidez, que definem o comportamento da estupidez na humanidade. São elas: 


1 - Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que há no mundo. 

2 - A probabilidade de que uma determinada pessoa seja estúpida é independente de qualquer outra característica dela mesma. 

3 - Uma pessoa é estúpida se ela causa um dano a outra ou a um grupo sem obter nenhum beneficio para si, ou mesmo sofrendo prejuízo. 

4 - As pessoas não estúpidas subvalorizam sempre o potencial nocivo das pessoas estúpidas; esquecem constantemente que em qualquer momento e lugar, e em qualquer circunstância, tratar ou associar-se com indivíduos estúpidos constitui inevitalmente um custoso erro. 

5 - A pessoa estúpida é o tipo de pessoa mais perigosa que existe. 

Este assunto encontra-se desenvolvido em separador próprio na página inicial do blog sob o título:
"As Leis fundamentais da estupidez Humana"

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