12.07.2003

Os Açores já têm legendas. Na Madeira é só para 2005. O 2007 pode ser nosso!

Como eu tinha previsto ontem, às 11 e 10 da manhã, os excertos de reportagem sobre a Pedofilia II nos Açores já aparecem hoje legendadas. O som permanece inalterado, porque as vozes tipicamente femininas dos homens que narram os pormenores dos encontros devem ser tão normais em S. Miguel que não vale a pena disfarçá-las. Se elas fossem mais másculas concerteza que sofreriam tratamento de filtragem audio, mas como aquilo é tudo uma bicharada inacreditável, não vale a pena.
Entretanto, na Madeira, onde a Pedofilia é prática normal há gerações e a principal fonte de rendimento de centenas de famílias, as crianças continuam a pedir descaradamente dinheiro na rua aos turistas para irem com eles para os hoteis, mas a SIC ainda não descobriu nada. Mal descubra qualquer indício do que está, há décadas, à  vista de todos, a SIC informará logo a PJ, que também ainda não teve conhecimento do que se passa à sua frente, embora o assédio das crianças da Ribeira Brava e do Curral das Freiras seja por vezes tão activo, que os agentes têm que mudar de passeio para que os garotos os deixem em paz. Será, provavelmente, uma sequela lá mais para o fim de 2004 / princípios de 2005. Pedo III - Madeira Nightmare.
Para 2006 temos Bragança e Vila Real em fila de espera. Mas, se entregarmos a candidatura a tempo, pode ser que já para 2007 possamos, também nós, ser contemplados com um ano de deliciosa notoriedade. Pedo XXIV - Guarda, The Highgland Crimes
Se quisermos e trabalharmos para isso, nós somos capazes! Não somos menos que os outros! É preciso trabalhar desde já, É preciso acreditar em nós próprios! É necessária, nesta hora tão decisiva para o desenvolvimento da nossa região, a tal auto-estima de que fala o nosso Presidente! E, se nos unirmos todos, se acreditarmos muito, se tivermos muito Querer ( Crer também dá, por isso é que os treinadores nunca se enganam) e muita determinação - como fazem os jogadores de futebol - juntos conseguiremos fazer uma broa ainda maior que a de Viseu e apresentar à SIC pastores muito mais activos que as crianças do Maxico e ovelhas muito mais passivas que os turistas do Funchal! E com a variante da participação das cabras, que eles lá não têm!!!
Inseriremos, portanto, a inovação do bucolismo animal, num contexto paisagístico muito mais natural e preservado, com a participação do Parque Natural, que não quererá perder esta oportunidade para provar ao País que afinal é mentira que passem a vida a coçar as partes pudibundas, e da Turistrela que, para se redimir de não ter limpa-neves no Inverno, patrocinará a legendagem de todas as personagens (racionais e irracionais).
Serranos: vamos ao trabalho, que a vitória é nossa!

O Juiz de Mortágua

Uma das tês versões sobre a célebre lenda de Mortágua, que se encontra disponível no respectivo site é a seguinte:

Um juiz de fora foi indicado para exercer justiça em Mortágua. No entanto, abusou dos poderes que possuía. A população não gostou
Um dia tocou o sino a rebate. O povo aprisionou-o, conduzindo-o para além dos limites concelhios. Parece que para o lado oposto do rio Cris. Nesse local foi assassinado com recurso a alfaias agrícolas: forquilhas, sachos, etc.
O soberano tentou indagar da responsabilidade no sentido de haver punição. O funcionário régio encarregue da inquirição ia perguntando aos moradores de Mortágua quem havia cometido o crime. O povo à pergunta: "quem matou o juiz?", respondia: "Foi Mortágua". Esta resposta espalhou-se pelo país, daí ainda hoje se pergunta a alguém que nasceu neste município: "quem matou o juiz?".


Estranho é que, passados 600 anos sobre a lenda, as condições sejam surpreendentemente semelhantes. Temos uma Justiça de costas voltadas para a população. Um sistema que só é eficaz contra a arraia miúda, os pequenos toxicodependentes. O colarinho branco COMPRA, repito: COMPRA a Justiça que quiser. Faz desaparecer processos, faz prescrever outros. O dinheiro compra hoje, como comprava há 600 anos toda a Justiça neste país. A vergonha do caso Moderna, de onde desaspareceram dezenas de dossiers, a do caso FP25, onde apenas os arrependidos foram condenados e a suprema vergonha do caso Casa Pia, onde se tenta branquear uma Justiça indigna pelo martírio de um inocente que nem acusado chegará nunca a ser, mas que nem por isso deixa de estar preso, é uma vergonha colectiva e nacional. A Europa e o mundo civilizado estão chocados com as prisões de 3 anos sem culpa formada que se praticam à balda em Portugal. Na Europa, não há paralelo. Nem na Turquia, apesar do regime ditatorial vigente.

É tempo, Portugal, de atentarmos na história de Mortágua e de começarmos a fazer sentir aos ainda todo-poderosos e arrogantes srs drs juizes que Portugal tem que começar a ser um verdadeiro estado de direito.

Médicos já não são deuses. Só os Juízes ainda o são

Bebé de três meses e meio morre depois de ter sido assistido duas vezes nas urgências de Portalegre
Um bebé de três meses e meio morreu a caminho do Hospital de Portalegre depois de já ter ido duas vezes às urgências. Das outras vezes, os médicos diagnosticaram uma bronquiolite, mas a criança viria a morrer com uma paragem cardio-respiratória. A família acusa os médicos de negligência.
SIC.

Antigamente as pessoas morriam e era azar nítido. Autópsias não se pediam, que parecia mal. Ficava tudo abafado, e muito assassino se safou por causa disso.
Era Deus(!) que tinha querido(!!!). Agora, já ninguém se resigna a essa condição de ovelha a caminho do matadouro. O médico já perdeu de todo o epíteto social de Deus, que continua apenas a ser apanágio dos Juízes. O tempo virá em que o juíz que prevarique seja obrigado a responder pelos seus actos. Neste momento estes magistrados ainda gosam de um estatuto de todo-poderosos e, por mais que errem, nada lhes acontece. Não é possível ainda pôr um juíz no banco dos réus por uma sentença claramente contrária ao mais elementar bom senso.
O tempo virá em que o juíz vá parar à cadeia, por cometer o crime repetido de condenar inocentes e absolver criminosos.